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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 30 de abril de 2023

IOD ACESO OU APAGADO

(republicação)
Questão que faz o Respeitável Irmão José Aparecido Pascoal, Deputado Federal pela Loja Mestre Hiram, 1.427, sem declinar o Rito praticado, GOB, Oriente de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro.
ja.pascoal@uol.com.br

Está em discussão em minha Loja, sobre: "Vários Irmãos” questionando sobre o IOD que fica acima do Trono de Salomão, que o mesmo deverá permanecer sempre acesso, estando à Loja aberta ou não. “Outros Irmãos” estão dizendo que o IOD deve ser acesso quando o Irmão Orador abrir o Livro da Lei e apagar no fechamento do mesmo. O Irmão pode tirar essa duvida, para esclarecimento em Loja do procedimento correto? Antecipo meus agradecimentos.

CONSIDERAÇÕES:

Não é um procedimento previsto no ritual em vigência se for o caso do Rito Escocês Antigo e Aceito. O Delta apresenta-se como integrante central da tríade composta ainda pelo Sol e a Luz no retábulo do Oriente (parede imediatamente atrás do Trono). A sua presença basta para representar a crença no “Elemento Criador”, uma das condições básicas como Landmark para o ingresso do Maçom na Ordem. 

O Delta, composto por um triângulo equilátero é um símbolo antigo e é adotado pela Maçonaria, em cujo centro e de acordo com a vertente maçônica estará à representação do “Olho Onividente”, ou o Tetragrama hebraico, ou ainda a letra IÔD componente desse Tetragrama. 

Não consta de que o símbolo do divino deva estar aceso ou apagado, já que o que verdadeiramente importa é a sua representação.

Entendo que algumas Lojas procuram se esmerar no elemento decorativo e o iluminam, todavia essa é apenas uma opção de gosto. Se o Delta fica aceso ou apagado não é uma questão litúrgica, posto que este iluminado ou não, não altera o seu verdadeiro significado.

Para melhor cumprimento do ritual, sugiro que esse procedimento (acender o Delta) não seja feito por ocasião da abertura e encerramento dos trabalhos no intuito de não se dar margem a especulações. 

Nesse caso o ideal é que o mesmo esteja aceso já quando do ingresso dos Obreiros e apagado após a retirada dos Irmãos do Templo.

Finalizado. Não importando a corrente maçônica (teísta ou deísta), penso que seria muito pretencioso por parte do Homem se achar no direito de “apagar ou acender o divino”.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0869 Florianópolis (SC) 19 de Janeiro de 2013.

AVENTAL MAÇÔNICO

Abel Tolentino

O avental é um legado que a maçonaria moderna recebeu da maçonaria operativa. Esta peça, que foi de tanta utilidade para o Maçom operativo, já que lhe protegia a roupa, transformou-se para o maçom moderno numa alfaia simbolizando o trabalho do Maçom.

Até a sua regulamentação pela Grande Loja Unida da Inglaterra, os aventais da maçonaria inglesa assumiram os mais variados aspectos e formas. Simples peles desalinhadas de cordeiro, no princípio, os aventais sofreram uma evolução constante nos países que adotaram a instituição maçônica.

Em fins do século XVIII era grande moda enfeitar os aventais com pinturas e bordados à mão que reproduziam a riqueza emblemática da maçonaria.

Foi pesquisando estes aventais, que trazemos ao conhecimento de todos, alguns aventais dos séculos passados e do presente. CLIQUE AQUI

https://www.masonic.com.br/avental/avental.htm

sábado, 29 de abril de 2023

ACENDIMENTO DE VELAS

(republicação)
O Respeitável Irmão Carlos Resende, Mestre Maçom da Loja Cavaleiros do Sol, 3.195, GOB, Oriente de Campo Grande, Oriente de Mato Grosso do Sul, apresenta a seguinte questão:
resendes.carlos@hotmail.com

Recentemente nossa Loja recebeu a palestra de um valoroso irmão de outro Oriente. E dali surgiu algumas dúvidas que, a meu ver, precisam ser esclarecidas, pois acabaram criando uma situação de divergências dentro da Loja. Eu sou a favor, sempre, de nos atermos aos nossos Rituais. Palestras e livros nos ajudam a tirar nossas dúvidas, mas nem sempre devemos mudar porque alguém "acha" que o que fazemos está errado. O nosso Templo trabalha com velas (e não as lâmpadas), o que obriga ao Mestre de Cerimônias acender a todas elas. 

No momento, o Mestre de Cerimônias pega uma vela acesa (que fica na balaustrada), faz o seu giro normal pelo Ocidente com a vela acesa, entra no Oriente e acende a vela do Venerável Mestre. Depois desce e faz o acendimento como de costume (1º Vigilante e 2º Vigilante). 

Após a palestra desse valoroso Irmão, o Mestre de Cerimônias vai ao Oriente com uma vela apagada à mão e ali é que acende a vela do Venerável e a sua própria (fósforo ou isqueiro), descendo com ela para acender no Ocidente na forma de costume. 

Como tudo é simbolismo, a Loja está passando por uma pequena polêmica, já que alguns Irmãos acham correto a orientação do palestrante (acender a vela no Altar do Venerável). Outros acham que devemos manter como vínhamos fazendo, ou seja, já sair da balaustrada com a sua vela acesa e fazer o giro normal até chegar ao Altar do Venerável. 

Assim, se o Eminente Irmão puder nos dar uma "Luz", ficaria grato, até porque no nosso Ritual não cita onde a vela deve ser acesa (para os altares com velas).

CONSIDERAÇÕES:

No Rito Escocês Antigo e Aceito não existe cerimônia de acendimento de velas. As luzes litúrgicas somente são aquelas colocadas sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre e mesas dos vigilantes, acesas estas de acordo com o grau de trabalho da Loja. 

Assim o Ritual do Grande Oriente do Brasil não prevê esse procedimento. O que pode causar confusão nesse sentido é que algumas Lojas ainda não adotaram a iluminação elétrica relacionada a essas Luzes. Assim é permitido, porém sem qualquer cunho místico, o uso de velas nessa representação. 

No caso do acendimento destas para a sessão, o Mestre de Cerimônias cumpre essa missão simplesmente para acendê-las e nada mais. Esse procedimento é para evitar que o Venerável e os Vigilantes não careçam de preocupação na busca de artifícios para esse mister. Cerimônia de acendimento de luzes não é procedimento do Rito Escocês, porém próprio de outro Rito.

Em sendo as luzes velas, o Mestre de Cerimônias na abertura acende primeiro a Luz correspondente ao Venerável, em seguida a do Primeiro Vigilantes e conclui no Segundo Vigilante.

No encerramento o procedimento é inverso somente para distinguir daquele da abertura. Nesse ato o Mestre de Cerimônias não deve fazer reverências, inclinação de corpo, maneios de cabeça etc. Nesse ofício ele apenas e tão somente acende a Luz, já que elas não são no caso elétricas. 

Se houvesse qualquer cerimônia, então como seria nas Lojas que adotam pequenas lâmpadas elétricas?

É de muito bom alvitre que o Mestre de Cerimônias já tenha uma vela acesa próxima a ele (sobre a balaustrada, por exemplo) para auxiliar no acendimento e o bom desenvolvimento da ritualística.

Assim no momento evita-se a procura de fósforos ou isqueiros. Em havendo opção da presença dessa vela auxiliar, após ser a mesma usada no cumprimento da missão deve ser imediatamente apagada. No Rito Escocês também não existe a tal “chama votiva”.

Por assim ser o nobre palestrante conforme vossa descrição está “inventando” procedimento inexistente no ritual. Alerto que o ritual deve ser cumprido no rigor daquilo que ele exara, reforçando a tese de que não existe qualquer preceito de que a Luz tenha que sair do Oriente e percorrer as Colunas.

Finalizando, deixo aqui o alerta para que as Lojas distingam opiniões de Irmãos de outras Obediências coirmãs que porventura possam emitir opiniões sobre os procedimentos adotados no Grande Oriente do Brasil.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0863 Florianópolis (SC) 13 de Janeiro de 2013.

