CARGOS E FUNÇÕES EM LOJA (3ª PARTE)
Quando uma Loja se envolve em crise, somos rápidos em criticar; mas, poucos são os que contribuem somando esforços para solucionar o impasse.
b) CARGOS NOMEADOS
1 - Cargos Nomeados – Para auxiliar a realização dos
trabalhos de qualquer sessão, a Loja poderá ter os cargos de livre nomeação
e exoneração pelo V∴M∴, além de outros referidos, com base no Ritual da Grande
Loja do Estado de São Paulo (GLESP).
Devem se submeter ao princípio da eficiência. A livre
nomeação não significa diminuição ou exclusão da exigência. Seja qual
for o cargo, o maçom deve agir com qualidade, presteza e eficácia. Aqui
também está mais um urgente desafio.
O maçom não deve insistir em galgar um lugar para o qual
não tenha aptidões; a distribuição de cargos não raro tem propiciado
inconveniências e fracassos. O maçom deve aceitar o que lhe é proposto e
gerir o seu cargo com respeito, diligência e tolerância.
O Companheiro e o Aprendiz jamais poderão ocupar cargo que
implique assento ou circulação no Oriente. O Aprendiz também jamais ocupará
cargo que tenha assento na Coluna do Sul.
2 - Administração de Loja Maçônica – Administrar uma
Loja é tarefa muito mais complexa do que supõem aqueles que julgam o
exercício do Veneralato apenas como o dever de desempenhar tarefas
ritualísticas. A causa basilar e primordial de má Administração Maçônica
é, sem sombras de qualquer dúvida, o despreparo para ocupar cargos, a falta
de conhecimento das coisas próprias do Ritual, da Ritualística, da Liturgia,
da Tradição e da Legislação Maçônica.
3 - Secretário – O cargo de Secretário, que segue no
escalonamento hierárquico da Loja, ao Orador, é um cargo eminentemente
administrativo e a escolha de um Ir∴ para este cargo deve levar em
consideração este aspecto. Por menor que seja a Loja, a secretaria é
bastante trabalhosa e do seu desempenho depende em grande parte o
relacionamento e a memória da Loja.
Entre as atribuições do Secr∴ destacamos: a) ter a seu cargo e sob
a sua responsabilidade o arquivo da Loja; b) fazer convite e convocações para
as sessões magnas, especiais ou extraordinárias, de acordo com a
determinação do Venerável; c) enviar ao V∴M∴, quando não puder comparecer às
sessões, os balaústres que devem ser lidos nas mesmas; d) registrar no livro
ou “Ficha Cadastro do Obreiro”, o nome de todos os Obreiros da Loja,
inscrevendo nesse tudo o que a eles se relacione.
É seu dever registrar em ATA, com imparcialidade e clareza,
todas as ocorrências dos trabalhos, competindo-lhe fazer as convocações para
as reuniões e as devidas comunicações à Obediência. Lembrando-se sempre
das decisões tomadas; deve velar para que sejam executadas, contribuindo
assim, utilmente, para o completo esclarecimento da Loja. O Secretário é o
Mestre de confiança do V∴ M∴, por isso não é eleito, mas nomeado a livre escolha
daquele dirigente.
Exerce papel preponderante numa Loja. Dele depende o sucesso
ou fracasso de uma Administração. Deve ter o necessário desprendimento,
mesmo com sacrifício, para fazer com que os serviços de sua Loja sejam mantidos em ordem e em dia.
4 – Mestre de Cerimônias – O Mestre de Cerimônias é o
oficial maçônico veloz, astuto, sempre circulando pelo Templo como elemento
de ligação do planeta, que mais rapidamente circula em torno do Sol. É o
encarregado do Cerimonial e da ordem interna da Loja e as suas atribuições são bastante claras nos Regulamentos e Rituais. Competem-lhe as seguintes atribuições, além das designadas nos rituais: I – solicitar a assinatura, a quem de direito, na ata das reuniões ou em outros documentos; II – Circular a Bolsa de Propostas e Informações; III – Contar os votos nas votações simbólicas, bem como os obreiros presentes, sempre que o Venerável determinar; IV – dar substituto ao membro da administração ausente pelo obreiro que o Venerável designar; V – organizar as comissões para introdução de maçons visitantes ou para acompanhar ao Altar os que devam prestar juramento, devendo fazer parte ele próprio dessas comissões; VI – examinar a Loja antes da abertura dos trabalhos e providenciar para que tudo esteja pronto para a realização da cerimônia. O M∴
CCer∴
é substituído, em seus impedimentos, nas sessões, por qualquer
Mestre-Maçom, a quem compete às mesmas atribuições, quando em exercício.
