AVES NA MAÇONARIA
A Águia - A águia é o símbolo do maçom que olha na luz
astral e nela enxerga a sombra do passado, do presente e do que está por vir,
tão facilmente como a águia olha o Sol. Maçonicamente, é o símbolo do poder pela força, pela
decisão, pela superioridade e inteligência. Simboliza
o solstício de inverno, representa a sabedoria e a liberdade.Nos graus
superiores, a águia é representada com duas cabeças, simbolizando o poder
imperial dúplice. Para os
brasileiros, o gênio político e jurídico Rui Barbosa, pela sua inteligência e,
sobretudo “garra”, foi apelidada de “A Águia de Haia”, na célebre conferência
que reuniu as nações do mundo. Nesse
apelido, que é também honraria, o maçom deve encontrar exemplo dignificante. Oxalá cada
maçom fosse uma águia em destaque pelo seu viver e pelo seu saber. Sobranceira, a águia busca os cumes para seu ninho e voa mantendo
alturas imensas, mas seu profundo olhar vislumbra a caça que alimentará seus
filhos. Que o voo do maçom seja assim sobranceiro, livre,
inteligente independente.
O Galo – Trata-se da ave que simboliza a vigilância e o
despertar para um novo dia, o aviso canoro de um próximo renascimento; a figura
de um galo é colocada na Câmara da Reflexão. Os cristãos têm o galo como advertência de que o cristão não
deve cair em tentação para trair o Mestre Jesus, lembrando que por ocasião da
prisão de Jesus, após o apóstolo Pedro negar ser um dos seus seguidores, um
galo cantou três vezes. Constitui a trilogia sonora de alerta. Três são as
oportunidades que o maçom tem para não se deixar vencer pelo medo, pois Pedro
negou a Jesus pelo temor de ser preso. Em Jerusalém há um lugar de visitação, denominado de
“Galicanto”, local onde teria acontecido o fato referido nos evangelhos. Com a finalidade de “apagar” o episódio do qual Pedro se
arrependera, o Cristianismo fez do galo e do seu canto o simbolismo da geração
de “Esperança da Ressurreição”, o triunfo de um novo alvorecer com a morte da
noite e do retorno do “astro rei” como vitorioso sobre as trevas. O galo é visto também ao lado de uma ampulheta, porém são
símbolos “menores” que o maçom pouco tem
para estudar, afora o aspecto de manter-se sempre Vigilante, para escapar das
tentações. Como símbolo, o galo é colocado na rosa-dos-ventos,
encimando as torres das igrejas.
O Pavão –
Ave cuja plumagem é das mais brilhantes, com um penacho sobre a cabeça e plumas
com resplandecentes manchas em forma de olho, na cauda, com as quais faz a
roda, e que tem pés disformes e um grito desagradável. Em julho, o pavão perde
todas ou parte de suas plumas e durante esta muda fica triste e se esconde; não
pavoneia mais. Por todas estas razões, o Pavão tornou-se o símbolo da Vaidade. Símbolo da
VAIDADE, qualidade e caráter do que é vazio de valor, sem consistência ou
fundamento. Caráter vaidoso que apregoa um valor que não tem, ou que estima
excessivamente um valor pessoal, com o desejo de atrair as homenagens ou a
admiração dos outros. A vaidade
tem sido objeto dos pronunciamentos mais severos, sendo considerada como o
signo da mediocridade e da pobreza interior; disse S. Francisco de Sales: “Se
nos mostrássemos vão e exigentes para cargos, precedências e títulos, além de
expormos as nossas qualidades ao exame, à investigação e à contradição,
tornando-las vis e dignas de desprezo; a honraria que é bela, quando é recebida
como um dom, torna-se feia quando exigida, procurada, solicitada”. Quando o
pavão faz a roda para mostrar-se, levantando as suas belas plumas, arrepia-se e
mostra o que tem de mais feio.
O Pelicano – O Pelicano é uma ave aquática, originária do
Oriente e que se alimenta de peixes, moluscos, mariscos etc. É símbolo do 18º Grau (Príncipe Rosa-Cruz), representado com
as asas abertas, bico junto ao peito e uma ninhada de filhotes sob os seus pés,
em um ninho. Antigamente, acreditava-se que essa ave, quando não
encontrava alimento, retirava com o aguçado bico, de seu próprio peito, pedaços
de carne para alimentar os filhotes. Essa lenda, posteriormente, foi desmentida, pois o fato de o
pelicano comprimir o próprio peito tem origem na necessidade de expelir o
próprio alimento já fermentado do estômago, regurgitando-o na boca dos
filhotes. Foi tomado como símbolo do amor paterno, da abnegação e do
zelo. É citado nos evangelhos como o ser deslocado do seu habitat:
“O pelicano no deserto”, o que seria absurdo, face ser uma ave aquática. Esse “deslocamento” para um local onde a ave não subsistiria
é referido como exemplo de falta de hospitalidade, de alguém estar em lugar
errado. O maçom deve encontrar-se, sempre, nos locais mais adequados
para poder servir ao seu próximo.
A Pomba –
Esta ave mereceu, desde a antiguidade, respeito e veneração, recebendo nas
religiões e na mitologia um simbolismo dos mais extensos. É, entre outros, o
símbolo da paz, da amizade, da alma, etc. Na
Maçonaria Simbólica, a pomba é o atributo dos diáconos, cujos bastões são
encimados com a sua figura, que também está presente no simbolismo de alguns
Graus Maçônicos. No
simbolismo antigo, diz Mackey, a pomba representava a pureza e a inocência; na
eclesiologia, é o símbolo do Espírito Santo. Em
Maçonaria (anglo-saxônia) a pomba é apenas vista pelo fato de ter sido
utilizada por Noé como um mensageiro. Por isso, na G.L. da Inglaterra, a Joia
dos Diáconos é uma pomba, porque esses oficiais são os mensageiros dos Mestres
e dos Vigilantes.
Consulta:
Breviário Maçônico – Rizzardo Da Camino
Editora Maçônica A TROLHA – Londrina/PR.
excelente texto....
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