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quinta-feira, 31 de maio de 2018

RESPONSABILIDADES DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO

RESPONSABILIDADES DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO
Por Rogério Vaz de Oliveira 

Conhecer a fundo a instituição que integramos, a Maçonaria, é um tema tão importante que deve ser incluído nos discursos de recepção aos nossos neófitos, e constantemente relembrado nas Sessões Ritualísticas.

Por diversas vezes ouvimos que a Instituição carece de objetivos, de ações concretas, de uma atuação mais incisiva na sociedade. Esta percepção é um claro diagnóstico de que pouco ou nada conhecemos a sua história, inclusive estendendo nossos olhares para sua atuação em outros países, pois poderemos aprender com os erros históricos cometidos e também os acertos e sucessos de projetos capitaneados pela Maçonaria.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

A LENTA EVOLUÇÃO

A LENTA EVOLUÇÃO
(Desconheço o autor)

Domar instintos pressupõe que muitos deles são controlados, mas não eliminados.

Recentemente me manifestei num dos Programas de Interiorização da Grande Loja, o que causou surpresa e até certa estranheza a alguns dos participantes. Na oportunidade expus numa idéia compartilhada com o irmão Cezar Galhardo algum tempo atrás de que "o ser humano tem uma evolução relativa e, em certa medida, é imutável". 

A argumentação, com certeza, causou espanto porque estaria contestando o "processo evolucionista", tão discutido e aceito em nossa Ordem. Por mais que tentasse explicar, creio que ficou uma ponta de dúvida em minhas afirmações.

terça-feira, 29 de maio de 2018

MAÇONARIA: HISTÓRIA, LENDA E MITOS

MAÇONARIA: HISTÓRIA, LENDA E MITOS
Rui Bandeira

A Maçonaria dá uma crescente atenção à sua História. Pela mesma razão que cada sociedade o deve fazer: os sucessos passados são à base da situação presente e as lições para as atuações futuras. Conhecer a sua História é beneficiar de uma aprendizagem duramente feita, ao longo de séculos.

E uma parte dessa aprendizagem foi à conveniência de distinguir entre o que é História da Maçonaria e o que são histórias à roda ou inspiradas na Maçonaria. Esta aprendizagem fez-se na Maçonaria como se fez na sociedade.

Ainda no século XIX, a História (com H maiúsculo), em resultado da cultura baseada no Romantismo da época, pouco mais era do que a narração de episódios épicos envoltos em véus tecidos pela imaginação, que realçavam as qualidades dos que na época eram incensados.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

HISTÓRIA DO RITO ADONHIRAMITA NO BRASIL

HISTÓRIA DO RITO ADONHIRAMITA NO BRASIL
Domingos Fernandes Dias

Pediram-me para falar da maçonaria Adonhiramita, e quero começar conscientizando aos meus Amados Irmãos que não vou fazê-lo de forma satisfatória, por que não poderei apresentar ou me reportar a certidão de nascimento de Rito, com local, data e hora e quem foram seus pais. 

Mas os Amados Irmãos já devem estar acostumados a esse tipo de problema, pelos seus estudos e pesquisas sobre a origem da Maçonaria, em que são apresentadas teses que vão desde Adão e Eva, Noé, Enoc, Hermes, Eleusis, Orfeu, Essênios, Salomão, Pitágoras, Numa Pompilio, Pedro o Eremita, Templário, Guildas Operativas e tantas outras, passando de setenta o seu número. Logicamente, não se titulavam Maçons os seus membros e sim iniciados, pois a 1ª referência conhecida, de forma documental do título de Maçon, aparece numa Lei de Controle de Salário em 1349, na Inglaterra, após a Peste Negra que dizimou mais da metade da população, sendo citadas diversas profissões, inclusive a de Maçons.

domingo, 27 de maio de 2018

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO


Uma foto tirada durante uma caminhada na região de Brest: "Quando encontramos um barbeiro, encontramos um maçom? Parece que há muitos maçons entre barbeiros, uma vez que já publicamos em 2015 maio 31,e 9 de Agosto e 18 de Outubro mais fotos que mostram barbeiros que usam o mesmo conjunto de tesoura e navalha para evocar o esquadro e o compasso. (tradução livre)

