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segunda-feira, 31 de maio de 2021

EXPLICAÇÕES SOBRE O PAINEL DE MESTRE

EXPLICAÇÕES RELATIVAS AO PAINEL DO MESTRE MAÇOM - REAA

Em 11.06.2020 o Irmão Antônio Sávio Santana Dionizio, Companheiro Maçom da Loja Piauhytinga, 1.521, REAA, GOB-SE, Oriente de Estância, Estado de Sergipe, apresenta o que segue:

EXPLICAÇÕES SOBRE O PAINEL DE MESTRE

Estou fazendo pesquisas pra exaltar ao Grau de Mestre, acompanho o seu blog sobre maçonaria e já foi muito útil em minha caminhada, desta vez venho através dessa mensagem pedir ajuda no tema “SIMBOLISMO EXISTENTE NO PAINEL DO GRAU E NO PAINEL DO RITO”, preciso de explicações mais suscitas sobre o tema para que eu possa prosseguir no meu trabalho e alcançar o Grau de Mestre.

CONSIDERAÇÕES:

O Painel da Loja de Mestre encerra todo o simbolismo que cerca a Grande Iniciação, cujo cerimonial ocorre com a cerimônia de Exaltação ao sublime grau de Mestre Maçom do REAA, à última etapa do simbolismo na jornada iniciática que conduz à plenitude maçônica.

No caso do REAA, rito de origem francesa, é preciso ter cautela quanto a interpretação do Painel do Terceiro Grau, pois por muito tempo boa parte dos rituais brasileiros traziam (alguns ainda trazem) um painel da Maçonaria anglo-saxônica no escocesismo, o que acabava causando alguns paradoxos no trato com a doutrina e a explicação dessa alegoria. O ritual do GOB em vigência, nele à página 86, está o painel correto para o REAA. Vale repetir que existe diferença no conteúdo simbólico entre os Painéis franceses e as Tábuas de Delinear inglesas. Cada conteúdo é pertinente à lenda e a forma de como ela é contada e representada.

Por óbvio que o conteúdo dos símbolos se associa à m∴ e a ressur∴ tal como ela é contada na Lenda de H∴ A∴. Em linhas gerais a finitude da vida fica evidente pelos eembl∴ da mort∴. O conteúdo do quadro deve coincidir com a narrativa, daí a razão pela qual se deve respeitar a originalidade de cada Rito.

Nesse caso, o Painel do REAA, rito de origem francesa, é exatamente o Painel que está presente no Ritual do GOB como aqui já mencionado.

Nele, o esq∴ simb∴ menciona o assas∴ do Arq∴, destacando as suas influências deístas de um rito solar (francês), onde o personagem H∴ é apresentado como o Sol que alegoricamente é golpeado uma vez por ano, pelos três meses do inverno, o que faz com que a Terra dele fique, por um período, a sua viúva – inverno, menos luz e os ff∴ da v∴.

Indisfarçavelmente esse conjunto emblemático foi decalcado nos cultos solares da antiguidade (vide essa história). A título de ilustração, lembro que o Grau de Mestre é recente na história da Maçonaria. Ele foi criado como grau especulativo apenas em 1725. O antigo Mestre não era “grau”, porém um cargo profissional denominado Companheiro do Oficio onde geralmente o mais experiente é que era conduzido ao “cargo” de Mestre (o dono ou o dirigente) da corporação profissional na primitiva Maçonaria de Ofício, ou Operativa.

No intuito de auxiliar nas suas pesquisas, destaco que a Lenda d 3º Grau somente veio aparecer depois da criação do Grau de Mestre. Para as devidas adaptações para o então Grau recém-criado no século XVIII na Inglaterra, a Lenda Hirâmica muito provavelmente foi adaptada de uma Lenda Noaquita (Noé e seus três filhos) onde H∴ acabaria se tornando o personagem principal. Isso pode ser constatado no T∴ do M∴ pelos C∴ PP∴ PP∴ do Mestrado da atualidade, cujo costume fora haurido do cargo de Companheiro operativo, já que esses C∴PP∴ PP∴ eram primitivamente utilizados numa Lenda Noaquita e eram conhecidos como os C∴ PP∴ PP∴ do Companheirismo.