CURIOSIDADES MAÇÔNICAS


Trata-se de uma carta de Mozart a um Irmão maçom, em janeiro 1786.
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Wolfgang Amadeus Mozart foi iniciado na Maçonaria em 14 de dezembro de 1784, aos 28 anos de idade, na Loja Zür Wohltätig Keit, Viena, Áustria.
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Chegou ao Grau de Companheiro em 7 de janeiro de 1785 e em 22 de abril do mesmo ano chegou ao Mestrado. Mozart nunca foi Venerável, mas frequentava assiduamente sua Loja. Foi Iniciado no Rito Zinnendorf.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

REFLEXÕES SOBRE A INDICAÇÃO DE CANDIDATOS À INICIAÇÃO

Ir∴ Édio Coan
Loja Pedreiros da Liberdade (GLSC)

Refletindo sobre a necessidade que as Lojas têm de indicar candidatos, às vezes por serem Lojas novas e necessitarem de obreiros, outras vezes para renovar o seu quadro, haja vista que a maçonaria é dinâmica, em  alguns casos pela vontade de iniciar, por “vaidade” do Ven.·. eleito, para ter em sua programação Iniciação, Elevação e Exaltação, e, marcar sua administração. Enfim, a maçonaria necessita de “soldados” para tornar feliz a humanidade.

Acontece que temos visto a entrada de muitos profanos e a saída de muitos irmãos, até um pouco acelerada, e isto me preocupa, portanto esta reflexão.

O grande problema está na escolha do profano, o nosso parente ou o nosso amigo, não é prenúncio de um grande maçom, muitas vezes um “mero” conhecido, um colega de trabalho poderá ser um grande maçom.

A observação e o comportamento devem ser avaliados por um bom tempo, conforme preceitua o Ritual de Indicação de Candidato.

Outro fator que está a ocorrer, mais a miúde, é a criação de novas Lojas, muitas vezes por cisão, descontentamento de irmãos, dividindo Lojas com por exemplo de 20 obreiros, fazendo-se 2 lojas de 10 obreiros, precisando, urgentemente, realizar várias iniciações para compor o quadro, o mais breve possível. Daí, se pega a “laço”, na esquina, qualquer profano, sem a devida preparação e análise do candidato.

Sabemos que a vida não está fácil e a maçonaria é um tanto quando “salgada” em relação a pecúnias, bem como com relação à frequência em Loja, e esta responsabilidade cabe diretamente ao Ir.·. apoiador, em orientar o pretenso candidato, mesmo porque, em nosso questionário de sindicância, temos dois pontos fundamentais que devem ser avaliados pelo candidato, com a devida orientação do apoiador, senão vejamos:

Num dos questionamentos é perguntado ao candidato se tem tempo disponível para estar em Loja uma vez por semana.

O outro questionamento é se tem condições financeiras para “suportar” as despesas da maçonaria.

Aí é que entra o Ir.·. apoiador, que ao entregar o questionário deverá chamar a atenção do candidato sobre estes dois pontos, até mesmo analisando se o candidato viaja muito, tem filhos pequenos, tem um emprego que requer muitas reuniões em horários extra-trabalho, indagando se terá condições de estar em Loja uma vez por semana.

Com relação a pecúnias, deverá informar ao candidato que a maçonaria tem um custo mensal, até mesmo citando valores, e que, na média dos custos mensais, que temos observado nas Lojas, nos dias de hoje, gira em torno de R$ 400,00/mês.

Esta necessidade de iniciação está levando os Irmãos a indicar candidatos e esquecendo de fazer estas observações, e, quando iniciados, principalmente com relação a pecúnias, vem à surpresa: mensalidade, pecúlio, tronco, rituais, paramentos, jantares, benemerências, levando o candidato a ficar muitas vezes acuado e até mesmo afastando-se da Ordem, haja vista não suportar tais despesas. Ou muitas vezes, não se afastando mas inventando “mil” desculpas quando é convidado para um ágape, uma viagem, não participando da vida social da Loja, que, quer queira ou não, ela existe, pois não resume-se as quatro paredes de uma loja a convivência dos Irmãos.

Nos dias de hoje está ocorrendo também, que o apoiador indica o candidato e depois de iniciado, repassa a responsabilidade do acompanhamento deste neófito para a Loja. Está errado, ele tem a obrigação de acompanhar a evolução do seu indicado, no mínimo até ele chegar a Mestre. Deve acompanhar os problemas profanos do seu apoiado (se houver), não deixando a cargo da Loja, através de seu Hospitaleiro. Caso não consiga resolver, aí sim, trazer o problema à Loja para resolução.

Concluindo esta reflexão, conclamo os Veneráveis e Delegados que orientem seus obreiros relativos à indicação de candidatos, que busquem verificar as reais condições do profano e orientando-os sobre os pontos fundamentais de uma indicação.

Fonte: JBNews - Informativo nº 205 - 20/03/2011

sexta-feira, 28 de abril de 2023

POLÍTICA E RELIGIÃO NA MAÇONARIA

Em 26.12.2022 o Respeitável Irmão Filipe Torres Conceição, Loja Fraternidade Ferrense, 2230, REAA, GOB-MG, Oriente de São Pedro dos Ferros, Estado de Minas Gerais, faz a pergunta seguinte:

POLÍTICA E RELIGIÃO

Gostaria de saber uma breve explanação de onde surgiu a regra proibitiva de não se poder falar de política nas Lojas Maçônicas, tem a ver com o governo de Getúlio Vargas?

CONSIDERAÇÕES:

A Maçonaria está muito longe de ser apolítica e antirreligiosa. O que de fato não pode acontecer em uma Loja maçônica é, em nome de política e religião, individualizar questões nesse sentido ao ponto de dividir o quadro em grupos competitivos que possam entre si eventualmente semear discórdias.

Por si só a Maçonaria entende que o homem é um ser político por viver em sociedade, contudo isso não afirma que as Lojas Maçônicas se transformem em palcos de debates político-partidários e religiosos.

 Destaque-se que os propósitos da Ordem Maçônica, antes e acima de tudo, é preparar o homem para que ele, fora dos umbrais dos seus templos, trabalhe incansavelmente em prol da sociedade.

A regra é primeiro preparar o homem, moldá-lo conforme às exigências da Arte, e depois colocá-lo como um instrumento a serviço da humanidade.

A arte disso tudo está em juntar homens livres e de bons costumes, independente das suas raças, credos, religiões e preferências políticas, dispostos a alcançar um objetivo comum.

Sob essa conjuntura, cada maçom deve contribuir para a construção de uma sociedade melhor, justa e igualitária, todavia respeitando sempre as liberdades individuais e as preferências políticas e religiosas de cada um.

A Loja Simbólica, se servindo do método do simbolismo atua na transformação e no aprimoramento do seu elemento primário - o Iniciado.

Nesse sistema, velado por símbolos e alegorias, a Maçonaria procura reunir no seio das suas Lojas operários imbuídos em alcançar um bem comum que é o de construir um templo à Virtude Universal.

Dito isso, em relação à questão propriamente dita apresentada, a preocupação em não transformar a Moderna Maçonaria em um palco de discussões políticas e de proselitismos religiosos, ao que se sabe inicialmente surgiu com a Primeira Grande Loja em Londres e Westminster, nascida em 1717.

Na elaboração dos Estatutos Gerais desta Primeira Grande Loja, cuja qual inaugurava o sistema obediencial no mundo, os ingleses, então cansados dos verdadeiros banhos de sangue produzidos pelos entraves políticos e religiosos na Inglaterra da época, desejando fundar uma instituição que fosse um centro de harmonia e união entre os homens, resolveu proibir nas suas Lojas, e em nome delas, discussões que envolvessem política e religião.

A bem da verdade, a Maçonaria, uma instituição iniciática que busca melhorar o homem, de fato não carece trazer discussões político-partidárias e nem religiosas para dentro das suas Lojas.

Assim, primitivamente foram os ingleses da Primeira Grande Loja que a partir de 1717 instituíram essa proibição nas suas Lojas. Com o advento da união em 1813 e o surgimento da Grande Loja Unida da Inglaterra, o costume de se evitar essas discussões fora mantido.

Como desde então a Grande Loja Unida da Inglaterra edita pontos de reconhecimento e evoca para si o direito de reconhecer a regularidade maçônica, a maioria das Obediências espalhadas pela face da Terra mantém em suas Constituições a proibição de se discutir política e religião.

Aqui no Brasil isso nada tem a ver com Getúlio Vargas, muito embora que por questões ideológicas, sob o seu governo muitas Lojas Maçônicas tiveram as suas colunas abatidas a partir de 1939 com início da II Guerra Mundial que duraria até 1945. Mas esse não é assunto para essa lauda.