Fonte: www.hiram.be

MAÇONARIA OPERATIVA E ESPECULATIVA

Maçons ingleses - pintura antiga
MAÇONARIA OPERATIVA E ESPECULATIVA

Definida no ano de 1952 em uma reunião de Grãos-Mestres, celebrada em Estrassburgo, a franco-maçonaria se manifestava como “uma instituição para a iniciação espiritual, por meio de símbolos”. Esta, segundo a Constituição da Grande Loja da França, teria ainda como objetivos “o aperfeiçoamento da humanidade”, feito pelo qual os maçons ou franco-maçons estariam comprometidos de maneira constante com a busca da melhoria da condição humana, “tanto no plano espiritual e intelectual como no plano do bem-estar material.”

Como em toda instituição configurada através dos séculos, a maçonaria tem transitado por diversas fases em seu desenvolvimento histórico. A construção de edifícios exigiu em seu momento uma observação precisa da natureza e dos seus comportamentos. Medida, peso e número passaram a ser conceitos ligados à arte, ao artesanato e consequentemente à arquitetura medieval. Os construtores especializados tomaram desta forma consciência dos valores universais que estavam imersos em numerosos princípios do seu trabalho.

sábado, 26 de maio de 2018

APRENDIZ

APRENDIZ
Por Rizzardo da Camino

Aprendiz - o termo não tem origem maçônica, mas vulgar; significa aquele que está aprendendo, e é o próprio a qualquer profissão ou função. 

 Aprendiz de feiticeiro era termo muito em voga na idade média com o significado de “risco”, pois nenhum aprendiz conseguiria imitar o feiticeiro. 

Hoje na construção, o aprendiz é denominado “servente” pois enquanto serve está prendendo. 

Tradicionalmente na Maçonaria Operativa, intitulavam-se Aprendiz aquele que queria entrar nos mistérios secretos da construção. 

Sempre houve os serventes e aprendizes; a diferença é que hoje o Aprendiz se situa na esfera mais filosófica; Aprendiz em arte. 

Na maçonaria aprendiz significa a passagem pelo primeiro grau de um rito. 

Há porém os mestres, que bajulando-se, se intitulam “eternos aprendizes”sem se darem conta de que o aprendizado constitui o primeiro passo de uma jornada, e que alguém que enceta uma longa caminhada deseja retroceder ao primeiro passo dado no inicio.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

HUZZÉ, A ORIGEM DA ACLAMAÇÃO ESCOCESA

HUZZÉ, A ORIGEM DA ACLAMAÇÃO ESCOCESA
Luciano R. Rodrigues

Na maçonaria brasileira, os irmãos praticantes do REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito) estão bem familiarizados com a tripla aclamação Huzzé, utilizada na abertura e no fechamento dos trabalhos, mas a sua origem é um pouco duvidosa devido a confusão de teorias criadas por escritores que talvez não tivessem o acesso a tanta informação quanto temos atualmente, e com a facilidade que a internet nos proporciona.

Cito abaixo algumas teorias bem conhecidas sobre a origem da aclamação:

quarta-feira, 23 de maio de 2018

WALDEMAR SEYSSEL (“ARRELIA SEYSSEL” )

WALDEMAR SEYSSEL (“ARRELIA SEYSSEL” )
(* 31/12/1.905 + 23/05/2005)

O Doutor Waldemar Seyssel, Bacharel em Direito, sempre lutou com zelo e denodo, defendendo e assistindo seus, Irmãos, Colegas e a sua Classe, cumprindo o juramento que fez, no ato solene da colação do grau.

Mestre Instalado foi Membro da Augusta e Respeitável Loja Simbólica "Acácia da Paz", ao Oriente da Capital do Estado de São Paulo, obediente ao Grande Oriente Paulista.

