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NOVO TESTAMENTO - LIVRO DA LEI

Em 05.11.2024 o Irmão Aprendiz Thadeu Ortona, Loja Marquês de Pombal, 1220, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a questão seguinte:

NOVO TESTAMENTO

Nesses dias, tivemos um trabalho que gerou uma salutar discussão e uma grande dúvida. Sou Aprendiz do REAA, e encontramos diversos autores, que comentam sobre Jesus e outros fatos do novo testamento. Mas, surgiu a dúvida que o Aprendiz não deveria entrar nesses assuntos, pois não somos ainda apresentados ao novo testamento. Como fazer nestes casos? Não incluir informações nos trabalhos ou incluí-las destacando que fazem parte de um estudo que ainda alcançaremos?

CONSIDERAÇÕES:

Em Maçonaria não existe nada no sentido de se "o apresentar" o Novo Testamento ao Aprendiz. Ora, isso é pura invencionice de alguém que parece estar desconectado dos reais propósitos da nossa veneranda Instituição. É bom que se diga que a Bíblia, no caso como o Livro da Lei, não é literatura restrita aos maçons. 

A Bíblia, como uma das Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria, está presente na Loja para simbolizar a moral e a ética seguida e proferida pelo maçom, a despeito de que outros livros sagrados, de diversas religiões, podem também ser expostos na Loja – conforme a religião de cada maçom. 

Não há problemas em se discutir filosoficamente temas relacionados ao conteúdo bíblico, desde que com ele não se faça proselitismo religioso na Loja.

Há de se observar que a história autêntica nunca revelou que "Jesus Cristo" tenha sido maçom, e muito menos ainda, que existia Maçonaria naqueles tempos. Afirmar essa barbaridade história é obra do mais puro ufanismo.

Se bem compreendida a Maçonaria e a sua a história, ver-se-á que a Ordem Maçônica possui 800 anos de história documental, o que simplesmente torna a iniciação maçônica de Jesus em uma inverdade.

É bom que se diga que política partidária e sectarismo religioso não encontram espaço para serem discutidos em Loja. A Maçonaria exige dos seus apenas a crença em Deus, que de modo conciliatório ela denomina Grande Arquiteto do Universo.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PORQUÊ SER MAÇOM

★1- ESCOLA EVOLUTIVA:
—A Maçonaria é uma Escola de Líderes, e o seu foco principal é tornar feliz a humanidade através do aperfeiçoamento humano. Por meio de uma estrutura filosófica de ensino, faz do maçom uma pessoa melhor, dedicada à sua família e ao seu trabalho, mas sempre preocupado e adstrito ao desenvolvimento da sociedade onde convive.

★2- FRATERNIDADE:
—Em um mundo cada vez mais complexo, a Maçonaria satisfaz a uma das mais básicas necessidades dos seres humanos: a de fraternidade. Esta é uma das principais razões da existência da Maçonaria desde as antigas civilizações.

★3- REDE DE CONTATOS:
—Este foi um dos principais motivadores no surgimento da Maçonaria. Toda pessoa precisa de relacionamentos profissionais. A Maçonaria representa um corte transversal das profissões de uma comunidade, pois a Maçonaria está presente em todos os ramos comerciais e profissionais e os maçons ajudam-se mutuamente uns aos outros como regra de conduta, ou seja, faz parte do Estilo de Vida do Maçom dar preferência e participar ativamente do crescimento profissional e social de seus irmãos, tornando-se assim a maçonaria instituição única e diferenciada.

★4- CRESCIMENTO PESSOAL:
—O envolvimento com a Maçonaria favorece o crescimento pessoal na área de relações humanas.

★5- EXPERIÊNCIA EM LIDERANÇA (Liderando Líderes):
—A Maçonaria é uma organização que congrega líderes e pessoas de sucesso. Atuar em cargos maçônicos é sinônimo de maior experiência em liderança. A pessoa aprende como motivar, influenciar e liderar aqueles que já são líderes.

★6- ATUAÇÃO CÍVICA NA COMUNIDADE:
—A ligação com uma Loja Maçônica torna seus membros melhores cidadãos. Tipicamente, a Maçonaria congrega as pessoas mais atuantes de um
comunidade.

★7- INFORMAÇÃO ATUALIZADA:
—As reuniões semanais de uma Loja Maçônica procuram manter os maçons atualizados sobre o que está acontecendo na comunidade, no país e no mundo. Discutem-se temas filosóficos e variedades, além de assuntos milenares internos sobre a humanidade.

★8- ORATÓRIA:
—Muitas pessoas que ingressam em nossa organização têm receio de falar em público. A Maçonaria permite excelente experiência em oratória, fortalecimento da autoconfiança e aproveitamento de oportunidades no campo da comunicação.

★9- CIDADÃO DO MUNDO:
—Todo maçom usa um passaporte maçônico e é bem recebido e incentivado a participar das reuniões em mais de 355.000 Lojas maçônicas de 170 países e regiões geográficas. São poucos os lugares do mundo que não contam com uma Loja Maçônica. Na Maçonaria fazemos amigos nas comunidades locais, regionais e em todo o mundo. Em todo o planeta somos em 6 milhões de maçons.

★10- ASSISTÊNCIA DURANTE VIAGENS:
—Durante suas viagens, qualquer Loja Maçônica regularmente constituída funciona como uma estrutura de apoio em momentos de urgências e emergências como necessidades médicas, casos de roubos ou desvio de bagagens, perda de documentos, etc.

★11- ENTRETENIMENTO:
—Toda Loja organiza reuniões e atividades de entretenimento, as quais são muito importantes no intuito de trazer descontração e um momento de alivio e tranquilidade às nossas ocupadas vidas profissionais ou de negócios.
Na Maçonaria são organizadas conferências, convenções, assembleias e institutos que, além de informação, orientação e trabalho maçônico, também oferecem entretenimento sadio.

★12- MELHORIA DAS HABILIDADES SOCIAIS:
—Todas as semanas, e em vários outros tipos de reuniões e eventos, a Maçonaria aperfeiçoa nossa personalidade e habilidades interpessoais, oferecendo ambiente ideal para pessoas que gostam de sociabilizar.