Uma das particularidades do Painel original do REAA é trazer o túm∴ simb∴como que em relevo e coberto por uma mort∴ negra e decorada por duas faixas que se cruzam perpendicularmente – uma longitudinal e outra transversal.

Provavelmente essas faixas (linhas) ali estão como referências da passagem do Sol pela abóbada na sua aparente revolução anual. Não à toa que os pp∴ que compõem a Marcha do 3º Grau simulam o movimento ilusório do ir e voltar do astro rei de um para outro hemisfério produzindo os equinócios e solstícios de verão e inverno. A bem da verdade a Lenda de H∴ A∴, contada e representada nas cerimônias maçônicas traz “esotericamente”, para alguns ritos, explicações relacionadas a essa alegoria solar.

Devo ainda lembrar que esse conjunto emblemático é lendário e têm como principal objetivo aplicar lições de moral, ética e sociabilidade. O maçom não deve olhar para essa representação lendária como uma matéria da academia da História, pois ela é apenas e tão somente um conto em que o personagem principal nos incita a compreender que a “Luz” do esclarecimento jamais sucumbirá perante as trevas da ignorância.

Ao concluir saliento que é imperativo o maçom compreender o que esse Painel e a sua exposição lendária representam para a passagem e transição do Mestre no momento da sua ressurreição a caminho do Oriente.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

RITUAL MAÇÔNICO É UMA INOVAÇÃO

RITUAL MAÇÔNICO É UMA INOVAÇÃO
Ir∴ Robert G. Davis
Tradução: Luciano R. Rodrigues

Quando o Venerável Mestre é perguntado, em sua instalação, se ele concorda que um homem ou qualquer corpo de homens, não podem fazer mudanças no corpo da Maçonaria, é importante compreender que isto se refere a preservação da estrutura organizacional da Ordem maçônica e não a seus rituais cerimoniais. Mais de um Grão-Mestre tentou aplicar esta advertência para o ritual maçônico em si. No entanto, uma breve análise do desenvolvimento dos rituais e suas muitas formas através do panorama das jurisdições maçônicas, vai mostrar rapidamente que esta pergunta veio das “Old Charges” e não tem nada a ver com os aspectos ritualísticos da nossa fraternidade. Nossos fundadores nunca tiveram a intenção de que os rituais cerimoniais permanecessem estáticos. A proibição de renovação não se aplica ao ritual maçônico, enquanto que esta é a única base sobre a qual toda a Luz da Maçonaria é transmitida e revelada.

Ainda que a Grande Loja Unida da Inglaterra insista que “a antiga e pura Maçonaria consiste em apenas três graus, incluindo o Santo Real Arco” o que é historicamente impreciso, as Grandes Lojas sempre tiveram o direito de decidir por si mesmos, como os seus rituais serão.

O único “antigo e puro” ritual maçônico no mundo é o ritual que existia em 1717, quando a primeira Grande Loja foi formada. Nós sabemos como foi aquele ritual porque ele foi amplamente publicado nos três primeiros manuscritos maçônicos, na forma de catecismos ainda existentes, em relação ao período de 1696-1715, os quais vieram da Escócia. O que é surpreendente sobre estas revelações é que elas encontraram o caminho para serem usados e adotados pelas lojas inglesas. Mais importante é que encontramos neles a maior parte do alicerce sobre o qual todos os rituais maçônicos foram erguidos mais tarde – a posição dos pés, a menção do “aprendiz” e “companheiro”, os cinco pontos do companheirismo, a menção do compasso, esquadro e Bíblia no mesmo contexto, o átrio do Templo do Rei Salomão, o sinal penal, existem muitas coisas para reconhecermos ali. É mais do que coincidência encontramos essas características em comum em todos estes catecismos antigos.

Um outro ponto é extraordinário em todos estes trabalhos: Graus não são mencionados. Quando a primeira Grande Loja no mundo foi criada, havia apenas a cerimônia de fazer um Maçom “Aceito” e a “Função do Mestre”. Na verdade, não temos nenhuma evidência de um sistema de três graus, ou de um terceiro grau, antes da famosa exposição de Samuel Pritchard intitulada de “A Maçonaria Dissecada”, publicado em 1730.