Comparecia às Sessões na sua Loja trajando um impecável temo azul-marinho, camisa branca - alva e pura, com seus cabelos grisalhos a esvoaçar, mas alinhados; sentava no Oriente e espelhando, no seu quase um século de vida ativa e de irradiação de felicidade, a serenidade que o gênio tem.

terça-feira, 22 de maio de 2018

O ILUMINISMO E A MAÇONARIA

O ILUMINISMO E A MAÇONARIA
Rubens Marques dos Santos

A História da Humanidade, o século XVIII e algumas décadas do findo XVII e do início do XIX constituem, sem dúvida uma idade de destaque, uma verdadeira era de transformações que abalou as estruturas arcaicas e imobilizadas do pensamento humano, atreladas a conceituações religiosas severas e a  preceitos morais rígidos e ultrapassados, num contexto social em ebulição e ávido por transformações.

Aquele mundo de há três séculos, evoluiu lentamente, sendo difíceis as comunicações, afastadas as civilizações pelas longas distâncias a percorrer e pelo descompasso do desenvolvimento. Oriente e Ocidente, Europa e Ásia, o Continente Americano longínquo e totalmente colonizado, a África Meridional e outras concentrações de povos ainda mal conhecidos se defrontavam com culturas estranhas e conflitantes. Havia indefinições de limites territoriais, uma geografia sempre mutante, as pessoas mal informadas pela carência de escritos e insuficiente divulgação do saber, ao que se juntava um elevado índice de analfabetismo, carência de escolas, público geral castrado em seus anseios de conhecer, premido pelo preconceito do “pecado”, em busca de perdão e de uma prometida “santidade” numa religião imposta, de cujos preceitos a Igreja Católica se julgava guardiã, mercê de um braço impiedoso e cruel: a Inquisição.

O USO RACIONAL DA PALAVRA EM LOJA

O USO RACIONAL DA PALAVRA EM LOJA

A linguagem é, sem dúvida, o mais antigo e significativo sistema simbólico que a humanidade já desenvolveu. Foi o surgimento da linguagem que possibilitou ao homem acumular e transmitir o conhecimento.

Dentre todas as formas de linguagem, a palavra nos possibilita apreender todas as coisas do mundo no restrito espaço de nossas mentes. É das palavras que nos utilizamos para formular pensamentos e desenvolver raciocínios. Aprender é acumular novos arranjos de palavras para traduzir novos conceitos.

Enfim: a palavra é o mais poderoso e democrático instrumento já desenvolvido pelo engenho humano, e, como tal está sujeita ao bom e ao mau uso. O dom da oratória, ou seja, a habilidade no uso das palavras causa admiração e proporciona prestígio e satisfação pessoal a quem o possui. Por isso mesmo os seres humanos, quase em sua totalidade, gostam muito de falar, principalmente quando há platéia.

sábado, 19 de maio de 2018

A RÉGUA DE 24 POLEGADAS

A RÉGUA DE 24 POLEGADAS
Ir∴ João Gatti 
gattineto@terra.com.br 

A Régua de 24" é um dos instrumentos do Ap∴, junto com o Maço e o Cinzel.

A Régua era usada pelos Maçons Operativos para medir e delinear os trabalhos, medindo também o tempo e o esforço a despender.

O tempo tem que ter uma medida, porém, podemos comprará-lo a uma gota de nuvem que cai no oceano.

A Polegada é uma medida antiga que se afastou do sistema métrico frances; contudo, ainda é usada, posto que esporadicamente, por nós brasileiros.

A Maçonaria a adota porque simboliza o dia com suas 24 horas. Assim, a régua maçônica mede 0,66 mt. (sessenta e seis centimetros-a polegada é a 12ª parte do pé, ou seja, 0,02775 cm).

O tamanho da régua já sugere que é um instrumento destinado a construção.

FILOSOFICAMENTE, o Maçon deve pautar a sua vida dentro de uma determinada medida, ou seja, deve programá-la corretamente e não se afastar dela. A programação é necessária, para que a vida resulte equilibrada e vitoriosa.