★13- PROGRAMAS FAMILIARES:
—A Maçonaria oferece um dos mais abrangentes programas de intercâmbio de jovens do mundo, patrocinando clubes em escolas secundárias e universitárias, bem como grande variedade de atividades úteis que difundem valores fundamentais às famílias maçônicas, ou seja, a participação em instituições internacionais como, Ordem Demolay (para meninos), Ordem das Filhas de Jó (meninas), Moto Clubes, Grupos Filosóficos, etc... envolvem toda a nossa família unificando projetos e ideais.

★14- CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS:
—Espera-se que todo maçom envolva-se com a melhoria de sua profissão ou ocupação, sirva em comissões de serviços profissionais e participe da divulgação de sua profissão entre os jovens. Os maçons procuram conseguir que todos sirvam sempre da melhor maneira através de nossas profissões, sejam elas no ramo da medicina, educação etc.

★15- VALORES ÉTICOS:
—Os maçons aplicam em todas as suas atividades a Filosofia Maçônica, a qual reflete seus padrões de ética. Espera-se que os sócios atuem eticamente em suas profissões e relacionamentos pessoais.

★16- CONSCIENTIZAÇÃO CULTURAL:
—Encontramos representadas na Maçonaria, mundialmente, quase todas as religiões, culturas, raças, nacionalidades e crenças políticas. Em nosso meio encontram-se os cidadãos de maior destaque dos mais variados campos do conhecimento humano. Os maçons entram em contato com outras culturas e anseiam por trabalhar e ajudar as pessoas de todos os lugares. Consequentemente, tornam-se melhores cidadãos em seus próprios países.

★17- PRESTÍGIO:
—Os maçons são pessoas de prestígio – líderes de negócios, profissionais, artísticos, governamentais, esportivos, militares, religiosos e muitos outros. A Maçonaria é a associação de Lojas Maçônicas dedicadas à prestação de serviços mais antiga e prestigiosa do mundo. Em suas fileiras encontram-se executivos, diretores e profissionais de destaque, ou seja, pessoas de influência acostumadas a tomar decisões.

★18- PESSOAS AGRADÁVEIS:
—Acima de tudo, os maçons são pessoas agradáveis. São indivíduos que creem que o valor de cada um reside em ter bom coração e não no destaque pessoal.

★19- AUSÊNCIA DE UM CREDO OFICIAL:
—Pelo fato da Maçonaria não ter caráter político ou religioso, não possuímos nenhum credo oficial. Somos uma sociedade aberta, integrada por homens que acreditam no valor da ajuda ao próximo.

★20- OPORTUNIDADE PARA SERVIR:
—A Maçonaria é formada por Lojas Maçônicas dedicadas à prestação de serviços. Seu interesse máximo é a humanidade, seu produto de maior valor é a dedicação ao servir.
Entretanto, o melhor motivo para tornar-se Maçom é a oportunidade de ajudar nossos semelhantes e o bem-estar que resulta de nossas ações.

Fonte: Facebook_Átrio do Saber

SUBSTITUTO LEGAL DIRIGINDO A LOJA

Em 03/11/2024 o Respeitável Irmão João Capistrano Ferreira, Loja Major Adolfo Pereira Dourado, REAA, GOEPA (GOB), Oriente de Belém, Estado do Pará, apresenta a seguinte questão

SUBSTITUINDO O VENERÁVEL

Meu irmão, nosso Venerável está enfermo, brevemente incapacitado de poder presidir às Sessões. Como Primeiro Vigilante, o estou substituindo, com exceção nas Sessões MAGNAS. Todas as sessões ordinárias, posso presidir, inclusive uma FILIAÇÃO? Haja vista que o filiando deverá reafirmar o compromisso, no Altar dos Juramentos.

CONSIDERAÇÕES:

Como consta no ritual vigente do REAA que as cerimônias de Filiação, Regularização e concessão de título de Membro Honorário ocorrem na Ordem do Dia de uma sessão ordinária regular, é perfeitamente admissível que o 1º Vigilante, como substituto legal do Venerável Mestre, conduza os trabalhos. 

Observe-se que nessas cerimônias não há consagração (sagração), senão a renovação de Juramento. Graças a isso, a Espada Flamígera não será utilizada nessa oportunidade, fato que reforça ainda mais a possibilidade do 1º Vigilante, mesmo que não seja ainda um Mestre Instalado, dirigir uma cerimônia de Filiação, Regularização ou de concessão de título de Membro Honorário.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

JAMES ANDERSON


James Anderson (1679-1739) nasceu e foi educado em Aberdeen, na Escócia. Ordenado ministro de Igreja da Escócia em 1707, deslocou-se para Londres, onde ministrou a congregação de "Glass House Street" até 1710, e a Igreja Presbiteriana na Swallow Street até 1734, terminando em Lisle Street Chapel até à data da sua morte.

Na reunião da Grande Loja de Londres em 29/09/1721, onde 16 Lojas estiveram representadas, o Irmão James Anderson foi encarregado de estudar as cópias das antigas constituições góticas, consideradas falhas, e fundi-las numa Carta Magna mais concisa e clara.

Anderson deve ter trabalhado com incrível rapidez ou já tinha feito alguns estudos preliminares sobre o assunto, pois em 21/12/1721 ele apresentou o projeto de manuscrito, que foi entregue à uma comissão de 14 Irmãos, e essa comissão, após realizar as emendas consideradas necessárias, aprovou a nova Constituição em 25/03/1722.

Em 17/01/1723 a Grande Loja aprovou a Constituição já impressa e nomeou Anderson como Grande Primeiro Vigilante.

A Constituição foi também editada e reproduzida por Benjamin Franklin em Filadélfia em 1734, sendo o primeiro livro maçônico impresso na América.

A autorização da impressão e venda da Constituição criou uma crise dentro da Grande Loja e desde então Anderson se manteve afastado da Maçonaria. Esse afastamento durou cerca de 10 anos, quando em 24/02/1735 Anderson solicitou autorização para apresentar uma edição aumentada da Constituição, a qual foi aprovada em 25/01/1738 em uma sessão com 56 Lojas representadas.

Há controvérsias sobre a verdadeira data do falecimento de Anderson, sendo a mais provável a de 28 de maio de 1739. Foi sepultado com as devidas honras maçônicas no cemitério de Bunhills Fields.