Ao finalizar, é bom que se diga que política é importante para a Maçonaria, pois o homem, que é a sua atual matéria prima, é por si só um ser político. O que não cabe nesse contexto são discussões político-partidárias no âmbito das sessões maçônicas. A Maçonaria não é uma religião, no entanto respeita a crença de cada um dos seus membros. Para a Sublime Instituição basta que o maçom creia em um “Ente Supremo” que ela denomina, de modo conciliatório, o “G∴ A∴ D∴U∴”. De resto, o bom senso deve sempre imperar nas questões dessa qualidade.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A EVENTUAL PROMISCUIDADE ENTRE MAÇONARIA E PODERES

Autor: Antônio Jorge

Qualquer sociedade dos tempos modernos é sujeita, de forma clara ou não, à influência de grupos organizados, que intencionalmente ou não procuram influenciar “a trajetória” em função dos seus interesses. Se um desses grupos puder ter um nome e esse nome for uns dos tradicionalmente identificados como “de risco”, então está criada uma mistura delicada, até porque será certamente visada pela comunicação social.

Assumo que sou maçom… e faço-o com a duplicidade de quem se sente orgulhoso de o ser, e de quem sente que quer dar… unicamente dar, sem estar a pedir que lhe deem. Infelizmente, a nossa sociedade parece não conseguir visualizar uma coisa sem a outra… possivelmente é a isto que chamam a sociedade materialista, traduzida naquela “famosa” frase – ninguém dá nada a ninguém.

Toda a polêmica que ocorre periodicamente, relacionando políticos com maçons ou maçons com interesses obscuros e/ou ilegais, é um claro sinal dos tempos em que vivemos – perdemos valores, perdemos a nossa capacidade crítica, engolimos tudo os que nos impingem, mas preferimos centrar-nos em identificar culpados, de preferência “culpados de estimação” [grifo nosso] – aqueles que podem sempre ser os responsáveis, até porque estão tão ocupados em fazer bem, que não têm tempo para se defender.

… e nada vende mais jornais do que uma boa “conspiração” orquestrada por uma organização de quem se sabe quase tudo, mas de quem se ignora quase tudo. A Maçonaria é uma dessas organizações: somos discretos, não fazemos alarde do que fazemos de bem, toda a gente acredita que temos uns segredos, que não temos; em resumo – é para desconfiar…

Não pretendo afirmar que todos os maçons são “impolutos”. Por mais apertado que seja o nosso método de seleção, procurando identificar homens cuja prioridade seja crescerem e tornarem-se Homens, haverá sempre alguns erros de “Casting”… pessoas que usam o que for preciso para seu benefício pessoal.

Contudo, esta incapacidade de ler as pessoas na sua totalidade, identificando as suas reais intenções, não deve e não pode levar a confundir o trigo com o joio [grifo nosso]. Um maçom, que o é de verdade, procura melhorar, ajudar, dar a mão… contribuir para um homem melhor e para uma sociedade melhor.

Compete-nos assegurar que assim é, e compete-nos impedir que a Arte Real seja utilizada para projetos individuais ou coletivos que nada tenham a ver conosco e com os ideais que defendemos.

Fonte: opontodentrodocirculo@gmail.com

quinta-feira, 27 de abril de 2023

COLCHA DE RETALHOS - REAA

Em 26.12.2022 o Respeitável Irmão Luís Filipe Torres Conceição, Loja Fraternidade Ferrense, REAA, GOB-MG, Oriente de São Pedro dos Ferros, Estado de Minas Gerais, apresenta o que segue:

A COLCHA DE RETALHOS

Se pudesse fazer uma lista das alterações mais bizarras e sem sentidos feitas durante aos longos dos anos no REAA, quais seriam?

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente é preciso dizer que as coisas não são tão simples assim, principalmente pelo modus operandi latino de editar uma enorme quantidade de rituais no curso do tempo. Escolher o certo e o errado entre tantos, não é tarefa das mais fáceis.

De certo modo, para compreender a originalidade dos rituais simbólicos do REAA é preciso antes conhecer a saga da construção do seu primeiro ritual no início do século XIX (1804) na França.

Destacam-se nesse contexto três elementos básicos que deram sustentação para a elaboração desse ritual. São eles o Régulateur du Maçon do Grande Oriente da França (1801), a exposure As Três Pancadas Distintas na Porta da Antiga Maçonaria, essa relacionada à Grande Loja dos Antigos de 1751 na Inglaterra e, por fim, a Loja Mãe Escocesa, criada em outubro de 1804 na cidade de Paris para gerenciar a construção do 1º Ritual.

Não obstante esses elementos históricos e estruturais, considere-se ainda nessa conjuntura a criação das Lojas Capitulares pelo Grande Oriente da França que, a partir de 1816, começaria a fazer estragos no primitivo projeto do ritual de 1804 do REAA.

Relacionado às Lojas Capitulares está o Guia dos Maçons Escoceses, então implantado na França aproximadamente entre 1821/22. Esse guia, que na verdade não era propriamente um ritual, influenciou em demasia os trabalhos do simbolismo. Um exemplo disso foi a criação do Oriente da Loja elevado e demarcado para atender a necessidade de se acolher o Santuário Rosa Cruz onde seriam acomodados na Loja os portadores dos graus capitulares escoceses. Nessa época, o Athersata do Capítulo (Grau 18) era também o Venerável Mestre da Loja Simbólica. É preciso conhecer esta história.

Posso dizer que já escrevi bastante a respeito e esses produtos escritos podem ser encontrados no Blog do Pedro Juk hospedado em http://pedro-juk.blogspot.com.br

No contexto do primeiro ritual, vale mencionar que a disposição da sala da Loja (templo) utilizada pelos “Antigos” ingleses, logo acabaria servindo também de modelo para a constituição topográfica da Loja do REAA.

O principal ponto a esse respeito é que tal como no Rito de York, o espaço de trabalho (a Loja) era todo no mesmo nível, isto é, no mesmo plano e sem a separação e elevação do Oriente. Também, como na forma antiga, o 2º Vigilante ocupava lugar ao meridiano do Meio-Dia (centro da banda Sul do espaço).

Diferente dos “antigos”, o Grande Oriente da França e os seus então ritos, Moderno e Adonhiramita, traziam Oriente elevado e separado, tendo os seus Vigilantes invertidos, ficando ambos posicionados no extremo do Ocidente.

No entanto, com o advento das Lojas Capitulares (hoje já extintas), houve a necessidade de adaptações que comportassem ao mesmo temo o simbolismo e o Capítulo do REAA. Assim, o ambiente que era todo no mesmo plano acabou tendo o seu espaço oriental destacado do ocidental. Isso resultou na demarcação e elevação do Oriente da Loja. Como visto acima, o modelo do Oriente elevado, principalmente por influência do GOF, se deve também ao formato comum do da Loja do Rito dos Sete Graus, ou Rito o Moderno.

Todavia, anos mais tarde, após a extinção das Lojas Capitulares, o templo do REAA, ao contrário de retornar ao seu modelo original, permaneceu mantendo o Oriente elevado e dividido.

Graças a isso, houve uma reestruturação no modelo do simbolismo iniciático do Rito, de tal modo que o Oriente - outrora o santuário Rosa Cruz capitular - agora era reservado aos Mestres Maçons, Ex-Veneráveis e Autoridades. Dessa maneira firmava-se no templo a alegoria solar do caminho iniciático, cujo começo (Aprendiz) ocorre a partir do topo da Coluna do Norte, passando pelo topo do Sul (Companheiro) e se encerra ao alcançar o destino final no Oriente (Mestre).

Em primeira análise eu diria que inicialmente esse foi o conjunto de mudanças mais retumbantes no simbolismo do REAA, ao ponto de se consagrar definitivo e básico para a estrutura doutrinária do Rito (consuetudinário).

Ao longo do tempo e especialmente nos países latinos, os rituais para o simbolismo do REAA acabariam sofrendo inúmeras intervenções. Muitas delas por “achismo”, outras por invencionices e outras ainda como produtos enxertados de outros ritos. Algumas, entretanto, de aperfeiçoamento.

