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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

quarta-feira, 22 de junho de 2011

POR QUE É PRECISO "MORRER" ANTES DE SE TORNAR MAÇOM?

Aprendiz Maçom

Calma, calma, querido leitor, a palavra “morrer” não deve ser levada bem ao pé da letra. O que acontece é que é impossível uma pessoa (ou “profano”, como os maçons chamam os que não são da ordem) tornar-se maçom sem que esta se liberte de seus defeitos e paixões profanas (esteja preso a eles), despojando-se de tudo que brilha enganosamente, do que traz proveitos fáceis, dos preconceitos, do orgulho e da vaidade, devendo, eu seu ritual de iniciação, “morrer” simbolicamente, para que dessa forma, renasça como um maçom. Se algum de vocês vierem a ter a oportunidade de perguntar à um maçom quando ele iniciou na maçonaria, ele certamente, se for bem instruído, falará que renasceu (ou nasceu como maçom) em data tal e tal. É claro que alguns preferem restringir este tipo de expressão apenas aos irmãos, já que para profanos soaria um tanto que estranho (ou você não iria fazer uma careta e perguntar: nasceu!?).

O tema do primeiro grau maçônico é a iniciação numa nova vida, ou seja, o nascimento do profano na Arte Real. Logo, o profano deve ser iniciado nos segredos maçônicos, o que significa criar, em si, por sua vontade e pelo seu espírito, um homem totalmente novo, melhor e capaz de se elevar espiritualmente, passando a agir segundo um novo ideal de vida.

Neste grau, o maçom deve aprender a colocar em prática o primeiro dever do iniciado: trabalhar em si mesmo.

Bem como a calar, escutar, observar e meditar. Pois, na maçonaria operativa o aprendiz era o servidor dos mestres-de-obras, ele via e aprendia, e silenciosamente seguia as obras dos mestres, obedecendo-os e cuidando de seus materiais de trabalho.

Quando a Ordem maçônica tornou-se uma corporação regular o aprendiz devia submeterse ao perigo de provas físicas, que no atual Rito Escocês são em partes conservadas como um meio de exercitar a imaginação dos iniciados, para que eles sintam que os caminhos do saber são ásperos, íngremes e difíceis.

Atualmente, de acordo com os ensinamentos da maçonaria especulativa cabe ao aprendiz maçom o trabalho de desbastar a Pedra Bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e das paixões, para poder concorrer à construção moral da humanidade, o que é a verdadeira obra da maçonaria. Nosso ritual assim pontua: “Para que nos reunimos aqui? Para erigir Templos à virtude, e cavar masmorras ao vício.”

Assim, durante o interstício do grau de aprendiz os irmãos devem se dedicar a esses objetivos, ou seja, trilhar um caminho de observação e trabalho com o fito de obter o domínio de si próprio, com o único desejo de progredir na grande obra que empreendestes ao entrardes em nossa Ordem.

Para que, quando do término desse trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar da Pedra Bruta, tenha o aprendiz maçom conseguido pela fé e pelo esforço individual, transformá-la em Pedra Polida apta à construção do edifício social.

Nas palavras de Manly P. Hall, escritor maçom: “O aprendiz maçom precisa embelezar seu Templo. Ele precisa construir dentro dele, por suas ações, pelo poder de suas mãos e das ferramentas de seu ofício, certas qualidades que tornem possível ua iniciação nos graus mais elevados da Loja Espiritual.”Assim, quando atingido esse objetivo comum, o aprendiz pode descansar o maço e o cinzel para empunhar outros utensílios e ter a consciência de que o início de seu trabalho de edificação do seu “eu interior” foi realizado. Tendo atingido esse ponto e feito o melhor que lhe foi possível, está em posição de ansiar que as forças que agem de forma misteriosa possam considerá-lo merecedor de avanças para o segundo grau no caminho do engrandecimento espiritual.


Bibliografia:
  • Trabalho baseado na obra “O Mestre Secreto” dos irmãos Xico Trolha e José Castellani, editada pela editora “A Trolha”;
  • As Chaves Perdidas da Maçonaria, obra do irmão Manly P. Hall, editado pela Madras;
  • Ritual do Aprendiz Maçom, editado pelo GOB;
  • Manual de Dinâmica Ritualística do 1º Grau de Aprendiz, editado pelo GOB. Modificado a partir do texto do Ir∴ Rafael Luiz Ceconello da ARLS Fraternidade Universitária “Luz do Oriente”.
Fonte: JBNews - Informativo nº 298 - 22.06.2011

O PORQUÊ DOS MOVIMENTOS ANTIMAÇÔNICOS

Paulo Santos, M∴I∴ ARLS Verdadeiros Amigos 3902 GOSP/GOB (Oriente de São Paulo) - Brasil

Prancha em homenagem aos Conhecedores IIR.`. dos Augustos Mistérios, Respeitabilíssimo IR.’. Carlos Basílio Conte do GOSP.’./GOB.’., e Respeitabilíssimo IR.’. José Ebram da GLESP.’.

"A Maçonaria é uma fraternidade dentro de uma fraternidade - uma organização exterior que esconde uma irmandade interior dos eleitos... é necessário estabelecer a existência dessas duas ordens separadas, porém independentes, a visível e a outra invisível. A sociedade visível é uma esplêndida camaradagem de homens 'livres e aceitos' que se reúnem para dedicarem seu tempo às atividades éticas, educacionais, fraternais, patrióticas e humanitárias. A sociedade invisível é uma fraternidade secreta e augustíssima cujos membros dedicam-se ao serviço dos arcanos." [Lectures on Ancient Philosophy, Manly P. Hall, pg 433]

Inicio os traçados de meu trabalho utilizando-me do conteúdo encontrado no site www.espada.eti.br, eminentemente antimaçom, onde relata segundo sua ótica, práticas comumente adotadas pelos maçons, que são incompatíveis com a religião de Cristo. “Adivinhação (proibida na Bíblia); Adoração da Natureza (a adoração ao sol é a adoração mais básica na Maçonaria invisível); Adoração à Serpente (a Maçonaria não apenas é uma religião, como também adora a Serpente, na verdade, o próprio Satanás); Alquimia; Astrologia (proibida na Bíblia); Auto-Sugestão; Religiões Antigas; Babilônia; Blavatsky, Helena P. (uma das mais satânicas praticantes de magia negra de todos os tempos, autora de livros da Sociedade Teosófica; seus ensinos foram estudados por Adolf Hitler e forneceram a base para o holocausto judaico); Budismo; Cabala (reinterpretação satânica do Antigo Testamento); Caldeus (os mistérios babilônios e caldeus foram aniquilados por Deus por causa do severo satanismo; os mistérios de babilônia também são condenados no livro do Apocalipse); Carma (doutrina satânica baseada na Reencarnação); Clarividência (totalmente satânica e proibida na Bíblia); Consciência do Amor e do Sexo (completamente satânica); Consciência Cósmica (satânica); Cores e Sons (criticamente importante no satanismo); Corpo Astral (prática satânica); Cristianismo Esotérico (redefinição das doutrinas cristãs); Druidismo e Celtas (elevaram os sacrifícios humanos aos mais altos níveis); Doutrinas Orientais; Evolução (e você achava que a Maçonaria era compatível com o verdadeiro Cristianismo); Falicismo (adoração do membro sexual masculino ereto!); Física Transcendental; Geomancia e Gematria (satânica); Gnosticismo (o apóstolo Paulo combateu essa doutrina em suas epístolas); Hermetismo; Hipnotismo; Interpretação pela Bola de Cristal (proibida na Bíblia); Islã; Leitura da Sorte (proibida na Bíblia); Leitura de Cartas; Misticismo Cristão (este é o "cristianismo" da Maçonaria, onde todas as doutrinas são reinterpretadas); Magia (proibida na Bíblia); Quiromancia (adivinhação satânica por meio da leitura das mãos); Reencarnação; Sociedade Rosa-Cruz (totalmente satânica); Santo Graal (alegoria satânica para preparar o Anticristo); Tarô (adivinhação proibida na Bíblia); Telepatia (comunicação satânica sem o uso de linguagem audível); Zoroastrismo (seita satânica destruída por Deus no Antigo Testamento).”

Observo que os movimentos antimaçônico tem-se preocupado e teme os pouquíssimos IIR.’. que ousam ir além, transformando o conhecimento exotérico adquirido em esotérico, em contrapartida a grande maioria dos IIR.’. que buscam e contentam-se com o conhecimento de cunho exotérico e filosófico.

Quando aprofundava os meus estudos através da teologia, pude compreender o real motivo da Inquisição orquestrada pela Igreja Católica, bem como o porquê da perseguição aos protestantes e principalmente o real interesse contido no Concílio de Nicéia realizado no Século IV DC., arquitetado pelo imperador Constantino, onde destaco a escolha dos 66 (sessenta e seis) livros que foram aprovados e escolhidos para inserção na Bíblia sagrada, e o porque da exclusão de outros, atualmente considerados apócrifos.

Com relação aos evangelhos apócrifos destaco o de Tomé; -O Reino de Deus está dentro de Você e a Sua volta; não em prédios de madeiras ou pedras. Rache uma lasca de madeira e EU estarei lá; Levante uma pedra e ME encontrará" ”O reino está dentro de vós e também em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, sereis conhecidos e compreendereis que sóis os filhos do Pai vivo. Mas se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis a pobreza.”

Nos escritos atribuídos à Maria Madalena encontramos; “Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas.”