Anderson era um maçom , o mestre de uma loja maçônica, e um Warden Grande do Grande Loja de Londres e Westminster . Ele foi encomendado em setembro 1721 pela Grande Loja de escrever uma história dos Maçons, e foi publicado em 1723 como As Constituições dos Franco-Maçons .

Obras

Em 1732 apareceu o trabalho por que Anderson é lembrado principalmente, genealogias reais;, a genealogia dos quadros imperadores, reis e príncipes, de Adão a esses tempos. Ou Professam base Genealogische Tabellen de Johann Hübner, que foi amplamente completada pelo da indústria de Anderson . Enquanto as primeiras seções da obra são de pouco valor histórico, quanto mais tarde são muitas vezes de uso em relação as genealogias das dinastias continentais e casas. O volume se encerra com uma sinopse do pariato Inglês, e no prefácio o autor intimado a sua disponibilidade, se devidamente incentivada, "para delinear e dispor de corpo inteiro a genealogia de todos os colegas e grande nobreza das ilhas Britannic. último trabalho de Anderson, que ele foi contratado para realizar pelo primeiro Conde de Egmont e o seu filho de materiais fornecidos por eles, levou o título, A História Genealógica da Casa de Yvery, em diferentes ramos do Yvery, Lovel, Perceval, e Gournay, mas o primeiro volume só foi encerrado quando Anderson morreu em maio de 1739, e um segundo volume, publicado posteriormente, foi devido a uma outra pena. O trabalho foi logo retirado de circulação por conta de alguns comentários depreciativos em que, na condição de pariato Inglês e sobre o caráter do povo irlandês. Foi reeditado, porém, sem as passagens ofensivas, em 1742. Grande parte da matéria no livro genealógico foi pronunciado para ser mítico (de Histórias Drummond de British Famílias Nobres (1846), art. "Percival"). Outra obra de Anderson, Notícias de Elysium, ou Diálogos dos Mortos, entre Leopold, imperador romano, e Luís XIV, rei da França, foi publicado logo após a sua morte em 1739.

As Constituições foi editado e reeditado por Benjamin Franklin em Filadélfia em 1734, tornando-se o primeiro livro maçônico impresso na América. Uma edição eletrônica do que o trabalho está online. A edição de Londres segundo, muito ampliada, surgiu em 1738. A obra foi traduzida para vários idiomas, inclusive o holandês (1736), alemão (1741) e francês (1745).

Seus outros trabalhos publicados incluem:
  • Genealogias Real (1732)
  • A Defesa da Maçonaria (1738?)
  • Notícias de Elysium (1739)
  • A História Genealógica da Casa de Yvery (1742)
Fonte: JBNews - Informativo nº 273- 28.05.2011

REASSUNÇÃO DE VENERÁVEL - PERMANÊNCIA DOS MESTRES

Em 11/06/2025 o Respeitável Irmão Arimar Marçal, Loja Santo Graal, 4690, REAA, GOB-RS, Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a questão seguinte

RETIRADA DOS MESTRES

Novamente venho consultá-lo sobre Dúvidas Ritualísticas, sempre com o intuito de errarmos cada vez menos.

Sabemos que em uma INSTALAÇÃO a sequência é retirar os AApr, depois os CComp e depois os MM MM, ficando no Templo somente os MM II.

Em uma REASSUNÇÃO a sequência é a mesma? Ou os Mestres podem continuar no Templo juntamente com os MM II até a investidura?

Houve divergências nesta interpretação e valho-me do seu conhecimento para aprendermos a forma correta.

CONSIDERAÇÕES:

Quando se tratar de cerimônia para Reassunção de Venerável Mestre, não haverá cobertura (retirada) temporária do Templo para os Mestres Maçons presentes. A Loja será simplesmente transformada do 2º para o 3º Grau.

Levando-se em conta de que o Ir que será reconduzido ao veneralato da Loja já é um Mestre Instalado, não será necessário abrir o Conselho de Mestres Instalados, bastando para tal, que a Comissão Especial faça a recondução do eleito em Loja do 3º Grau.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 99 - Quem foi Leo Taxil?

Qual era a ligação de Leo Taxil com a Maçonaria, na Europa?

Gabriel Jogang Pagés, francês nascido em 1854, com o pseudônimo de Leo Taxil, foi educado por Jesuítas e mais tarde se juntou a Maçonaria. Posteriormente, ele pediu demissão e retornou para a fé católica. Começou a escrever contra a Maçonaria dizendo que a mesma praticava cultos satânicos, acentuando a discordância entre esta última e o Clero.

De 1885 a 1897 ele publicou muitos livros anti-maçônicos e durante esse período perpetrou uma fraude enorme sobre a Igreja Católica Romana, que na época não se apercebeu de suas intenções. Essas suas atividades anti-maçônicas, eram altamente rentáveis para ele, financeiramente.

Além de seus livros anti-maçônicos, conseguiu ser recebido em audiência solene pelo Papa Leão XIII. Qualquer sugestão de ser um trote de Leo Taxil, era rebatida e compensada pelos depoimentos de altas autoridades da Igreja.

Seu esforço e embuste supremo foi a invenção de uma mulher "Diana Vaughan" acusada de ter nascido em 1874 como a filha do "Satã". Diana Vaughan, não existia, mas, através dele, foi uma escritora prolífica sobre assuntos anti-maçônico e recebeu grande publicidade e elogios entusiasmados dos chefes da Igreja Católica.

Esse assunto foi questionado no Congresso anti-maçônico realizada em Trient em 1896, e um comitê foi criado para determinar a veracidade do mesmo de uma vez por todas. Taxil produziu, falsamente, uma "fotografia" da Miss Vaughan na Conferência.

Eventualmente, em 1897, numa reunião convocada por ele em Paris, Taxil informou diante de um imenso público, que ele havia conseguido perpetrar o maior embuste dos tempos modernos; que Diana Vaughan nunca havia existido e que, por 12 anos ele tinha enganado a Igreja Católica Romana, da maneira mais flagrante. Quase foi linchado e fugiu com proteção da polícia local.