Isso faz com que o grau de Mestre Maçom na Maçonaria seja uma inovação!

Historiadores importantes concordam que o terceiro grau foi introduzido na Maçonaria em torno de 1725. Tornou-se popular ao longo das próximas duas décadas, principalmente porque os maçons adotaram a exposição de Pritchard como uma ajuda ao trabalho de memória. Sua obra não autorizada, se tornou o primeiro monitor maçônico e seria por décadas, o livro de rituais não oficial dos maçons. É também a primeira menção que temos da lenda de Hiram.

Ninguém sabe de onde essa história veio, mas supõe-se que Desaguiliers pode ter sido o autor, sendo Grão Mestre em 1719 e Vice-Grão Mestre em 1722 e 1726. Este foi o período em que o terceiro grau foi introduzido nas cerimônias da primeira Grande Loja. A lógica sugere que Desaguliers e seus irmãos maçons da Royal Society, poderiam ter sido os responsáveis. Certamente, nada poderia ter sido introduzida sem a sua aprovação. Na verdade, o Craft mudou drasticamente, enquanto Desaguliers estava em cena. A Grande Loja passou de um banquete anual para um órgão administrativo, com atas e orientação política para lojas, incluindo a estrutura de seus graus.

Se Desaguiliers e seus amigos de fato foram os autores do terceiro grau, voltaram a Maçonaria para um novo caminho. Em 1730, a cerimônia que conhecemos como Real Arco foi desenvolvida, a que reviveu uma história do grego antigo que data do ano 400. Em 1735, o Rito de Perfeição, consistindo de 14 graus, foi introduzido, estabelecendo uma cronologia bíblica para a estrutura do ritual maçônico. Tanto o Real Arco quanto o Rito de Perfeição, inovadores como eram, foram declarados pelos membros como “restabelecimento” da maçonaria antiga, porque eles automaticamente transmitiam uma face artificial da idade do grau ou da ordem. Depois de alguns anos, até os historiadores da Grande Loja estavam escrevendo que estes graus adicionados eram restaurações de um sistema mais antigo. Tornou-se moda acreditar que não havia nada mais inovador do que eles!

Claro que todos os novos graus/ordens foram adotados em uma única premissa – a que havia sido perdido no terceiro grau, tinha que ser encontrado. Por esta razão, todos eles apresentam uma semelhança surpreendente na estrutura e todos mostram que os sinais são provenientes da mesma fonte, com a mesma regularidade em sua forma. Mesmo com graus adicionais desenvolvidos, eles mantiveram uma estrutura “tradicional”.

Esta semelhança na estrutura é mais uma prova de que os nossos graus maçônicos, foram na verdade, criados em uma onda de moda. Todos eles insinuam que há grandes segredos para serem encontrados pelo maçom dedicado. E, de fato, existem.

Ao mesmo tempo que os graus e ordens foram crescendo aos trancos e barrancos, tanto no Rito de York quanto no Rito Escocês, ritualistas maçônicos nas lojas do Craft, continuaram a adicionar a linguagem dos três primeiros graus, acrescentando solidez à sua forma. Durante a segunda metade do século 18, um crescimento intelectual extraordinário foi adicionado ao velho conceito de “pura e antiga”, nos simples catecismos de 1717. Na verdade, o desenvolvimento e expansão do ritual, continuou a estar na moda como um dos meios de educar o Craft até a década de 1820.

Realmente foi criada uma escola de educação que prosperou por quase um século até as Grandes Lojas, principalmente as dos Estados Unidos, que determinaram que deveria haver apenas um ritual, aquele adotado por eles e todo o resto não importava. As Grandes Lojas dos EUA estabeleceram mais uma inovação na Maçonaria, que o ritual fosse imutável. Eles decidiram por si mesmos que a Maçonaria pura e antiga era a sua Maçonaria somente. O ritual maçônico se tornou uma coisa fixa e estagnada.

Esta inovação do século 19 pode ter marcado o início do declínio na Maçonaria. Foi durante essa época que as Grandes Lojas decidiram coletivamente, que não havia nada mais a ser aprendido no ritual maçônico. Nossas palavras foram congeladas no tempo.

