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sábado, 31 de dezembro de 2016

CIVILIDADE

CIVILIDADE
(Desconheço o autor)

Nós nascemos tão ignorantes dos processos da natureza quanto o primeiro habitante das cavernas, e durante os poucos anos que separam o nascimento da maturidade nós adquirimos enormes quantidades de informações e entendimento necessários para podermos nos movimentar neste complexo mundo.

Os seres humanos têm feito um bocado de esforço para libertar seu direito de compreender, muitas vezes contra fortes oposições. Houve épocas históricas em que às pessoas não era permitido escalar montanhas, dissecar cadáveres ou se olhar no espelho. Cada uma destas atividades que buscam o conhecimento foi, numa outra época, severamente punida. Compreender e investigar os processos da natureza nem sempre foi algo muito seguro. Os cientistas chegaram a compreender os processos químicos e as forças inanimadas da natureza de maneira bastante detalhada, e, portanto, são agora bem sucedidos em controlá-las. Mas, por vezes, não somos capazes de chegar a entender a nós mesmos. Em algumas ocasiões, somos incapazes de sequer chegar a oferecer, a cada pessoa uma relação amorosa garantida, embora todo mundo pareça estar querendo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A PEDRA E A MAÇONARIA


A PEDRA E A MAÇONARIA
Aldo Marcozzi Macedo e Silva M∴M∴ 

A História tem demonstrado através de registros os mais variados, que ao longo da caminhada da civilização, seu desenvolvimento fundamentou-se na utilização da pedra como elemento básico para construir e adornar, em face de suas características de solidez e durabilidade. A pedra está presente desde tempos imemoriais através dos mitos, tendo servido como ferramenta e objeto de adoração. O passado está repleto de monumentos que atestam a sua importância.

Na tradição hebraica ela existe, como se constata através da Bíblia:

"Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinais, entregou-lhe as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus." (Êxodo 31-18)

"O Rei ordenou que extraíssem grande quantidade de belas pedras, que deviam ser talhadas para os alicerces do Templo. Os operários de Salomão e Hirão talharam as pedras, enquanto os giblieus preparavam as madeiras e as pedras para a construção da casa." (Reis 5 – 17,18)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A MAÇONARIA ESPECULATIVA

A MAÇONARIA ESPECULATIVA

Antes de iniciarmos essa explanação sobre a maçonaria Especulativa precisamos entender um pouco do que foi e como surgiu a Maçonaria Operativa, a sua origem:

No século I, os romanos em suas incursões bélicas, utilizavam o “Collegium fabrorum”, uma legião de construtores, cuja função era reconstruir os principais edifícios e casas de forma mais perfeita do que eram anteriormente após os exércitos destruírem uma determinada vila ou cidade. Esses grupos estavam por toda parte, à medida que as legiões romanas avançavam em suas conquistas estes permaneciam por longos períodos reconstruindo o que havia sido dizimado.

Com a capitulação do império romano ocidental, em 476 d.c. (o oriental durou mais de mil anos), muitos destes grupos especializados em construções ficaram abandonados,  espalhados em locais que hoje formam vários países no continente europeu e na Grã Bretanha. Para não serem presos e mortos pelos exércitos bárbaros, se refugiaram em locais longínquos e de difícil acesso, como os pântanos da Caledônia (hoje Escócia) e regiões montanhosas dos Alpes. O grupo mais famoso se refugiou na ilha de Cuomo, no norte da Itália. Por volta do século XIII, após a redução das invasões bárbaras, seus descendentes voltaram para o continente europeu, se destacando como excelentes construtores. Eram chamados “mestres comacinos”. Esses construtores aperfeiçoaram e continuaram as técnicas de construção e foram transmitindo os segredos principalmente para seus filhos e afilhados. Formaram grupos fechados, chamados CORPORAÇÕES OU GUILDAS, onde ensinavam as técnicas de construção aos aprendizes e estes juravam guardar segredo dos ensinamentos. Adotaram a palavra francesa “maçom” que significa “pedreiro”, “construtor” e para a corporação o nome “maçonaria”, que significa “firma construtora”. Autodenominavam-se “pedreiros livres”, ou em francês “franco-maçons” e na Grã-Bretanha “free-masons”.