Em tempos primitivos, a exemplo do Brasil, a obscuridade ritualística progredia muito em face às dificuldades de comunicação. Notadamente, a própria história da Maçonaria Brasileira contribuiu muito para o aparecimento de elementos antagônicos à originalidade litúrgica do REAA, sobretudo no século XIX e boa parte do XX. Na montagem de uma grade de pesquisa, esse é um ponto relevante que merece ser investigado.

Não resta dúvida que vários outros fatores também viriam contribuir para a “colcha de retalhos” encontrada em muitos rituais simbólicos do REAA. Tantas foram as inserções indevidas que seria demasiado estafante tentar aqui reproduzi-las.

No rigor da razão, cada ritual, seja ele aceitável ou contraditório, possui a sua história e é nela que se pode encontrar o fio de Ariadne capaz de conduzir o pesquisador a uma fonte de água limpa. Uma das regras mais importantes para se encontrar a saída desse labirinto é não acreditar de maneira generalizada que antiguidade seja sinônimo de originalidade, sobretudo quando se trata de rituais, principalmente aqueles nascidos na Maçonaria Tupiniquim. O cuidado deve ser dobrado quando da escolha do roteiro bibliográfico.

Dada a complexidade desse assunto e abreviando essa abordagem, seguem abaixo alguns tópicos encontrados nos rituais adotados pelas Obediências Regulares e que podem ser perscrutados e avaliados quanto à sua autenticidade ou não no simbolismo do REAA.

a) Paredes do templo pintadas de azul - a Loja Mãe Escocesa em 1804 determinava o matiz encarnado como referência do escocesismo;

b) Aventais de Mestres com rosetas e debruados em azul - o Conselho de Lausanne, Suíça, realizado em 1876 determinava, dentre outros, aventais debruados em vermelho trazendo ainda as iniciais M∴ B∴;

c) Altar dos Juramentos próximo e à frente do Altar ocupado pelo Venerável Mestre – alguns rituais trazem esse altar no centro do Ocidente – desde as Lojas Capitulares o Altar dos Juramentos é uma extensão do Altar principal, portanto, fica no Oriente. Era mobiliário móvel para servir ao simbolismo e era colocado no limite com o Ocidente quando houvesse uma tomada de juramento de graus simbólicos. O simbolismo não adentrava o Oriente.

d) Diáconos não portam bastão no REAA – foram introduzidos no REAA como antigos oficiais de chão e a sua função é apenas e tão somente para atuar na transmissão da palavra sagrada. É um cargo originário da Maçonaria anglo-saxônica;

e) Formação de pálio no REAA – encontram-se rituais que adotam essa prática, contudo, os Diáconos, como mensageiros atuam apenas na transmissão da palavra (não usam bastão);

f) Cerimonial para acendimento de luzes no REAA - é prática de outro rito e originalmente não faz parte da liturgia do rito em questão. Primitivamente, no REAA as luzes litúrgicas eram acesas pelo Arquiteto antes do ingresso dos Irmãos no templo.

g) As Colunas Vestibulares B∴ e J∴. Por serem vestibulares, de vestíbulo, originalmente são exteriorizadas e ficam junto à porta no átrio do templo. Há ritos que as trazem invertidas e interiorizadas como de outros ritos.

E assim seguem muitos outros elementos, mas que para elenca-los demandaria de muitas e muitas laudas. Os acima expostos já podem dar ideia do porquê da “colcha de retalhos”. Como dito, avaliar o certo e o errado depende de estudo sério e acurado.

Ao concluir alerto ao pesquisador que é fundamental o conhecimento da história do rito, suas origens, sua proposta doutrinária, costumes e outras particularidades. Alerto que nada está pronto no campo da pesquisa em Maçonaria. É preciso antes buscar os elementos apropriados para se construir o mosaico da sua história.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

FRASES ILUSTRADAS

A CADEIRA DE SALOMÃO

Ir.·. Rui Bandeira*

Denomina-se de Cadeira de Salomão a cadeira onde toma assento o Venerável Mestre da Loja quando a dirige em sessão ritual.

Em si, não tem nada de especial. É uma peça de mobiliário como outra qualquer. É como qualquer outra cadeira. Porventura (mas não necessariamente) um pouco mais elaborada, com apoio de braços, com maior riqueza na decoração, com mais cuidado nos acabamentos. Ou não…

Como quase tudo em maçonaria, a Cadeira de Salomão tem um valor essencialmente simbólico. Integra, conjuntamente, com o malhete de Venerável e a Espada Flamejante (esta apenas nos ritos que a usam), o conjunto de artefatos que simbolizam o Poder numa Loja maçônica. Ninguém, senão o Venerável Mestre usa o malhete respetivo. Ninguém, senão ele utiliza a Espada Flamejante. Só ele se senta na Cadeira de Salomão.

A Cadeira de Salomão destina-se, pois, tal como os outros dois artefatos referidos, a ser exclusivamente utilizada pelo detentor do Poder na Loja. Assim sendo, importante e significativo é o nome que lhe é atribuído. Não se lhe chama a Cadeira de César ou o Trono de Alexandre. Sendo um atributo do Poder, não se distingue pelo Poder. Antes se lhe atribui o nome do personagem que personifica a Sabedoria, a Prudência, a Justiça aplicada. Ao fazê-lo, está-se a indiciar que, em Maçonaria, o Poder, sempre transitório, afinal ilusório, sobretudo mais responsabilidade que imperiosidade, só faz sentido, só é aceite, e, portanto só é efetivo e eficaz se exercido com a Sabedoria e a Prudência que se atribui ao rei bíblico.

Quem se senta naquela cadeira dispõe, no momento, do poder de dirigir, de decidir, de escolher o que e como se fará na Loja. Mas, em Maçonaria, se é regra de ouro que não se contraria a decisão do Venerável Mestre, porque tal compromisso se assumiu repetidamente, também é regra de platina que, sendo-se livre, não se é nunca obrigado a fazer aquilo com que se não concorda. O Poder do Venerável Mestre é indisputado. Mas, para ser seguido, tem de merecer a concordância daqueles a quem é dirigido. E esta só se obtém se as decisões tomadas forem justas, forem ponderadas, forem prudentes. O Poder em Maçonaria vale o valor intrínseco de cada decisão. Nem mais, nem menos.

A Cadeira de Salomão é, pois o lugar destinado ao exercício do Poder em Loja, com Sabedoria e Prudência. Sempre com a noção de que não é dono de qualquer Poder, que só se detém (e transitoriamente) o Poder que os nossos Irmãos em nós delegaram, confiando em que bem o exerceríamos.

Não está escrito em nenhum lado, não há nenhuma razão aparente para que assim tenha de ser. Mas quase todos os que se sentaram na Cadeira de Salomão sentem que esta os transformou. Para melhor. Não porque esta Cadeira tenha algo de especial ou qualquer mágico poder. Porque a responsabilidade do ofício, o receber-se a confiança dos nossos Irmãos para os dirigirmos, para tomar as decisões que considerarmos melhores, pela melhor forma possível, por vezes após pronúncia dos Mestres da Loja em reunião formal, outras após ter ouvido conselho de uns quantos, outras ainda em solitária assunção do ónus, transforma quem assumiu essa responsabilidade. A confiança que no Venerável Mestre é depositada pelos demais é por este paga com o máximo de responsabilidade. Muito depressa se aprende que o Poder nada vale comparado com o Dever que o acompanha. Que aquele só tem sentido e só é útil e é meritório se for tributário deste.

A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão não lhe permite distinguir se é confortável ou não. Não é apta a que sinta que se encontra num plano superior ou central ou especial em relação aos demais. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão vê todos os rostos virados para ele. Aguardando a sua palavra. Correspondendo a ela, se ela for adequada.

Calmamente aguardando por correção, se e quando a palavra escolhida não for adequada. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão o faz instantaneamente compreender que está ali sentado… sem rede!

E depois faz o seu trabalho. E normalmente faz o seu trabalho como deve ser feito, como viu outros antes dele fazê-lo e como muitos outros depois dele o farão. E então compreende que não precisa de rede para nada. Que o interesse é precisamente não ter rede…

Quem se senta na Cadeira de Salomão aprende a fazer a tarefa mais complicada que existe: dirigir iguais!