Cabe ao M∴
CCer∴
organizar a recepção de Irmãos visitante e autoridades maçônicas. Sendo o
visitante Aprendiz, Companheiro ou Mestre, o anúncio será feito pelo Guarda
do Templo. Sendo o visitante M∴ Inst∴ a entrada será feita acompanhada do M∴ CCer∴. Quando
o Venerável determina ao Mestre CCer∴ que conduza um outro Irmão a certo
lugar, esse Oficial caminhará à frente do conduzido ao seu destino. Se a
determinação for para convidar, então, após formalizado o convite,
caminhará atrás do convidado.
É uma das tarefas mais importantes e que requer muito gosto
pessoal e desenvoltura a chefia do cerimonial. O Mestre designado para esta
função deve conhecer perfeitamente as normas de liturgia e ritualística, uma
vez que as características solenes e tradicionais que tanto embelezam e
mantém a Ordem, se sustentam sobre o conjunto dos procedimentos ditados pelo
Cerimonial. O M∴
CCer∴
é o oficial que “compõe” a Loja, distribuindo os cargos, conduzindo os
maçons ao átrio, admoestando-os na preparação, orientando-os e batendo à
porta do Templo. Nos minutos de preparação, induz-nos à Meditação,
orientando-nos para o exame de introspecção. É o único maçom a falar
dentro do átrio; em silêncio, escutam-no e obedecem às suas ordens; ele verifica
se todos estão devidamente trajados, se mantém o respeito devido e “sente”,
com a sua sensibilidade adequada ao cargo, quem está preparado ou despreparado
para adentrar no templo. Cada um de nós deve ter consciência dessa
preparação e se não se sentir apto, não deve adentrar no templo; se
prosseguir com alguma malquerença contra algum irmão, deve superar esse
sentimento, e exteriorizar simpatia e perdão.
Para a abertura dos TTrab∴, deve providenciar para que tudo
esteja pronto para sua realização; cabendo-lhe, também, a recepção dos
Visitantes. Tem como insígnia de seu cargo o bastão que lhe é confiado como
Cetro patriarcal do guia que todos seguem constantemente.
O surgimento dos Bastões na Maçonaria, usados pelo Mestre
de Cerimônias e os Diáconos ocorreu na Maçonaria Inglesa, do tempo da
cavalaria e das pompas dos reis, significando “comando”. Ao formarem o
baldaquino, sob o qual o Venerável de Honra ou o Orador abre o Livro Sagrado,
os diáconos e o Mestre de Cerimônias cruzam seus bastões.
Portanto, essas são
resoluções adotadas e cumpridas fielmente por todas as Lojas da GLESP, que em
hipótese alguma palpitam sobre práticas de outras Obediências coirmãs.
Esse não é um cargo secundário, não podendo ser entregue
às mãos menos hábeis de Irmãos inexperientes. Por ocasião das votações
simbólicas, o Irmão M∴CCer∴ deverá levantar-se, verificar o resultado da votação,
comunicando ao V∴
M∴,
dizendo simplesmente “aprovado” ou “não aprovado”, por unanimidade ou maioria.
5 – Hospitaleiro - O Hospitaleiro tem a obrigação de ser
um verdadeiro mensageiro do Amor Fraterno, visitar, cuidar e socorrer os enfermos,
membros da Loja, dando conhecimento de suas atividades à Oficina, não se
limitando apenas em recolher o Tronco de Solidariedade. O “giro” do Tr∴ Solid∴ ou
Bolsa Beneficente obedece a um ato litúrgico dos mais importantes, porque
quando o maçom deposita o seu óbolo, estará depositando a si mesmo, ou seja,
os seus benéficos fluidos magnetizados das pontas de seus dedos, “Imantando” o
óbolo.
Se um maçom ficar surpreendido por uma desgraça, vier a
tornar-se um necessitado, o auxílio que receberá será da Loja, com todo o
afeto e eficiência; não receberá esmola, mas auxílio obrigatório. Também
pode vir um pedido de outra Loja e será atendido dentro das possibilidades.
O título “Irmão” inclui a obrigação séria de socorrer
qualquer outro Irmão que se achar em situação difícil e que não seja
originária por sua própria culpa ou leviandade. O volume maior ou menor da
coleta, certamente, reflete o espírito de humanidade reinante em cada Oficina.
Cada um contribui segundo propõe o seu coração, não com tristeza ou por
necessidade; porque o Grande Arquiteto do Universo ama ao que dá com alegria.
O Hospitaleiro é importante na Loja. O Maçom, ao depositar seu óbolo, seja
altruísta e distribua parte do que Deus lhe propiciou.
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.069
Desta forma, o Irmão Irineu que postou o texto, com certeza, ofereceu uma grande contribuição a todo Maçom, principalmente, quanto ao Tronco de Solidariedade.
ResponderExcluirbom dia !!! amei todas as interpretações sobre os cargos , em especial ao de secretário que assumirei na nova ADM. minha loja.
ResponderExcluirir. marcos moraes
loja luis de camões 3, 67
oriente do RJ
GLMERJ