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domingo, 9 de março de 2025
APRENDIZ - PALAVRA SOLETRADA
Pergunto ao meu inteligente irmão, uma dúvida que me assola a tempos: Por que o Diácono recebe, e passa a palavra sagrada monossilábica se são todos mestres? Não v∴ p∴ d∴, s∴ s∴ não é para o Aprendiz?
CONSIDERAÇÕES:
Por se tratar de uma questão iniciática, a palavra do Aprendiz, em qualquer situação, será sempre transmitida soletrada (letra por letra).
Nesse sentido, existem duas formas de transmiti-la.

A primeira delas ocorre quando se tratar de um telhamento (o exame de um maçom). Neste caso, o examinador, ao pedir a palavra ao examinado, inicialmente dá a ele a primeira letra e dele recebe a segunda, e assim sucessivamente, até que sejam transmitidas as quatro letras da Pal∴ Sagr∴ do Aprendiz. A regra é, o pede a palavra é sempre quem dá a primeira letra. Concluída a transmissão, não existe ao final, nenhuma repetição da palavra, seja ela inteira, soletrada ou silabada. Maiores detalhes, vide o Cobridor do Grau no respectivo Ritual.
O segundo caso, (inerente à sua questão), trata-se da simples transmissão da palavra entre as Luzes da Loja e os Diáconos para cumprir a liturgia de abertura e encerramento dos trabalhos.
Como este caso não se trata de exame de um maçom, durante a transmissão não há troca de letras entre os interlocutores como ocorre no telhamento, ou seja, o transmissor transmite a palavra inteira dando, uma a uma, as quatro letras que a compõem. Nesse caso, também não existe nenhuma repetição da palavra no final, seja ela inteira, soletrada ou silabada.
Eram estas as considerações.
T.F.A.PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
BREVIÁRIO MAÇÔNICO
A FARSA HISTÓRICA DO DIA DO MAÇOM BRASILEIRO
sábado, 8 de março de 2025
ESPADA FRATERNA E ESPADA CONDENATÓRIA
ESPADA FRATERNA E ESPADA CONDENATÓRIA
Repassando um antigo questionário usado para sabatinar Aprendizes antes de seu aumento de salário encontrei uma questão que não consegui decifrar nem no Ritual (2009) e nem no S.O.R.- Sistema de Orientação Ritualística (Decreto 1784/2019): a Espada Fraterna e a Espada Condenatória do Perjúrio. Além de não encontrar nada a respeito desses termos, o dito questionário ainda deixa claro que a Espada Fraterna é empunhada com a mão esquerda e a Condenatória com a mão direita. Pensei que aquela se tratava das espadas do "Faça-se a Luz" (páginas 133 e 134) e esta do momento em que se bate profanamente a porta do Templo (verificação de quem bate - página 100) mas nossas fontes oficiais não trazem esclarecimento nesse sentido. Essas denominações quanto ao uso da espada têm ligação litúrgica com o REAA praticado no GOB?
RESPOSTA:
De minha parte, sem comentários sobre essa enorme bobagem.
Obviamente que nada será encontrado sobre esta matéria, pois é algo sem nenhum fundamento.
Indiscutivelmente isso não existe no REAA. É pura invencionice, fruto de requintada imaginação.
Recomendo inutilizar esse questionário.
T.F.A.PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
MAÇONS FAMOSOS
A MAÇONARIA E OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
sexta-feira, 7 de março de 2025
MANTO DE VELUDO PARA O VENERÁVEL MESTRE
MANTO DE VELUDO NEGRO
Máximo respeito e admiração pela sabedoria do Irmão que compartilha seu conhecimento e faz tão bem a nossa Ordem.
Fiz a leitura da obra O Mestre Instalado de José Castellani, 1a edição, ed. A gazeta maçônica de 1989.
O autor destaca em Cam∴ do Meio, os MM∴ MM∴ usarão balandrau negro e o Venerável Mestre um manto de veludo negro. A indicação histórica remete aos Collegia Fabrorum (Século VI a. C), antiga corporação de Ofício do período do apogeu Romano.
Para a Maçonaria evolutiva e progressista de hoje caberia tais tradições?
Observei ainda que o Avental do Venerável Mestre para o Rito Adoniramita é de veludo negro. Seria seu resquício histórico? Caberia também para os demais ritos?
CONSIDERAÇÕES:
Caro Irmão Frans, é sempre um prazer atendê-lo.
No tocante ao manto de veludo negro e o balandrau, de fato eram indumentárias usadas pelos Collegia Fabrorum, corporação de pedreiros criada pelo lendário Imperador Numa Pompílio por volta do século VI a.C.