*Matéria Retirada do Boletim Informativo “O Pelicano”, da Aug.·. Resp.·. Benf.·. Loj.·. Simb.·. ESTRELA DA GUANABARA n° 1685 – GOB-RJ

Fonte: Fonte: http://www.brasilmacom.com.br

quarta-feira, 26 de abril de 2023

CIRCULAÇÃO NA MESMA COLUNA? DESLOCAMENTO DO 2º DIÁCONO

Em 15/12/2022 o Respeitável Irmão Ivo Carlos Hoemke, Loja Renascer do Vale, 4007, REAA, GOB-SC, Oriente de Penha, Estado de Santa Catarina, faz a pergunta seguinte:

DESLOCAMENTO DO 2º DIÁCONO

Gostaria de lhe fazer uma consulta com relação ao deslocamento do 2º Diácono no início da sessão. A circulação em Loja no Ocidente é clara, sentido horário e tendo o Painel do Grau como referência à direita. Ocorre que tenho percebido que algumas Lojas o 2º Diácono apesar de estar à frente do 1º Vigilante (vide layout RITUAL GOB) simplesmente se vira para trás e se dirige ao 1º Vigilante (segundo as orientações do SOR isso está correto). Tenho observado também algumas Lojas em que o 2º Diácono faz o giro no Painel do Grau para se dirigir ao 1º Vigilante. Me parece que ambas podem ser consideradas corretas, ou estou enganado?

CONSIDERAÇÕES:

Segue-se o que está prescrito no SOR. O Sistema de Orientação Ritualística oficial do GOB (Decreto 1784/2019) determina, inclusive, que em nome da paridade de procedimentos ritualísticos, a circulação em Loja se inicia a partir de quando o Venerável Mestre solicitar ajuda aos Irmãos para abrir a Loja (páginas 44 e 86 do ritual de Aprendiz do REAA).

Quando à circulação do 2º Diácono durante a abertura dos trabalhos por ocasião da liturgia da transmissão da Pal∴ Sagr∴, o mesmo se dirige "diretamente" do seu lugar até o 1º Vigilante, abordando-o na sua mesa pelo seu ombro direito.

Isso ocorre “diretamente”, ou seja, sem a circulação horária em torno do Painel porque ambos os personagens estão na Coluna do Norte, e na mesma Coluna não existe circulação.

Já, quando o 2º Diácono se deslocar do 1º Vigilante, ao Norte, até o 2º Vigilante, no Sul, ele deverá então obedecer à circulação horária. Assim, o 2º Diácono em deslocamento atravessa o equador do templo pelo espaço entre a retaguarda do Painel e o limite com o Oriente até alcançar o lugar do 2º Vigilante, abordando-o pelo seu obro direito.

Cumprida a sua missão, o 2º Diácono imediatamente retorna para ao seu lugar na Coluna do Norte, dessa vez cruzando o equador do templo pelo espaço que fica entre a frente do Painel e a porta do templo.

No encerramento dos trabalhos, o 2º Diácono obedece a essa mesma circulação.

Sobre a circulação horária no templo é oportuno mencionar que o termo “circulação” não significa que cada vez que alguém necessite se deslocar pelo Ocidente da Loja obrigatoriamente tenha que dar voltas ao redor do Painel. O que existe mesmo é a regra de se circular no sentido horário quando alguém tiver que se deslocar de uma para outra coluna.

Assim, conforme explica o ritual de Aprendiz do REAA do GOB, dele a página nº 42, o procedimento é o seguinte: do Norte para o Sul transita-se passando pelo espaço localizado entre a retaguarda do Painel e o limite com o Oriente; do Sul para o Norte se faz em se passando pelo espaço entre a frente do Painel e a porta do templo. Em síntese, há espaços determinados por onde se passa ao atravessar do Norte para o Sul e vice-versa.

Por essas circunstâncias, explica-se que na mesma coluna (hemisfério) não existe circulação, já que não faria sentido, hipoteticamente, alguém precisar dar a volta ao mundo para chegar no mesmo lugar. Vale relatar que chão da Loja simboliza o solo terrestre, cujas Colunas do Norte e do Sul correspondem aos hemisférios do planeta Terra. O eixo longitudinal Leste-Oeste da sala da Loja corresponde ao equador. No sentido figurado é como se os maçons andando dentro do templo circulassem sobre a superfície da Terra.

Finalizando, no Oriente da Loja (além da balaustrada) não existe circulação horária, contudo estipula-se que nele se ingresse pelo lado nordeste, ou seja, tendo como referência o mesmo lado em que o Orador ocupa lugar. Dele se sai sempre pelo sudeste em direção à Coluna do Sul, ou seja, como referência retira-se pelo mesmo lado em que o Secretário ocupa lugar.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MINUTO MAÇÔNICO

COISAS QUE NÃO LEMBRAMOS

Os Três Reis Magos:
O árabe Baltazar: trazia incenso, significando a divindade do Menino Jesus.
O indiano Belchior: trazia ouro, significando a sua realeza.
O etíope Gaspar: trazia mirra, significando a sua humanidade.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo:
1 - As Pirâmides do Egito
2 - Os Jardins Suspensos da Babilônia
3 - O Mausoléu de Helicarnasso
4 - A Estátua de Zeus
5 - O Templo de Artemisa
6 - O Colosso de Rodes
7 - O Farol de Alexandria.

As 7 Notas Musicais
(A origem é uma homenagem a São João Batista, com seu hino:)

Ut queant laxis (dó) Para que possam
Resonare fibris ressoar as
Mira gestorum maravilhas de teus feitos
Fa mulli tuorum com largos cantos
Solve polluit apaga os erros
La bii reatum dos lábios manchados
S ancti Ioannis Ó São João

Os Sete Pecados Capitais
(Eles só foram enumerados no século VI, pelo papa São Gregório Magno (540-604), tomando como referência as cartas de São Paulo)
Gula
Avareza
Soberba
Luxúria
Preguiça
Ira
Inveja

As Sete Virtudes
(para combater os pecados capitais)
Temperança (gula)
Generosidade (avareza)
Humildade (soberba)
Castidade (luxúria)
Disciplina (preguiça)
Paciência (ira)
Caridade (inveja)

Os Sete dias da Semana e os "Sete Planetas"
Os dias, nos demais idiomas - com excessão da língua portuguesa, mantém os nomes dos sete corpos celestes conhecidos desde os babilônios :
Domingo - dia do Sol
Segunda - dia da Lua
Terça - dia de Marte
Quarta - dia de Mercúrio
Quinta - dia de Júpiter
Sexta - dia de Vênus
Sábado - dia de Saturno

As Sete Cores do Arco-Íris:
Na mitologia grega, Íris era a mensageira da deusa Juno. Como descia do céu num facho de luz e vestia um xale de sete cores, deu origem à palavra arco-íris.
A divindade deu origem também ao termo íris, do olho.
Vermelho
Laranja
Amarelo
Verde
Azul
Anil
Violeta

Os Dez Mandamentos:
1º - Amar a Deus sobre todas as coisas
2º - Não tomar o Seu Santo Nome em vão
3º - Guardar os sábados
4º - Honrar pai e mãe
5º - Não matar
6º - Não pecar contra a castidade
7º - Não furtar
8º - Não levantar falso testemunho
9º - Não desejar a mulher do próximo
10º - Não cobiçar as coisas alheias

Os Doze Meses do Ano:
Janeiro: homenagem ao Deus Janus, protetor dos lares
Fevereiro: mês do festival de Februália (purificação dos pecados), em Roma;
Março: em homenagem a Marte, deus guerreiro;
Abril: derivado do latim Aperire (o que abre). Possível referência à primavera no Hemisfério Norte;
Maio: acredita-se que se origine de maia, deusa do crescimento das plantas;
Junho: mês que homenageia Juno, protetora das mulheres;
Julho: No primeiro calendário romano, de 10 meses, era chamado de quintilis (5º mês). Foi rebatizado por Júlio César;
Agosto: Inicialmente nomeado de sextilis (6º mês), mudou em homenagem a César Augusto;
Setembro: era o sétimo mês. Vem do latim septem;
Outubro: Na contagem dos romanos, era o oitavo mês;
Novembro: Vem do latim novem (nove);
Dezembro: era o décimo mês .

Os Doze Apóstolos:
1 - Simão Pedro
2 - Tiago (o maior)
3 - João
4 - Filipe
5 - Bartolomeu
6 - Mateus
7 - Tiago (o menor)
8 - Simão
9 - Judas Tadeu
10 - Judas Iscariotes
11 - André
12 - Tomé.
Após a traição de Judas Iscariotes, os outros onze apóstolos elegeram Matias para ocupar o seu lugar.