De tempos em tempos, aparecem livros antimaçônicos, inspirados nas idiotices de Leo Taxil, ou de outro autor inspirado por ele.

Na Maçonaria norte americana, igrejas fundamentalistas encontram, nesses livros, material para suas campanhas..

Toda a história é completamente fantástica, existe em diversos livros, e vale a pena ser lida em detalhes.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

A IMPORTÂNCIA DO RITUAL

The Ritual
Autor: Rui Bandeira 

Meus Irmãos, saúdo-vos fraternalmente, em todos os vossos graus e qualidades.

A suspensão dos trabalhos presenciais por virtude da pandemia em curso, revelou-nos a falta que o Ritual, a execução do Ritual, nos faz. É essa a natureza humana: muitas vezes só nos damos conta do que é importante quando o não temos. Mas não é sob esta perspectiva que escolhi expor a Importância do Ritual. Vou procurar incidir a nossa atenção sobre a razão por que o Ritual é importante, porque só tendo-se essa noção é que nos apercebemos completamente da importância do mesmo.

Começo por fazer uma afirmação que aparentemente não tem nada a ver com o tema e que é – como todas! – discutível, mas cujo mérito vos peço que julgueis apenas no final desta nossa conversa: a Maçonaria não se ensina, aprende-se!

Não quero com esta afirmação dizer que os mais experientes não devem partilhar com os mais novos o que aprenderam, o que sabem. Com esta frase, enfatizo que, em Maçonaria, o que é importante não é o que se transmite mas, antes, o que se apreende. Porque a experiência, a vivência, a personalidade do que transmite são diferentes das do que recebe. Assim, o que verdadeiramente interessa não é o que se ensina, se partilha, se transmite. O que importa é o que se aprende e, mais do que isso, o que se apreende, o que se interioriza. E aquelas e estas não são necessariamente – atrevo-me mesmo a dizer que raramente são – a mesma coisa. E, bem vistas as coisas, é inevitável que assim seja, pois, como já há pouco referi, o que transmite e o que recebe têm personalidades, vivências, capacidades, características diferentes. Assim, o que transmite tem necessariamente uma noção diversa do que aquele que recebe. Este, daquilo que é transmitido, receberá o que, na ocasião, estiver apto e pronto a receber, será tocado pelo que, no momento, o sensibilize. Em suma, o que ficará é o que ele aprende e apreende, não o que o que transmitiu julga que ensinou…

Não tenho, portanto, a pretensão de ensinar nada! Tenho apenas a esperança de que, da maçada a que agora vos submeto, cada um de vós retenha algo de útil.

Em meu entender, para uma correta abordagem da importância do ritual impõe-se que previamente distingamos entre Conhecimento e Sabedoria. O Conhecimento é tudo aquilo que aprendemos e estamos aptos a utilizar, quando necessitamos. A Sabedoria é algo mais profundo. Baseia-se, é um fato, nos conhecimentos que adquirimos. Mas reside na intuição, na capacidade adquirida de, relacionando tudo o que conhecemos, daí selecionar o que efetivamente importa, o que é adequado para um momento específico, uma situação concreta. Nem sempre aquele que tem mais conhecimentos é o que tem a sabedoria necessária para escolher a via justa, a palavra indicada, o gesto preciso, a atitude certa perante uma dada situação concreta. Numa muito grosseira aproximação, poderíamos dizer que a sabedoria resulta do conhecimento sublimado pela experiência. É através dos êxitos e fracassos na nossa escolha na utilização dos nossos conhecimentos que sublimamos o nosso Conhecimento em Sabedoria, que passamos do Conhecer ao Saber.

Memoriza-se e utiliza-se o que se conhece; desenvolve-se e internaliza-se o que se sabe.

O meio privilegiado para rápida aquisição de Conhecimento é o Estudo. Para se chegar à Sabedoria é preciso tempo e vivência. Mas há um meio para acelerar esse percurso, para induzir a Sabedoria: a utilização, execução e prática do Ritual. Se o Estudo é um meio de aquisição de Conhecimento, o Ritual é indutor de Sabedoria.

Com efeito, o Estudo estimula, faz funcionar, desenvolve a Inteligência Racional. Mas o Ritual, a sua prática, esse, estimula e desenvolve a Inteligência Emocional. E esta é bem mais profunda do que aquela, pois combina o conhecimento, o raciocínio, com a Intuição. O que estudamos pode não nos tocar e dar-nos apenas, pela memorização, a ferramenta necessária para agir. Mas só o que nos toca, nos emociona, efetivamente guardamos para saber como utilizar a ferramenta. A ferramenta é útil, mas saber utilizá-la pela melhor forma é indispensável…

Para entendermos porque e como o Ritual e o seu exercício estimulam a nossa Inteligência Emocional e, logo, induzem a obtenção de Sabedoria, devemos ter presente que, nos primórdios da Humanidade, quando ainda não tinha sido inventada a escrita – e muitas e muitas gerações de humanos viveram sem que houvesse escrita… -, a aquisição de conhecimentos e o acesso à Sabedoria processavam-se através da Tradição Oral. Era exclusivamente por essa via que os mais velhos e os mais experientes transmitiam o que sabiam aos mais novos e sem experiência.

Não havia então propriamente aulas, nem escolas. Os mais velhos e experientes diziam o que tinham aprendido, executavam perante os mais novos os gestos que era necessário fazer, repetiam, uma e outra vez, e faziam repetir muitas e muitas vezes, as palavras, os gestos, os atos de que dependiam, tantas vezes, a alimentação, a segurança e a sobrevivência, não só individuais como do grupo.

Ora, repetir uma e outra vez as mesmas palavras, para transmitir as mesmas noções, executar muitas e muitas vezes os gestos e as ações adequados para a obtenção dos resultados pretendidos mais não é do que… executar um ritual! Um Ritual é um conjunto de palavras, gestos e atos proferidas e executados sempre da forma similar.

Então, nos primórdios da Humanidade, aprendia-se e vinha-se a saber através da repetida execução de rituais. Era pelo que se via, pelo que se ouvia, pelo que se executava, pelo que exaustivamente se repetia, que se entranhava em cada um o que fazer e como fazer para obter alimento, para garantir segurança, para melhorar e curar maleitas, para adquirir o conforto possível.