sábado, 24 de dezembro de 2016

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DO GRAU 33

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DO GRAU 33º E SUPREMO CONSELHO DO MUNDO
(Desconheço o autor)

A Maçonaria Operativa tinha somente dois Graus: Aprendiz e Companheiro. Mestre não era Grau e sim uma função que competia ao responsável pela construção. Não tinha quaisquer influências da Alquimia, Cabala, Astrologia, Rosacrucianismo, Ocultismo, enfim, de qualquer segmento esotérico como tal hoje, muitos Maçons pretendem que assim seja. Não tinha Templos, as reuniões, como todos sabem, eram realizadas em tabernas. Durante a reunião de Maçons não se abria qualquer Livro da Lei. Não existia o simbolismo das ferramentas. Os Símbolos eram desenhados no chão com giz ou carvão. Dois Símbolos que já existiam e constam dos Old Charges eram as Colunas que hoje conhecemos como J e B, mas que, naquela época, não portavam no meio de seu corpo as referidas e polêmicas letras que têm e que geram tanta discussão e que também apresentam outros significados simbólicos um tanto diferentes dos que hoje conhecemos.

O Escocesismo ou Escocismo é caracterizado por uma série de Ritos que nasceram na França a partir do ano 1649 e que tiveram um desenvolvimento bastante peculiar e sincrético, recebendo as mais variadas denominações e influências, quer filosóficas, morais, bíblico-judaicas, herméticas, rosacrucianas, templárias, políticas, religiosas e sociais, além dos modismos das épocas dos cavalheiros e gentis-homens das monarquias e reinados e também da História da Humanidade, tudo isto acontecendo num período bastante transformador de costumes.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O SIMBOLISMO DA INICIAÇÃO

O SIMBOLISMO DA INICIAÇÃO

INTRODUÇÃO

Sendo a Maçonaria uma Escola Iniciática, o ingresso de um novo membro se dá através de um Ritual que tem por objetivo trazer ao Iniciado uma nova perspectiva sobre a razão de sua existência, despertar gradativamente, através de símbolos e alegorias, a busca da consciência e da verdade no Iniciado.

Através da Iniciação, se pretende dar ao Iniciado uma responsabilidade maior, não somente como ser humano com vida espiritual, mas também como homem e cidadão. Na Maçonaria, o termo “Iniciado” é traduzido como “ Colocado no Caminho”. A Iniciação é um Ritual de Passagem, onde o profano morre para o mundo dos preconceitos e vícios, renascendo para a Luz, que aqui simboliza o conhecimento e a consciência da realidade, advinda destes conhecimentos.

Basicamente, a Iniciação pode ser dividida em dois momentos:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

LEALDADE

LEALDADE
Luiz Umbert Santos - 33∴ 
tradução de Albert Rossi Lazzoli - 33∴ 

A lealdade é uma das mais excelsas virtudes maçônicas.

Na esfera dos negócios humanos não existe fator mais importante que a lealdade. A lealdade é o baluarte da sociedade, a proteção de todos os países, o contraforte de todos os governos.

Na lealdade estão compreendidas a honradez, a justiça, a fidelidade, o amor e todos os princípios da bondade.

A lealdade é uma das maiores virtudes, porque é a verdade.

Nem tem limitações. Não está limitada à defesa da pátria e do governo próprio, mas bem se estende aos princípios, aos amigos e à moral.

Nenhum homem que seja falso para com seus semelhantes, ou desleal aos princípios da justiça e do direito, pode ser leal ao seu governo.