Particularmente sou plenamente a favor de todos os segmentos religiosos que servem também como um freio salutar às paixões e vícios humanos, mas como um eterno buscador que sou, além de um livre pensador e pesquisador penso que o conhecimento dos pouquíssimos IIR.’. é o maior temor de todos os movimentos anti- maçônicos, pois eles sabem que o Maçom tem a plena possibilidade de encontrar a palavra perdida dentro de si, através da compreensão da palavra alquímica VITRIOL, que franqueia o conhecimento sobre a verdade contida na palavra perdida à ser encontrada. Palavra essa que repousa no interior de nossa personalidade alma aguardando ser desperta, sem a necessidade de procurá-la “apenas” na religião A, B, ou C, ambas alicerçadas em inúmeros dogmas, e exclusivamente no interior de seus belíssimos templos e igrejas.

“Se conheceres a verdade e a verdade vos libertará”. Se a verdade efetivamente se encontra no interior do novo homem que viu e efetivamente “enxergou” a ansiada luz, que trabalha e cava masmorras aos vícios e às suas vontades, pergunto-vos como alguns segmentos religiosos iriam sobreviver sem o dízimo, contribuições e doações?. Como alguns pastores e alguns clérigos teriam condições de terem motoristas, carros top de linha, casas de veraneio, ternos importados, polpudas contas bancárias, mulheres formosas, etc, etc, etc e tal.

IIR.’. "Quando o maçom aprende que o segredo para o guerreiro é a correta aplicação do dínamo do poder da vida, ele aprendeu o mistério de sua Arte. As energias estão em suas mãos e antes que ele possa avançar para frente e para cima, precisa provar sua capacidade de aplicar corretamente a energia." [The Lost Key to Freemasonry, Manly P. Hall, publicado pela Macoy Publishing and Masonic Supply Company, Richmond, Virgínia, 1976, ].

Queridos IIR.’. fecho a presente com os traçados do estudioso IR.’. Chico da Trolha; “A anti-maçonaria como vemos, não é de agora. Ela vem lá das cavernas do Passado. Ruge muito, calunia, esbraveja; nas Igrejas, nas Escolas, nos Jornais e Revistas, mas, como não possuem o dom da Verdade; o argumento da sinceridade – não convencem. Só derrubam algum tronco já carcomido, ou que já nasceu defeituoso, pois foi mal plantado.”

Bibliografia:

Bíblia Sagrada e Livros apócrifos de Tomé e Maria Madalena. Site www.espada.eti.br

Fonte: JBNews - Informativo nº 298 - 22.06.2011

JBNEWS - PRAZO DE VALIDADE MAÇÔNICO

Repasse do Ir∴ Carlos Augusto G. Pereira da Silva.
Ex V∴M∴ Loja Obreiros de São João no. 42, Porto Alegre – RS.

PS: Ousaria acrescentar ao brilhante texto acima:

Triste mesmo não é ter o prazo de validade maçônico vencido e sim constatar isto e permanecer “EM LOJA” como Obreiros insinceros, indiferentes, indisciplinados e/ou inúteis. (Pág. 227 do Ritual de Aprendiz-Maçom (Rito Brasileiro) – Edição 2009.

Meus Gentis Irmãos,

Prazo de validade é para mostrar e dizer a todos que aquilo que está proposto, se passar daquele tempo, já era. Perde o valor. Perde a utilidade.

Só tem valor, quando ainda é útil. Quando ainda possui qualidade. Passou do ponto, do tempo, fica inadequado.

E é o que estamos vendo hoje.

Esgotou-se o prazo, o tempo. Já era essa de falar do passado, do Deus vingativo, de Velho testamento, de falar aquilo que não se faz, de se achar dono daquilo que é de todos. Perderam o prazo de validade esses temas entre outros.

Hoje o que vale é ter olhos para frente, o que, aliás, é a função deles, olhar para frente e onde eles exatamente estão conforme a natureza - na frente. Mas, os maçons insistem em olhar o retrovisor.

O que tem valor é o maçom, e consideramos o ritual o mais importante.

O que tem validade é o maçom, e nós achamos o que vale é a hierarquia sem exemplo.

O que tem validade é o maçom disciplinado, e nós achando que obediência é mais importante.

O que tem validade é o maçom civilizado, e nós achando que saberes ultrapassados são relevantes.

A Maçonaria foi feita para o maçom! Não esqueçamos.

Meus Gentis Irmãos, o valor do maçom está sempre na relação direta de seu aprendizado, em qualquer grau. Quem acha que já sabe tudo, está na hora de ser trocado, quem acha que já amadureceu deve ser trocado, parou de aprender, estagnou. Perdeu a validade.

Quem acha que o número a mais na lapela é mais importante do que o conhecimento, perdeu a validade, deve ser trocado, brecou a aprendizagem. Quem acha que conhece, mas não compartilha conhecimento, não conhece. Seu prazo de validade expirou.

Quem sabe e não denuncia, é conivente. Portanto, sua validade de confiança expirou também, deve ser trocado pela ética.

Os temas e saberes ultrapassados ministrados de hoje em dia são importantes para historiadores, para recomposição da história, mas para que possamos realizar o futuro é preciso aprender a aprender. Esse é o novo prazo de validade maçônica.

Aprender a aprender e criar novos conceitos. Aliás, típica função do mestre. E ele que, nesta jornada de maestria, precisa se libertar e buscar a autonomia, ensinamento deixado pelos irmãos da era do iluminismo.

Já que subordinação é coisa para omisso, e subalterno. É contra a proposta maçônica tal comportamento. É incoerência.

Isso em Maçonaria se chama atraso, anacronismo, paternalismo que leva ao autoritarismo das idéias e tranca o desenvolvimento do Ser, por achar que o mérito do saber e da autonomia não têm valor.

Maçom que se preze, não pode tolerar isso. E não tolerar aqui, é não aceitar que a incultura tome conta.

A Maçonaria hoje e os maçons de hoje estão com medo do futuro e por isso agarrados ao passado que não fizeram, e a Maçonaria achando-se merecedora do mérito de algo que não pegou como o exemplo. A ação Maçônica. Ação de irmãos do passado que agiram em prol do tornar feliz a humanidade. Por isso, são lembrados, ate porque não há Maçonaria sem maçons.

E nós hoje o que fizemos?

Se a Maçonaria hoje fosse tirada do planeta, a sociedade lamentaria?

Aceitamos fotos nos jornais paramentados, mas criticamos aqueles que em comum acordo para o agir, realmente fazem. Achando que continuar a falar é mais importante do que fazer. Na visão da sociedade para estes o prazo de validade venceu. Troca-se, pega-se outro, outra proposta.

Nosso prazo venceu? Que acham disso, meus Gentis Irmãos?

Quando comemoramos o dia do Maçom, dia 20 de agosto, só falamos do passado, sem nenhuma proposta de futuro.

Ficamos indignados com os políticos. Mas, não fizemos uma campanha pública para que esses que ai estão não recebam os votos nas próximas eleições e assim esclarecermos o povo. Mostrando quem e quem na política - e assim melhorarmos a política. Seria interessante ou não? Não é assunto maçônico? Pensemos nisso.

Só a indignação sem atos é retórica e com prazo de validade vencido.

Tipo o Senador Suplicy que votou a favor na comissão que inocentou os corruptos e fez marketing na tribuna dizendo o contrário. Não é sustentável, não tem responsabilidade social, seu sentimento não está de acordo com o que fala, com o que faz. Seu prazo de validade venceu. E se assim fizermos também, o nosso prazo venceu.

Criticamos as benemerências, os Troncos de Solidariedades Sociais, mas nos orgulhamos das fotos nos jornais, paramentados em lugar inadequado, adoramos os diplomas, etc. E isso de algo que não aparece para a sociedade, os feitos. Falamos mas não vemos o que foi feito, muito raro talvez possamos ver. Ou então não sabemos nos comunicar. Aliás, isso e um grave problema maçônico. Mas, para quem sabe fazer não se dá ouvido, por isso que o prazo vence e os erros se tornam repetitivos.

Como a Maçonaria esta fazendo coisas que a sociedade não sabe!

Só que as coisas e a situação da sociedade não mudam, não é mesmo? Pioram?

Meus Gentis Irmãos, nosso prazo de validade está vencido ou vencendo?

Estejamos atentos para que não passemos para o futuro, para a nova geração, como uma geração de maçons que mais falou do que fez, mais criticou do que deu exemplo. Será muito ruim se daqui a dez anos, nas comemorações do dia do maçom, se continue a lembrar daqueles antigos e esqueçam de nós, não por esquecimento de datas, mas por não termos feitos consideráveis e relevantes para a sociedade de hoje.

Renovemos o nosso prazo de validade agindo mais e falando menos. 

Aprenda a aprender.

Participe de grupos de estudos. 

Seja pró-ativo.

Iniciação - Elevação – Exaltação.

Assim é possível começar a renovar o prazo de validade maçônica e ter uma vida útil maçonicamente falando para tornar feliz a humanidade como construtor social bem maior.

Já que o senta e levanta das sessões como ouvi esses dias, só nos tem levado a uma coisa: a evasão.

O meu prazo não venceu e só vencerá quando o G∴A∴D∴U∴ me chamar para outras obras em outros orientes. Por isso, estou compartilhando conhecimento, em grupos de estudos e de internet e fazendo encontros periódicos para despertar o maçom para o seu prazo de validade ser o maior possível.

E o seu prazo de validade maçônico, meu Gentil Irmão, como está?

Pare de observar, comece a fazer. É sempre melhor fazer para ensinar depois do que ensinar sempre sem nunca fazer.

