SÍMBOLOS NO TEMPLO DO REAA
(republicação)
Em 29/11/2016 o Respeitável Irmão
Marco Nascimento, Loja José Caravér, 101, REAA, Grande Loja Maçônica do Estado
do Rio Grande do Sul, Oriente de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, solicita o
seguinte esclarecimento:
SÍMBOLOS NO TEMPLO DO REAA
Em conversa com meus Irmãos, nos
deparamos com uma interrogação, "quantos Símbolos há em um Templo Maçônico
do REEA?".
Será que algum livro há a
descrição de todos e com as interpretações de cada um dadas pelo Autor?
Se o Irmão puder nos ajudar
ficamos imensamente agradecidos.
Outro ponto que nos chama a
atenção e que não encontramos uma boa definição são aquelas portas que ladeiam
a entrada do Templo que são apenas figurativas. Se também o Irmão puder nos
esclarecer onde poderemos encontrar na literatura maçônica.
Bem meu Irmão, é só contar os
ditos conforme se apresentam de acordo com o Ritual em vigência na Obediência.
Há que se observar nesse pormenor o que são as Joias Fixas, Móveis, Ornamentos
e Paramentos da Loja de acordo com o Grau Simbólico bem como a decoração de
Aprendiz, Companheiro e Mestre (aí existem particularidades simbólicas).
Não se pode esquecer o conjunto
alegórico que se apresenta na decoração do Templo em geral (abóbada, Colunas
Zodiacais, Colunas Solsticiais B e J, Pavimento, Estrela e Espada Flamejante,
Painel, etc.).
Há também o instrumental de
trabalho associado aos artífices da construção e aqueles próprios da liturgia
do Rito, dentre outros.
Assim, acredito que o Irmão pode
fazer essa verificação, pelo que eu recomento a obra Rito Escocês Antigo e
Aceito - História, Doutrina e Prática do saudoso Irmão José Castellani. Esse
livro, sem dúvida é o que há de melhor na literatura maçônica brasileira
relacionada ao REAA∴ e certamente irá auxiliar na sua questão (vide nele
extensa bibliografia para pesquisa).
Quanto à interpretação desses
símbolos, fugindo das ilações, que não são poucas por aí, oriento ao estudante
que antes de acreditar nas "carochinhas", que primeiro procure
estudar a doutrina do Rito, levando sempre em conta sua origem francesa e sua
vertente deísta associada às Leis da Natureza. Recomendo que essa empreitada
leve em conta a autenticidade de uma Instituição que tem aproximadamente
oitocentos anos de história (ela não é milenar) e a organização do escocesismo
simbólico a partir de 1804 na França - não confundir idade da Maçonaria como um
todo com a idade de um rito que a compõe.
Enfim, para todos os símbolos e
alegorias maçônicas existem interpretações verdadeiras e sem licenciosidade. Há
símbolos que são específicos de um Rito e outros que são parte integrante de
Maçonaria em geral.
Então, contar quantos símbolos
depende da linha de conduta estudantil que será adotada. A questão é de
autenticidade, sem ufanismo e miscelânea de procedimentos.
Se eu comento isso é devido à
colcha de retalhos que fizeram do REAA∴, sobretudo na Maçonaria tupiniquim -
prefiro não comentar esse assunto, já que os nossos rituais deixam muito a
desejar, isso além desses tais grupos de orientação ritualística que existem
por aí aos montes na Internet aonde cada um, sem critério e sem uma grade
acadêmica, vai dando a sua opinião como se esses pareceres fossem verdadeiras
relíquias da sabedoria - ledos engano.
Ainda na sua questão no que diz
respeito às portas que ladeiam a porta do Templo, como não possuo nenhuma foto,
ou gravura a esse respeito, posso lhe afirmar que no REAA∴. elas não existem -
pelo menos como alegoria ou mesmo como símbolo. No espaço do Templo simbólico
escocês somente existe uma porta que é centralizada e fica no extremo do
Ocidente, servindo ela para o ingresso a partir do átrio e retirada do recinto
em direção ao átrio. Ladeiam essa porta (que é única) apenas duas Colunas
Vestibulares (vestíbulo) que devem ficar genuinamente no átrio. Assim, na
liturgia e decoração do REAA∴ essas duas portas mencionadas na sua questão não
deveriam existir.
T.F.A.
PEDRO JUK jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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