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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

INGRESSO E SAÍDA DO TEMPLO

O Respeitável Irmão Norberto Berrio Sgobbi, Assessor Distrital do GOB-SP, apresenta as questões seguintes pertinentes ao REAA:

INGRESSO E SAÍDA DO TEMPLO

Duvida de alguns Irmãos que não encontrei na Ritualística do GOB e nem no nosso então Ritual de 1º grau REAA:

Quando estamos na sala dos PP∴ PP∴ e estamos prestes a entrar, como se deve ser feito o cortejo, duas filas? Se sim quem fica à esquerda e quem fica à direita?

A Segunda dúvida é quando se termina a sessão e se deve fazer a saída inversa da entrada, deve se obedecer a isso com a saída primeira do Venerável Mestre, ele descendo pelo lado direito do Oriente? Também devemos todos obedecer a circulação no sentido do relógio?

CONSIDERAÇÕES:

Não é da sala dos PP∴ PP∴ que se organiza o préstito, mas no Átrio. Na sala dos PP∴ PP∴ os Irmãos se preparam par aos trabalhos (vestem suas alfaias, assinam o livro de presenças, etc.). 

No Átrio é onde se organiza o préstito. Ali, no máximo o Mestre de Cerimônias distribui os colares com as joias do cargo. 

Tudo pronto e todos revestidos das suas insígnias segue-se o que menciona o Ritual em vigência - páginas 43 e 84 - sessão ordinária e magna respectivamente. Do mesmo modo o que prevê os itens 32 e 33 do Sistema de Orientação Ritualística disponível na plataforma do GOB RITUALÍSTICA em http://ritualistica.gob.org.br/ amparado pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral.

Assim, o ritual menciona: "AApr∴ e CComp∴ guardando os respectivos lados de suas CCol∴, os MMest∴ e OOfic∴, cada qual no lado dos seus lugares (os grifos são meus) ...". Desse modo, as duas filas se formam conforme a disposição dos lugares no Templo, levando-se em conta que o recinto se divide, a partir de um eixo central imaginário em lado direito e esquerdo (sob o ponto de vista de quem entra). Ao centro, entre as duas fileiras, e na retaguarda, o Venerável Mestre se coloca. Seguindo essa ordem, sob a coordenação do Mestre de Cerimônias, todos ingressam e se dirigem diretamente para os seus lugares (ainda sem circulação). O Metre de Cerimônias ingressa conduzindo (indo à frente) o Venerável Mestre.

No que diz respeito à retirada do Templo "na ordem inversa", isso não quer dizer formação de préstito, mas a saída de cada um diretamente do seu lugar, sem circulação, na ordem contrária da entrada. Sai então por primeiro o Venerável Mestre, Mestres Maçons Instalados, etc., etc. - ritual menciona nas páginas 81 e 163 que a saída será na ordem inversa a da entrada.

Ainda existe uma particularidade para ser considerada. Conforme especifica o Sistema de Orientação Ritualística em http://ritualistica.gob.org.br/, itens 73 e 164, os últimos a deixarem o recinto serão: o Cobridor Externo, que fica junto à porta no lado Norte; o Mestre de Cerimônias, por ser quem dirige a saída dos Irmãos e, por último, o Cobridor Interno que fecha a porta do Templo e guarda a chave no lugar seguro. Note que após o encerramento dos trabalhos, diferente da entrada, o Venerável Mestre sai sem ser conduzido pelo Mestre de Cerimônias.

Quanto à circulação, ela não existe para a retirada do Templo após o encerramento. À medida que os Irmãos deixam seus lugares eles o fazem indo diretamente em direção à porta, isto é, sem circulação, pois a Loja está fechada. 

Há que se notar que o mesmo ocorre na entrada, oportunidade que os Irmãos, ao adentrarem se dirigem diretamente para os seus lugares (sem circulação). 

É oportuno mencionar que a circulação horária somente se inicia na Loja a partir do momento em que o Venerável Mestre solicita ajuda dos Irmãos para abrir a Loja – vide item 35 na plataforma do Sistema de Orientação Ritualística.

A questão de o Venerável deixar o trono não se trata de circulação, pois no Oriente ela não existe. O que ocorre é o costume de se ingressar no sólio pelo lado Norte do Altar e dele sair pelo lado Sul (de quem do Ocidente olha para o Oriente). Assim, em retirada do Templo após o encerramento dos trabalhos, geralmente o Venerável sai do sólio pelo lado Sul e se dirige para a saída passando pela Coluna do Sul. Reitero, isso é costume, não regra litúrgica.

Dando por concluído, é bom que se diga que tanto a entrada para abertura dos trabalhos como a saída do Templo após o encerramento não são atos de liturgia iniciática, senão um costume que objetiva padronização de procedimentos ritualísticos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 06/12/2019

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