Os rituais aprendidos e executados propiciavam, assim, a sabedoria necessária para sobreviver e viver o melhor possível.

O cérebro humano foi portanto, desde muito cedo, formatado em primeiro lugar para reagir aos estímulos visuais e auditivos.

Só mais tarde, muito mais tarde, o cérebro humano adquiriu a capacidade e habilidade de decifrar o código da escrita. A criação da escrita foi um avanço civilizacional imenso. Permitiu registar o que se tinha por importante, aquilo que anteriormente tinha de ser adquirido e mantido à custa de repetições. A escrita e a habilidade de a utilizar permitiram à Humanidade um meio mais fácil de registar e dar acesso ao Conhecimento. O cérebro humano naturalmente adquiriu, assim, também a capacidade de adquirir Conhecimento através da escrita, da leitura, do estudo.

Mas tenhamos presente que a camada mais profunda do nosso cérebro é, desde sempre, estimulada auditiva e visualmente e por execuções ritualizadas do que se pretende transmitir. A aquisição de Conhecimento através da escrita, da leitura, do estudo é uma habilidade mais recentemente adquirida, logo, mais superficial no nosso cérebro.

Não nos enganemos: o estudo, a aquisição de Conhecimento pelo estudo, dá trabalho. Esse trabalho é recompensado pelo desenvolvimento da nossa Inteligência Racional, pela habilidade de memorizar, de relacionar, de aplicar. Mas é apenas a Razão que é aplicada e fortalecida.

Para se desenvolver, para se utilizar a Inteligência Emocional, a que nos permite, quantas vezes sem sabermos como, intuitivamente, dizer a palavra certa, executar o gesto adequado, efetuar a ação necessária sem termos de longamente pesar os prós e os contras, sem necessitarmos de fazer exaustivas análises e cálculos, para isso temos de recorrer às camadas mais profundas do nosso cérebro – e essas desde o início dos tempos foram estimuladas pelo que se via e ouvia, pelo que se repetia uma e outra e muitas vezes, pelo que se ritualizava.

Por isso afirmo que o Ritual é o indutor de mais rápida passagem do Conhecimento à Sabedoria, acelerando o que só a Experiência, a Vida vivida, os erros cometidos e as vitórias alcançadas nos permitiria atingir, não fora ele.

Meus Irmãos: até agora tenho sempre falado de Ritual, sem adjetivar e, sobretudo, sem utilizar o adjetivo maçônico.

Porque o ritual, penso tê-lo demonstrado, existe desde sempre e desde sempre aumenta a capacidade humana de discernir, em suma, de saber. E não há “o “ ritual, há muitos rituais, respeitando a muitos momentos, ocasiões e atividades. Existem, bem o sabemos, rituais religiosos. Mas também de outra natureza, uns mais solenes e utilizados em ambiente de Poder ou de significado social, outros mais simples, íntimos até. Atrevo-me a dizer, por exemplo, que todos os casais com algum tempo de ligação criam os seus rituais próprios, indutores de segurança, conforto e manutenção da relação afetiva. 

Uma categoria de rituais que merece referência é o ritual que podemos denominar de grupal, o que marca, define e corporiza a integração de alguém num determinado grupo. Aí não está em causa a aquisição ou consolidação de conhecimentos ou o acesso a sabedoria, mas simplesmente o estabelecimento de uma união grupal, a que o neófito passa a aceder.

Todo o ritual é importante, precisamente porque correspondendo à mais antiga e natural forma de a Humanidade processar a aquisição de conhecimentos, ganhar e manter confiança, obter conforto e segurança. Não é assim porque queremos que seja, assim é porque a nossa evolução como espécie o determinou. Talvez algo grandiloquentemente, pode-se afirmar que a Civilização se alicerça em rituais. 

Mas os Rituais Maçônicos, esses, partilhando com os demais a mesma natureza de meios indutores de aquisição de Sabedoria, têm ainda uma valência própria, quiçá não exclusiva, mas seguramente que identitária.

Os rituais maçônicos têm uma tríade de caraterísticas, duas delas já referidas e uma terceira que podemos considerar própria. Os rituais maçônicos assumem a natureza de indutores de Sabedoria, são também, particularmente nos rituais de Iniciação e de Aumento de Salário, rituais grupais, mas também assumem a natureza de explanação e aprofundamento de Princípios e Valores.

Esta uma especificidade não negligenciável. Os vários rituais dos diferentes ritos maçônicos apresentam-nos e definem-nos Valores e Princípios a que os maçons devem corresponder. Não estão aqui em causa conhecimentos a interiorizar. Estão, diretamente, aspectos e referências morais a seguir, a cumprir, a divulgar.

Os rituais maçônicos, ao promoverem Princípios e Valores, apelam diretamente às caraterísticas básicas do cérebro humano. Os princípios e Valores expostos, facultados, não se destinam a ser meramente apreendidos pela Inteligência Racional, através do estudo e da aquisição de conhecimentos. Procura-se atingir a Inteligência emocional, o âmago da personalidade de cada um e aí efetuar as modificações inerentes a esses Princípios e Valores.

Busca-se a aceleração do processo. Em vez da mera aquisição pela Inteligência Racional e posterior enraizamento através da experiência, busca-se a inserção direta e eficaz na mente do maçom, atingindo o que o Ritual, desde os primórdios da Humanidade toca: a Inteligência Emocional, logo as profundezas do ser que cada um de nós é. Não se semeia, para que porventura nasça e cresça. Planta-se para que, no mais curto espaço de tempo, haja frutos. 

Os rituais maçônicos destinam-se assim, para além da integração de indivíduos em grupos, a propiciar a modificação de cada um, através da interiorização de Princípios e Valores morais, que devem nortear a conduta de cada um,

Expostos de forma ritualizada, muitas vezes repetida, encenada e praticada, tais Princípios e Valores entranham-se diretamente no âmago essencial de cada um, assim propiciando o seu aperfeiçoamento.

Este processo de aperfeiçoamento não é imediato. É demorado, é evolutivo, depende de patamares.

É por isso que é um erro pensar-se que, sabido o ritual, aprendido a executar o mesmo com perfeição, o nosso trabalho está terminado.