Agora eu quero saber se é hora de criarmos mais uma inovação na Maçonaria, o de educar os maçons de que o uso ritual deve ser um processo dinâmico, assim como a aprendizagem é dinâmica. Claro, nós não precisamos adotar mais palavras. Mas leve em consideração como instrutivo seria se a diversidade de rituais fosse introduzida como uma ferramenta adicional para instrução, se rituais alternativos já adotados em outras jurisdições em todo o mundo, poderiam ser utilizados por vontade da loja e sancionada pela Grande Loja. Imagine como emocionante e revigorante seria se tivéssemos dez ou doze diferentes rituais disponíveis para nós em cada grande jurisdição!

Talvez seja hora de fazer a Maçonaria da moda outra vez, tanto através da variedade de sua forma de ritual e no desenvolvimento de sua forma intelectual, onde palestras, ensaios e diálogos são compartilhados regularmente em loja, todos focados em iluminar a mente. Talvez os jornais mais instrutivos e informativos, poderiam se tornar uma parte dos monitores impressos da Maçonaria, não deve ser memorizado, mas para ser sancionado e publicado para o benefício daqueles que querem ter acesso a mais conhecimento nas formas de maçonaria. Aqueles que sabem que mais luz na Maçonaria não é a propriedade da Grande Loja, mas sim, do indivíduo e seus irmãos em sua busca coletiva de uma vida, a busca por aquilo que foi perdido nas palavras e seus significados.

Em práticas como essas, nós não devemos, mais uma vez exercitar a “pura e antiga” Maçonaria? Poderia ser apenas mais uma inovação digna de nosso antigo Craft.

Fonte: http://www.oprumodehiram.com.br

domingo, 30 de maio de 2021

SAÍDA ANTECIPADA: ÓBOLO E SAUDAÇÃO

SAÍDA ANTECIPADA: ÓBOLO E SAUDAÇÃO
(republicação)

O Respeitável Irmão Ivan Luiz Emerim, Loja Duque de Caxias 3º. Milênio e Loja Maçônica de Pesquisas Gênesis, REAA, Grande Oriente do Estado do Rio Grande do Sul, COMAB, Oriente de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:
jprimieri@gmail.com
wilsonmano02@hotmail.com

Na página 56 do Ritual 2010/2013 no título “Saída do Templo Antes do Término da Sessão” consta que após o depósito do óbolo junto ao Irmão Hospitaleiro, o Obreiro deve fazer o compromisso de silêncio “Entre Colunas”. Entendemos que, ao invés de sair direto ele para “Entre Colunas”, faz o Sinal e dirigindo-se ao Venerável Mestre jura manter silêncio mais profundo sobre o que se passou. Pois bem, se este é o procedimento correto, perguntamos: o Obreiro após este juramento desfaz o Sinal e volta novamente para o centro da Loja, contorna o Painel, faz o Sinal para o Delta Luminoso ao cruzar o eixo longitudinal, obedecendo desta forma o sentido da circunvolução, e então sai diretamente? Ou erradamente se vira e sai?

CONSIDERAÇÕES: 

O comentário que segue não se prende ao Ritual citado na pergunta já que não o conheço, todavia o que segue está acordado ao consuetudinário maçônico de maneira geral.

Em havendo necessidade de um Irmão se ausentar definitivamente dos trabalhos da Loja antes do percurso do Tronco de Beneficência, o retirante acompanhando o Mestre de Cerimônias vai até o lugar do Hospitaleiro e deposita o óbolo no recipiente na forma de costume. 

Ato seguido, acompanhando o Mestre de Cerimônias, se desloca até entre Colunas (do Norte e do Sul) no lugar mais próximo à porta, para, vira-se para o Oriente e saúda as Luzes da Loja (Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes) respectivamente. O Cobridor abre a aporta e o retirante toma o seu destino em retirada. O Mestre de Cerimônias retorna ao seu lugar. 

Procedimentos - se o retirante estiver no Norte, este vai direto até o Hospitaleiro. Se ele estiver no Sul, passa por trás do Painel da Loja (centro do Ocidente) para chegar ao lugar do Hospitaleiro. Se estiver no Oriente, sai dele pelo lado sudeste, passa pelo Sul, cruza o eixo por trás do Painel da Loja e vai até o Hospitaleiro. 