Conclusão: Apenas lamentamos não sermos os idealizadores da mensagem, se assim o fosse escreveríamos muito, muito mais, a começar pelas cúpulas da Ordem que apenas copulam!

“Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso.” (Bertolt Brecht)

Fonte: JBNews - Informativo nº 298 - 22.06.2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

PARA ONDE CAMINHA A NOSSA SOCIEDADE?

Ir∴ Luiz Felipe Brito Tavares, Médico e escritor na vida profana,
É AM da Loja Luz do Planalto nr. 76 São Bento do Sul – SC

Para onde caminha nossa sociedade?

A cada dia temos a impressão de que o respeito diminui, e que a leviandade ganha terreno.

Porém estamos no século 21 e nosso grau de conhecimento da existência tem aumentado dia a dia de forma vertiginosa.

Possuímos uma história rica cheia de exemplos e lições memoráveis de vida. Então porque tanto desequilíbrio graça em nosso orbe planetário?

De fato uma visão talvez precipitada nos induza a conclusões pessimistas e desanimadoras, mas de fato estaríamos, não obstante as conquistas tecnológicas, regredindo moralmente?

Uma corrente de espiritualistas afirma que nosso planeta nunca foi brindado com tanta luz como hoje.

Porém diante de tantas atrocidades como podem afiançar tal conclusão? Com uma frase simples podemos representar seus pensamentos:

“Quando estamos no escuro, não enxergamos a dimensão da desordem presente.”

Durante muitos séculos nossa sociedade vem apresentando acréscimos em seu cabedal cultural e científico, e paulatinamente vem, embora a passos muito lentos, amadurecendo. Não obstante, nunca em toda sua história vivenciou tamanho grau de liberdade como nos dias de hoje.

No passado a grande massa sempre foi cativa de senhores, e até pouco tempo, ainda se considerava aceitável a existência da escravidão.

Reinados, impérios, religiões, senhores feudais, ditaduras..., impediam que o ser humano pudesse agir com autenticidade e liberdade.

Naturalmente o estado de imaturidade do ser humano e sua necessidade de condução facilitaram tal situação de submissão.

Além disto, a falta de acesso à informação pela grande massa facilitava que permanecessem subjugados por senhores diversos.

Tais senhores se utilizavam do subterfúgio do medo, em diversos níveis, para manter a população sob aparente controle.

Porém a panorâmica tem mudado com o maior acesso da grande massa ao conhecimento.

A consciência hoje dos direitos é ampla em meio até aos mais carentes de recursos. As correntes têm se rompido.

Tal acesso levou e pressionou grande parte das sociedades modernas no sentido de uma maior liberdade de expressão.

Porém não seria de se esperar, com tanta informação circulante, que uma sociedade algo mais madura, comparativamente ao passado, e premiada com tamanha liberdade, valorasse a moral e primasse suas ações e condutas pelos bons costumes?

E não é justamente o contrário que se percebe?

Como então dar sentido a teoria de que estamos evoluindo e não regredindo?

No passado a humanidade criança sempre fora guiada por grupos dominantes, que de certa forma funcionavam como refreadores de suas atitudes mais destrutivas.

Como adolescente a sociedade adquiriu sim maior cabedal de informações, embora não tenha ainda validado pelas experiências tais conhecimentos, a ponto de transformá-los em virtude.

Não existem mais tantos tampões para controlar as paixões que tal sociedade ainda preserva. Da mesma forma que se torna difícil controlar adolescentes que buscam por seu lugar no mundo, mesmo sem atinar que lugar seja este.

Paixões vêm à tona sem pudor, sob a justificativa de liberdade. O adolescente confunde liberdade com ausência de ordem.

Muito conhecimento, pouco discernimento. Muito tamanho e pouca cabeça.

Diz um ditado que toda virtude um dia foi disciplina. Portanto não basta conheci mento para elevar uma pessoa a patamar superior. O conhecimento se adquire rápido e com certa facilidade, mas as aquisições morais, ou seja, as virtudes levam muito tempo e esforço dirigido da vontade para serem desenvolvidas.

Nossa sociedade possui muito conhecimento e poucas virtudes.

Por desconhecer a própria essência espiritual, se vê como matéria e de forma natural busca saciar os desejos mais primitivos e egoístas.

Difícil para um ser pouco afeito à reflexão sensibilizar-se com o abstrato e valorizá-lo.

É mais fácil para este ser atender a um desejo físico do que voluntariamente sacrificar- se por um semelhante.

Este ser sem tantas amarras sociais e religiosas, agora se vê livre para dar vazão ao que é de fato.

Como adolescente se aproveita da queda dos grandes dominadores e embriaga-se com a liberdade.

No passado a omissão deliberada de informação, e a conseqüente manipulação pelo medo impuseram necessidade de comportamentos sociais determinados, mas tudo que é imposto não é voluntariamente absorvido. Pode ser tolerado por falta de opções, porém não será aceito interiormente.

Tal logo as conjunturas opressoras mudem, logo a sociedade se liberta daquilo que considerava um incômodo peso.

A humanidade durante sua infância obedeceu mecanicamente e por medo. Não por aceitação consciente. Portanto sem evolução verdadeira.

Os próprios senhores da humanidade controlavam a massa simplesmente pelo poder e pela força. Sem autoridade moral autentica.

Não que inexistissem seres iluminados em todos os períodos da história humana, mas infelizmente foram poucos aqueles que puderam de fato apreender seus ensinamentos.

Hoje as máscaras estão caindo. Os túmulos estão sem seus tampos caiados. Para a maioria nunca existiu o certo e o errado em essência, mas o que lhes era ou não permitido fazer.

A luz chega ao quarto escuro e demonstra o que de fato existe ainda no coração e na mente do homem.

A humanidade sempre foi possuidora de tais tendências, de uma forma até mais intensa, não obstante represa, no passado.

Tal situação escondida no pretérito pelo véu das ditaduras, governamentais ou religiosas, hoje está sendo evidenciada, dando a impressão de um grande retrocesso que, embora aparente, de fato em essência não existe.

No passado existia o medo, imposto por diversos senhores, manipulando uma humanidade infante e ignorante.

Hoje na época das luzes a ignorância vem cedendo lugar e desmistificando os falsos senhores. A sociedade se arvora o direito a plena liberdade. Rejeita a falsa moral.

Sabemos que existe uma moral autentica e como dissemos, propagada e exemplificada por muitos beneméritos autênticos da humanidade.

Porém a grande massa pela falta de estatura moral não consegue enxergar tal autenticidade. Suas poucas conquistas nesta área não as capacitam a diferenciar o que é falso do que é verdadeiro.

Em nome de um impulso retido durante muitos séculos prefere rejeitar tudo que lhe imponha ordem a título de poder dar asas a todos seus caprichos sonhados.

Lamentavelmente são levadas de roldão pela enxurrada tanto as hipocrisias morais, quanto os autênticos exemplos de virtudes.

Adolescentes inseguros desconfiam de tudo. Têm medo de retornar ao estado de escravidão. Uma sociedade que ainda não sabe o que realmente deseja, mas já sabe o que não quer mais. Não quer mais ser manipulada pela hipocrisia. Porém nem tudo é hipocrisia.

Tal sociedade adolescente e sedenta de liberdade descobrirá, porém que tudo tem um preço.

Não é por rejeitarem as leis morais rotulando-as como falsas, que estas de fato deixarão de existir. A liberdade egoísta não isentará conseqüências.

Tal sociedade não poderá mais transferir a responsabilidades de suas ações para o que consideravam como senhores repressores. A liberdade tem duas faces. Uma vez adquirida, não se poderá mais culpar outrem pelas próprias atitudes.

O adolescente pede liberdade, mas tem que aprender a arcar com as conseqüências dos próprios atos, aprendendo que existem leis morais autenticas que lhe sustentam a existência.

Pela falta de conhecimento das leis eternas e naturais que mantém a ordem, naturalmente irão colher espinhos pelas atitudes levianas.

Perdidos e sem mais ter a quem culpar obrigar-se-ão a rever suas atitudes. Perceberão que não apenas existe a hipocrisia daqueles que se utilizam do poder e da religião, mas que também existe a verdadeira virtude daqueles que já conhecem as leis de Deus. Perceberão por fim que existem leis morais autenticas a guiar o homem no sentido de sua felicidade. Passarão a respeitar a ordem e a harmonia, mas desta vez voluntariamente. Serão finalmente valorizados, pela grande massa, os grandes mestres da humanidade, que renascerão em importância.

Devemos como já iniciados na senda operativa servir como exemplos a remodelar uma sociedade ainda perdida e confusa. Uma sociedade adolescente que adquiriu conhecimento, mas que precisa transformá-las em fogo vivo.

A humanidade hoje enxerga melhor o quarto escuro e pode vislumbrar o que de fato existe em sua mente e coração.

Antes a humanidade infantil não podia nem identificar suas mazelas. Hoje já temos condição de reconhecê-las.

Portanto, meus irmãos longe de nos desalentarmos pela atual sociedade e seus desmandos, mais do que nunca devemos nos tornar exemplos, pois nosso futuro depende disto.

Se assim o procedermos, poderemos guiar nossa sociedade adolescente para um estado de maturidade, onde todos poderão considerar como mais importante o amor e o respeito pelo próximo em detrimento às paixões inebriantes de uma liberdade sem limites e egoísta.

Não podemos mais impor, pois não há espaço para tal. E mesmo se houvesse estancaríamos uma evolução autêntica.