Posso garantir-vos, com base na minha experiência de mais de 30 anos de maçom, que não é assim que funciona.

Decorar o ritual, executá-lo na perfeição, são ainda tarefas do Intelecto, da Inteligência Racional. O que importa é senti-lo, vivenciá-lo, apreender aqui e ali algo de novo, algo que nos chama agora a atenção e em que não reparamos antes. Porque esse é o processo de entranhamento das noções transmitidas pelo ritual, esse é o processo de passagem do Conhecimento à Sabedoria.

Se há algo que verdadeiramente aprendi com os nossos rituais é que se está sempre a aprender algo de novo com os mesmos. Em mais de trinta anos de Maçonaria, já repeti, já executei, já vi serem repetidos, já vi serem executados, os nossos rituais centenas de vezes. Nunca me incomodei com a repetição. Nunca deixei de me concentrar na sua execução. E, trinta anos passados, ainda me sucede que subitamente encontro algo de novo, apesar de ser o mesmo ritual que pratico e a que assisto ao longo deste tempo.

Tal sucede por uma simples razão: encontro numa ocasião aquilo que então estou preparado para encontrar. As palavras, os gestos, os atos, são os mesmos desde o princípio. Mas antes eu não compreendera aquele particular significado, porque ainda não estava preparado para tal. Porque tive de seguir uma evolução, compreendendo aqui algo que mais tarde me permitiu perceber aquilo, que me modificou e levou a entrever aqueloutro pormenor, num processo evolutivo permanente.

É para isso que serve o nosso ritual. Porque o ritual maçônico não é um simples ritual igual a todos os outros que a Humanidade segue. O ritual maçônico é um meio de Construção e Aperfeiçoamento de Nós.

É esta a sua importância!

Fonte: https://opontodentrocirculo.com

BATERIA DO GRAU

Em 02.11.2024 o Respeitável Irmão Antônio Luiz de Souza, Loja Alferes Tiradentes, 1680, REAA, GOB-ES, Oriente de Vila Velha, Estado do Espírito Santo, apresenta a seguinte pergunta:

BATERIA DO GRAU

Solicito saber sobre as batidas do grau. Elas são rápidas ou espaçadas? Com relação à ritualística as Lojas podem ter ritualística própria ou segue a orientação do ritual e do Secretário-Geral de Ritualística.

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente, vale mencionar que podem existir algumas diferenças ritualísticas nas bbat de grau entre os ritos maçônicos mais conhecidos. 

Não obstante no 1º Grau esse número de bbat seja igual na maioria das vezes, pode haver diferença entre eles quando se trata do ritmo e do andamento das percussões. Isso é natural devido às influências adquiridas, por cada rito, no curso da sua história.

É oportuno mencionar que toda Loja regular deve estar vinculada a uma Potência Maçônica regular. Por sua vez, as Lojas a elas subordinadas praticam ritos maçônicos reconhecidos nessa Obediência (Potência).

Assim, a Loja obrigatoriamente deve seguir o ritual vigente do rito por ela exercitado. Nesse contexto, cada ritual, de um determinado rito, possui o Cobrdo Grau, que é o principal elemento que trata de todas as particularidades sigilosas de reconhecimento maçônico, sendo a Bat do Grau um destes elementos. 

Por ser a Bat um segredo que faz parte do Cobr do Grau, não é prudente abordá-lo com minúcias, aqui. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


FRANÇOIS-AUGUSTE-RENÉ RODIN (Paris, 1840 - Meudon, 1917). Foi um dos mais importantes e influentes escultores franceses do final do século XIX e início do século XX. As suas esculturas causaram rejeição do público em praticamente todas as primeiras exposições. O reconhecimento só começou a se tornar palpável a partir de 1900, ou seja, 36 anos depois que ele exibiu pela primeira vez uma obra no Salon de Paris.

Maçonicamente era um maçom extremamente atuante e ativo em sua Loja.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

O SILÊNCIO

No Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), o silêncio tem um significado profundo e simbólico, presente em várias etapas da jornada maçônica. 

Ele pode ser entendido sob diferentes aspectos:

1. Silêncio como Reflexão e Aprendizado
O silêncio é uma virtude que permite ao maçom observar, aprender e compreender antes de se manifestar.

Nos primeiros graus, especialmente no de Aprendiz, o silêncio simboliza a necessidade de absorver conhecimento antes de falar.

2. Silêncio como Respeito ao Segredo Maçônico
O sigilo sobre os ensinamentos e os trabalhos da Loja é um princípio fundamental da Maçonaria.
O maçom deve guardar segredo sobre os rituais, palavras de passe e outros elementos simbólicos.

3. Silêncio Ritualístico
Em determinados momentos dos rituais, o silêncio é imposto para dar solenidade e permitir a concentração.

Há também momentos em que o silêncio representa o respeito ao Sagrado.

4. Silêncio como Disciplina e Autocontrole
O silêncio ensina o maçom a ouvir mais do que falar, promovendo a prudência.

Fonte: Facebook_Átrio do Saber

segunda-feira, 16 de junho de 2025

ENTRADA NO TEMPLO E OUTRAS DÚVIDAS SOBRE RITUALÍSTICA

Em 01/11/2024 o Respeitável Irmão Phelipe Gomes, Loja Jesus Sales de Andrade, 4893, REAA, GOB-CE, Oriente de Varjota, Estado do Ceará, apresenta o que segue:

ENTRADA NO TEMPLO

Meu irmão no caso:

1º O irmão Mestre de Cerimônias pelo nosso ritual hoje do GOB, na entrada, dá as batidas do grau, o Cobridor abre a porta e então em silêncio todos entram, nisto em silêncio me refiro também ao Mestre de Cerimônias que fica parado sem falar nada, ou no caso, ele deve chamar um a um?

2º O Venerável Mestre, ao passar a palavra pro Diácono precisa falar depois de soletrar a Palavra Sagrada ou apenas soletra no ouvido direito do mensageiro?

3º Tanto na Ordem do Dia, quanto no Tempo de Estudos não se necessita passar a palavra para as Colunas ou necessita-se passar a palavra para as Colunas?