Os Doze Profetas do Antigo Testamento:
1 - Isaías
2 - Jeremias
3 - Jonas
4 - Naum
5 - Baruque
6 - Ezequiel
7 - Daniel
8 - Oséias
9 - Joel
10 - Abdias
11 - Habacuque
12 - Amos

Os Quatro Evangelistas e a Esfinge
. Lucas (representado pelo touro)
. Marcos (representado pelo leão)
. João (representado pela águia)
. Mateus (representado pelo anjo)

Os Quatro Elementos e os Signos
. Terra (Touro - Virgem - Capricórnio)
. Água (Câncer - Escorpião - Peixes)
. Fogo (Carneiro - Leão - Sagitário)
. Ar (Gêmeos - Balança - Aquário)

As Musas da Mitologia Grega
(a quem se atribuía a inspiração das ciências e das artes)
1 - Urânia (astronomia)
2 - Tália (comédia)
3 - Calíope (eloqüência e epopéia)
4 - Polímnia (retórica)
5 - Euterpe (música e poesia lírica)
6 - Clio (história)
7 - Érato (poesia de amor)
8 - Terpsícore (dança)
9 - Melpômene (tragédia)

Os Sete Sábios da Grécia Antiga:
1 - Sólon
2 - Pítaco
3 - Quílon
4 - Tales de Mileto
5 - Cleóbulo
6 - Bias
7 - Períandro

Os Múltiplos de Dez
(os prefixos usados em Megabytes, Kilowatt, milímetro...)

NOME (Símbolo) = fator de multiplicação
Yotta (Y) = 1024 = 1.000.000.000.000.000.000.000.000
Zetta (Z) = 1 021 = 1.000.000.000.000.000.000.000
Exa (E) = 1018 = 1.000.000.000.000.000.000
Peta (P) = 1015 = 1.000.000.000.000.000
Tera (T) = 1012 = 1.000.000.000.000
Giga (G) = 109 = 1.000.000.000
Mega (M) = 10 6 = 1.000.000
kilo (k) = 10 3 = 1.000
hecto (h) = 10 2 = 100
deca (da) = 10 1 = 10
uni = 10 0 = 1
deci d, 10-1 = 0,1
centi c, 10-2 = 0,01
mili m, 10-3 = 0,001
micro µ, 10-6 = 0,000.0001
nano n, 10 -9= 0,000.000.001
pico p, 10-12 = 0, 000.000.000.001
femto f, 10-15 = 0,000.000.000.000.001
atto a, 10-18 = 0,000.000.000.000.000.001
zepto z, 10-21 = 0,000.000.000.000.000.000.001
yocto y, 10 -24 = 0,000.000.000.000.000.000.000.001
exa deriva da palavra grega "hexa" que significa "seis".
penta deriva da palavra grega "pente" que significa "cinco".
tera do grego "téras" que significa "monstro".
giga do grego "gígas" que significa "gigante".
mega do grego "mégas" que significa "grande".
hecto do grego "hekatón" que significa "cem".
deca do grego "déka" que significa "dez".
deci do latim "decimu" que significa "décimo".
mili do latim "millesimu" que significa "milésimo".
micro do grego "mikrós" que significa "pequeno".
nano do grego "nánnos" que significa "anão".
pico do italiano "piccolo" que significa "pequeno".
femto do dinamarquês "femten" que significa "quinze".
atto do dinamarquês "atten" que significa "dezoito".
zepto e zetta derivam do latim "septem" que significa "sete".
yocto e yotta derivam do latim "octo" que significa "oito".

Conversão entre unidades:
cavalo-vapor 1 cv = 735,5 Watts
horsepower 1 hp = 745,7 Watts
polegada 1 in (1´´) = 2,54 cm
pé 1 ft (1´) = 30,48 cm
jarda 1 yd = 0,9144 m
angström 1 Å = 10-10 m
milha marítima =1852 m
milha terrestre 1mi = 1609 m
tonelada 1 t = 1000 kg
libra 1 lb = 0,4536 kg
hectare 1 ha = 10.000 m2
metro cúbico 1 m3 = 1000 l
minuto 1 min = 60 s
hora 1 h = 60 min = 3600 s
grau Celsius 0 ºC = 32 ºF = ?273 K (Kelvin)
grau fahrenheit =32+(1,8 x ºC

Os Dez Números Arábicos
Os símbolos tem a ver com os ângulos:
o 0 não tem ângulos
o número 1 tem 1 ângulo
o número 2 tem 2 ângulos
o número 3 tem 3 ângulos
etc...

As Datas de Casamento:
1 ano - Bodas de Algodão
2 anos - Bodas de Papel
3 anos - Bodas de Trigo ou Couro
4 anos - Bodas de Flores e Frutas ou Cera
5 anos - Bodas de Madeira ou Ferro
10 anos - Bodas de Estanho ou Zinco
15 anos - Bodas de Cristal
20 anos - Bodas de Porcelana
25 anos - Bodas de Prata
30 anos - Bodas de Pérola
35 anos - Bodas de Coral
40 anos - Bodas de Rubi ou Esmeralda
45 anos - Bodas de Platina ou Safira
50 anos - Bodas de Ouro
55 anos - Bodas de Ametista
60 anos - Bodas de Diamante ou Jade
65 anos - Bodas de Ferro ou Safira
70 anos - Bodas de Vinho
75 anos - Bodas de Brilhante ou Alabastre
80 anos - Bodas de Nogueira ou Carvalho

Os Sete Anões:
. Dunga
. Zangado
. Atchin
. Soneca
. Mestre
. Dengoso
. Feliz

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

MAÇONARIA E COMUNISMO

É um tema deveras polêmico, mas os maçons precisam saber.

Muita gente pensa na maçonaria como sendo uma sociedade secreta mais poderosa da história, mas poucos maçons sabem que ela também foi uma das mais perseguidas desde a idade média, época em que o mundo era controlado na base do ferro e fogo, tanto por reis absolutistas como por papas inquisidores, pelo simples fato de os maçons defenderem a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

Os maçons de então questionavam quaisquer dogmas e defendiam o direito ao livre arbítrio, tal como o fazemos nestes dias, sempre mantendo as suas reuniões em sigilo. Segundo os inimigos da maçonaria, esses homens de avental representassem uma ameaça para ditadores, fanáticos e defensores do pensamento único e os mais bravos perseguidores pertenciam a igreja Cristã, segundo disse o pesquisador argentino Guillaume Freinet, autor do livro Masones y Rosacruces.

Em princípio a amizade entre maçons e igreja corria às mil maravilhas, porque os trabalhadores eram reunidos em sindicatos de pedreiros, e a igreja os contratava para construir catedrais por toda a Europa.

Agora quando esta fraternidade deixou os tijolos de lado e se assumiu como uma sociedade secreta e filosófica, ou melhor, especulativa, então nesse século XVII os poderosos se sentiram ameaçados.
Quando Anderson publicou a sua constituição em 1723 a igreja declarou guerra aberta com os até agora seus protegidos, tanto que em 1738, o papa Clemente XII emitiu uma bula proibindo os fiéis de integrar a ordem maçônica.

E os tribunais da Inquisição ganharam carta branca para torturar aqueles que outrora eram os protegidos da igreja, mas agora passaram a ser considerados hereges e satanistas.

Nessa época morava em Portugal um suíço de nome John Coustos, que foi preso em Lisboa por ordem do governo português e levado à câmara de tortura do Santo Ofício, no qual foi forçado a jurar sobre os santos Evangelhos, sendo obrigado inclusive a se despir, onde foi atado numa cama de tortura, apelidada de potro, porque ela esticava as pernas e braços da vítima até arrebentá-los.

Dizia o inquisidor, Felipe de Abranches, que se a vítima viesse a morrer por ocasião da tortura, nem ele e nem seus auxiliares tinham qualquer culpa e isto, por incrível que possa parecer, consta dos autos do processo inquisitório.

Esse maçom suíço não chegou a morrer, sendo libertado graças à intervenção do embaixador da Inglaterra em Portugal que rompeu o silêncio imposto pelos bispos e contou tudo no livro Os Sofrimentos de John Coustos em 1745.

Os papas seguintes também atacaram os maçons, entre eles Pio VII, cujo pontificado foi de 1800 a 1823), Leão XII de1823 a 1829 e Gregório XVI, de 1831 a 1846. Até mesmo em casos recentes, quando Bento XVI, o penúltimo papa recondenou a maçonaria.