Essas corporações de ofício, consideradas como as primeiras associações organizadas de construtores, eram comumente dirigidas por mestre do ofício. Este artífice principal se distinguia dos demais operários por usar um elaborado manto escuro sobre a túnica, o qual, segundo alguns autores, era de veludo preto.
Nesse sentido, é bastante provável que venha daí a referência ao tal “manto de veludo preto”.
Vale ressaltar que ao serem aqui mencionadas velhas corporações de ofício da época das conquistas romanas, não se está afirmando, sob nenhuma hipótese, que naquele período da história existia Maçonaria, muito menos ainda a existência do grau de Mestre Maçom.
Mais tarde, por volta do século XVIII, já em plena era da Moderna Maçonaria (dos Aceitos), algumas Lojas francesas, principalmente, passaram a adotar o uso do manto preto para o Venerável Mestre, este estilo, no entanto, não era uma regra abrangente à toda a Maçonaria francesa.
Mediante a isso, com a evolução da moda, alguns ritos adotariam o uso do balandrau como uma veste confortável que dava um caráter de igualdade entre os membros da Loja, onde todos se vestiam iguais.
A partir do século XX, por alguns costumes regionais e outros históricos, o terno preto veio aparecer com força na Maçonaria, principalmente a britânica, e acabou virando uma indumentária maçônica, conforme os ritos.
Sob essa óptica, ambos os trajes, o terno e o balandrau, permaneceram como vestuário maçônico, enquanto que o manto de veludo não prosperou e acabou em desuso por parte daqueles que o haviam adotado.
Graças a isso esse manto de veludo não é mais cogitado como espécime de vestimenta maçônica.
Quanto ao avental Adonhiramita, eu não acredito que tenha a ver com o "manto de veludo", que outrora fora utilizado pelos Collegia Romanos.
T.F.A.PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
SESSÃO PÚBLICA - NÃO INICIADOS E AS LUZES EMBLEMÁTICAS
SESSÃO PÚBLICA E O LIVRO DA LEI
Irmão, lhe escrevo para ver a sua opinião sobre um assunto: quando houver ingresso de profanos no templo, como em sessões brancas, no REAA, o Livro da Lei pode/deve ser mantido aberto, com o esquadro e compasso posicionados no Grau de Aprendiz? Considerando que houve a abertura do mesmo antes do ingresso dos profanos.
CONSIDERAÇÕES:

Esse título, "sessão branca", dá margem para os nossos detratores e opositores a dizer pejorativamente que na Maçonaria existem" sessões negras", o que de fato não é verdade.
No tocante à sua questão, eu não vejo nenhum óbice de o Livro da Lei permanecer aberto e a Loja e as Luzes Emblemáticas compostas na presença de convidados não maçons.
O que rigorosamente não é permitido revelar são os nossos sinais, toques e palavras (únicos e verdadeiros segredos).
T.F.A.PEDRO JUK.
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
QUANDO OS MAÇONS TORNAM-SE E SÃO DESNECESSÁRIOS À NOSSA ORDEM
quinta-feira, 6 de março de 2025
MESTRE DE CERIMÔNIAS USANDO A PALAVRA
MESTRE DE CERIMÔNIAS E O USO DA PALAVRA.
Estou com uma dúvida e procurei no seu blog e não achei. Mas sei que já vi em algum lugar.
Pergunto: pode o Mestre de Cerimônias, durante a Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular, falar três vezes, mudando de colunas e se deslocar até o Oriente, aproveitando da condição de que ele tem livre circulação na Loja?
CONSIDERAÇÕES:
De forma nenhuma! O Mestre de Cerimônias não pode mudar de Coluna, ou se dirigir ao Oriente para fazer uso da palavra. A regra é que nas Colunas cada um fale do seu lugar, assim como os do Oriente também falam do seu lugar.

O Venerável diz na abertura dos trabalhos: "Desde agora a nenhum (o grifo é meu) Irmão é permitido falar ou passar para outra coluna sem obter permissão, e [...]".
Assim, está bem claro que "nenhum Irmão", dos quais também o Mestre de Cerimônias, podem mudar de lugar para pedir novamente a palavra.
Se o Venerável Mestre resolver concedê-la novamente, obrigatoriamente a palavra deverá fazer o giro completo, isto é, ficará livre a partir da Coluna do Sul.
Nesse particular, o Venerável Mestre deverá ser assaz criterioso para conceder o retorno na palavra, não devendo concedê-la senão mediante premente necessidade.
T.F.A.PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA EM LOJA
Em 13/08/2024 o Respeitável Irmão Angelo Carlos Kondlatsch, Loja Fé e Trabalho, 635, REAA, GOB-PR, Oriente de Rio Negro, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:
ATA
Atualmente sou o Orador da Loja, e desde que fui iniciado, nunca houve a leitura da Ata em Loja Aberta, somente o envio por e-mail e a posterior aprovação pelos presentes em Sessão.
Entendo que a ritualística "manda" ler a Ata em Loja, passando posteriormente a palavra pelas Colunas e então a votação pela aprovação ou não.
O Orador pode "impor" que a leitura seja realizada em Loja ou cabe ao Venerável Mestre essa decisão?
CONSIDERAÇÕES:
Inicialmente eu gostaria de dizer que recebo, por mês, mais de uma centena de questionamentos, tornando-se praticamente impossível eu lembrar individualmente de todos os queridos Irmãos que me escrevem. Fica mais fácil quando o consulente se identifica e oferece de pronto o nome da sua Loja, rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação. Isto me poupa tempo antes de procurar dados arquivados.
Dito isto, quando a sua questão, os rituais vigentes do REAA (2024) são bem claros quando mencionam em negrito: “Impreterivelmente a Ata deve ser lida em Loja”.
À vista disso, não atender ao que prescreve o ritual é desobedecer a Lei. Vale afirmar que não existe nenhum Ato ou Decreto do Grão-Mestre Geral citando que as Atas não precisam ser lidas, discutidas e aprovadas "em Loja". Ao contrário, os rituais informam que a Ata seja lida em Loja.
Assim, o Orador é o Guardião da Lei e representante do Ministério Púbico Maçônico na Loja, portanto, antes de tudo ele deve preservar e fazer cumprir a lei. Neste caso, a sua obrigação é alertar o Venerável Mestre sobre o descumprimento do Ritual, exigindo, portanto, que ele seja descumprido como está.
T.F.A.PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
D. PEDRO I DO BRASIL
OS QUATRO ELEMENTOS