A Régua, assim dividida nos ensina a apreciar as 24 horas em que o dia é dividido, induzindo-nos a empregá-las com critério, na meditação, nos pensamentos, no trabalho e no descanso físico e espiritual. A meditação é um ato de fechar os olhos para as coisas do mundo externo e abrí-los para o mundo interno, assim buscando a paz interior.

Os nossos pensamentos, são fundamentais na influência de nossas vidas. Toda vez que pensamos que estamos felizes e saudáveis, ocorre uma vibração de felicidade e saúde, o que nos torna realmente felizes e saudáveis.

Toda vez que pensamos que estamos doentes ou morrendo, estamos vibrando em sintonia com a doença ou morte (não necessáriamente física, mas energética), o que o que pode realmente nos tornar doentes, ou perdedores de nossas energias.

O Trabalho é uma das coisas mais importantes de nossa vida, porque ele nos auxilia tanto na evolução material como espiritual. Muitas pessoas acham que muito trabalho faz mal, mas o trabalho só nos engrandece, são as emoções *(sentimentos alterados) que nos desequilibram, e nos levam as doenças, o importante é sempre conhecermos os nossos limites e respeitá-los.

Se o GADU, tivesse liberado o homem do trabalho físico, seus membros com certeza seriam atrofiados, e se o livrasse do trabalho intelectual, seu espírito permaneceria na infância, nas condições instintivas do animal.

O descanso é fundamental para repor as nossas energias, para CONTINUARMOS NA BUSCA EVOLUTIVA.

Não podemos nos esquecer também, que a nossa maior obrigação, é a de estarmos sempre presentes, junto de nossa família, nos dedicando por completo, com muito amor, equilíbrio, paciência e carinho, tendo sempre um bom coração.

Com um bom coração, sem dúvida pode-se mudar o mundo.

Ir∴ João Gatti Netto
A∴R∴L∴S∴Conselheiro Crispiniano - Guarulhos-SP 

sexta-feira, 18 de maio de 2018

TESTEMUNHO DE UM ESTUDANTE DA SENDA INICIÁTICA

TESTEMUNHO DE UM ESTUDANTE DA SENDA INICIÁTICA
(Desconheço o autor)

Demorei muito tempo em minha vida para me libertar da ideologia das religiões judaico-cristãs. Quando você decide compreender a verdade e dedica todo seu empenho para esta finalidade, chega um momento que o bem já passa a fazer parte de você, de seu objetivo. Ele não é mais algo exterior, mero instrumento egoístico para você conseguir o que quer, pois ele torna-se o seu querer.

Você então passa a fazer o bem simplesmente porque este é você, e não por que possa existir um paraíso a sua espera, ou uma próxima encarnação cheia de recompensas. Da mesma forma, você já não deixa de fazer o mal por medo de um inferno ou de futuras tormentas cármicas, e sim porque o mal é algo totalmente diferente de você. Nesse ponto você começa a perceber que as coisas consideradas mais preciosas para a maioria das pessoas não tem o menor valor comparado a esse sentimento dentro de você. E sem valor continuariam se fosse necessário qualquer tipo de submissão a princípios de categoria inferior para consegui-las.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

A MARCHA DO APRENDIZ

A MARCHA DO APRENDIZ

Introdução 

Cada um dos três graus simbólicos tem sua marcha particular. A marcha, acompanhada dos sinais especiais em cada degrau, é obrigatória para todos os maçons que entram no templo quando os trabalhos são abertos. O significado maçônico da marcha corresponde a técnica adotada nos três graus simbólicos para o candidato a perfeição caminhar do ocidente para o oriente isto é, das trevas para a luz. 

Desenvolvimento

A marcha do aprendiz é composta de três passos iguais e retilíneos, formando uma esquadrilha, começando com o pé esquerdo e apoiado pelo direito, porque ele foi colocado no “caminho certo”, porque foi “iniciado”.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

O BODE NA MAÇONARIA, UM TROTE AMERICANO

O BODE NA MAÇONARIA, UM TROTE AMERICANO

Na maçonaria brasileira é comum a associação do bode com os maçons, seja ela feita pelos profanos que desconhecem a ordem ou pelos próprios membros que se acostumaram com a idéia e acham até interessante serem chamados de bode, alimentando esta fantasia, seja por diversão ou apenas para afastar os curiosos.

