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sábado, 18 de junho de 2016

CARGOS E FUNÇÕES EM LOJA (3ª PARTE)

CARGOS E FUNÇÕES EM LOJA (3ª PARTE)
Quando uma Loja se envolve em crise, somos rápidos em criticar; mas, poucos são os que contribuem somando esforços para solucionar o impasse.

b) CARGOS NOMEADOS
1 - Cargos Nomeados – Para auxiliar a realização dos trabalhos de qualquer sessão, a Loja poderá ter os cargos de livre nomeação e exoneração pelo VM, além de outros referidos, com base no Ritual da Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP).

Devem se submeter ao princípio da eficiência. A livre nomeação não significa diminuição ou exclusão da exigência. Seja qual for o cargo, o maçom deve agir com qualidade, presteza e eficácia. Aqui também está mais um urgente desafio.

O maçom não deve insistir em galgar um lugar para o qual não tenha aptidões; a distribuição de cargos não raro tem propiciado inconveniências e fracassos. O maçom deve aceitar o que lhe é proposto e gerir o seu cargo com respeito, diligência e tolerância.

O Companheiro e o Aprendiz jamais poderão ocupar cargo que implique assento ou circulação no Oriente. O Aprendiz também jamais ocupará cargo que tenha assento na Coluna do Sul.

2 - Administração de Loja Maçônica – Administrar uma Loja é tarefa muito mais complexa do que supõem aqueles que julgam o exercício do Veneralato apenas como o dever de desempenhar tarefas ritualísticas. A causa basilar e primordial de má Administração Maçônica é, sem sombras de qualquer dúvida, o despreparo para ocupar cargos, a falta de conhecimento das coisas próprias do Ritual, da Ritualística, da Liturgia, da Tradição e da Legislação Maçônica.

3 - Secretário – O cargo de Secretário, que segue no escalonamento hierárquico da Loja, ao Orador, é um cargo eminentemente administrativo e a escolha de um Ir para este cargo deve levar em consideração este aspecto. Por menor que seja a Loja, a secretaria é bastante trabalhosa e do seu desempenho depende em grande parte o relacionamento e a memória da Loja.

Entre as atribuições do Secr destacamos: a) ter a seu cargo e sob a sua responsabilidade o arquivo da Loja; b) fazer convite e convocações para as sessões magnas, especiais ou extraordinárias, de acordo com a determinação do Venerável; c) enviar ao VM, quando não puder comparecer às sessões, os balaústres que devem ser lidos nas mesmas; d) registrar no livro ou “Ficha Cadastro do Obreiro”, o nome de todos os Obreiros da Loja, inscrevendo nesse tudo o que a eles se relacione.

É seu dever registrar em ATA, com imparcialidade e clareza, todas as ocorrências dos trabalhos, competindo-lhe fazer as convocações para as reuniões e as devidas comunicações à Obediência. Lembrando-se sempre das decisões tomadas; deve velar para que sejam executadas, contribuindo assim, utilmente, para o completo esclarecimento da Loja. O Secretário é o Mestre de confiança do V M, por isso não é eleito, mas nomeado a livre escolha daquele dirigente.

Exerce papel preponderante numa Loja. Dele depende o sucesso ou fracasso de uma Administração. Deve ter o necessário desprendimento, mesmo com sacrifício, para fazer com que os serviços de sua Loja sejam mantidos em ordem e em dia.

4 – Mestre de Cerimônias – O Mestre de Cerimônias é o oficial maçônico veloz, astuto, sempre circulando pelo Templo como elemento de ligação do planeta, que mais rapidamente circula em torno do Sol. É o encarregado do Cerimonial e da ordem interna da Loja e as suas atribuições são bastante claras nos Regulamentos e Rituais. Competem-lhe as seguintes atribuições, além das designadas nos rituais: I – solicitar a assinatura, a quem de direito, na ata das reuniões ou em outros documentos; II – Circular a Bolsa de Propostas e Informações; III – Contar os votos nas votações simbólicas, bem como os obreiros presentes, sempre que o Venerável determinar; IV – dar substituto ao membro da administração ausente pelo obreiro que o Venerável designar; V – organizar as comissões para introdução de maçons visitantes ou para acompanhar ao Altar os que devam prestar juramento, devendo fazer parte ele próprio dessas comissões; VI – examinar a Loja antes da abertura dos trabalhos e providenciar para que tudo esteja pronto para a realização da cerimônia. O M CCer é substituído, em seus impedimentos, nas sessões, por qualquer Mestre-Maçom, a quem compete às mesmas atribuições, quando em exercício. Cabe ao M CCer organizar a recepção de Irmãos visitante e autoridades maçônicas. Sendo o visitante Aprendiz, Companheiro ou Mestre, o anúncio será feito pelo Guarda do Templo. Sendo o visitante M Inst a entrada será feita acompanhada do M CCer. Quando o Venerável determina ao Mestre CCer que conduza um outro Irmão a certo lugar, esse Oficial caminhará à frente do conduzido ao seu destino. Se a determinação for para convidar, então, após formalizado o convite, caminhará atrás do convidado.