O mais incisivo de todos, no entanto, talvez tenha sido Leão XIII, sumo pontífice de 1878 a 1903, tanto que na sua encíclica Humanum Genus, de 1884, diz que os partidários do mal haviam se juntado numa organização de alcance mundial cujo objetivo era destruir o cristianismo e se apoderar dos seus bens espirituais, alegando que Jesus tinha lhe dado essa incumbência de salvar as nações.

Os maçons de então, já na mira dos fascistas no limiar do século 19 para o século 20, se tornaram alvo dos partidos influentes, tanto que a revolta anarquista de 1909 contra o rei espanhol Afonso XIII, por exemplo, o governo prendeu Francisco Ferrer que era um maçom e que tinha fundado escolas laicas e escrito livros criticando a Igreja.

Francisco Ferrer foi acusado de instigar a rebelião contra o rei espanhol que o julgou e mandou fuzilar, parece que já ouvi isto a pouco tempo, mas não, foi em 1909 e isto está registrado por Jasper Ridley, um inglês e autor do livro 'Le Freemasons'.

Aqui no Brasil, durante a ditadura do meu conterrâneo Getúlio Vargas, as Lojas Maçônicas foram obrigadas a ter personalidade jurídica própria, exatamente como aconteceu aqui no Brasil no Governo Lula.

Para muitos historiadores, essa foi a forma que o governo encontrou para identificar os seus membros facilmente. Os templos foram fechados, mas isso não significa que Vargas reprimiu a maçonaria como um todo. “Assim como na Revolução Francesa, havia maçons dos dois lados, tal como aconteceu aqui no Brasil, tanto na guerra contra o Paraguai como na revolução Farroupilha aqui do Rio Grande do Sul, maçons dos dois lados, cada um defendendo o seu ponto de vista.

A maioria dos maçons se contrapuseram ao presidente Vargas, mas alguns o apoiaram, isto dito por Marcos José da Silva, grão-mestre geral do Grande Oriente do Brasil.

Já os simpatizantes do governo não sofreram repressão, porém os opositores, quando identificados, acabaram presos e foi fácil identifica-los, porque naquela época, tal como hoje todas as lojas tem cnpj, portanto de conhecimento público.

Eles foram perseguidos não por serem maçons, mas por sua ideologia política, era a desculpa do governo, acrescentou Marcos José da Silva, entretanto os irmãos de fraternidade argentinos eram alvo do general Uriburu, que deu um golpe de Estado em 1930 e implantou um regime de inspiração fascista.

A perseguição aos maçons na Argentina aumentou com o Congresso Eucarístico de 1934, acontecido em Buenos Aires pelo cardeal conservador Eugenio Pacelli, futuro papa Pio XII.

Toda a maçonaria Argentina foi cercada e começaram a abater colunas para proteger os irmãos e seus familiares que também eram presos segundo escreveu Nicolas Orlando Breglia, pró-grão-mestre da Grande Loja da Argentina de maçons livres e aceitos.

Nessa mesma época a maçonaria vivia um inferno na Europa, porque os maçons apoiaram os republicanos durante a guerra civil espanhola acontecida entre 1936 e1939, mas os fascistas triunfaram com o apoio dos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini que instauraram um regime totalitário, liderado pelo general Francisco Franco.

No ano de 1940, Franco assinou um decreto que criava o tribunal de repressão à maçonaria para atingir inclusive os que foram maçons e seus familiares, isto dito pelo historiador Jasper Ridley, tanto que milhares de maçons foram julgados e presos por esse tribunal e encarcerados em campos de concentração, entretanto a maior chacina sofrida pelos maçons foi durante o nazismo.

Logo no início, cartazes elaborados por Joseph Goebbels, ministro da propaganda do terceiro reich, mostravam uma serpente enredada três palavras, quais eram, judaísmo, maçonaria e bolchevismo.

Aqui no Brasil as lendas medievais contra os maçons ganharam nova roupagem graças ao escritor e político Gustavo Barroso que pertencia a ação integralista brasileira e que por sua vez era parceira do nazifascismo em vigor na Europa, tanto que ele alertava sobre uma suposta conspiração judaico-maçônica para dominar o mundo.

Em 1936, esse bandido Gustavo Barroso editou um livro intitulado, Os Protocolos dos Sábios de Sião, que afinal era uma espécie de bíblia do antissemitismo, compilada na Rússia czarista. No ano seguinte, devido a sua loucura conspiratória editou outro livro com o título de, A Maçonaria, Seita Judaica e depois O Judaísmo, mas finalmente editou Maçonaria e Comunismo junto com Gestapo, a polícia secreta de Hitler.
Naquela época fatídica quem não abandonasse a maçonaria estava perdido, devido a tanta perseguição ao ponto de fazerem relatórios alertando sobre perigosas conferências feitas por filósofos e rosa-cruzes, dizendo que maçons tinham se infiltrado no partido nazista e no Banco Central alemão, segundo escreveu o historiador britânico Michael Burleigh em seu livro, Uma Nova História, onde dizia ele, que no Brasil os documentos nazistas também apontavam essas conexões sinistras, incluindo maçons do Brasil e do Uruguai.

Em seu livro, Uma nova História, Michael Burleigh dizia que a maçonaria era um perigo, porque todo o governo francês era composto por maçons, sem falar no presidente americano Franklin D. Roosevelt, tenebroso maçom.

A maçonaria daquela época foi esmagada porque defendia a liberdade a igualdade e a fraternidade, além de ser apontada como um veículo das ideias judaicas, tanto que em 1938, em meio aos preparativos para a Segunda Guerra Mundial, Hitler anistiou os maçons que renunciassem à ordem, porque queria manda-los para a guerra como o fez, ainda assim o clima de medo persistia devido as exposições antimaçônicas.

O museu do Holocausto em Washington confirma que a mortandade de judeus maçons era inacreditável, tanto que não foi possível enumera-los, além é claro, dos enviados para campos de concentração.

Mais uma vez eu lamento tratar deste tema, mas não posso, por questões de princípios maçonicos omitir este conhecimento aos meus irmãos do Brasil e dos outros países que me honram com a sua audição.

Autor desconhecido

Fonte: Facebook_Pedreiros Livres

terça-feira, 25 de abril de 2023

A QUEM O COBRIDOR INTERNO ANUNCIA - REAA

Em 15.12.2022 o Respeitável Irmão Itamar Pereira, Loja Filhos de Salomão, 2311, REAA, GOB-DF, Oriente de Brasília, Distrito Federal, faz a seguinte pergunta:

COBRIDOR INTERNO

Já li várias respostas suas sobre o Cobridor Interno, mas ainda me resta uma dúvida que não achei em nenhum local.

No caso de um Irmão atrasado bater maçônicamente à Porta do Templo. O Cobridor responde às batidas e anuncia a quem?

Primeiro ou Segundo Vigilante (nesse caso a Loja já está aberta e funcionando com força e vigor.

CONSIDERAÇÕES:

Veja, convenciona-se que se a Loja ainda não estiver aberta, estando em processo de abertura, caso algum retardatário bata à porta do templo, o Cobridor Interno comunica ao 1º Vigilante. No caso de a Loja estar aberta, essa comunicação é feita ao 2º Vigilante.

A bem da verdade, não existe nenhuma regra oficial a respeito porque nenhum ritual sério vai institucionalizar o atraso, sobretudo pelo respeito àqueles que são pontuais.

Em caso de atraso, recomenda-se que o retardatário, em qualquer situação, dê apenas a bateria de Aprendiz. Se o momento não for propício para o ingresso, para não atrapalhar a ritualística de abertura, por exemplo, o Cobridor Interno repete essa bateria, o que significa que o retardatário deve aguardar. Então, no momento propício, o Cobridor comunica o Vigilante.