Aqueles inclinados a idéia antimaçônica, fazem conexão do bode com coisas maléficas, sacrifícios, religiões e outras histórias absurdas em uma tentativa de denegrir a imagem da ordem ou por simples ignorância dos fatos.

As lendas

terça-feira, 15 de maio de 2018

O SOL A LUA E O PAVIMENTO DE MOSAICO

O SOL A LUA E O PAVIMENTO DE MOSAICO
Ir.∴ José Cariani Junior
M∴M∴ da A∴R∴L∴S∴"Ruy Barbosa" Nº 3419
Or∴ de Sinop-MT - Brasil

OS OPOSTOS 

Podemos começar a falar de opostos pela comparação entre os símbolos mais visíveis na Loja, que é o Sol e a Lua.

O Sol é a Luz, a luz da Vida, e as irradiações entre a Luz e as Trevas transcendem a compreensão humana. Para muitos povos, o Sol é um dos símbolos mais importantes, sendo até venerado como um Deus. Tornou-se também a imagem simbólica da ressurreição e, de modo geral, de um novo começo.

Na simbologia maçónica o Sol encarna o espírito imutável, o ouro imaterial. Na maioria dos Templos ele é representado no oriente onde o mestre da loja dirige os trabalhos.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

O SIGILO

O SIGILO
(Desconheço o autor)

Muito se tem falado, explicado e insistido neste tema e, mesmo assim, temos observado Irmãos que têm se manifestado de forma contraria aos nossos princípio e Leis, quebrando com o juramento feito de guardar, e nunca revelar, quaisquer de nossos assuntos.

Outro problema, que aflige muitos de nós, é o fato de termos nossas identidades maçônicas reveladas a profanos, sem nossa permissão ou conhecimento. Este fato pode, como muitas vezes acontece, colocar-nos em situações embaraçosas e constrangedoras, às vezes, até com certo prejuízo profissional.

Um grande problema, talvez o mais importante para a Instituição, está no vazamento de informações ao mundo profano, indo dos sinais de reconhecimento até o conteúdo dos assuntos debatidos em nossas sessões. Isto impede, às vezes, a explicitação de assuntos que são do interesse da Ordem. Nesta situação, o irmão, que vai apresentá-los, fica inseguro pela falta de proteção e discrição que a loja deveria lhe dar. Assim, alguns assuntos importantes não são levados em loja, por medo da quebra de sigilo.

MAÇONARIA E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

MAÇONARIA E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

Sem a Maçonaria, não teria havido a Abolição. E sem cinco grandes maçons negros do século XIX - Rebouças, Patrocínio, Gama, Paula Brito e Montezuma - a luta pela libertação negra não seria tão marcante e fundamental.

Após a morte em 24 de agosto de 1882 do advogado negro Luiz Pinto da Gama, em São Paulo - cujo sepultamento fora acompanhado por cerca de 3 mil pessoas numa cidade que, na época, tinha 46 mil habitantes - o promotor de justiça e depois juiz Antonio Bento, formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco de São Paulo, jurou diante do túmulo de Gama em continuar sua obra abolicionista.

Para tal empreitada, ele organizou uma sociedade secreta chamada "Os Caifazes", cujos membros eram recrutados em todas as camadas sociais e nas três principais lojas maçônicas de São Paulo: " América", " Piratininga" e " Amizade".

Essa sociedade retirava a força das fazendas paulistas os escravos e os encaminhava para o Quilombo de Jabaquara, em Santos, ou então para quilombos do Rio de Janeiro (Castellani: 1998).

sábado, 12 de maio de 2018

O SEGREDO DA MAÇONARIA

O SEGREDO DA MAÇONARIA

O que nos distingue daqueles a quem chamamos “profanos”?