Em retirada a partir do lugar do Hospitaleiro, este cruza o eixo pela frente do Painel da Loja, passa pelo Sul e ao parar entre Colunas para a saudação às Luzes de posiciona sobre o eixo (equador).

Cumprida a formalidade este se volta para a saída e toma o seu destino se deslocando por sobre o eixo do Templo, ou pelo lado Sul (nunca se sai de uma Loja aberta pelo lado Norte da porta). 

Não é demais lembrar que todo o deslocamento do Obreiro retirante será feito acompanhando o Mestre de Cerimônias que vai à frente do Irmão em retirada.

Em Loja aberta somente se entra pelo eixo ou lado Norte da porta. No mesmo caso dela se sai também pelo eixo ou lado Sul da porta.

O eixo do Templo, ou Equador da Loja e exatamente a linha imaginária que divide as Colunas do Norte e do Sul, daí ser ele a referência para se proceder a circulação ou não. Afinal um gol só é validado quando a bola passa completamente a linha divisória da meta. 

Quanto ao juramento e sem querer me insurgir contra esse ou aquele ritual, ele é desnecessário, pois o Obreiro já prestou essa obrigação conforme o Grau no momento da sua Iniciação, Elevação e Exaltação. Juramento se presta uma vez para não ser quebrado. 

Assim é irrelevante a obrigação de um Irmão jurar por aquilo que ele já jurou ao término de cada Sessão, ou na hipótese de se retirar antes do final dos Trabalhos de uma Loja.

Concluindo devo salientar que essas considerações possuem elo com as tradições, usos e costumes da Maçonaria, portanto não existe nesse sentido qualquer intuito em incentivar Irmãos a descumprirem os rituais legalmente aprovados e em vigência, mesmo que neles haja conflitos e equívocos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 462 Florianópolis (SC) 03 de dezembro de 2011.

MAÇONS FAMOSOS

INICIAÇÃO MAÇÔNICA DE MARC CHAGALL

MOISHE ZAKHAROVICH SHAGALOV (Vitebsk, Bielorrússia, 1887 — França, 1985). Pintor, ceramista e gravurista surrealista russo-francês. Desde o ano de 1935, com a perseguição dos judeus e com a Alemanha prestes a entrar em mais uma guerra, Chagall começa a retratar as tensões e depressões sociais e religiosas que sentia na pele, já que também era judeu convicto. Anos mais tarde, parte para os Estados Unidos da América, onde se refugia dos alemães. Lá, em 1944, com o fim da guerra a emergir, Bella, a sua mulher, falece, fato que lhe causa uma enorme depressão. Dois anos depois do fim da guerra, regressa definitivamente à França, onde pintou os vitrais da Universidade Hebraica de Jerusalém. Em sua homenagem, em 1973 foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, na famosa cidade do sul da França, Nice. Em 1977 o governo francês condecorou-o com a Grã-cruz da Legião de Honra.

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 1912
Loja: Uma loja (não identificada) de Vitebsk, Bielorussia.
Idade: 25 anos.
Oriente Eterno: Faleceu aos 97 anos de idade, de causas naturais.

Fonte: famososmacons.blogspot.com

TÍTULOS E JOÍAS NOS CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO DA LOJA DE APRENDIZ

TÍTULOS E JOÍAS NOS CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO DA LOJA DE APRENDIZ
À G∴D∴G∴A∴D∴U∴
GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO - GOSP
Federado ao Grande Oriente do Brasil - GOB
Trabalho do Gr∴ de Aprendiz
“omnia sunt per allegorian dicta” (Aureliur Augustinus) (Tudo é dito através da alegoria, mas, para entendê-la, é preciso vê-la pelos olhos do espírito – In Guimarães, João Nery - A Maçonaria e a Liturgia: uma Poliantéia Maçônica - Londrina/PR, Ed. A Trolha, 1998, 2ºv. p32)
I. Preâmbulo

A Maçonaria trata dos Títulos dos cargos da Administração da Loja e das Jóias, de forma indissociável. Cada Título se vincula a uma Jóia que o representa, e a união de ambos origina uma unidade simbólica, através da qual a Loja Maçônica se organiza administrativamente e transmite os princípios que perfilha.