Fonte: JBNews - Informativo nº 297 - 21.06.2011

O REI SALOMÃO E O TEMPLO DE JERUSALEM

Ir∴ Wellington Oliveira, M.M.
ARLS Igualdade, Oriente de São Paulo

O Reino de Israel, segundo a Bíblia, foi a nação formada pelas doze Tribos de Israel, surgindo no século XI a.C sob a liderança de Saul, seu primeiro rei. Sucederam-no Isbonet, Davi e posteriormente Salomão filho de David e Bate-Seba, sendo então o quarto Rei de Israel.

Salomão segundo algumas cronologias, reinou de 1009 a.C a 922 a.C e reinou durante quarenta anos. O nome Salomão deriva em hebraico de Shalom, que significa “PAZ”, tem o significado de “Pacífico”. Foi adicionalmente chamado de Jedidias( em Árabe Sulayman) pelo profeta Natã, nome que significava em hebraico “Amado por Deus”.

Era um Rei muito jovem e muito sábio. Seu pai, o rei David, pouco antes de morrer convocou a Corte e anunciou seus príncipes: “ De todos os meus filhos( porque muitos me deu o Senhor), Ele escolheu Salomão para herdar meu trono”. Mas Adonias, filho primogênito de David proclamou-se pretendente ao Trono, ma s segundo os profetas era vontade Divina que o sucessor fosse Salomão. Seu direito foi assegurado mediante ação decidida de sua mão Bete-Seba, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com a aprovação do já idoso rei David.

O novo rei mal entrara na adolescência e com grande responsabilidade. Uma noite, em sonhos, uma Voz lhe falou “Pede o que desejares e serás atendido”. Então implorou “Dá- me um coração entendido e sábio para julgar e discernir entre o bem e o mal”. Ouviu a promessa do Altíssimo: “Já que não pediste grandezas, nem a morte de teus inimigos, terás um coração tão sábio que ante de ti, ninguém te igualará. E terás riqueza e glória como nenhum rei teve ou terá”.

Assim começou Salomão, imbuído da Centelha Divina, o seu reinado. Era um rei pacifico, não era um líder guerreiro como seu pai, pois não precisou tornou-se um grande governante e um juiz justo e imparcial, e logo conquistou a amizade e admiração dos outros reis. Cumulavam-no de presentes valiosos, que vinham acrescer as riquezas já abundantes no reino.

O rei Salomão não perdia suas horas livres em ociosidade. Aproveitava esse tempo para elevar o espírito às regiões espirituais, filosóficas e poéticas. Deixou para posteridade “Provérbios”, Cânticos dos Cânticos” e Eclesiastes”.

No primeiro, tinha como tema recorrente o temor a Deus. Tinha consciência de que a sabedoria perderia seu sentido se não fosse guiada, especialmente em termos éticos e morais, pelo temor a Deus somente adquirido através do estudo da Lei e da prática de atos de bondade.

De suas observações sobre o desenrolar dos tempos, concluiu que “nada é novo debaixo do sol” e, deplorando a frivolidade humana, declarou: Vaidades de vaidades, Tudo é vaidade”

O rei David, desejava construir uma casa para Deus, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória (Tabernáculo ou Santuário para os hebreus, existente desde os dias de Moisés). Este desejo lhe foi negado por Deus, por ter derramado muito sangue em guerras. No entanto isto seria permitido a Salomão seu filho, pois a vontade Divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz.

O inicio da construção do Templo de Jerusalém (Templo de Salomão) foi no quarto ano de seu reinado, e segundo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai. O trabalho prosseguiu por sete anos. Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram, rei de Tiro, forneceu madeira (cedro) e operários especializados em madeira e pedra. Também contratou “um homem que soubesse lavrar, cinzelar, trabalhar com ouro, prata e ferro”. E veio Hiram- Abif, em sua mão foi lhe entregue a construção do Templo.

Edificaram-no no Monte Moriá, em Jerusalém. As paredes externas eram erguidas com pedras polidas que se encaixavam umas nas outras, sem necessidade do uso de qualquer ferramenta. Dentro, as salas eram revestidas de cedro, com adorno de flores em relevo.

O templo tinha uma planta muito similar ao Tabernáculo que anteriormente servia de centro de adoração do Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo (salas), sendo maiores que as do tabernáculo. O Santo media 17,8 m de comprimento e 8,9 m de largura e 13,4 m de altura. O Santo dos Santos era um cubo de 8,9 m de lado.

Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II rei da Babilônia, em 586 a.C após dois anos de cerco em Jerusalém. O templo de Salomão durou 4 séculos. Décadas mais tarde, em 516 a.C, após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C, pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.

Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era uma parte da estrutura do Templo de Salomão, mas estudos científicos com datação atribuem ao muro idade próxima à década anterior ao nascimento de Cristo, podendo tratar-se do Terceiro Templo também destruído pelos romanos, não há comprovação de sua existência, não há registros extrabiblícos de sua existência.

Contudo Salomão foi efetivamente um grande construtor. Sua época historicamente considerada e arqueologicamente comprovada, e foi de grande prosperidade, e que pelos resultados de escavações arqueológicas e documentos diversos é possível estabelecer conclusões quanto á arquitetura atribuída ao Templo de Salomão, no que concerne a ornamentação, disposição das dependências, técnica construtiva, comparando a tradição bíblica com restos arqueológicos de outros templos do oriente.

O Templo de Salomão ocupa posição de destaque na simbologia Maçônica, sendo uma dos mais marcantes fontes de símbolos, alegorias e lendas para o ensinamento dos princípios Maçônicos.

A existência do Templo de Salomão é um mito, mas o Maçom não desprezará o repositório inesgotável de ensinamentos velados por alegorias que nos proporciona a história (ou lenda) da construção do Templo. Não desprezará a tradição dos Maçons operários, só porque a arqueologia ainda não obteve provas concretas e irrefutáveis. Nem mesmo negará a tradição bíblica por insuficiência de escavações arqueológicas. Na obra de Jules Boucher Simbólica Maçônica: “Os Maçons não tentamos reconstruir o Templo de Salomão; é um símbolo, é o ideal jamais terminado, onde cada Maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo no silêncio da meditação”

Fonte: JBNews - Informativo nº 297 - 21.06.2011

NADA ACONTECE SÓ PORQUE PENSAMOS QUE VAI ACONTECER

Ir∴ Anatoli Oliynik,
Pesquisados Maçônico, Autor de inúmeros livros,
Membro da Academia de Cultura de Curitiba e Obreiro da Loja “Laelia Purpurata” Nr. 3496 de Camboriú (GOB/SC) 

Em todos os momentos de nossa vida, seja ela pessoal, maçônica ou profissional, é indispensável que desenvolvamos a capacidade de enfrentar as mais diversas situações com determinação. Não é preciso que as idéias sejam excelentes para começarmos a agir. Uma idéia razoável, porém colocada em prática, é melhor que uma idéia maravilhosa que permanece no papel ou no campo das idéias.

A seguir oferecemos algumas indicações que, se aplicadas com convicção e determinação, transformar-se-ão em hábitos positivos:

Seja um "ativacionista" . Seja alguém que faz. Seja um realizador e não um indivíduo que vive buscando desculpas para justificar a falta de realizações.

Evite ficar esperando que as condições sejam perfeitas. Elas jamais o serão. Planeje. Anteveja obstáculos e dificuldades e resolva-os à medida em que forem surgindo.

O sucesso não é feito apenas de idéias, pois as mesmas só têm valor quando se convertem em ação.

Use a "ação" para combater o medo e assim adquirir confiança. Enfrente sem receio as possíveis dificuldades.

Ponha em funcionamento, automaticamente, seu "motor mental". Aja e trabalhe com confiança, sempre determinado para atingir seus objetivos.

Saiba onde quer chegar e, após ter determinado a direção dos seus esforços, siga-a de forma obsessiva.

Evite deixar para amanhã o que pode ser feito hoje. Acostume-se a "fazer agora mesmo".

Esteja pronto para entregar-se ao trabalho e agir. Não perca tempo.

Tome a iniciativa. Mostre que você tem capacidade e ambição de fazer.

Evite jogar a culpa nos outros pelo seu insucesso, pois esta é a melhor maneira para acomodar-se e ficar esperando que alguém resolva aquilo que é da sua própria responsabilidade.

A derrota é apenas um estado de espírito, nada mais.

Aproveite as adversidades para tirar experiências e evite repetir os mesmos erros.

Tenha o hábito e a coragem de ser o seu próprio crítico. Aceite críticas como forma de autodidatismo.

Pare de queixar-se da sorte. Lembre-se de que, queixando-se da sorte, ninguém vai aonde quer.

Sempre haverão aqueles que dirão: "isso não funciona"; "isso não dá certo"; "isso é muito difícil" etc.

Cabe a você, meu caro irmão, a opção para decidir o que e como fazer. Não importa qual a opção escolhida por você. O que importa é, ao decidir, você agiu.

Fonte: JBNews - Informativo nº 297 - 21.06.2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O SIGNIFICADO DOS NÚMEROS 2 E 3

O Número Dois

Como vimos, todas as coisas estão integradas e se realizam no UM, mas vimos também a transcendentalidade da UNIDADE e, por isto, tudo é imperceptível e manifestado até que, com o DOIS, tudo se torna real e inteligível. Segundo o Ritual de Aprendiz o número DOIS “é um número terrível”. Eis o texto:

“O número dois é um número terrível, um número fatídico. É o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e da contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas - a Aritmética - em que 2 + 2 = 2 X 2. Até na Matemática o número dois produz confusão, pois, ao vermos o número 4, ficamos na dúvida, se é resultado da combinação de dois números pela soma ou pela multiplicação, o que não se dá, em absoluto, com outro qualquer número. Ele representa o Bem e o Mal; a Verdade e a Falsidade; a Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios antagônicos, adversos. Por isto representava, na antiguidade, o “inimigo”, símbolo da Dúvida, quando nos assalta o espírito”.