Somos livres? Somos iguais? Somos fraternos? Somos possuidores de bons costumes? Levantamos templos às virtudes? Cavamos masmorras aos vícios? Somos filantropos? Somos progressistas? Somos estudiosos? Somos filósofos? Somos religiosos? Somos inteligentes? Somos bem-sucedidos? Somos respeitados? Somos justos? Somos perfeitos? O que somos:

Somos o que somos! Seres humanos com as mesmas virtudes, com as mesmas paixões, com as mesmas ambições, com as mesmas imperfeições, com as mesmas limitações, com os mesmos sonhos, com os mesmos temores, daqueles a quem chamamos, muitas vezes no sentido pejorativo, “profanos”. Não somos nem mais nem menos do que eles são. Não sabemos nem mais nem menos do que eles sabem. Somos muito menos do que eles pensam que somos. Não somos nem a metade do que pensamos ser. Mas, com eles poderemos ser o dobro do que somos.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

O AREÓPOGO DE ITAMBÉ E SUA INFLUÊNCIA NAS REVOLUÇÕES BRASILEIRAS


O AREÓPAGO DE ITAMBÉ E SUA INFLUÊNCIA NAS REVOLUÇÕES BRASILEIRAS
Hercule Spoladore - Loja de Pesquisas Maçônicas “BRASIL”

O Iluminismo ou Ilustração caracterizou-se no século XVIII, também chamado ”século da luzes” pelas suas influências culturais em todos os segmentos da sociedade humana da época ensinando o Homem a liberar-se dos excessos das autoridades, dos preconceitos das tradições das convenções e retirando-lhe a viseira intelectual que lhe embaçava a mente, fazendo com que ele enxergasse o mundo de forma real, pelo menos mais real do que vislumbrava naquela época tão sufocada pela ignorância quando os homens do poder espiritual e temporal faziam questão de submeter a humanidade incauta a toda sorte de escravidão talvez até como autodefesa de seus interesses. Sabiam que se o Homem se instruísse por pouco que fosse ele acabaria por modificar o mundo e esse mesmo poder ruiria por terra.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

MAÇONARIA & ISLAMISMO

MAÇONARIA & ISLAMISMO 
Kennyo Ismail

Introdução

A relação entre Islamismo e Maçonaria sempre foi tema obscuro, delicado, polêmico, e por isso evitado por muitos autores. Quando das raras vezes abordado, os autores se restringem em citar Lojas e Obediências que existiram e existem nos países árabes e, de modo geral, param por aí. Uma postura um tanto quanto incoerente se observarmos os objetivos maçônicos da livre pesquisa da verdade, da busca pela justiça e do combate à ignorância, a intolerância e o fanatismo.

O objetivo aqui é tentar apresentar algo diferente do que “mais do mesmo”, fornecendo informação válida e de forma neutra sobre o assunto e abordando as questões que realmente importam.

Após o triste dia de 11/09/01, muito se tem falado sobre o Islamismo, o qual teve sua imagem de certa forma manchada no mundo ocidental com o marcante incidente. Apesar dos esforços das autoridades, uma onda de intolerância e preconceito, reforçada pela ignorância, tem caído sobre o Islã e seus adeptos no Ocidente desde então. 

Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos:

terça-feira, 8 de maio de 2018

A FLAUTA MÁGICA

Cena de A Flauta M'gica
A FLAUTA MÁGICA*
Dr. Carlos Raitzin (Spicasc)

A famosa ópera de Wolfgang Amadeus Mozart e Emanuel Schikaneder,“A Flauta Mágica” tem sido objeto de inúmeros estudos, sem dúvida motivado tanto pelo seu imenso valor musical quando pelo tema subjacente ao seu livreto.

As claras referências esotéricas feitas em seu desenvolvimento motivaram inclusive que Goethe escrevesse uma segunda parte, continuação do livreto de Schikaneder e, não satisfeito com isso, ele preparava pessoalmente os esboços para uma representação da ópera de Mozart em Weimar, esboços que foram parcialmente preservados. Mas, infelizmente, a grande maioria dos estudos realizados são devidos a musicólogos. Estes são, sem dúvida, muito competente na sua disciplina, mas o são muito pouco em matéria de esoterismo.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

DIALÉTICA

DIALÉTICA
(Desconheço o autor)

A Maçonaria incorpora a dialética nos seus trabalhos, pois reconhece que da discussão nasce a luz e que o mundo é de contradições (dois, ou binários opostos). Impedir a dialética, a discussão seria o mesmo que impedir a investigação da verdade. Aliás, uma ordem a serviço da democracia jamais poderia impedir a discussão. Além disso, ninguém chega ao triângulo-síntese, ou ternário, sem passar pelo binário. 