O patriotismo é como o afeto à família, simples e confiante. A lealdade dos homens para com seus amigos constitui um laço do afeto que não reconhece soberano. A prosperidade não faz mais que reforçá-la e a adversidade não pode quebrantá-la.

Todo aquele que é amigo quando brilha o sol da prosperidade, porém deixa de sê-lo quando sobrevem a contrariedade, não abriga em seu peito nem uma chispa de lealdade.

A lealdade é a mesma em todas as situações. Não a comovem as grandes nuvens nem as tempestades e é tão firme na tormenta como na calma.

A lealdade é um grande elemento de força na Loja Maçônica. O homem que ajusta sua conduta às condutas ensinadas na Loja, será leal ao seu país e a seus amigos.

Devemos ser leais para com a Loja; apoiar o Venerável Mestre, e aos dignatários e oficiais em todas as circunstâncias e em todas as ocasiões, e defender com fatos e palavras, o bom nome da Loja.

Nunca devemos nos revoltar contra as decisões tomadas pela maioria dos irmãos. Seria um ato desleal à verdadeira Democracia que propugna a Maçonaria, e à solidariedade que devemos sustentar incólumes, todos os maçons.

Todo aquele que é leal às doutrinas e ensinamentos da Maçonaria, defende a fama e reputação de seus irmãos e nunca fomenta seu desprestígio, é leal maçom, digno de fazer parte de nossa Augusta Instituição.

A lealdade respeita os direitos alheios, é justa em todos os seus atos, heróica em todas as situações e, valente na defesa da Razão, da Justiça e da Democracia, sem as quais a humanidade não pode ser feliz.

A lealdade é caridosa para com os defeitos alheios, e justa em todos seus atos, e por meio da palavra e da ação, afana-se em corrigi-los.

A lealdade traz o êxito, a harmonia, a união, a felicidade.

Por dever devemos ser leais aos princípios da Maçonaria, leais à nossa Loja, e leais uns para com os outros.

Lealdade significa obediência e, portanto, devemos ser obedientes às leis da Grande Loja (Grande Oriente) e as determinações do Grão-Mestre, se queremos honrar à Maçonaria.

Lealdade significa obediência à fé jurada, aos Estatutos e Regulamentos aceitos, amor à Instituição, a todos os homens, irmãos ou não-irmãos, preferindo morrer antes que traí-los.

NR - Publicado no Boletim nº 92 (jan/fev de 1978)

Fonte: Revista O Amanhã

sábado, 17 de dezembro de 2016

VAIDADE

VAIDADE
(Desconheço o autor)

Meus irmãos, o que estamos fazendo dentro e fora dos nossos Templos? “Estamos levantando Templos às virtudes ou cavando masmorras aos nossos vícios e imperfeições?” 

Eu tenho plena convicção de que não, o que vejo são irmãos imperfeitos frequentando nossos Templos com soberba e vaidade, vejo irmãos de Altos Graus se comportando como se fossem o GADU ou PADU (pequenos arquitetos do universo), pois na realidade são mesmo bem pequenos, pensam e agem como se soubessem tudo, mas infelizmente esqueceram o mais básico dos ensinamentos, somos todos eternos aprendizes, ao Mestre cabe o silencio do saber e não a eloqüência de se mostrar dono da verdade e dos ensinamentos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A PROCLAMAÇÃO MAÇÔNICA DA FÉ

A PROCLAMAÇÃO MAÇÔNICA DA FÉ
Por V∴ Irmão Jack Buta MPS
PM Paradise Valley Silver Trowel Lodge 29
Arizona Grand Lodge, EUA 
Maçom Grau 32 do Rito Escocês 
Tradução José Filardo

Em 1722, James Anderson, um ministro presbiteriano e maçom foi contratado pela nova grande loja de reescrever a sua constituição. Ele fez um movimento dramático e corajoso, a fim de perseguir a ideia de uma fraternidade universal. As duas primeiras obrigações em sua nova constituição foram pontos de partida radicalmente inovadores de conceitos previamente existentes e que permitiriam à Fraternidade alcançar homens de todas as fés. Sua primeira Obrigação, lidando com Deus e da religião causaria mais comentário e má interpretação do que qualquer outra nos últimos 285 anos, onde se lê:

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A TRADIÇÃO PAGÃ NA MAÇONARIA

A TRADIÇÃO PAGÃ NA MAÇONARIA
Irm∴ Alberto Henrique da Cruz Feliciano

Os ensinamentos maçônicos trazem a herança dos primórdios da civilização, preservando a tradição longínqua da evolução do espírito humano.

A maioria de nós, ao adentrar na Ordem, ao mesmo tempo em que sente um profundo respeito e admiração pelos trabalhos Maçônicos, também fica surpresa e embaraçada pela forma com que a Maçonaria apresenta seus ensinamentos. A começar pela recepção do candidato à Iniciação, depois, nos próprios trabalhos no Templo Maçônico, tudo parece estar encerrado em pesados véus de simbologia a desvendar. O próprio ritual traduz pormenores e alegorias que, para os menos atenciosos, não passam de palavras estranhas, a representar algo não muito definido para seu entendimento.

Vamos tecer alguns comentários que poderão ser úteis no entendimento do sistema de trabalho ritualístico Maçônico.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

ANTROPOCENTRISMO MAÇÔNICO

ANTROPOCENTRISMO MAÇÔNICO
Walter de Oliveira Bariani*

Alguém, que não me lembro quando nem quem, disse que, se fosse dado ao Homem o poder de viajar pelo de viajar pelo espaço cósmico com a velocidade da luz, ele, partindo da Terra em direção a Marte, em poucos minutos ali estaria, e, ali então, seria o centro do universo. Em um segundo momento, teria esse Homem o desejo de se deslocar em direção a um outro ponto ignoto no espaço cósmico, por mais distante que o fosse, a velocidade da luz e também ali estaria em tempo compatível com a relatividade espaço/tempo, e, lá chegando, também tal ponto seria o centro do universo, portanto, o centro do universo não se encontra em nenhum sistema planetário ou em galáxias, mas, o Homem que, graças a sua natureza evolucional constante e ininterrupta, é o elemento chave universal para se entender a obra do Gr∴Arq∴ do Univ∴, uma vez creado que fora que fora para atingir o desiderato maior que vem a ser a Perfeição, conforme nos prometera o Cristo em suas palavras anotadas por Mateus, V: 44-48:

sábado, 10 de dezembro de 2016

A MAÇONARIA E OS QUATRO ELEMENTOS

A MAÇONARIA E OS QUATRO ELEMENTOS
Roberto Aguilar M. S. Silva
Membro Vitalício da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, Brasil

Os Quatro Elementos são: Água, Terra, Fogo e Ar. São objetos de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica.

A origem da teoria dos quatro elementos, ao menos no ocidente, está na Grécia, entre os filósofos pré-socráticos. Entre eles, a origem da matéria era atribuída a um elemento diferente: ora o fogo, ora a água.

No entanto, é provável que essa discussão tenha vindo do oriente, onde encontramos, na China, a Teoria dos Cinco Elementos.(1)

Estes são, na verdade, elementos sutis, ou melhor estados de mutação da matéria-energia.

Os escritos dos filósofos da Renascença, porém, levam a supor que o ocidente também via os elementos como forças sutis que se manifestariam através de transformações recíprocas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A FRATERNIDADE MAÇÔNICA

A FRATERNIDADE MAÇÔNICA 

Fraternidade é um conceito filosófico intrinsecamente ligado a Liberdade e Igualdade, com os quais forma o tripé que caracterizou grande parte do pensamento revolucionário francês. Dos três foi o único que não esteve presente no lema Iluminista, que era “Liberdade, Igualdade, Progresso”.