E adverte:

“O Aprendiz não deve aprofundar-se no estudo deste número porque, fraco ainda do cabedal cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria seguir”.

E explica:

“Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Aprendiz é guiado em seus trabalhos iniciáticos: sua passagem pelo número 2, duvidoso, traiçoeiro e fatídico, pode arrastá-lo ao abismo da dúvida, do qual só sairá se o forem buscar”.

Como se vê, é cheio de cautelas o nosso Ritual, mas não cremos que devamos afastar o Aprendiz do estudo do número; antes, devemos guiá-lo, aclará-lo, ensiná-lo sobre os mistérios porventura existentes, a fim de que ele possa evoluir seus conhecimentos para o número seguinte sem solução de continuidade.

Em princípio, não cremos na terribilidade nem na fatidicidade do número DOIS; antes, preferimos ver nele a necessidade da manifestação da matéria através do aparecimento dos “contrários”. Se há “contrários” e se preferimos ver nestes “contrários” o símbolo do BEM e do MAL, temos que convir que tanto um quanto o outro serve para ressaltar os méritos ou os deméritos do seu oposto.

Assim, jamais saberíamos o que é o BEM, se não conhecêssemos o MAL! Não conheceríamos o Justo se não entendêssemos o que é Injusto! Não apreciaríamos a Luz se não provássemos as Trevas! Não exercitaríamos o Movimento se não estacionássemos na Inércia! E assim por diante. Não há, pois, ao que nos parece, que falar em número terrível, em número fatídico. Antes, há que se compreender os perigos que envolvem o aspecto negativo dos “contrários” e para esta compreensão necessário se torna o conhecimento de seu aspecto positivo. A cautela dos Mestres evitará, aos Aprendizes, os percalços da dúvida.

O importante é não abandonar a UNIDADE, que é a Lei Divina. Se, dentro de nós existe o BEM e o MAL, há que nos orientarmos no sentido de equilibrarem-se as suas influências, colocando- nos no círculo da Lei (ZERO), onde não há nem o BEM e nem o MAL, devolvendo-nos à UNIDADE para podermos dizer: EU SOU UM!

O corpo humano, em seu trabalho, não emprega mais do que a metade de seus componentes, ou sejam os átomos. Se através do Pensamento Concentrado, da Devoção, da Sabedoria e da Ação puder ele estimular a outra metade que queda inerte, haverá uma união consciente e perfeita que levará o homem a dizer: EU SOU! O número DOIS nada mais é que a dissociação do raio que parte do círculo (o UM partindo do ZERO) em sentido angular, É, pois, a DUALIDADE afastando-se da UNIDADE. Sabendo-se que o raio primitivo, o UM, parte do Ponto (YOD) situado no centro do círculo (ZERO), temos, neste ponto a origem de um ângulo cujos lados se afastam, percorrendo a circunferência até formar um ângulo raso, onde se verifica o maior afastamento dos “contrários”. Daí, continuando seu movimento, eles vão se aproximando novamente até se unirem em posição oposta àquela em que eles se separaram. O ângulo convexo (de 0 a 180 graus) representa a Involução de todas as coisas que partindo da UNIDADE, descem e se dissociam nos “contrários”, enquanto que o ângulo côncavo (de 180 a 360 graus) representa a Evolução, quando os “contrários” se buscam novamente, procurando o equilíbrio para, finalmente se reunirem de novo na UNIDADE!

Tudo isto pode ser resumido em uma simples frase: O Homem vem de Deus e volta novamente para Deus! Vemos então que o Aprendiz deve, muito embora assim não o aconselhe o Ritual, estudar e aprofundar-se nos mistérios do número DOIS a fim de que possa afastar-se das influências negativas, aperfeiçoando-se através de uma constante pureza de pensamentos, apoiado em uma devocional concepção religiosa, agindo racionalmente dentro de uma sabedoria pura e praticando ações benéficas e meritórias para que, trilhando tais caminhos, possa penetrar em seu próprio Reino Interno, assegurando, conscientemente, a sua volta à desejada UNIDADE.

Aos Mestres cumpre o dever de assisti-lo, encaminhá-lo e assegurar-lhe confiança em seus estudos afim de que ele possa vencer todas as dificuldades.

Esta é a simbologia do número DOIS que deverá ser estudada com atenção pelo Aprendiz.

O Número Três

Ficou claro, no estudo que até aqui fizemos, que a UNIDADE gera a DUALIDADE e esta é constituída pelos “contrários”, que se afastam na medida em que cresce o ângulo por ela formado para posteriormente se aproximarem novamente, com diminuição daquele ângulo, até à fusão dos dois raios no equilíbrio da UNIDADE.

Mas a existência destes dois aspectos “contrários”, cumprindo a eternidade do movimento perpétuo, nada cria de real. São aspectos metafísicos que não criam nenhuma forma real e nada materializam.

Assim, um terceiro elemento há que ser juntado aos dois primeiros para que a Vontade Suprema, expressa antes apenas pela sua manifestação, se materialize com o aparecimento da “forma”, eis que o ponto (YOD) situado no centro do círculo (ZERO), ou a linha que parte deste ponto (UM) e se divide nos “contrários” (DOIS) não constituem um sólido com “forma” definida. A adição de um terceiro elemento, originado pela firmeza do pensamento, por uma elevada devoção, regida por sólida Sabedoria e exercitado por louváveis desejos de Ações, cria a “forma” original que é a consequência do elemento formado por aqueles propósitos e que liga aqueles dois raios formando o Triângulo que é a “forma” primitiva e perfeita, geradora de muitas outras formas poligonais. É o TRÊS, número considerado perfeito porque resulta da soma da UNIDADE com a DUALIDADE, conduzindo ao equilíbrio dos “contrários” [Que o filósofo Hegel, ao tratar da "dialética", denominou de SÍNTESE. Pucci] e realizando os propósitos de Deus, que é a elevação do homem.

Como se verá, no estudo do número TRÊS, o Triângulo é o mais importante símbolo maçônico. Aliás não é só a Maçonaria que cultua o simbolismo desta figura. Outras religiões também o fazem, principalmente porque é a representação simbólica perfeita dos TRÊS aspectos do ABSOLUTO, aspectos estes de absoluta igualdade perfeitamente representada pelos lados do Triângulo equilátero. [Na verdade a Maçonaria não "cultua" seus símbolos e nem é parte de "outras religiões". O autor cometeu um deslize. PUCCI].

Nas religiões cristãs ele representa a Trindade Divina - Pai, Filho e Espírito Santo -; as religiões orientais vêem nele os três aspectos do Logos. Em qualquer delas se vê a Unidade do Todo, a Dualidade da Manifestação e a Trindade Perfeita.

Diz o nosso Ritual do Primeiro Grau que:

“A diferença, o desequilíbrio e o antagonismo que existem no número DOIS cessam repentinamente quando se lhe ajunta uma TERCEIRA unidade. A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma TERCEIRA unidade, faz com que, simbolicamente, o número TRÊS a converta em unidade”.

O que há de importante a ser esclarecido neste parágrafo do Ritual é que a unidade que ele diz dever ser juntada ao número DOIS e, ainda, a unidade nova em que ela diz transformar-se o número TRÊS, não é, de nenhuma forma, a UNIDADE de que até agora vimos falando. Esta, imaterial e incognoscível, que se exterioriza simbolicamente no número UM, é a própria Lei Divina, código regulador do ABSOLUTO, representado pelo ZERO. [Esta colocação do autor nos parece de extrema importância simbólica, pois nos permite pensar que do Incognoscível, da Fonte Original, se originam a Força, a Beleza e a Sabedoria que simbolizam a estruturação da coisa criada, pois do Criador nada podemos saber. Pucci]

A unidade preceituada no ritual é um marco, uma medida nova, destinada a ser comparada pelas coisas do campo material. A medida justa pela qual o homem deve medir os seus atos materiais e as suas ações espirituais. Prossegue o Ritual: “A nova unidade, assim convertida, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, definida, verdadeira e perfeita. Foi assim que se formou o número TRÊS, que se tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito”.

Ainda aqui o trecho do Ritual é obscuro e de difícil interpretação. Quando ele diz que a nova unidade “não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma” ele está dizendo por certo que esta não é a UNIDADE Superiora, incognoscível e infinita, criadora incriada, sem qualquer intervenção externa e que por si mesma se identifica com o número (UM), antes do Princípio. Ela é, segundo o texto, “verdadeira, definida e perfeita” porque “absorveu e eliminou a unidade primitiva” (ou seja a UNIDADE). Para se compreender isto é necessário atentar-se para a última frase: “absorveu e eliminou a unidade primitiva”. Da absorção da UNIDADE imaterial pela unidade material advém a esta o caráter de “verdadeira” e de “perfeita”, mas justamente pelo fato de ser esta unidade “definida” é que foi necessária a eliminação de si mesma, da UNIDADE indefinida.

Uma, a UNIDADE incognoscível é infinita; a outra, a UNIDADE definida é finita e é justamente por isto que houve a eliminação, eis que um infinito não pode estar contido em um finito! Temos então uma UNIDADE verdadeira e perfeita porque recebeu os influxos da verdadeira e perfeita UNIDADE, e é ainda finita porque dela se retirou o caráter infinito da UNIDADE primitiva.