Da discussão nasce a Luz, na evolução do pensamento acha-se a dialética.

O Mundo e feito de contradições, nas listas podemos contradizer, contradição é movimento, é o próprio motor da evolução. Na maçonaria incorpora-se a dialética, pois da discussão nasce a luz, impedir a dialética, a discussão seria o mesmo que impedir a investigação da verdade, não reconhecermos uma teoria ou não aceitarmos uma idéia, não implica que amanhã não poderemos aceitar certa afirmação pois como bem disse Heráclito, “ninguém passa duas vezes pelo mesmo leito de um rio”. 

"Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão." "Aristóteles considerava Zênon de Eléa (aprox. 490-430 a.C.) o fundador da dialética. Outros consideraram Sócrates (469-399 AEC)." (Konder, 1987, p. 7).

O conceito de dialética, porém, é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto.

Para Platão, a dialética é sinônimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as idéias particulares e as idéias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470 a.C.-399 a.C.). Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das idéias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade.

Fontes consultadas:

· FOULQUIÉ, Paul. A Dialética. 3.ed. Europa-América, 1978. (Col. saber). 

· KONDER, Leandro. O que é Dialética. 17. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. (Col. primeiros passos; 23). 

· Curso de Maçonaria Simbólica – Aprendiz – Theobaldo Varoli Filho

O ETERNO APRENDIZ

O ETERNO APRENDIZ

Em todos os sistemas e ritos da Maçonaria Simbólica universal, denomina-se “aprendiz” o iniciado nos seculares segredos da nossa Sublime Ordem. O termo foi tirado da Maçonaria Operativa, na qual o Aprendiz ocupava o lugar mais inferior da escala entre os operários. A Maçonaria Especulativa, que sucedeu à Maçonaria Operativa, ocupada não mais com a arte de construção mas com a moral, com o simbolismo e rituais, adotou os usos, costumes e regulamentos bem como os instrumentos da antiga modalidade. Através da adoção de todos os elementos da Maçonaria Operativa, a Maçonaria Especulativa estabeleceu o seu próprio sistema de organização e de moralidade.

O que representa o homem quando é apresentado aos primeiros elementos da Maçonaria, o aprendiz, portanto? Representa o ser humano nos primeiros passos da civilização, na sua infância cultural, tentando sair da escuridão, da ignorância. Assim são deveres do Aprendiz a luta contra os inimigos naturais do homem – as paixões, o estudo das leis, usos e costumes da Maçonaria através do seu trabalho simbólico em desbastar a Pedra Bruta desde o meio-dia até a meia-noite, o combate contra a mentira, o fanatismo, a ambição e a ignorância. O Aprendiz deve lutar arduamente pela vitória da luz sobre as trevas, da honra sobre a perfídia, da verdade sobre a hipocrisia, sobretudo da tolerância e moderação sobre a tempestade interior que pode ocasionar destemperos.

sábado, 5 de maio de 2018

O PODER DOS SÍMBOLOS E DOS RITUAIS

O PODER DOS SÍMBOLOS E DOS RITUAIS

Foram necessários muitos anos para que não só compreendesse, mas para que também sentisse e aprendesse a usar o Poder emanado dos Símb∴ e Rit∴ Maçônicos quando o Ambiente Loja é propício. 

Se pegarmos e olharmos para o Esq∴ e o Comp∴, verificaremos que ambos são Ferramentas de Trabalho do Mundo Profano. 

Se pegarmos e os colocarmos sobre o L∴ da L∴, em Loja, sem fazermos uma Reflexão Profunda, cairemos nas diversas definições simbólicas que abundam pela Literatura Maçônica. 