4º O Irmão que bate pedindo a palavra, precisa que os VVig ou o Ven diga: tenha a palavra meu irmão fulano de tal ou ele assim que bateu a palma direita sobre a palma esquerda já pode ficar em pé e à Ord. e começar a falar?

RESPOSTAS:

  1. São situações distintas e não generalizadas. O ritual de Apr orienta para que os Irmãos ingressem no Templo em silêncio, se dirigindo cada qual diretamente (sem circulação) ao seu lugar. Obviamente que o M de CCernão fica mudo de vez, pois ele, do átrio, precisa comandar a entrada do préstito, o que o faz chamando: “Aprendizes, Companheiros, Mestres sem cargo, Oficiais...”, e assim por diante. O M de CCer deve se ater à objetividade do seu comando, sem enfeites e palavrórios desnecessários.
  2. Por não se tratar de um telhamento, mas de uma prática ritualística, própria da abertura e encerramento dos trabalhos no REAA, no caso de uma Loja de Apr, quem transmite a Pal o faz dando-a sussurrada no o dir do seu oponente, de uma só vez, seguidas, uma a uma as suas quatro letras. Por não se tratar de um exame a um desconhecido, não há nessa ocasião a troca de letras entre os dois interlocutores. Vale ressaltar que esta transmissão da Pal Sagr ocorre entre Mestres Maçons conhecidos no curso da abertura ou encerramento dos trabalhos.
  3. No período da Ordem do Dia, o Ven Mestre só passa a palavra às Colunas e Oriente para debates e arguições sobre o assunto pautado, antes da votação. Já no Tempo de Estudos, em primeira análise, não se passa a palavra às Colunas e Oriente, a não ser que a Instrução mereça apartes. Observe-se que no ritual vigente do REAA (2024), se a ocasião merecer, o Ven Mestre poderá, criteriosamente, dispensar o giro da palavra.
  4. Para pedir a palavra, o Ir deverá bater com a palma da sua m dir no dorso da esq, estendendo em seguida o br dir à frente para chamar atenção. Deste modo, quem pedir a palavra deve aguardar autorização para falar. Logo que a receber deve ficar à Ord e assim permanecer enquanto estiver falando.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O FIM DE UMA LOJA


Recebemos esta semana a triste notícia que a Loja Grayhorse nº 124, localizado em Fairfax, Oklahoma, perdeu seu estatuto e fechou suas portas. Embora o fechamento de lojas seja algo que acontece com frequência nos dias de hoje, cada um deles carrega consigo uma história única. A Loja Grayhorse, em particular, teve um momento de destaque recente ao ser cenário do filme Assassinos da Lua das Flores (Killers of the Flower Moon) (2023), dirigido por Martin Scorsese.
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Situado em uma área remota da Nação Indígena Osage, no centro-norte de Oklahoma, o templo da Loja Grayhorse fica em uma região economicamente deprimida, distante dos centros urbanos mais próximos, como Tulsa e Wichita. A falta de oportunidades e prosperidade na área contribuiu para as dificuldades enfrentadas pelo templo. Quando a equipe de Scorsese chegou para filmar, o local foi escolhido por sua autenticidade histórica, já que o templo permanece praticamente o mesmo há cem anos.
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A produção trouxe benefícios temporários para a comunidade: o templo foi reformado, pessoas locais foram contratadas como figurantes, e houve um breve impulso econômico em Fairfax e arredores. No entanto, como ocorre com muitas produções cinematográficas, a equipe partiu tão rápido quanto chegou, deixando para trás apenas a tinta fresca e memórias passageiras.
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Além dos desafios econômicos, a maioria dos membros da Nação Osage são católicos romanos, o que dificulta a participação na Maçonaria devido à proibição da Igreja. Essa combinação de fatores tornou a sobrevivência o templo da Loja Grayhorse ainda mais complicada.
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O edifício da Loja, construído em 1909, foi ampliado em 1924, foi um marco histórico impressionante, descrito como o "melhor exemplo de arquitetura do renascimento georgiano no Condado de Osage". Apesar de sua importância, nem mesmo sua beleza e história foram suficientes para mantê-lo aberto.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

A CORDA DE NÓS E A PRÁTICA DA SOLIDARIEDADE

J-J .Bri:. da R:. L:. "Thélème" do Grand Orient de France.
Tradução José Antonio de Souza Filardo M.´. I .´.

Porque ter escolhido tratar o conceito de Solidariedade como virtude maçônica tendo como único objetivo a prática da fraternidade, "A virtude chamada solidariedade, dizia Leon Bourgeois, é a união voluntária e o devotamente recíproco dos homens." "Nada durável se constrói sem solidariedade".

A Cadeia de União designa a corda de nós representada ao redor das paredes do Templo. Esta corda é amarrada em entrelaços, a intervalos regulares ao redor da sala, chamados "laços de amor" em forma de oito (8), símbolo do infinito em matemática, que são em número de 12 e correspondem aos signos do zodíaco. Ela também figura sobre numerosas gravuras ilustrando cenas maçônicas ou bordada sobre acessórios de vestimenta como os aventais de mestres. Ela indica que somos todos os elos pertencentes à mesma corrente. Com os antigos pedreiros, ela era a ferramenta indispensável para calcular os ângulos, em maçonaria ela simboliza a cadeia de união. A Cadeia de União, segundo sua definição, liga e une.

O ritual maçônico comporta também uma Cadeia de União que consiste, ao fim de cada reunião, em formar um círculo fechado formado por todos os participantes da cerimônia, tomando as mãos entre si, o braço direito passado sob o braço esquerdo, a mão sem luvas.

Desde sua admissão na Ordem Maçônica, o novo iniciado é convidado a se tornar formar um elo desta Corrente, símbolo do vínculo entre o céu e a terra, símbolo da coesão da loja, e de fraternidade entre todos os seus membros, formado no início dos trabalhos, sua significação é, assim, idêntica, ela liga todos os elementos. Ela aproxima os corações ao mesmo tempo em que os corpos e simboliza a Universalidade da Ordem. É a comunhão dos espíritos que participam de uma mesma obra.