No dicionário as seguintes definições de Fraternidade são citadas: “Parentesco de irmãos ou irmãs, união fraternal, amor ao próximo, boa inteligência entre os homens, harmonia”.

Para definir o que é fraternidade de modo plenamente compreensível, torna-se necessário entender um pouco o termo “O Homem é um animal político”. Este termo se origina das Pólis, as poleis definem um modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental, mostraram-se um elemento fundamental na constituição da cultura grega, a ponto de se dizer que o homem é um "animal político".

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A MAÇONARIA ENTROU EM VOCÊ?

A MAÇONARIA ENTROU EM VOCÊ?
Por: Carlos Eduardo Castoldi

Hoje você entrou na maçonaria, agora deixe a maçonaria entrar em você!

Já ouviu essa frase antes? Essa frase já virou um jargão na maçonaria, e é ouvida em quase  todas as iniciações. Você ouviu algum Irmão dizer isso pra você na sua iniciação? Eu sim, e em muitas outras iniciações e também em sessões ordinárias, durante instruções ou discursos voltados aos neófitos.  Desde então tenho refletido sobre esse jargão e tenho discordado desse conselho. A meu ver o correto seria instruir os neófitos a continuarem entrando na maçonaria. Ao invés de dizer: Deixe a maçonaria entrar em você, dizer: Continue entrando na maçonaria, a cada dia entre um pouco mais, não espere que o conhecimento venha até você mais busque conhecimento, leia, pergunte, participe.

Tenho visto na minha jornada maçônica, que não é longa, porém tem sido intensa, que muitos Irmãos são iniciados na Ordem e a meu ver parecem que levam ao pé da letra esse conselho ou esse jargão e ficam esperando a maçonaria entrar neles, porém como não abrem as portas e não buscam pela luz, ficam ali, estáticos no escurinho das lojas, só fazem o que é cobrado para se cumprir o interstício do grau, não fazem visitas a lojas vizinhas e só apresentam um trabalho se forem cobrados e assim mesmo muitos o copiam da internet e nem sequer tem o respeito de divulgar o autor da peça, aquele que pesquisou, pensou e usou seu tempo para preparar aquele trabalho que ele só imprimiu e leu, e as vezes lê mal, porque nem ao menos se preparou para ler.

Ao entrar para a maçonaria o neófito deve ser encorajado a Continuar entrando na maçonaria a cada dia. A verdadeira luz da maçonaria só é alcançada com estudo e reflexão. O estudo é importante, porém mais ainda é refletir e por em prática o que se aprende com a maçonaria. E por falar em aprendizado maçônico, como é gostoso aprender com o simbolismo, como é apaixonante adentrar um templo maçônico e ver todos aqueles símbolos. Tente entrar no templo sozinho ou com poucos Irmãos e ficar um tempo em silencio, apenas observando a decoração da loja. Reflita um pouco sobre cada símbolo. O simbolismo é fantástico. Um símbolo maçônico pode e deve ser explorado em sua significação filosófica, pois cada símbolo pode ter um significado diferente aos olhos de quem o vê.

Portanto meus Irmãos, não esperem a maçonaria entrar em vocês. Entrem na maçonaria. Entrem cada dia mais e usem esse aprendizado para seu crescimento pessoal, para a construção de seu templo interior.

Carlos Eduardo Castoldi
A∴R∴G∴B∴L∴S∴ Fraternidade Universal II n°13 - GOP

Or∴ Jaguapitã-PR

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

QUE SIGNIFICA HUZZA, HUZZA, HUZZA?

QUE SIGNIFICA HUZZA, HUZZA, HUZZA?

A pergunta que dá título a este texto, foi a mesma que um I∴ da R∴L∴Fernando Pessoa, me colocou há uns tempos atrás, por ocasião da minha primeira visita à sua Loja.

Não lhe soube oferecer resposta alguma, porque, efetivamente não tinha forma de lhe responder, eu, pura e simplesmente não tinha informação suficiente para lhe responder com a assertividade que o momento exigia.