Sobre estes Símb∴, já montei e ouvi dezenas de peças de arquitetura, achava-as exuberantes, excelentes, muitas até impecáveis, isto é, as que ouvi.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O PISO MOSAICO!

O PISO MOSAICO!
Ir∴ Almeida

Em geral um dos primeiros trabalhos que se solicita a um Aprendiz Maçom, depois de falar da sua iniciação, é discorrer sobre o piso mosaico.

Esse tema rico é comumente abordado de forma muito pobre e totalmente sem proveito para a formação humana do iniciado. Ao lado de vários outros temas ricos pobremente tratados, a interpretações que se fazem hodiernamente nos trabalhos de Loja acerca do piso mosaico constitui desperdício temático. Mas em que consiste esse desperdício? E porque é um desperdício?

Tem-se por prática na maçonaria produzir um conjunto de preconceitos factuais, misturando e ignorando por completo os avanços nas mais variadas esferas do conhecimento humano. Ao falar do piso mosaico é comum destacar que na Maçonaria ele é o exemplo da convivência fraterna entre os diferentes. Outros procuram dizer que ele é a dualidade e sob outro ponto de vista pode ser considerado nefasto, pois representa a briga entre bem e mal e tudo que isso implica. Porém, poucos param para pensar sobre o atual quadro da maçonaria e em que sentido ele é “convivência” da diversidade. Por exemplo, já ouvi de um Irmão no Estado do Espírito Santo dizer que não se admitia negros na Maçonaria. Aliás, tem muito Confrade que se esconde por trás do mistério para dizer as maiores pérolas da burrice humana.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O SALÁRIO DO MAÇOM

O SALÁRIO DO MAÇOM
Rui Bandeira

A Maçonaria Operativa, como estrutura de regulação do acesso e prática da actividade profissional de construtor em pedra, regulava igualmente as formas de pagamento e os montantes dos salários dos seus associados.

Também na Maçonaria Especulativa os maçons recebem o seu salário. Simplesmente, como tudo na Maçonaria Especulativa, o salário que o obreiro é simbólico.

O obreiro trabalha em Loja. Em quê? No seu aperfeiçoamento, na busca dos conhecimentos, das lições, dos exemplos, das práticas que dele farão uma pessoa melhor. Nesse trabalho tem de identificar e interpretar símbolos, atribuindo-lhes o seu significado pessoal, similar ou não ao que os seus Irmãos, ou alguns dos seus Irmãos, ou um particular Irmão, lhes atribuem. O trabalho do obreiro em Loja insere-se e une-se ao trabalho que os demais obreiros efectuam, constituindo o conjunto um acervo de estudos, actividades, interpretações, princípios desenvolvidos, que tem mais virtualidades como um todo do que a mera soma dos contributos individuais.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

O SIMBOLISMO DO TEMPLO MAÇÔNICO

O SIMBOLISMO DO TEMPLO MAÇÔNICO

O Templo Maçônico reúne dentro de si o espaço e o tempo sagrados. Basta apenas traspassarmos sua porta e faz-se evidente a diferença entre o mundo exterior e o Profano, aonde o tempo decorre linearmente em forma indefinida e amorfa, e o recinto sacro, onde se percebe um tempo mítico e significativo: o “tempo” das origens do ser humano, a eternidade e a simultaneidade, conhecidas e compreendidas na interioridade do homem que estabelece esta comunicação ritual desde as profundezas do templo.

Por outra parte, o Templo é um modelo do Universo, ao qual imita em suas formas e “proporções” e, como ele, tem por objeto albergar e ser o meio da realização total e efetiva do ser humano. Nas tribos mais primitivas, encontramos a choupana ritual (ou a casa familiar) como lugar de intermediação entre o alto e o baixo. Efetivamente, nela o teto simboliza o céu e o chão, a terra; os quatro postes onde se assenta são as colunas onde se apóia o macrocosmo. É muito importante assinalar que sempre nessas construções há um ponto zenital que está aberto a outro espaço.