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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 23 de janeiro de 2021

BOM REGIMENTO INTERNO, EXCELENTE VENERALATO

BOM REGIMENTO INTERNO, EXCELENTE VENERALATO
Ir∴ Valdemar Sansão

O Mestre Maçom redobra sua responsabilidade ao ser empossado Venerável Mestre.

Objetivos - Ao formarem uma coletividade, os homens estabelecem simultaneamente, normas para esse convívio que assegurem uma base ética, pois as relações meramente biológicas são presididas por manifestações de inteligência, que a distinguem das outras coletividades animais, dando-lhe a sua característica humana.

Quando a Loja maçônica tem um senso claro do seu objetivo, do seu rumo e da posição desejada para o futuro, e quando essa imagem é amplamente compartilhada, o maçom torna-se capaz de encontrar o seu próprio papel dentro da Loja e da Maçonaria.

E qual será o seu papel na comunidade; para que existem e o que farão no futuro?

Os Maçons reúnem-se nas Lojas, mas se dispersam fora delas por falta de aglutinação em torno de objetivos e planejamentos claramente definidos.

A Maçonaria – é uma escola de virtudes, forja o caráter do homem e sua prática ritualística forma uma invisível Cadeia de União na busca das origens, onde encontraremos o reflexo da luz divina. Exige trabalho, estudo, pesquisa e meditação de seus adeptos para que aprendam a se conhecerem a si mesmos, agindo, pensando, discernindo e falando com convicção e sabedoria.

Leis maçônicas - Nossas leis determinam aos Maçons obediência à lei, ao lado do amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e estabelecem normas, direitos, deveres e determinam as diretrizes para atuação maçônica. Não permitem afastamento dos antigos Landmarks, nem o descumprimento de qualquer artigo da Constituição, Regulamento Geral e dos Estatutos de sua Obediência Maçônica.  Deixar tudo solto dá margem a problemas maiores do que sermos fiéis cumpridores de Normas, Diretrizes e Planejamentos.

Claro, já temos linhas reguladoras na Constituição (Lei fundamental dos Maçons, equivalente, às regras, leis, tradições e jurisprudência, seguidas e adotadas pelas Potências maçônicas), ou seja, o órgão que acolhe em sua estrutura, as Leis Maçônicas que se dispõem a prestar-lhe obediência, seguindo sua legislação, regulamento e demais deliberações.

Regulamento Geral – A Obediência através de Assembléia Legislativa aprova seu Regulamento Geral pelo qual se rege, e bem assim, todas as Lojas e Maçons à ela jurisdicionados.

Estatuto (Lei orgânica ou Regulamento de uma Loja maçônica), levada a registro em cartório para dar-lhe personalidade jurídica. O Estatuto não pode contrariar em nada a Constituição da Potência da qual a Loja é jurisdicionada, nem o Regulamento Geral ou as Leis do Simbolismo.

O Estatuto da Loja - traçará normas quanto à organização, sede e foro da Loja como Sociedade beneficente, composição do quadro, número e qualidade dos sócios; admissão de associados; deveres e direitos dos sócios, sistema de contribuição e sanções, por falta de compromissos pecuniários; Assembléia geral, seus poderes, reunião, convocação, deliberação; administração, eleições, duração dos mandatos, seu limite, substituições e encargos dos administradores; fundo social e aplicação de patrimônio em caso de dissolução, segundo determinado na Constituição da Potência; finanças ou rendas, sua escrituração e emprego.

Divagação – A dispersão de forças e a indisciplina são causas do enfraquecimento que traz como consequência, a desmotivação. Convidamos pessoas de destaque para ingressar na Instituição, mas não possuímos um programa capaz de sustentar a permanência dessas pessoas em nossos quadros. Escolhemos as pessoas e depois não sabemos o que fazer com elas; o potencial de cada um não é aproveitado em algo produtivo para a Loja e para a Maçonaria.

Regimento Interno – Trata-se de um planejamento coletivo, objetivo, coordenado e dirigido, com base no consenso determinado pela maioria e cumprido disciplinarmente. Contempla as particularidades da Loja, uma vez que definem e estabelecem os objetivos que irão nortear as suas ações estratégicas e operacionais como um todo. Do consenso do grupo será obtido o norte a ser seguido.

Sabemos todos que, ações maçônicas quando executadas sem planejamento prévio, sem estratégias definidas e sem objetivos claros, não trazem resultados positivos, ao contrário, nos enfraquecem, podendo, inclusive, macular a respeitabilidade da Ordem.