Não considero grave não saber a resposta, seria enquanto maçom, muito mais grave não saber a resposta e ignorar esse desconhecimento, portanto o que havia a fazer era trabalhar para, investir para e por fim, ter aprendido. Pareceu-me um bom móbil para escrever um artigo sobre isso.

E o texto que se segue é o fruto desse trabalho.

Assim:

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

COWAN (GOTEIRA)

COWAN - (GOTEIRA) 

“COWAN” é uma palavra desconhecida para uma boa parte da população maçônica, principalmente da nossa região. “Goteira”, porém, muda um pouco de figura, sendo um termo nosso conhecido e o personagem considerado perigoso entre os Maçons.

Na Inglaterra também tem o significado de Goteira e de Profano; porém o termo Covan não figurou na maçonaria Inglesa até ser introduzido como que oficialmente, pelo Escocês Dr. James Anderson, em seu segundo “Livro das Constituições”, em 1738 (quando da sua reforma). 

Se derivado do Grego o termo Cowan significa “CÃO” – devido aos curiosos e asquerosos hábitos daquele animal. Queriam eles dizer que cães e porcos estão sempre associados à sujeira.

Um dicionário de linguagem francesa, de Jeiniesom, diz que Cowan é derivado da palavra francesa “COION” (um companheiro covarde) um (miserável covarde), sendo para alguns escritores um disparate, esta colocação. As pesquisas dos Irmãos Assis Carvalho e Xico Trolha, apontam como “Covan”, um maçom que construía “muro seco” – isto é, muros ou paredes sem o uso de cimento ou argamassa. Entendemos que os Maçons da época queriam dizer que aqueles homens (os Covans) não tinham o principal elemento cultural para ligar, convenientemente (com argamassa = atributos), as pedras preparadas com o uso do “Maço” e do “Cinzel”, (ferramentas usadas pelos “Canteiros ou fazedores de cantos em pedras da época); então, construíam, amontoando e aprumando simplesmente as pedras preparadas”.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

DEUS E A INTELIGÊNCIA

DEUS E A INTELIGÊNCIA
(Desconheço o autor)

Observando as várias instruções inseridas no Ritual de Aprendiz, verificamos que algumas instruções, pelos ensinamentos focalizados, abrangendo princípios filosóficos e teológicos, são de vital importância ao desenvolvimento intelectual do maçom.

Notamos, aprioristicamente, que os assuntos ali abordados, têm como escopo: Deus, inteligência, verdade, moral, liberdade, mistério e obscuridade. Desses, os temas mais evidenciados são, precisamente, Deus e inteligência. Com o primeiro, nós estabelecemos critérios para chegar a uma verdade: Deus; e, através da aceitação de Deus, o que a filosofia denomina Absoluto, nós chegaremos à inteligência, em sua situação mais pura e completa: a Quintessência.

A inteligência, a estudamos dentro do aspecto racional e lógico. O Absoluto, que para nós representa o Grande Arquiteto do Universo, o conhecemos por meio do estudo metafísico e teológico. Em verdade, os dois temas - inteligência e verdade - contêm todos os demais.

domingo, 4 de dezembro de 2016

CONHECE-TE A TI MESMO

CONHECE-TE A TI MESMO
(autor desconhecido)

Os deuses da Grécia Antiga, temerosos de que os homens descobrissem seu próprio potencial e ciumentos de que assim pudessem chegar ao nível deles (deuses), realizaram uma longa reunião para decidirem a maneira mais concreta de ocultar aos homens esse potencial.

Várias foram as propostas. Houve quem pensou em esconder o potencial humano nos abismos mais imperscrutáveis dos oceanos, mas foi lembrado que, no futuro, o homem penetraria o fundo dos mares.

Apresentou-se, também, quem propôs ocultar este potencial nas montanhas mais altas da Terra, mas tal proposta não foi aceita, porque o homem, em um dia não muito distante, as escalaria.

