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sábado, 27 de agosto de 2016

AVES NA MAÇONARIA

AVES NA MAÇONARIA

A Águia - A águia é o símbolo do maçom que olha na luz astral e nela enxerga a sombra do passado, do presente e do que está por vir, tão facilmente como a águia olha o Sol. Maçonicamente, é o símbolo do poder pela força, pela decisão, pela superioridade e inteligência. Simboliza o solstício de inverno, representa a sabedoria e a liberdade.Nos graus superiores, a águia é representada com duas cabeças, simbolizando o poder imperial dúplice. Para os brasileiros, o gênio político e jurídico Rui Barbosa, pela sua inteligência e, sobretudo “garra”, foi apelidada de “A Águia de Haia”, na célebre conferência que reuniu as nações do mundo. Nesse apelido, que é também honraria, o maçom deve encontrar exemplo dignificante. Oxalá cada maçom fosse uma águia em destaque pelo seu viver e pelo seu saber. Sobranceira, a águia busca os cumes para seu ninho e voa mantendo alturas imensas, mas seu profundo olhar vislumbra a caça que alimentará seus filhos. Que o voo do maçom seja assim sobranceiro, livre, inteligente independente.

O Galo – Trata-se da ave que simboliza a vigilância e o despertar para um novo dia, o aviso canoro de um próximo renascimento; a figura de um galo é colocada na Câmara da Reflexão. Os cristãos têm o galo como advertência de que o cristão não deve cair em tentação para trair o Mestre Jesus, lembrando que por ocasião da prisão de Jesus, após o apóstolo Pedro negar ser um dos seus seguidores, um galo cantou três vezes. Constitui a trilogia sonora de alerta. Três são as oportunidades que o maçom tem para não se deixar vencer pelo medo, pois Pedro negou a Jesus pelo temor de ser preso. Em Jerusalém há um lugar de visitação, denominado de “Galicanto”, local onde teria acontecido o fato referido nos evangelhos. Com a finalidade de “apagar” o episódio do qual Pedro se arrependera, o Cristianismo fez do galo e do seu canto o simbolismo da geração de “Esperança da Ressurreição”, o triunfo de um novo alvorecer com a morte da noite e do retorno do “astro rei” como vitorioso sobre as trevas. O galo é visto também ao lado de uma ampulheta, porém são símbolos “menores”  que o maçom pouco tem para estudar, afora o aspecto de manter-se sempre Vigilante, para escapar das tentações. Como símbolo, o galo é colocado na rosa-dos-ventos, encimando as torres das igrejas.

O Pavão – Ave cuja plumagem é das mais brilhantes, com um penacho sobre a cabeça e plumas com resplandecentes manchas em forma de olho, na cauda, com as quais faz a roda, e que tem pés disformes e um grito desagradável. Em julho, o pavão perde todas ou parte de suas plumas e durante esta muda fica triste e se esconde; não pavoneia mais. Por todas estas razões, o Pavão tornou-se o símbolo da Vaidade. Símbolo da VAIDADE, qualidade e caráter do que é vazio de valor, sem consistência ou fundamento. Caráter vaidoso que apregoa um valor que não tem, ou que estima excessivamente um valor pessoal, com o desejo de atrair as homenagens ou a admiração dos outros. A vaidade tem sido objeto dos pronunciamentos mais severos, sendo considerada como o signo da mediocridade e da pobreza interior; disse S. Francisco de Sales: “Se nos mostrássemos vão e exigentes para cargos, precedências e títulos, além de expormos as nossas qualidades ao exame, à investigação e à contradição, tornando-las vis e dignas de desprezo; a honraria que é bela, quando é recebida como um dom, torna-se feia quando exigida, procurada, solicitada”. Quando o pavão faz a roda para mostrar-se, levantando as suas belas plumas, arrepia-se e mostra o que tem de mais feio. 

O Pelicano – O Pelicano é uma ave aquática, originária do Oriente e que se alimenta de peixes, moluscos, mariscos etc. É símbolo do 18º Grau (Príncipe Rosa-Cruz), representado com as asas abertas, bico junto ao peito e uma ninhada de filhotes sob os seus pés, em um ninho. Antigamente, acreditava-se que essa ave, quando não encontrava alimento, retirava com o aguçado bico, de seu próprio peito, pedaços de carne para alimentar os filhotes. Essa lenda, posteriormente, foi desmentida, pois o fato de o pelicano comprimir o próprio peito tem origem na necessidade de expelir o próprio alimento já fermentado do estômago, regurgitando-o na boca dos filhotes. Foi tomado como símbolo do amor paterno, da abnegação e do zelo. É citado nos evangelhos como o ser deslocado do seu habitat: “O pelicano no deserto”, o que seria absurdo, face ser uma ave aquática. Esse “deslocamento” para um local onde a ave não subsistiria é referido como exemplo de falta de hospitalidade, de alguém estar em lugar errado. O maçom deve encontrar-se, sempre, nos locais mais adequados para poder servir ao seu próximo.

A Pomba – Esta ave mereceu, desde a antiguidade, respeito e veneração, recebendo nas religiões e na mitologia um simbolismo dos mais extensos. É, entre outros, o símbolo da paz, da amizade, da alma, etc. Na Maçonaria Simbólica, a pomba é o atributo dos diáconos, cujos bastões são encimados com a sua figura, que também está presente no simbolismo de alguns Graus Maçônicos. No simbolismo antigo, diz Mackey, a pomba representava a pureza e a inocência; na eclesiologia, é o símbolo do Espírito Santo. Em Maçonaria (anglo-saxônia) a pomba é apenas vista pelo fato de ter sido utilizada por Noé como um mensageiro. Por isso, na G.L. da Inglaterra, a Joia dos Diáconos é uma pomba, porque esses oficiais são os mensageiros dos Mestres e dos Vigilantes.

Consulta:
Breviário Maçônico – Rizzardo Da Camino
Editora Maçônica A TROLHA – Londrina/PR.

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