Constituído pelos dois contrários e pela unidade finita e perfeita, o número TRÊS se tornou então um novo marco unitário para medir a vida, o que existe por si próprio (ou seja a mesma vida) e do que é considerado perfeito no plano material.

(...)

Já vimos, linhas atrás, que o ponto e a linha não têm capacidade para comunicar uma forma real. Enquanto aquele é sem dimensão, simples e isolado, esta é apenas a trajetória do deslocamento daquele ponto quase imaterial. Quando, porém, reúnem-se TRÊS linhas e completa-se o Triângulo, este se apresenta com forma superficial perfeitamente compreensível e verificável.

Aqui, com um pouco de meditação, chegaremos a compreender o fenômeno de transformação do imaterial, do informe, para o aspecto material com forma concreta. Várias linhas isoladas não nos dão qualquer ideia de forma, mas, quando TRÊS delas se reúnem e afirmam um Triângulo, temos uma figura de superfície perfeitamente clara e definida. O Aprendiz deve meditar sobre este simbolismo que explica como o transcendente, o espiritual, o imaterial, pode, segundo as determinações de sua Vontade Suprema, manifestar-se e tornar-se perfeitamente claro e compreensível aos nossos olhos. É o que podemos chamar de manifestação do Imanifestado!

Na Maçonaria, o Triângulo assume um simbolismo de capital e transcendental importância. É, pode-se dizer, o fulcro em torno do qual gira toda a simbologia maçônica.

Tenório d‟Albuquerque, em sua obra: “O que é a Maçonaria”, cita Iseckson, Eliphas Levi e Dario Velloso, cujas opiniões se completam e combinam para uma explicação sobre o Triângulo. À página 165, diz ele:

“O Triângulo Maçônico é o triângulo dos Pentáculos cabalísticos, o Triângulo de Salomão dos ocultistas, o Infinito da altura ligado às duas pontas do Oriente e do Ocidente, o triângulo indivisível, isto é, o ternário do Verbo, „origem do dogma da Trindade‟ para os magos e cabalistas.. É, afinal, um „Supremo mistério‟ da Cabala: „imagem simbólica do Absoluto‟, „a um tempo emblema da Força Criadora e da Matéria Cósmica‟, o „símbolo maçônico do Livre Pensamento‟; pela significação literal, é simples delta ou triângulo; pela significação figurada, é o Equilíbrio, a Perfeição; pela significação esotérica, é energia da Cabala, Trindade na Mística e Deus na Teurgia”.

Toda a Perfeição, em seu mais alto grau, está representada, simbolicamente, na figura ímpar do triângulo equilátero com seus TRÊS lados e TRÊS ângulos, matemática e absolutamente iguais. Já os antigos egípcios davam ao triângulo uma interpretação esotérica na qual ele representava a própria natureza, o germe, a gênesis, a criação e tudo o mais que, por suas próprias qualidades intrínsecas e extrínsecas, é capaz de produzir e de manter a vida. A base do simbolismo egípcio assentava-se no triângulo isósceles, no qual a linha vertical de seu ângulo reto, simbolizava Osíris, o princípio masculino, a linha horizontal representava Isis, o princípio feminino e a hipotenusa, que une as duas, era Hórus, resultante da fusão daqueles dois princípios criadores. [O Pai, a Mãe e o Filho da Trindade cristã. Pucci].

Pitágoras, conhecedor desta simbologia, confirmou-a na demonstração do teorema por ele proposto de que a soma dos quadrados dos dois lados menores era igual ao quadrado do lado maior, o que pode ser entendido simbolicamente que Hórus é o resultado da conjunção de Osíris e Isis e representa, assim, a vida.

Este teorema corresponde em todos os sentidos à perfeição preconizada pelo ideal maçônico e, por isto mesmo, sua representação foi adotada para o Grau Três da Maçonaria constituindo a joia do Past-Master; é conhecido como Postulado de Euclides e é a quadragésima sétima proposição de Pitágoras, por ter sido, como já se viu, provada por ele geometricamente.

(*) Extraído do livro “ O Simbolismo dos Números na Maçonaria”
De Boanerges B. Castro (negritos e observações do Ir.'. Pucci)

Fonte: JBNews - Informativo nº 296 - 20.06.2011

PRÁTICAS RITUALÍSTICAS (REAA) PERGUNTAS E RESPOSTAS

Ir∴ Valdemar Sansão M∴M∴ - São Paulo – SP
ARLS Professor Raimundo Rodrigues nr. 726 (GLESP)

Sinal de Ordem - Sinal – Maçonicamente o Sinal é representado por um gesto ou uma postura; em cada grau de um rito, são feitos sinais diferentes e denomina-se de “reconhecimentos”.

Um maçom reconhece um outro quando um deles faz um sinal convencional e em resposta recebe outro correspondente. O sinal faz parte do aspecto sigiloso maçônico.

O Sinal de Ordem varia para cada um dos três Graus simbólicos, só é feito quando o Maçom está em pé e parado, já que é um grave erro fazer o Sinal quando se está andando pelo Templo, ou quando se está sentado.

Pergunta – O Venerável Mestre pode dispensar o Sinal de Ordem durante o uso da palavra?

Resposta - Não, todos falam de pé e à ordem, exceto as Luzes, os Past Masters que não estejam ocupando cargo em Loja, o Irmão Secretário na leitura do Balaústre e Expediente e o Irmão Orador nas conclusões.

Cadeia de União - A Cadeia de União, nos principais Ritos, é formada exclusivamente, para a transmissão da Palavra Semestral, que, como penhor de regularidade e de freqüência, é enviada pelo Grão-Mestrado, a cada seis meses às Lojas; dela, somente o Venerável Mestre toma conhecimento, transmitindo-a aos Obreiros alinhados na Cadeia.

A Cadeia de União será, sempre, composta, apenas Maçons do Quadro da Oficina, dela não podendo fazer parte os visitantes, que, assim, antes dela ser formada, terão o Templo coberto. Deve ser formada obedecendo à tradição, esvaziando as mentes e abrindo o coração.

Pergunta - No momento em que é feita e é desfeita a Cadeia de União, quando ultrapassamos o Eixo da Loja devemos parar e colocar-nos altivamente à Ordem fazendo o sinal de saudação?

Resposta – Quando da formação o desenvolvimento ritualístico da Cadeia de União é respeitado o sentido horário da circulação. Assim, ao desfazê-la devem os Obreiros manter a circulação e fazer a saudação ao cruzar o Eixo da Loja, quando “voltam em silêncio aos seus lugares para a complementação do encerramento ritualístico dos trabalhos”.

Pergunta – Quando a Cadeia de União é realizada em prol da saúde de alguém, as palavras finais serão Saúde, Sabedoria, Segurança ou Saúde, Saúde, Saúde?

Resposta – Somente existe uma fórmula ritualística de encerramento da Cadeia de União que é aquela em que todos os componentes elevam e abaixam os braços, que ainda estarão cruzados, por três vezes, exclamando em cada um dos movimentos:

1º Movimento – (levantando os braços: “Saúde – Sabedoria – Segurança”)

2º Movimento - (abaixando e levantando os braços: Saúde – Sabedoria – Segurança”)

3º Movimento - (abaixando e levantando os braços: “Saúde – Sabedoria – Segurança”)

Ausência do Venerável Mestre – Em Maçonaria, quando o titular de um cargo em Loja sofre um impedimento temporário para exercê-lo, assume o seu adjunto, ou, se não houver, um Obreiro nomeado “ad-hoc”. No caso do Venerável Mestre sofrer um impedimento, os seus substitutos, são os Vigilantes por ordem hierárquica, sucedendo-o na Presidência.

Pergunta - Quando um Irmão, que não seja Mestre Instalado, assume o Primeiro Malhete da Loja por ausência do Venerável Mestre em uma sessão normal (Ex: Primeiro Vigilante), ele não pode usar os paramentos do Venerável Mestre (Avental, Punho e Colar). E o Chapéu é permitido?

Resposta – Na ausência do Venerável Mestre nas Sessões Ordinárias e Extraordinárias e não sendo Mestre Instalado, o Primeiro Vigilante usará o seu avental de Vigilante e colar do Venerável Mestre e o Chapéu por se tratar de indumentária do exercício do Cargo na Sessão.

Pergunta – É correto usar a expressão “Sessão Econômica” para definir as sessões normais da Loja?

Resposta – Não. Inexiste no Regulamento Geral a denominação “Sessão Econômica”, sendo um uso generalizado que deve ser abolido. As Sessões das Lojas são:

Sessões Ordinárias – realizam nos dias determinados pelos Estatutos da Loja, podendo ser de Instrução, Administrativas ou de Eleição.

Sessões Extraordinárias - quando convocadas para trabalho em conjunto com outras Lojas ou para realização em dia e hora designados para os trabalhos normais da Loja.

Sessões Magnas – as de Iniciação, Elevação ou Exaltação; posse da Administração; ou reerguimento de Lojas; fusão de Lojas; adoção de Lowtons (*); reconhecimento conjugal (*); pompas fúnebres (*); conferências (*); festividades maçônicas” (*).

Parágrafo único – Podem freqüentar as sessões indicadas (*), os convidados da Loja, mesmo que profanos.

Pergunta – A cerimônia de Filiação ou Regularização de obreiros é Ordinária ou Magna?

Resposta - Toda cerimônia de Filiação e de Regularização de Obreiros é sempre em Sessão Ordinária.

Pergunta - Qual a característica correta de cerimônia de “Filiação” e “Regularização”?

Resposta - O Irmão “adormecido” até noventa dias da publicação do Boletim Informativo será sempre regular, portanto cerimônia de “FILIAÇÃO”. Após ultrapassar o prazo de noventa dias da publicação será sempre considerado irregular, portanto será cerimônia de “REGULARIZAÇÃO”.