É uma das tarefas mais importantes e que requer muito gosto pessoal e desenvoltura a chefia do cerimonial. O Mestre designado para esta função deve conhecer perfeitamente as normas de liturgia e ritualística, uma vez que as características solenes e tradicionais que tanto embelezam e mantém a Ordem, se sustentam sobre o conjunto dos procedimentos ditados pelo Cerimonial. O M CCer é o oficial que “compõe” a Loja, distribuindo os cargos, conduzindo os maçons ao átrio, admoestando-os na preparação, orientando-os e batendo à porta do Templo. Nos minutos de preparação, induz-nos à Meditação, orientando-nos para o exame de introspecção. É o único maçom a falar dentro do átrio; em silêncio, escutam-no e obedecem às suas ordens; ele verifica se todos estão devidamente trajados, se mantém o respeito devido e “sente”, com a sua sensibilidade adequada ao cargo, quem está preparado ou despreparado para adentrar no templo. Cada um de nós deve ter consciência dessa preparação e se não se sentir apto, não deve adentrar no templo; se prosseguir com alguma malquerença contra algum irmão, deve superar esse sentimento, e exteriorizar simpatia e perdão.

Para a abertura dos TTrab, deve providenciar para que tudo esteja pronto para sua realização; cabendo-lhe, também, a recepção dos Visitantes. Tem como insígnia de seu cargo o bastão que lhe é confiado como Cetro patriarcal do guia que todos seguem constantemente.

O surgimento dos Bastões na Maçonaria, usados pelo Mestre de Cerimônias e os Diáconos ocorreu na Maçonaria Inglesa, do tempo da cavalaria e das pompas dos reis, significando “comando”. Ao formarem o baldaquino, sob o qual o Venerável de Honra ou o Orador abre o Livro Sagrado, os diáconos e o Mestre de Cerimônias cruzam seus bastões.

Portanto, essas são resoluções adotadas e cumpridas fielmente por todas as Lojas da GLESP, que em hipótese alguma palpitam sobre práticas de outras Obediências coirmãs.

Esse não é um cargo secundário, não podendo ser entregue às mãos menos hábeis de Irmãos inexperientes. Por ocasião das votações simbólicas, o Irmão MCCer deverá levantar-se, verificar o resultado da votação, comunicando ao V M, dizendo simplesmente “aprovado” ou “não aprovado”, por unanimidade ou maioria.

5 – Hospitaleiro - O Hospitaleiro tem a obrigação de ser um verdadeiro mensageiro do Amor Fraterno, visitar, cuidar e socorrer os enfermos, membros da Loja, dando conhecimento de suas atividades à Oficina, não se limitando apenas em recolher o Tronco de Solidariedade. O “giro” do Tr Solid ou Bolsa Beneficente obedece a um ato litúrgico dos mais importantes, porque quando o maçom deposita o seu óbolo, estará depositando a si mesmo, ou seja, os seus benéficos fluidos magnetizados das pontas de seus dedos, “Imantando” o óbolo.

Se um maçom ficar surpreendido por uma desgraça, vier a tornar-se um necessitado, o auxílio que receberá será da Loja, com todo o afeto e eficiência; não receberá esmola, mas auxílio obrigatório. Também pode vir um pedido de outra Loja e será atendido dentro das possibilidades.

O título “Irmão” inclui a obrigação séria de socorrer qualquer outro Irmão que se achar em situação difícil e que não seja originária por sua própria culpa ou leviandade. O volume maior ou menor da coleta, certamente, reflete o espírito de humanidade reinante em cada Oficina. Cada um contribui segundo propõe o seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque o Grande Arquiteto do Universo ama ao que dá com alegria. O Hospitaleiro é importante na Loja. O Maçom, ao depositar seu óbolo, seja altruísta e distribua parte do que Deus lhe propiciou.


Fonte: JB News – Informativo nr. 2.069

2 comentários:

  1. Desta forma, o Irmão Irineu que postou o texto, com certeza, ofereceu uma grande contribuição a todo Maçom, principalmente, quanto ao Tronco de Solidariedade.

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  2. bom dia !!! amei todas as interpretações sobre os cargos , em especial ao de secretário que assumirei na nova ADM. minha loja.

    ir. marcos moraes
    loja luis de camões 3, 67
    oriente do RJ
    GLMERJ

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