A Arte Real não é um caminho de curiosidade ou de proveito material. Ela é uma senda de luz, de busca interior, de construção de um templo que não se ergue em pedras, mas no coração do homem. Por isso, todo aquele que dela se aproxima sem propósito legítimo, mas por ambição ou vaidade, deve ser afastado antes que contamine a pureza da corrente.
O curioso busca apenas satisfazer a mente inquieta. Quer espiar, saber “os segredos” e depois sair dizendo que já conhece a ORDEM. Este nunca constrói, apenas consome. Ao invés de se alinhar ao silêncio e ao trabalho, ele transforma a Ordem em espetáculo.
Mais grave ainda é o interesseiro: aquele que imagina que os trabalhos da Loja lhe trarão benefícios financeiros, influência social ou favores pessoais. Este não busca luz, mas sombra. Não busca servir, mas ser servido. Sua presença é um veneno que enfraquece os elos da corrente.
Cabe a cada um de nós zelar pela pureza da Obra. O maçom verdadeiro não admite atalhos falsos, convites interesseiros ou propostas espúrias. A iniciação não é moeda, não é vitrine, não é palco para vaidades. É compromisso com o Grande Arquiteto do Universo.
Se colocamos um curioso ou interesseiro entre nós, não fortalecemos a corrente, mas a enfraquecemos. Pois um só elo corroído pode comprometer toda a cadeia.
Sendo assim meus irmãos, assim como o Mestre nos ensinou que uma boa árvore não pode dar maus frutos, também a Ordem só florescerá se for composta de homens sinceros e de boa vontade. Que a nossa vigilância seja firme e constante: não convidar, não aceitar, não permitir que os curiosos e interesseiros manchem a pureza da senda.
“Os bodes não se misturam com raposas.”
Fonte: Facebook_Átrio do Saber
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