Outro sugeriu esconder tal riqueza humana na Lua, mas salientou-se que o homem no futuro iria habitá-la.

Por fim, todos aceitaram uma estranha proposta: todo aquele poder incomensurável — o potencial humano — deveria ser escondido... dentro do próprio homem.

Como justificativa para tal resolução os deuses disseram: "O homem é tão distraído e tão voltado para fora de si que nunca pensará em encontrar seu potencial máximo dentro do seu próprio ser".

sábado, 3 de dezembro de 2016

ENTENDENDO O TERMO "MAÇONS ANTIGOS, LIVRES & ACEITOS"

ENTENDENDO O TERMO "MAÇONS ANTIGOS, LIVRES & ACEITOS"
Por Kennyo Ismail

O termo “Maçons Antigos, Livres & Aceitos” que, utilizando a abreviação maçônica do REAA, fica “MM∴AA∴ LL∴ & AA∴” talvez seja, depois de “GADU”, o termo mais usado na Maçonaria. Apesar disso, parece que poucos são os maçons que sabem seu verdadeiro significado e o que se vê são muitos maçons experientes inventando significados mirabolantes e profundamente filosóficos para um termo que teve caráter político na história da Maçonaria.

O termo geralmente é utilizado após o nome da Obediência ou, muitas vezes, faz oficialmente parte do nome. Em inglês a sigla é AF&AM (Ancient, Free and Accepted Masons), cujo significado é o mesmo do termo em português: Maçons Antigos, Livres & Aceitos. Porém, os Irmãos também podem em muitas Obediências se depararem com termo diferente, sem o uso do “Antigo”, apenas: “Maçons Livres & Aceitos” ou “F&AM – Free and Accepted Masons”.

Afinal de contas, o que significa esse termo e qual o motivo da variação?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

DECÁLOGO DO VENERÁVEL MESTRE

DECÁLOGO DO VENERÁVEL MESTRE
(Desconheço a autoria)

• Dirigirei minha Loja à voz de minha consciência e guiar-me-ei pelas promessas de minha Instalação;

•Dirigirei minha Loja sem temor, favor ou recompensa, salvo o julgamento de minha consciência e o favor do Supremo Arquiteto do Universo;

•Procurarei atrair os Irmãos para os trabalhos, ministrando-lhes abundantes ensinamentos maçônicos;

•Procurarei sempre e por todos os meios, conhecer os antigos trabalhos e escritos da ordem e não estarei satisfeito se não houver isso conseguido;

•Não deixarei nunca que um Irmão, carecendo de amparo, se afaste da Loja, desiludido;

•Procurarei ser modelo para meus Irmãos em prudência, veracidade, cortesia e amor fraternal;

•O maldoso em minha Loja não terá descanso até que se regenere; mas, se não se regenerar, será excluído do meio;

•Meus auxiliares deverão cumprir seu dever rigorosamente, conforme seus compromissos de posse;

•Minha Loja será honrada e respeitada entre suas iguais.

•Que o Supremo Arquiteto do Universo, nosso Deus de Amor e Bondade, me ilumine e me ajude a cumprir esses compromissos!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

DESAFIOS QUE A MAÇONARIA DEVE VENCER

DESAFIOS QUE A MAÇONARIA DEVE VENCER
Fábio Cyrino, M∴I∴ 33° REAA
Harmonia e Concórdia 3522
Oriente de São Paulo (SP) – Grande Oriente do Brasil/ GOSP

Ao longo de sua história, a Maçonaria, não aquela das lendas e tradições românticas, de tempos imemoriais, das guildas de ofício que pretendiam manter uma reserva intelectual de mercado, mas sim a Maçonaria como Instituição, fruto de um momento social iluminista originada ao longo do final do século 17 e início do 18, sempre enfrentou oposição do chamado “mundo profano”, principalmente por seu caráter sigiloso, reservado, secreto até.