Visitante - É o maçom que assiste aos trabalhos de seu grau ou inferior, de outra Loja regularmente constituída em outra região ou país. Pode fazê-lo livremente todo maçom, desde que se ache no pleno gozo de seus direitos e identifique ali sua pessoa e seu caráter maçônico, exibindo seus títulos e provas de reconhecimento. Geralmente os visitantes são recebidos com as honras correspondentes ao seu grau, ao seu posto hierárquico ou à representação de que estejam credenciados, e segundo as prescrições estabelecidas nos Estatutos Gerais e Regulamentos Particulares por que se rege a Loja visitada. Os visitantes podem apresentar preposições e fazer uso da palavra em todos os assuntos de interesse geral da Ordem, mormente em se tratando de admissão de novos membros na Maçonaria, quando então intervêm com voz consultiva, ou mesmo com voto deliberativo.

Pergunta - Nas visitas às Lojas de outros Ritos como se procede quanto à ritualística?

Resposta - Os Irmãos visitantes seguem as posturas do Rito praticado nas Lojas visitadas..

Pergunta – Há algum impedimento para fornecimento de Certificado de Presença?

Resposta – Não, podendo ser fornecido se a administração da Loja assim desejar (Ato nº. 180 – 2008/ 2010 de 22.10.2008)

Pergunta - Qual o tratamento que se deve dar aos membros da Adm.‟. da Grande Loja?

Grão Mestre: Sereníssimo

Grão Mestre Adjunto: Eminente

Past Grão Mestre: Eminente

Past Grão Mestre Adjunto: Eminente

Grandes Vigilantes: Venerabílissimo

Delegado do Grão Mestre: Respeitável

Demais autoridades:  Venerável conjugado com seus cargos.

Pergunta - Nas Sessões Brancas qual é o tratamento que deveremos dar ao nos dirigirmos ao Venerável Mestre?

Resposta – O de Venerável Mestre.

Pergunta - Como deve ser recebido o Delegado do Grão Mestre quando em visita a uma Loja de seu Distrito?

Resposta:

a) – O Irmão Delegado do Grão Mestre, quando em visita a uma Loja de seu Distrito, deve ser recebido com as honras previstas no Ritual Especial, a menos que as dispense nas Sessões Ordinárias ou Extraordinárias, nunca nas Sessões Magnas.

b)- Paramentado, e não estiver presente o Delegado do Distrito a que pertence a Loja, deverá ser recebido com as mesmas honras regulamentares, a menos que as dispense, porém, o Venerável Mestre descerá do Trono sem o   e o receberá com o Abraço Fraternal.

Observações.: caso esteja presente uma autoridade maior as honrarias serão prestadas a ele.

Fonte: JBNews - Informativo nº 296 - 20.06.2011

sábado, 18 de junho de 2011

ROCK E CLÁSSICA

Ir∴ Luiz Felipe Brito Tavares

A vida exterior é rock pesado. Desencontros, fragmentações, desestruturações e principalmente ruído, muito ruído. Sensações primitivas e alucinadas em ritmo nada equilibrado.

Catarse permanente cheia de vozes aflitas brigando por serem escutadas por ouvidos ausentes. Liberação hemorrágica de energia, sem nunca coagular.

Qualquer participante distraído é levado pelo avassalador fluxo turbulento a se precipitar no ritmo pesado do descaso.

Evisceração à moda do pepino do mar lançando seu conteúdo interior no vácuo desagregador de um espaço sem espaços.

Boot do sistema apertado por dedo nervoso e compulsivo ininterruptamente.

De fato nada permanece.

Porém muitos buscam a permanência e onde ela estará?

Não no mundo exterior onde rolam continua e caoticamente as pedras vãs. Lá não existe liberdade, pois não existem caminhos.

A vida interior é música celestial. Quem já ouviu sabe do que falo. Harmonia que se faz em ondas sucessivas e contínuas, formando uma unidade uníssona e garantindo a permanência e continuidade.

Tear mágico a tecer tecido sedoso.

Suavidade que segue linhas delicadas no compasso de dançarinos sincronizados e sinérgicos.

Ordem que rodopia em eixo sem nunca se repetir, mesmo sem nunca se desfazer.

A vida interior é permanência aberta e livre. Caminhos amplos a serem percorridos sem cansaço. Caminhos que são gradientes, nos preenchendo de energia quanto mais perto estivermos da fonte absoluta que, no entanto nunca será alcançada, pela graça da eternidade.

Como viver em meio ao ruidoso rock e permanecer sob a harmonia do clássico?

Seria possível separar batidas aleatórias e dar a elas um sentido ordenado e precioso aos ouvidos?

Fazer prevalecer a permanência não obstante a mudança. A questão é de foco e de simetria.

Encontrar notas musicais como nós mesmos que buscam o mesmo destino, que desejam compor uma partitura etérea, mesmo que encarnada no mundo entrópico.

Perceber que o caos do Rock alucinante apenas faz fundo para que os verdadeiros e belos desenhos se sobressaiam.

Ao refletirmos uns aos outros em harmonia criamos um espaço imanente em meio a aparente fragmentação. Criamos um mundo próprio, em meio aos impróprios, e funcionamos como farol permanente e agregador.

Seremos ouvidos aptos a resgatar vozes desgastadas e desbastadas pela inércia da alienação exterior.

Cada um de nós amplificará o som daqueles que como nós pensam e criaremos uma bela música audível em ampla intensidade de sentido suplantando em muito o sibilante, mas sem sal, ruído das pedras que sempre rolarão, embora para lugar algum.

O que não compõem não existe. Quando nos iluminamos para esta verdade o ruído simplesmente desaparece, pois de fato nunca existiu em essência.

Desbastemos as pedras barulhentas que descem sem cessar em esferas perfeitas que deslizam formando graciosa melodia que sobe aos céus.

Fonte: JBNews - Informativo nº 294 - 18.06.2011

O ESQUADRO


Ir∴ Rizzardo da Camino – escritor maçônico

Antes de tecermos considerações sobre o esquadro cumpre esclarecermos a respeito da distinção entre os símbolos. De uma forma generalizada tudo deverá ser considerado como símbolo, eis que o próprio homem é um símbolo, mas nem sempre devemos generalizar. Para melhor compreensão passaremos a classificar os símbolos, sem nos preocuparmos com a maior ou menor importância deste ou daquele objeto.

Assim, tanto o Livro Sagrado quanto Esquadro e Compasso passarão a ser conhecidos como utensílios.

A supressão do Livro Sagrado, em certos ritos, equivale a suprimir um utensílio que evidentemente fará falta para a construção do edifício físico-espiritual que é o futuro maçom.

O Esquadro é um utensílio que para os egípcios era um quadrado geométrico, ou seja, a figura de quatro lados iguais a quatro ângulos retos.

Também não deixa de ser uma jóia móvel, símbolo de mando que é colocado no Venerável da Loja.

Encontramos sua origem e uso no culto do Osíris na sala do Juízo, onde são julgados os homens que, encontrados com a perfeição necessária, são admitidos a prosseguir.

Embora um só esquadro possui dois significados, sendo que o primeiro é para a construção reta e perpendicular a fim de que resulte forte e segura.

Nas mãos do Venerável servirá para julgar e decidir. Era o símbolo do Deus Rã, o deus-sol, filho de Osíris e de Isis, que o empunhava na forma de um malhete, de haste longa e testa em forma de flecha pela composição de dois esquadros. Deus descendente e Deus ascendente. Quase que um prelúdio da Cruz cristã.

A matemática que faz parte da filosofia, através de Pitágoras demonstrou que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

Esquadro, do latim ex-cuadrare não deixa de ser, também, um instrumento de desenho usado na geometria. É um ângulo reto ou um triângulo. Sem dúvida trata-se do símbolo mais usado e conhecido na Maçonaria, podendo-se até sugerir como sinal de identificação. Por ser o quadrado perfeito, representa a terra e orienta a marcha do aprendiz do átrio até o Venerável na posição de ordem.

Esta posição apresenta quatro esquadros que em astronomia significam o corte dos diâmetros do círculo zodiacal, resultando as quatro partes conhecidas como as estações do ano. Todos os graus da Maçonaria contêm como símbolo primário o Esquadro, porque todos os graus conduzem ao aperfeiçoamento humano no caminho reto da justiça e comportamento. Por ser uma figura geométrica, é um utensílio de medida, sendo, portanto quem equilibra o comportamento humano.

Nos três graus simbólicos o aprendiz usa o Esquadro como signo de sua marcha; cada passo forma um Esquadro.

O companheiro...

O aprendiz que segue pelo seu caminho quer espiritual, quer material, o faz em linha reta, mas jamais deixará de verificar o que está ao seu lado. Seguindo a linha longa do Esquadro em frente, acompanhará a linha mais curta em direção oposta lateral; percorre, assim, o Universo, afastando-se cada vez mais do vértice para o infinito , abrangendo o que lhe está à direita.

À esquerda, terá o incognoscível, mas por tempo limitado, porque ao retornar de sua viagem percorrerá parte do caminho trilhado, já com a soma de uma experiência, abrangendo, porém a amplitude que em sua ida não pudera discernir. E no passar dos ciclos, em sua eternidade, o homem compreenderá o que significa romper horizontes.