Antes de tudo recomenda-se que ninguém chegue atrasado, até porque o ritual não prevê atrasos. Na hipótese de isso acontecer, que pelo menos não ocorram na porta do templo batucadas e outros recursos escusos do gênero. Para tal, o atrasado dá apenas a bateria de Aprendiz. Sendo ela repetida internamente, entenda-se que é para aguardar. Não existe pancada única, de alarme, etc. O grau em que a Loja estiver trabalhando será informado ao retardatário pelo Cobridor Interno no momento em que ele abrir a porta para verificar quem bate.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O DELTA LUMINOSO

Paulo Roberto Marinho

 Delta Luminoso ou Radiante é o triângulo eqüilátero tendo no seu interior a figura de um olho esquerdo – Olho da Providência – ou as letras do nome hebraico de DEUS (Iôd, He, Vau, He) ou ainda somente a primeira letra (Iôd). Representa a presença de DEUS. Sua localização correta é na parede Oriental do Templo, compondo, ou não, o Painel Simbólico. Por representar a divindade ele não pode ser encoberto por nada ou ninguém. 

Para destacar o Delta Luminoso alguns Rituais do R∴E∴A∴A∴ descrevem sua figura suspensa por um fio entre duas Colunas de ordem Compósita que ladeiam a cadeira do Ven∴ Mestre. Ou seja, acima do espaldar. Porém muitas Lojas, por adequações sem fundamentações, resolveram transferir o Delta para frente do dossel. Aproveitaram, para ficar mais “bonito”, construí-lo em forma de caixa e colocaram dentro uma lâmpada elétrica, desta forma ninguém duvidaria que aquele seria o Delta “Luminoso”. Como se não bastasse inventaram um Delta para a Loja de Companheiro, este com a Estrela Flamejante ou Hominal. Em Loja de Companheiro Maçom, retiram o Símbolo de DEUS e colocam um símbolo do homem, ignorando as prescrições da maioria dos Rituais do R∴E∴A∴A∴ 

“A Estrela Flamejante brilha no centro da Loja” (Templo). Está colocada entre o Sol e a Lua (Venerável e 1º Vig∴) portanto, ao “Meio-dia” é representada pelo 2º Vig∴ . 

Nos Rituais mais antigos, no texto que descreve a cerimônia iniciática de Elevação ao grau de Comp∴, lê-se: 

“... contemplai este Delta Misterioso... este DELTA resplandecente de luz, dominando nossa Loja, vos mostra duas grandes verdades e duas sublimes idéias. A letra Iôd ou G, representa...”

Já nos Rituais mais recentes lê-se: 

“... contemplai este Delta Misterioso... Esta ESTRELA resplandecente de luz, dominando nossa Loja, vos mostra duas grandes verdades e duas sublimes idéias. A letra Iôd ou G, representa...”

Isto foi o suficiente para inventarem o tal “Delta do Grau de Comp∴”; enxertaram a Estrela dentro do Delta materializando o sentido figurado, a conotação. Esqueceram, ou fizeram “vista grossa”, a parte do texto que define em todas as edições dos Rituais do grau de Companheiro Maçom o simbolismo da letra Iôd ou G, que figuram, uma ou outra, inscritas no Delta. 

O Pentagrama – Estrela flamejante – com a letra “G”em seu interior é figura que compõe o Painel do grau de Companheiro Maçom; também, faz parte dos Ornamentos da Loja de Comp∴ (Pavimento Mosaico, Orla Dentada e Estrela Flamejante), e como tal deveria estar suspensa no centro geométrico do Templo – Meio dia – próximo ao 2º Vig∴. 

O Obreiro, quando em circulação, deve observar que a saudação que se faz ao cruzar o eixo do Templo, à frente do A∴dos JJur∴ou do A∴dos PPerf∴, ou ainda do Oriente, é gesto de homenagem, respeito e reverência ao G∴A∴D∴U∴ representado pelo DELTA LUMINOSO, o símbolo de Deus na Loja. O Ven∴Mestre não tem que responder a esta saudação com meneio de cabeça ou outros gestos, mesmo porque, a saudação, naquele momento não lhe é dirigida. O que ocorre é que o Ven∴Mestre posiciona-se na mesma linha do Delta Luminoso, ficando, o Delta, deste modo, encoberto. Surgiu então, por esta confusão, a proposta que a saudação seria ao Ven∴Mestre. 

O Ven∴Mestre representa a principal Luz da Loja; o Sol, a Sabedoria etc. Mas, algo é infinitamente superior à representação do Sol, da Sabedoria e outras analogias qualificativas ou representativas do Ven∴Mestre, que é a representação do G∴A∴D∴U∴ pelo DELTA LUMINOSO com o Olho da SUPREMA SABEDORIA ou o TETRAGRAMA SAGRADO, ou ainda, da letra Iôd ou G. 

Para distinguir a saudação – entre o Venerável e o Delta – e evitar a confusão os Obreiros passaram a dirigir o olhar para o Delta Luminoso suspenso, no momento da saudação. Mas, isto não é necessário, principalmente, quando o Delta está instalado, irregularmente, na frente do Dossel. O importante é se ter conhecimento que aquela saudação é ao Delta Luminoso ou Radiante. Nada no Templo é superior ao DELTA RADIANTE – a PRESENÇA DE DEUS. Se dedicarmos nossa saudação, ao cruzar o eixo do Templo, ao Ven∴Mestre, estaremos ignorando ou subestimando o G∴A∴D∴U∴ Ações de respostas às saudações, procedidas pelo Ven∴Mestre, neste caso, sugerem legitimar a interpretação de que a reverência é ao Ven∴Mestre. “Meneio de Cabeça”, embora contido nos Rituais, não é sinal maçônico, apoiar o Malhete sobre o peito, somente quando de pé. Mesmo assim, não como resposta a Saudações e sim como postura ritualística.

Fonte: www.revistaartereal.com.br

segunda-feira, 24 de abril de 2023

COMO PEDIR A PALAVRA EM LOJA NO REAA

(republicação)
Em 14/11/2017 o Respeitável Irmão Carlos Alberto C. Silva, Loja Lautaro, 2.642, REAA, GOSP-GOB, sem mencionar o Oriente, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos.

COMO PEDIR A PALAVRA EM LOJA

Um Irmão de minha Loja me fez um questionamento interessante, sobre o qual nunca tinha pensado e não sei responder com embasamento e segurança já que não me lembro de ter passado por esses procedimentos em qualquer livro que eu tenha lido.

1. Quando um Irmão em Loja levanta-se para falar, a quem ele dirige a palavra? É ao Venerável Mestre?

2. Ele pode se dirigir a outros membros da Câmara e falar diretamente a estes?

Aproveito para "engatar" agora uma questão minha:

3. Qual é, em seu entendimento, o correto procedimento para se pedir a palavra quando esta circula pelas colunas? Já vi de tudo: Ficar de pé e à Ordem, bater nas costas da mão esquerda, levantar o braço direito como o sinal de aprovação, bater palmas e até com "psiu's". Tenho um livro que ensina que se deve bater palma e em seguida levantar o braço direito a título de "chamar a atenção do Vigilante". Inclusive um Manual de Dinâmica Ritualística que tenho recomenda a mesma coisa.

CONSIDERAÇÕES:

No caso do REAA∴ quando um Irmão em pé faz o uso da palavra ele fica à Ordem, antes, porém, nesse caso ele cumpre o protocolo de mencionar por primeiro as Luzes da Loja, em seguida e genericamente (sem mencionar uma a uma) as autoridades maçônicas se for o caso e por fim os demais presentes também na forma genérica de “meus Irmãos”. 

Esse protocolo é uma característica do Rito e não pode se confundir com “saudação maçônica”. O ato de se mencionar alguém em se estando à Ordem não significa que literalmente esse alguém está sendo saudado. Cada ato ritualístico deve ser interpretado no contexto da situação em que ele acontece. Nesse caso generalizar o significado é algo temerário.

Dados esses comentários, vamos às questões propriamente ditas.

1. Salvo se respondendo a uma questão específica de alguém ou mesmo dirigindo uma pergunta para alguém, quem usa a Palavra geralmente se dirige à Loja como um todo, isto é, à assembleia de Irmãos. É daí a expressão final do protocolo quando o usuário da palavra se refere por final aos “meus Irmãos”. Um obreiro usando a palavra em Loja não necessita manter-se estático com a sua visão na direção de alguém. Com o olhar ele pode percorrer com discretos movimentos da sua cabeça orientando a sua fala nas diversas direções do recinto.

2. Obviamente que sim. Essa resposta está implícita no que menciona a nº 1 acima.

3. O modo clássico e tradicional é o de bater com a mão direita sobre o dorso da mão esquerda fechada, esticando em seguida à frente o braço direito para chamar a atenção. O resto é invenção e preciosismo.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br