Ao Presidente da Loja Maçônica é conferido o único Título Especial: o de Venerável-Mestre. Este, juntamente com o 1o. e 2o. Vigilantes, respectivamente o 1º. e 2º. Vice-Presidentes, constituem as Luzes da Loja que, ao lado do Orador, do Secretário e do Chanceler, compõem as Dignidades da Loja, representativas de cargos eletivos, conforme o artigo 88, parágrafo 2o., do Regulamento Geral da Federação – RGF.

Além das Dignidades, compõem o corpo administrativo das Lojas os assim titulados, OFICIAIS, nomeados pelo Venerável-Mestre, aos quais é reservada a missão, ou o ofício (daí o nome de Oficial), de auxiliar nos trabalhos de qualquer Sessão. Em seu artigo 101, o Regulamento Geral da Federação discrimina os Oficiais que poderão ser indicados pela Loja e nomeados pelo Venerável, a saber: o Mestre de Cerimônias, o Hospitaleiro, o Arquiteto, o Mestre de Harmonia, os Cobridores (2) e os Expertos (2). Porém, esse mesmo dispositivo deixa claro que o rol de Oficiais não é taxativo, porquanto, além daqueles expressamente previstos, também devem ser considerados outros previstos no Rito respectivo.

O Rito Escocês Antigo e Aceito estabelece 22 cargos na Administração, sendo possível a indicação de Adjuntos para cada um deles, exceto para as Luzes da Loja, sendo que alguns desses Oficiais trabalham somente em Sessões especiais. Além das Dignidades da Loja e dos demais Oficiais acima, o Rito Escocês Antigo e Aceito fixa os cargos de: Diáconos (2), Porta-Bandeira, Porta-Espada, Porta-Estandarte, Mestre de Banquetes e Bibliotecário.

As Jóias distintivas dos cargos, estampadas em metal, encontram-se presas à extremidade dos Colares ou Fitas que se adaptam ao pescoço das Dignidades e Oficiais. As Jóias das Luzes da Loja são conhecidas como superiores e móveis, porquanto são entregues aos sucessores no dia de posse da nova administração. Existem ainda as Jóias fixas, que são a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancheta, que representam respectivamente os graus de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre. Essas Jóias dos graus não serão abordadas neste trabalho, já que, nesta oportunidade, a dedicação concentrar-se-á em traçar breves considerações acerca dos Títulos dos Cargos e suas respectivas Jóias, mormente no Grau de Aprendiz.

sábado, 29 de maio de 2021

INGRESSO DE IRMÃO ATRASADO - REAA

INGRESSO DE IRMÃO ATRASADO - REAA
(republicação)

Em 01/04/2017 o Respeitável Irmão Homero Luiggi Pedrollo, Loja Acácia Joinvilense, 1.937, REAA, GOB-SC, Oriente de Joinville, Estado de Santa Catarina, solicita o seguinte esclarecimento:

Tomo a liberdade de pedir ajuda ao Irmão. Quando um Irmão, por algum motivo extraordinário, chega atrasado à sessão qual o procedimento correto a seguir? Quais sãos os envolvidos? Guarda do templo, Mestre de Cerimônias, Experto? Tenho a vontade de fazer essa simulação para treino e instrução, inclusive aplicando o telhamento (ou trolhamento - há controvérsias).

CONSIDERAÇÕES:

Um Irmão retardatário pedindo ingresso na Loja, não havendo Guarda Externo presente, ele dá na porta, em qualquer circunstância, a bateria universal que é a mesma bateria do Aprendiz, não importando o Grau em que a Loja esteja trabalhando. Em seguida aguarda providências.

Nesse caso podem ocorrer duas situações: a primeira é a de que o momento seja propício para o seu ingresso, e a segunda é se o andamento dos trabalhos não o permitir de imediato, pelo que o retardatário deverá então aguardar.