quarta-feira, 5 de março de 2025
USANDO A PALAVRA E CONVOCAÇÃO PARA SESSÃO
USANDO A PALAVRA E CONVOCAÇÃO
Sempre com o objetivo de aprender e transmitir ensinamentos de forma correta, recorro novamente ao Grande Secretário de Ritualística do GOB.
Nossa rotina nas Sessões é sempre mesclada com opiniões divergentes e, entendo como positivas pois proporcionam a possibilidade de debatermos, sempre em busca do aprendizado eficiente. Do contrário, corremos o risco de aprender de forma errada se formos instruídos somente pelas opiniões pessoais dos Obreiros.
AS DÚVIDAS:
2. No encerramento da Sessão, como suas últimas palavras, o Venerável Mestre CONVOCA os Obreiros para a Sessão seguinte (normalmente para 7 dias após). Pode o Venerável Mestre “convocar os Obreiros” sem dizer o Grau da Sessão seguinte?
3. Entendo que a “convocação” precisa obedecer ao intervalo mínimo de 7 dias e sim, indicar em qual Grau será a Sessão seguinte.
4. Após a convocação em Grau 1 (respeitando os 7 dias) pode a Administração MUDAR (no meio da semana, 4 dias antes da Sessão) o Grau da Sessão originalmente convocada em Grau 1?
Como sempre, agradeço e exalto os ensinamentos prestados pelo Poderoso Irmão.
CONSIDERAÇÕES
No que se refere ao Orador falar como obreiro, obviamente que sim, pois ele, além de ser o Guardião da Lei, é também um membro regular do quadro. Assim, durante a Palavra a Bem da Ordem ele naturalmente pede a palavra ao Venerável Mestre para dela fazer uso (como membro da Loja).
O que o Orador não deve fazer é falar como obreiro do quadro quando lhe é dada a palavra para as “conclusões finais”. Neste instante ele deve falar apenas como representante do Ministério Público maçônico, devendo, por dever de ofício, saudar os visitantes e declarar os trabalhos justos e perfeitos.
É oportuno lembrar que o Orador, por ocupar lugar no Oriente, fala sentado, a não ser nas ocasiões em que o ritual determine que ele fale em pé.
Com respeito à convocação feita pelo Venerável, saliento que esse não é bem um assunto de ritualística. Nesse sentido, deixo aqui apenas as minhas colocações, lembrando que elas sejam laudatórias.
Deste modo, eu entendo que o Venerável Mestre deve seguir o calendário elaborado pelo Chanceler e aprovado em sessão pela Loja. Este calendário pode ter a duração de seis meses ou um ano. Assim, segue-se o calendário aprovado e não o Venerável convocar ao seu critério.
Nesse contexto, entendo que qualquer mudança no calendário aprovado e vigente, essa mudança deve seguir os trâmites legais para as devidas alterações
O Venerável pode convocar, fora do calendário, sessões extraordinárias, como, por exemplo, de Finanças, Administrativa, etc. Devem ser convocadas por edital com antecedência regulamentar, que pode variar de 15 a 30 dias.
T.F.A.PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
APONTAMENTOS RITUALÍSTICOS - REAA
APONTAMENTOS RITUALÍSTICOS – REAA
Aproveito para realizar novos questionamentos, acerca do REAA:
1. No Grau 02, durante as viagens da Elevação, é possível inserir sonoplastia, como sons de construção ou música de fundo, ou é estritamente necessário que se preserve o silêncio?
2. Acerca da abóbada Celeste, diz-se que a mesma representa o céu do hemisfério norte, no dia 21 de março. Entendo que seja o início do percurso solar no signo de Áries, além de marcar aproximadamente o equinócio de primavera. Contudo, seria possível indicar a fonte que informa que a abóboda representa exatamente esta data? Ou foi algum argumento que se convencionou e incorporou-se na lógica do Rito?
Grato pela atenção, meu irmão.