ORAÇÃO
(republicação)
Em 17/12/2016 o Respeitável Irmão
Matheus Casado Martins, ex Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB,
REAA, GOB-ES, Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, formula a seguinte
questão:
ORAÇÃO
Tive o prazer de desfrutar dos
seus conhecimentos ainda quando eu ocupava a Secretaria Geral de Orientação
Ritualística do GOB.
Ainda, depois de ocupar por sete
anos a pasta e ter sido substituído pelo saudoso Irmão Gouveia, recebo
consultas informais e, uma delas, submeto ao Poderoso Irmão e solicito que me
oriente para não destoar da orientação a ser obedecida.
No encerramento, quando o
Venerável Mestre faz a Oração, muitas Lojas entendem que se energizam e
consideram salutar, que todos professem a oração, em conjunto, isto é, que
repitam com o Venerável Mestre a oração final. "... Grande Arquiteto do
Universo, fonte fecunda...".
Há proibição que os irmãos
repitam simultaneamente com o Venerável Mestre a oração?
Desde já agradeço a atenção.
CONSIDERAÇÕES:
Na verdade essa não é uma
manifestação religiosa, porém uma prédica de reconhecimento e súplica em
respeito à Criação e ao Criador no final dos trabalhos maçônicos. É costume que
o Venerável Mestre, de acordo com o rito praticado, profira palavras em nome de
toda a Augusta Loja. Nesse sentido, está previsto no ritual que é ele quem
pronuncia o texto sem participação e acompanhamento vocal da assembleia.
Esse critério é usado na Moderna
Maçonaria porque ela dá a cada um a responsabilidade do seu ofício, dentre os
quais, o Venerável nesse sublime momento do encerramento. Assim, por não estar
previsto no ritual esse acompanhamento vocal, apenas o Venerável faz o
pronunciamento.
Penso que para não ferir os
nossos usos e costumes, cada um pode, desde que no silêncio do seu interior,
manifestar o seu sentimento ou mesmo mentalmente repetir a prédica, porém nunca
em voz alta.
No que diz respeito a tal
"energização" isso é credo pessoal e não pode ser generalizado nos
trabalhos maçônicos, aliás, isso nem é prática maçônica autêntica, a despeito
de que a Loja é uma Oficina de aperfeiçoamento moral e não um templo religioso.
A arte está em destacar com sutileza e respeito às convicções de cada um no
Canteiro de Obras especulativo, pois nos foi ensinado que na construção do
Templo simbólico não se ouvia nenhum ruído oriundo das ferramentas utilizadas
na sua construção. Assim, basta que apenas um proclame enquanto os outros
ouvem.
T.F.A.
PEDRO JUK jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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