De todos os ritos, a Cadeia de União é, talvez, o mais importante, perfeitamente expresso em alguns versos "que vem do Passado e tende em direção ao Futuro". A Cadeia de União, símbolo da coordenação de toda coletividade, de ação comum, de Solidariedade. É dada a oportunidade a nós, maçons, de refletir hoje mais que ontem, e ainda menos que amanhã sobre nossa prática da solidariedade e, sobretudo, nosso dever permanente de fraternidade.

A maçonaria é reconhecida por seu espírito de corpo e de solidariedade. O maçom não tem por dever, em todas as circunstâncias ajudar, esclarecer e proteger seu irmão, mesmo com o perigo de sua vida; os maçons prestam efetivamente o juramento de dar socorro e assistência a um irmão em necessidade. A maçonaria tem por dever estender a todos os membros da humanidade, os laços fraternais que unem os maçons sobre toda a superfície do globo. A solidariedade e a ajuda mútua serem foram em nossa Ordem as grandes regras que devem ser exercitadas com muito discernimento.

A prática desta virtude claramente evocada nos artigos 1, 2 e 3 da Constituição do Grande Oriente de França é um dos objetivos essenciais dos maçons. Em nível de Loja, eu diria que existe em nossa obediência um grande mal-entendido: eu gostaria de falar sobre o Irmão Hospitaleiro, cujo papel nem sempre é valorizado, e a tarefa reduzida a circular com o "Tronco da Viúva". Colaborador direto do VM, ele deve conhecer a situação de cada um dos IIr.´. da loja e suas famílias. A ele cabe, à medida que tenha recolhido as informações sociais que lhe competem, orientar todos os IIr.´. que tenham necessidade de uma intervenção ou de um apoio. Com relação a isso, e sempre de acordo com seu VM, ele deve apontar sem demora os casos difíceis que ele não tenha podido resolver sozinho.

No interior de nossas lojas, esta solidariedade é exercida materialmente, graças aos fundos recolhidos pelo "Tronco do Hospitaleiro" ou "Tronco da Viúva" que o Ir.´. Hospitaleiro nos apresenta ao fim de cada Sessão. Caixas especiais previstas nas lojas para atender aos mais apertados, sempre que um irmão se encontra em uma situação material embaraçosa.

Existe outra forma de solidariedade, totalmente imaterial desta vez, que consiste em ajudar moralmente os irmãos e irmãs. Esta solidariedade é exercida no dia-a- dia, na busca da verdade e do aperfeiçoamento, a pesquisa iniciática e uma pesquisa coletiva. Ela é, ao mesmo tempo, o objetivo e a força da maçonaria.

Se ele quer assumir plenamente seu cargo, o Ir.´. Hospitaleiro deve tomar consciência da importância da tarefa que lhe foi confiada. Por sua ação, ele sublinha o caráter universal e filantrópico da Maçonaria, e é assim que ele figura em um bom lugar na lista de Oficiais de todas as Lojas do mundo inteiro, sem distinção de obediência.

Encontra-se sempre entre os maçons, homens devotados que tiveram o coração para se dedicar a socorrer os Irmãos menos afortunados, suas viúvas, seus órfãos; um bom número de homens, de irmãos e de irmãs que sacrificam uma parte de seu tempo, de seu lazer para praticar a virtude da solidariedade.

O universalismo maçônico não consiste apenas em um reconhecimento dos Maçons entre si, unidos pelos laços da Fraternidade e da Solidariedade. Ele não se expressa unicamente na conjuração dos Iniciados, assentados à mesa da Sabedoria, enquanto que os outros homens se contentariam com as migalhas.

O universalismo maçônico é o sentimento, assim como a solidariedade dos maçons com o conjunto da Fraternidade humana. Este sentimento de solidariedade, que o Maçom não pode elidir, mesmo dentro do quadro de sua pesquisa interior, deve se manifestar concretamente no mundo profano.

Enumerar as obras maçônicas de solidariedade em favor de maçons e do mundo profano inteiro exigiria toda uma compilação. Numerosas instituições de assistência foram organizadas, orfanatos e durante a guerra de 1870, ambulâncias.

Sob o impulso do Grande Oriente e particularmente da loja o Futuro, um Congresso para estudar a solidariedade universal. O Grande Oriente, há que se lembrar, é a origem da lei que criou a Previdência Social.

No mundo profano, "Maçonaria" é sinônimo da dependência dos homens, uns em relação aos outros, dependência que faz com que os indivíduos sejam parte de um mesmo todo. A solidariedade e a ajuda mútua sempre foram em nossa Ordem as grandes regras que devem ser exercitadas com muito discernimento.

"Centro da União", a maçonaria universal tem por missão reunir as boas-vontades esparsas no universo. Os maçons do Grande Oriente de França dão à fraternidade que os une e a todos os outros maçons do mundo um senso profundo de respeito, de estima e de afeição recíprocas, superando as divergências de opinião ou as diferenças de condição social, na igualdade completa dos direitos de cada um.

Com freqüência caricatura-se esta solidariedade e denuncia-se o Grande Oriente de França como uma sociedade de serviços mútuos, assegurando o sucesso social de seus membros. Isto é esquecer que suas preocupações são essencialmente filosóficas e cívicas, e que sua filantropia é exercida muito mais no plano moral que no plano material. Com efeito, quando os candidatos à iniciação entram pela primeira vez na câmara negra de reflexão, antes de serem iniciados no grau de aprendiz, eles podem ler um aviso escrito na parede: "Se você aqui vem por interesse, saia imediatamente!".

A Ordem não está a serviço de seus membros, mas a serviço de seu ideal.

Venerável Mestre e todos vocês meus Irmãos e Irmãs, o homem do mundo realizado sabe falar a cada um que lhe interesse; ele entra nos caminhos dos outros sem jamais os adotar, ele compreende tudo sem tudo desculpar; ele prefere cada um de seus amigos aos outros e consegue amar a todos igualmente. Assim é a Fraternidade e a Solidariedade. Um instante de verdadeira fraternidade pode ensinar muito mais que anos de egoísmo e de recusa ao outro. Trocar as Fraternidades plurais, aquelas onde se encontram e são vistas no mundo profano, por uma fraternidade bem singular, aquela que permite a nós, maçons, a busca da verdade e a prática da solidariedade.

Fonte: JBNews - Informativo nº 272 - 27.05.2011