Nestes quase 300 anos de existência oficial a ser completada em 2017, a Maçonaria se deparou com fortes movimentos que pretenderam controlá-la e até mesmo suprimi-la, com a eliminação de suas estruturas, a prisão e mesmo a condenação à morte de seus integrantes. Desde a emissão da Bula In Eminenti Apostolatus Specula, por parte do papa Clemente XII, em 28 de abril de 1738, uma das primeiras tentativas de sua supressão, até os fortes ataques sofridos ao longo do século 20 por nações totalitárias, de caráter fascista, mesmo assim a Maçonaria sempre representou ao mesmo tempo um farol de conquistas sociais de Liberdade e Igualdade entre os Homens e uma ameaça aqueles que pretendiam a perpetuação de um status quo baseado no controle do Estado e da Sociedade por poucos, uma elite perversa que visava ao controle do conhecimento, aos meios de produção, às liberdades individuais.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

DESERÇÃO E BAIXA FREQUÊNCIA EM LOJA

DESERÇÃO E BAIXA FREQUÊNCIA EM LOJA
(Desconheço o autor) 

Os principais problemas de todas as Lojas são sempre os mesmos de toda a Maçonaria: deserção e baixa freqüência dos IIr.:.

Entendo que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido atingido por três males que, para simplificar, os identifico como: dois de nascimento e um de crescimento.

De nascimento: o mal escolhido (o candidato foi indicado por ser amigo do proponente e não por ter vocação; segue-se uma sindicância imperfeita); e o mal iniciado (cerimônia com passagens bisonhas; gracejos; visita a lugares estranhos).

De crescimento: o mal instruído (pobreza didática dos instrutores; falta de leitura dos clássicos maçônicos; acesso a invencionices e achismos). Este último item se agrava com a pressa na concessão de “aumento de salário”. Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é, assim, por demais prejudicial à formação do iniciado maçom.

Em relação à freqüência, ela tem uma forte vertente: as motivações. O maçom deve ir à Loja por amor e não por obrigação. O Venerável tem que ser um líder, que entusiasma seus obreiros.

A loja tem que ter projetos (metas e meios) que não só tenham a ver com a formação de seus quadros, mas também se refiram à sua ação filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam.

A monotonia é cansativa e estressante. Mas a reinvenção é animadora e cativante. A maçonaria não é o ócio. É o fascínio da lapidação do principal produto do Criador – o homem, tornando-o um “construtor social”.

A recomendação das sagradas escrituras é de que, em cada dia, precisamos renascer. Pois a vida é ação. É trabalho. Quem se entranhou de maçonaria sabe o quanto ela é superior dentre todas as organizações humanas.

Lutar pela permanência dos irmãos, freqüentes e em atividade, no seio da Fraternidade, é uma missão relevante do maçom. Deixar de fazê-lo, é “mais do que uma infidelidade. É um perjúrio”.

As realizações maçônicas não foram e não serão medidas pelo número dos seus membros e sim pela capacidade que eles tiveram ou venham a ter no domínio de forças fenomênicas, nem sempre visíveis ou sensíveis. Se uma escada fosse composta pelas três formas do Conhecimento Humano, o degrau de cima seria o da Filosofia, o do meio, o da Ciência e o primeiro, o da Tradição.

A Maçonaria independente do número de obreiros evoluiu por essa escada e se perpetuou como tem evoluído e se perpetuado no tempo. Exatamente porque exaltando a Tradição como a sua força propulsora, ganhou um conhecimento maior e também um maior domínio das demais forças da Mãe Natureza, possibilitadas que foram pelo Saber em todas as suas formas de Conhecimento.

A Tradição é o primeiro degrau a ser escalado. Foi assim no começo com uns poucos e também poderá e deverá sê-lo por todo o sempre com qualquer número, nada havendo, pois a temer em razão de vazios, desde que os antigos costumes sejam respeitados e preservados.

"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente"