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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

ENCERRAMENTO RITUALÍSTICO

ENCERRAMENTO RITUALÍSTICO 
(republicação)

Em 10/04/2016 o Respeitável Irmão Eduardo Muzzolon, Loja Pensamento e Luz nº 2700, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o que segue: emuzzolon@gmail.com

Ocorreu-me uma dúvida na transmissão da Pal∴ Sagr∴  pelo 2º Diác∴ no encerramento da Sessão: O 2.º Diác∴ desfaz o Sin∴ Gr∴, dirige-se ao 1º Vig∴, abordando-o pela direita da mesa, sobe os dois degraus, saúda-o e é respondido, recebe a Pal∴ Sagr∴ da mesma maneira que o 1º Diác∴ a recebeu do V∴ M∴ (DEVE ENTÃO SAUDAR O 1º VIG∴ APÓS O RECEBIMENTO DA PAL∴ SAGR∴?) Circula pelo lado N∴ do Painel do Gr∴, leva-a ao 2º Vig∴ (SAUDANDO-O, PASSANDO A PAL∴ SAGR∴ E SAUDANDO NOVAMENTE?) da mesma forma que o 1º Diác∴ a levou ao 1º Vig∴. 

O trecho foi copiado do MDR, as dúvidas são as maiúsculas em negrito, e imagino ser este o procedimento correto já que a Loja ainda está aberta.

CONSIDERAÇÕES:

Existe nesse caso uma contradição no uso do termo “saudação”. À bem da verdade, o Ritual em vigência apenas prevê saudação quando da entrada ou saída do Oriente faz-se a saudação ao Venerável Mestre e na oportunidade do ingresso formal em Loja após a Marcha do Grau quando se saúdam as Luzes da Loja (Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes). Assim, de acordo com Ritual, são apenas essas as saudações em Loja aberta pelo Sinal. 

Ocorre, entretanto, que existe uma regra consuetudinária no Rito Escocês de que se um obreiro estiver em pé e parado em Loja aberta ele estará obrigatoriamente à Ordem. Devido a esse procedimento é que durante a transmissão da Palavra no encerramento os Diáconos, o Venerável e os Vigilantes ao ficarem em pé e parados estarão compondo o Sinal (à Ordem). 

Durante a transmissão da Palavra, por uma questão de praticidade e conforto, os protagonistas no ato desfazem o Sinal. Terminada a transmissão da Palavra, voltam à Ordem novamente. 

Essa prática de desfazer o Sinal e voltar a compô-lo outra vez na forma de costume, não pode se confundida com “saudação”, senão um procedimento de costume para compor e desfazer o Sinal. Como os movimentos são análogos, já que saudação em Loja também é feita pelo Sinal, acaba-se por confundir o título do ato de saudar com o do afixo de se estar à Ordem. 

Comentando os Procedimentos Ritualísticos, o GOB/PR no último Congresso Maçônico realizado em maio próximo passado no Oriente de Guarapuava, dado a necessidade e independente das ponderações suspensivas, relançou os dois volumes atualizados e editados para o Primeiro e Segundo Grau do REAA, nos quais eu fiz a revisão, atualização e aperfeiçoamento. Nessa oportunidade fiz também a correção desse elemento contraditório aqui comentado que envolve a saudação e prática de estar à Ordem. Estou agora terminando os Procedimentos para o Terceiro Grau. 

Retomando o raciocínio, tenho dito pela minha experiência que rituais, manuais, ritualística e liturgia maçônica têm sido ao longo do tempo motivo para especulações e falta de atenção. Infelizmente nossos legisladores e “ritualistas” ainda não se aperceberam disso. Assim, ditam normas, baixam atos e decretos sem analisar o conteúdo como um todo. É desse modo às contradições se espalham como ervas daninha pelos rituais e manuais maçônicos brasileiros.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.224– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 2 de novembro de 2016

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