Fonte: JBNews - Informativo nº 294 - 18.06.2011

AS CINCO LIÇÕES DE VIDA

Ir∴ João Ivo Girardi da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau)

Verdades:
Do Complemento I à 1º Instrução de Aprendiz-Maçom GLSC:

Não espere que o procurem para agir fraternalmente, amparando os fracos e confortando os tristes. Nem pense que você está dando mais do que recebe: quem consola um coração triste, na realidade recebe muito mais do que dá. - Quantos mudos dariam uma fortuna para poderem falar como você! Quantos paralíticos suspiram pelos passos que você pode dar! Quantos milionários lhe entregariam suas riquezas para terem um décimo da fé que você tem! Distribua os bens que Deus lhe concedeu em gestos de bondade e palavras de carinho.

Plante sementes de bondade e de amor, mas não se preocupe com os resultados futuros. 

Quando você encontrar trevas diante de si, não esbraveje contra elas: ao contrário procure acender uma luz. Nada melhor existe para ajudar aos outros do que mantermos nossa luz acesa.

Não creia que encontrará a perfeição naqueles que o rodeiam. A sublimidade é difícil. Não despreze quem erra: procure erguê-lo, exaltando aquelas qualidades que todos têm dentro si, de modo que ela possa vencer e subir.

Derrame raios de sol de alegria em torno de si. Desta maneira, formará um círculo de pessoas que sentirão o prazer em estar a seu lado. - O amor é uma doação, e não uma exigência. Quem realmente ama, dá tudo e nada pede. - Dê a mão a cada criatura que se lhe aproxima, diga sempre uma palavra de conforto e carinho, tenha para todos um sorriso
de bondade, e a verdadeira felicidade passará a constituir seu clima permanente de vida.

Desperte para as verdades superiores. Não se iluda com as conquistas fáceis, com os prazeres transitórios, com as sensações efêmeras. Só o amor constrói para a Eternidade. - Enquanto você espera pelo Céu, não se esqueça de que a terra está esperando por você.

A vida é um canto de Beleza! Os homens complicam a vida e dificultam a existência porque se acreditam diferentes uns dos outros. –

Seja você na Terra a pequenina chama que ilumina as trevas em que jazem milhares de criaturas! Seja você a água benéfica que dessedenta todo aquele que atravessam o deserto da existência, sequiosos de carinho e amor. - Mergulhe em seu íntimo e ouça a voz de sua consciência, que é a voz silenciosa de Deus falando dentro de você mesmo. - Facilite o máximo a estrada que uma criança vai percorrer e semeie de flores o caminho que ela irá palmilhar. - Humildade é saber exatamente o que somos e o que valemos. Quem é humilde, em geral, não sabe que o é. Mas quem não é humilde é que pensa que é. - Não queira exigir dos outros aquilo que nem sempre você mesmo consegue fazer.

Etapa Final:

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas. 

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário- geral do coral. Lembrei-me agora que Mário de Andrade afirmou: as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou- se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa. Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, que sejam fraternos no fundo do coração. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena. E, para mim, basta o essencial! (Carlos Drummond de Andrade).

Minha Crença:

Creio que o belo do mundo é governado por um espírito sábio e altaneiro, porém nunca compreendido. Creio que lhe devemos devoção, mas não sei como devemos venerá-lo condignamente. Não creio que a cega Fé nos dogmas seja digna desse Ser Supremo, já que nos criou do pó, eivados de equívocos e erros.

Não creio que perante esse espírito dos mundos os que confessam o Talmude e o Alcorão tenham menos valor que os Cristãos. São diferentes, sim, mas também o veneram.

Quando nos falam de heresia, não creio que só a fé cristã nos dê a bem- aventurança e que devam ser condenados os que pensam diferente.

Isso o Mestre nunca ensinou, ele que selou seus ensinamentos com a morte. Isso jamais discípulo seu ouviu de sua boca. Ele ensinava a piedade, a brandura e a tolerância. Seus ensinamentos jamais mencionaram a perseguição.

Ensinava amar o próximo sem distinção, perdoava o fraco e até o inimigo.

Creio na ressurreição da Alma e que quando dermos o último suspiro, nos reencontraremos no além, purificados. Creio e espero que assim seja - mas não tenho certeza. Lá, creio poderei saciar a ansiedade que aqui me atormenta e me consome o coração.

E a minha Alma reconhecerá a verdade que aqui é tão velada. Apesar dos que duvidam, creio sinceramente que para a vida terrena o Senhor nos deu dois belos bens: um é o coração, o outro a razão.

A razão me faz examinar e decidir sobre meus deveres e direitos. O coração bate com fervor diante das alegrias do meu irmão e mais ainda quando sofre.

Quero aplicar com grande empenho meus direitos e meus deveres, amar fraternalmente a todos os homens, quer estejam no Jordão, no Hudson ou ás margens do Ganges.

Mitigar-lhes a dor e aumentar seu bem estar, que seja esta a minha mais sagrada missão. É através das minhas ações que creio poder venerar condignamente o nobre espírito que a mim e a eles criou.

E, se algum dia eu ressurgir das profundezas da sepultura, para ser julgado por meu Criador, creio que Ele examinará as minhas Ações e nunca a minha Crença. (Ignaz H. Von Wellenberg - 1774-1860).

Dois dias de Ouro:

Há Dois Dias de Ouro na semana com os quais e sobre os quais nunca deveríamos nos preocupar.

Dois dias livres de preocupação e apreensão. Um deles é Ontem.

Ontem, com seus cuidados e aflições, e todas as suas dores, todas as suas imperfeições, seus enganos e erros - e suas alegrias, também - passou para sempre além de nossas lembranças. Não podemos desfazer uma ação por nós realizada.

Não podemos conseguir de volta uma palavra dita. Não podemos fazer nada com o Ontem. Ele foi nosso; ele é de Deus.

Outro dia com que não temos que nos preocupar é o Amanhã.

Amanhã com todas as adversidades possíveis, suas cargas, seus perigos, suas falhas e enganos, e suas alegrias também, está longe do nosso domínio quanto nosso irmão morto, Ontem. É um dia de Deus.

O Sol nasce em seu rosado esplendor, ou atrás de úmidas nuvens, mas nascerá - até o Final dos Tempos.

Sobrou para nós então um dia da semana - Hoje!

Qualquer homem pode lutar a batalha do Hoje. Qualquer mulher pode carregar a carga de um dia apenas.

Qualquer homem ou mulher pode resistir a tentação do Hoje. Não é a experiência do Hoje que leva o homem a loucura. É o remorso de alguma coisa que aconteceu Ontem e o medo do que o Amanhã poderá revelar. Estes são dias de Deus.

Deixe-os para Ele, e com Fé de criança na Sua Providência e Bondade, coloquemos nossa confiança e coragem em Suas Mãos sabendo que Ele fará todas as coisas bem. (Wayne Fisher - Alberta, Canadá).

O Canteiro:

Era uma vez um Canteiro. Todo o dia ele subia as montanhas para cortar pedras. E, enquanto trabalhava, cantava, pois embora fosse pobre, não desejava nada além daquilo que possuía, por isso não tinha uma preocupação sequer.

Um dia foi chamado para trabalhar numa mansão de um nobre. Quando viu a magnífica mansão, sentiu a dor do desejo, pela primeira vez na vida, e disse com um suspiro:

Ah, seu eu fosse rico! Então não teria de ganhar a vida com suor e fadiga, como agora. Imaginem seu espanto quando ouviu uma voz dizer:

Seu desejo foi concedido. Daqui para frente tudo o que desejar lhe será dado, ele não sabia o queriam dizer essas palavras, até que voltou para a sua choupana, aquela noite e, em seu lugar, encontrou uma mansão tão magnífica quanto aquela onde estivera trabalhando.

Assim o Canteiro desistiu de cortar pedras e começou a gozar a vida dos ricos. Certo dia, quando a tarde estava quente e úmida, aconteceu olhar pela janela e ver o rei passar com um grande número de nobres e escravos.

Ele pensou: - Como eu gostaria de ser um rei, sentado no fresco da carruagem real! Seu desejo foi prontamente atendido e ele se viu reclinado no conforto da carruagem real. Mas a carruagem revelou-se mais quente do que ele esperava. Olhou pela janela e começou a maravilhar-se com o poder do sol, cujo calor penetrava até nas grossas paredes da carruagem. - Gostaria de ser o sol - disse para si mesmo.

Mais uma vez, seu desejo foi concedido e ele se viu enviando ondas de calor para o universo. Durante algum tempo, tudo correu bem. Então, em um dia chuvoso, ele tentou abrir o caminho através de uma grossa nuvem e não conseguiu. Então foi transformado em uma nuvem e gloriou-se de seu poder de manter o sol afastado - até que se transformou em chuva e descobriu, contrariado, uma enorme pedra que bloqueava o caminho e foi obrigado a fluir em volta dela. - O quê? - gritou - Uma simples pedra mais poderosa que eu? Bem, então desejo ser uma pedra. Assim, lá estava ele, altaneiro no cimo da montanha. Mal teve tempo de alegrar por seu belo aspecto, entretanto, quando ouviu estranhos sons de martelo vindo de seus pés.

Olhou para baixo e, para a sua consternação, viu um diminuto ser humano, ocupado em cortar pedras de seus pés. - O quê? - gritou

Uma criatura insignificante é mais poderosa do que uma imponente pedra como eu? Quero ser um homem!

E assim descobriu que era outra vez um canteiro, subindo a montanha para cortar pedras, ganhando a vida com suor e fadiga, mas com uma canção no coração, porque estava contente de ser o que era e de viver com o que tinha. Nada é tão bom quanto parece antes de o conseguirmos. (Autor desconhecido).

Fonte: JBNews - Informativo nº 295 - 18.06.2011