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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

ORAÇÃO

ORAÇÃO
(republicação)

Em 17/12/2016 o Respeitável Irmão Matheus Casado Martins, ex Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB, REAA, GOB-ES, Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, formula a seguinte questão:

ORAÇÃO

Tive o prazer de desfrutar dos seus conhecimentos ainda quando eu ocupava a Secretaria Geral de Orientação Ritualística do GOB.

Ainda, depois de ocupar por sete anos a pasta e ter sido substituído pelo saudoso Irmão Gouveia, recebo consultas informais e, uma delas, submeto ao Poderoso Irmão e solicito que me oriente para não destoar da orientação a ser obedecida.

No encerramento, quando o Venerável Mestre faz a Oração, muitas Lojas entendem que se energizam e consideram salutar, que todos professem a oração, em conjunto, isto é, que repitam com o Venerável Mestre a oração final. "... Grande Arquiteto do Universo, fonte fecunda...".

Há proibição que os irmãos repitam simultaneamente com o Venerável Mestre a oração?

Desde já agradeço a atenção.

CONSIDERAÇÕES:

Na verdade essa não é uma manifestação religiosa, porém uma prédica de reconhecimento e súplica em respeito à Criação e ao Criador no final dos trabalhos maçônicos. É costume que o Venerável Mestre, de acordo com o rito praticado, profira palavras em nome de toda a Augusta Loja. Nesse sentido, está previsto no ritual que é ele quem pronuncia o texto sem participação e acompanhamento vocal da assembleia.

Esse critério é usado na Moderna Maçonaria porque ela dá a cada um a responsabilidade do seu ofício, dentre os quais, o Venerável nesse sublime momento do encerramento. Assim, por não estar previsto no ritual esse acompanhamento vocal, apenas o Venerável faz o pronunciamento.

Penso que para não ferir os nossos usos e costumes, cada um pode, desde que no silêncio do seu interior, manifestar o seu sentimento ou mesmo mentalmente repetir a prédica, porém nunca em voz alta.

No que diz respeito a tal "energização" isso é credo pessoal e não pode ser generalizado nos trabalhos maçônicos, aliás, isso nem é prática maçônica autêntica, a despeito de que a Loja é uma Oficina de aperfeiçoamento moral e não um templo religioso. A arte está em destacar com sutileza e respeito às convicções de cada um no Canteiro de Obras especulativo, pois nos foi ensinado que na construção do Templo simbólico não se ouvia nenhum ruído oriundo das ferramentas utilizadas na sua construção. Assim, basta que apenas um proclame enquanto os outros ouvem.

T.F.A.
PEDRO JUK jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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