É, também, preciso que façamos com urgência uma reparação nos rumos de nossa Oficina e nos conceitos que nos levam à discordâncias, à desunião e ao enfraquecimento do espírito fraterno. Precisamos ter à mão, uma legislação mais específica e técnica para a Loja.

Visando evitar subterfúgios, loteamento de privilégios e surrupio de direitos, podemos propor uma metodologia que complementa o Estatuto da Loja, esclarecendo e determinando as Normas Gerais. Não raro, acolhimento de “normas criadas na última hora” para atender a ocasião, motiva desencontros, arranca-rabos, provenientes de resultados de eleições, de disputas por cargos, de opiniões sobre a administração, de aplicações de numerário, de interpretações de leis, do ritual, de usos e costumes.

Tem causado desagradáveis conseqüências, motivando balburdia, produzindo estigma que chega à ansiedade e leva a excessos desnorteando boa parte daqueles que aceitam a Maçonaria como um ninho de união, de aconchego, de harmonia, nos priva do apoio do poder espiritual e nos afasta dos fins elevados de nossa Sublime Ordem.

Pensamos que se muitas diretrizes fossem debatidas de forma mais ampla, não teríamos tantas incongruências. Como membros ativos da Loja, somos responsáveis pela regulamentação estabelecida. Com o intuito de minimizar essa carência surge a urgência de se elaborar e por em prática o “Regimento Interno” reunindo o maior número possível de informações que possam vir a servir de esclarecimento e suporte à administração da Loja.

Assim, muitas indagações com as quais constantemente nos defrontamos em Loja podem ser objeto de análise prévia, evitando a praga do “inventar” que vem destruindo a Maçonaria e seus costumes. Por isso, procuramos apontar algumas dessas “invenções”, ainda tidas como verdades absolutas e oferecer alternativas para conter eventuais desavenças entre Irmãos, no seio das Lojas. Vale a pena citar umas poucas considerações, para induzir o debate nas Sessões da Loja:

Temas para debates – Vamos refletir sobre os novos tempos, de aceleradas mudanças na esfera da economia, nas estruturas do poder, nas organizações sociais, no impacto das novas tecnologias, nos canais de comunicação de massas, trazendo esses e outros temas para à apreciação à luz da perspectiva dos Iniciados em nossas Lojas.

O homem busca respostas sobre as mais básicas questões: quem somos, onde estamos, para onde estamos indo e de onde viemos. Será que todo esse processo, ao redor de nós outros, nada tem a ver com a Ordem? Como é possível vencermos tantos desafios?

A cultura geral necessária e urgente para formação do Maçom pelo aprofundamento das instruções e lapidação cultural, pelo espaço que deve ser aberto aos trabalhos que tratem de temas de cultura geral. Sustentamos que, além da obrigatoriedade de apresentação dos trabalhos maçônicos para passagem de Grau, as Lojas – ou mesmo as Obediências – deveriam estimular o candidato a apresentar adicionalmente algum trabalho de cultura geral, abordando temas da atualidade ou outros que sejam relevantes, objetivando examiná-los sob a ótica da Maçonaria.

Novo Venerável Mestre – Concentre toda sua atenção e ação, em um bom e bem elaborado REGIMENTO INTERNO e estará evitando as questões e sua Loja estará prevenida da dispersão, da indiferença e estará promovendo a afinidade de idéias e objetivos, a simplicidade, a humildade, a paz, a concórdia, o amor fraterno, com muito respeito mútuo e agregando os Obreiros da Loja.

Não julgue superficialmente as ações de seus Irmãos e não censure irrefletidamente. O julgamento pertence ao Supremo Criador, por que só Ele pode sondar o coração das criaturas.

Seja entre os Irmãos, firme sem obstinação, severo sem inflexibilidade e submisso sem servilismo. Justo e valoroso, defenda o oprimido e proteja a inocência, não exaltando jamais os serviços prestados. Exato observador dos homens e das coisas atende unicamente ao mérito pessoal de cada um, seja qual for a camada social, posição e fortuna a que pertence.

O futuro de uma Loja dependerá do que agora fizerem seus Obreiros, do sagrado suor dos que se importam. E certamente, haverá muito por se fazer...

Saudações aos Veneráveis Mestres recém eleitos. Não fiquem indiferentes; façam a sua parte. Sejam aplicadores da Lei, mas antes de tudo, cumpridores da mesma. Que assim Deus nos ajude!

Fonte: JBNews - Informativo nº 093 - 02/12/2010

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