CIRCULAÇÃO MESTRE DE CERIMÔNIAS E HOSPITALEIRO - ESTRELA DE SEIS PONTAS
(republicação)
Em 09/12/2016 o Respeitável Irmão
Paulo Fernandes, Loja Sebastião Vasconcelos dos Santos, 3.759, REAA, GOB-RN,
Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, formula a questão seguinte:
CIRCULAÇÃO MESTRE DE CERIMÔNIAS E
HOSPITALEIRO.
Há discussões no que diz respeito
à circulação em Loja promovida tanto pelo Irmão Mestre de Cerimônias como pelo
Irmão Hospitaleiro no sentido de que, respectivas circulações formam uma figura
entrelaçada de dois triângulos equiláteros, representando uma estrela de 6
(seis) pontas, tendo um de seus vértices voltado para cima, e o outro voltado
para baixo. Achei, com sinceridade, uma comparação, no mínimo, imperfeita, vez
que, no momento em que os Irmãos deixam o Quadrante Oriental em busca do
Primeiro Vigilante, no Ocidente, na volta, em direção ao Segundo Vigilante, os
Irmãos descrevem um movimento circular, em meia lua, o que descaracteriza, de
imediato, a comparação acima, isto é a figura de um triângulo equilátero.
Assim é que estimaria, com todo
respeito, que referida dúvida nos fosse esclarecida. Agradecemos.
CONSIDERAÇÕES:
Sem dúvida meu Irmão a sua
observação está corretíssima. Essa "estória" de estrela de seis
pontas e ainda por cima mencionar que o trajeto dos oficias se dá por
triângulos equiláteros é realmente coisa da pura imaginação. Na verdade uma
bobagem, principalmente em se tratando de Rito Escocês Antigo e Aceito que,
como filho espiritual da França, portanto deísta por excelência, nem possui no
seu arcabouço simbólico a Estrela de Davi, ou a estrela de seis pontas, Blazing
Star na vertente inglesa de Maçonaria.
Em se tratando de estrela, o REAA
detém apenas a hominal. De origem pitagórica, a estrela de cinco pontas,
conhecida na Maçonaria como Estrela Flamejante ou Flamígera, é objeto de estudo
do Segundo Grau no simbolismo escocês.
Na verdade, a circulação dos
oficiais por ocasião da Bolsa de Propostas e do Tronco simplesmente obedece à
hierarquia entre as cinco Dignidades da Loja somada ao importantíssimo cargo de
Cobridor.
Cabe então mencionar que as
Dignidades verdadeiras da Loja no escocesismo são apenas cinco (não sete como
equivocadamente prevê o GOB) - as Luzes da Loja (o Venerável e os Vigilantes)
mais o Orador e o Secretário. Na sequência de abordagem entra também o Cobridor
que é o guarda da cobertura interna durante a realização dos trabalhos (o
Sigilo é um Landmark maçônico).
É dessa assertiva que o Mestre de
Cerimônias e o Hospitaleiro abordam cada um desses respectivos cargos começando
pelo Venerável indo até o Cobridor Interno como o primeiro ciclo da circulação.
Infelizmente algum inventor viu
nisso uma representação de uma estrela de seis pontas, não obstante ainda no
GOB, para entornar ainda mais o caldo, estar prevista a abordagem "dos
Cobridores" (veja no ritual).
Na verdade isso é coisa de
místicos e ocultistas que, no afã de divulgar as suas crenças enxertaram ideias
que nada tem a ver com a racionalidade maçônica.
De fato precisamos extirpar essa
bobagem que nada mais é do que uma daquelas carcaças de dinossauro oriundas do
passado, mas que embora exaustivamente desmascarada por ritualistas autênticos,
ainda encantam uma parcela dos quadros das nossas Lojas.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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