No primeiro caso assim se deve proceder: logo que ele efetue a bateria universal, o Cobridor Interno informa imediatamente, na forma de costume, a ocorrência ao Primeiro Vigilante que, por sua vez, também comunica ao Venerável. Prosseguindo, o Venerável Mestre solicita diretamente ao Cobridor que verifique quem bate e, se for Irmão do Quadro que lhe seja franqueado formalmente o ingresso (pela Marcha e pelo questionário tradicional). Não sendo do Quadro e desconhecido o retardatário deverá passar pelo telhamento completo (sinais, toques e palavras) no átrio, o que será executado pelo Segundo Experto, inclusive remetendo seu documento de identificação maçônica ao Orador para a competente verificação. Feitas as devidas averiguações e desde que o que pede ingresso possui grau suficiente para assistir o trabalho, ser-lhe-á então franqueado o ingresso na Loja pela Marcha do Grau e pelo questionário de telhamento tradicional. Nessa oportunidade, por ordem do Venerável, o Mestre de Cerimônias, portando o bastão, conduz o retardatário. Enquanto o protagonista executa a Marcha e se submete ao questionário, o Mestre de Cerimônias aguarda ordem na Coluna do Norte para conduzir o Irmão ao lugar devido.

No segundo caso, se o momento não for oportuno para o ingresso imediato (durante a abertura dos trabalhos, leitura da ata, circulação da bolsa, etc.), o Cobridor interno ao ouvir as pancadas, sem nada anunciar, levanta-se imediatamente, vai à porta e nela responde também com a bateria universal. Essa prática significa que o retardatário deve aguardar o momento oportuno para ser atendido (nunca se deve replicar a bateria ou mesmo aumenta-la para outro Grau). Chegando o momento propício, o Cobridor faz a comunicação ao Primeiro Vigilante e seguem-se os procedimentos da praxe até o ingresso do retardatário.

A título de esclarecimento, cabem aqui algumas observações pertinentes a essas situações:
a) Não existe troca e aumento de baterias na porta;
b) Não existe a tal bateria de alarme por uma ou duas pancadas. Isso é invenção;
c) O ideal é nunca chegar atrasado;
d) Havendo Guarda Externo ele se ocupa de informar o retardatário e de dar a bateria na porta com o punho da espada pedindo ingresso;
e) A bateria universal, em qualquer situação é a do Aprendiz;
f) A bateria na parte interna da porta é dada com o punho da espada pelo Cobridor Interno;
g) Em se chegando atrasado e existirem visitantes aguardando o ingresso conforme prevê o ritual, o retardatário espera a possibilidade de junto com eles ingressar;
h) Se o retardatário não possuir grau suficiente para ingressar, ele receberá a comunicação pessoalmente e nunca através da bateria do Grau. A porta do Templo não é lugar de batucadas;
i) Após o início dos trabalhos, todo o ingresso na Loja é formal.
j) Todas essas situações somente se darão se o retardatário por algum meio conseguir entrar no edifício que abriga o Templo e chegar ao átrio da Loja após o início dos trabalhos.

Genericamente esses são os principais procedimentos que devem ser adotados nessas situações.

Sobre a controvérsia “telhamento ou trolhamento” mencionada na sua questão, penso que ela não existe, pois o termo correto de uso já foi exaustivamente elucidado e comprovado por inúmeros autores autênticos. Assim, quando se tratar de verificação da qualidade maçônica de um obreiro, menciona-se “telhamento” (neologismo maçônico), pois trata da cobertura dos trabalhos (vide Cobridor do Grau, Cobridor da Loja) em cumprimento a um importante Landmark da Ordem que é o sigilo. Já o termo “trolhamento” significa figuradamente na Maçonaria o ato de alisar, ou aparar arestas surgidas de eventuais rusgas entre Irmãos. Assim, sob essa óptica, um Templo é coberto com telhas e não com trolhas, pois a telha é comprovadamente um objeto usado para cobrir, ou fazer a telhadura de um edifício, enquanto que a trolha é a colher do pedreiro, ou a desempoladeira da qual o artífice se serve da argamassa para assentar pedras e tijolos, e com ela aparando e alisando as arestas que se formam durante o assentamento. Infelizmente alguns autores no passado confundiram os termos espalhando esse equívoco pelas suas literaturas que fatalmente influenciaram até mesmo rituais, o que tem feito que ainda hoje alguns ainda mencionem esse equívoco – dizem que matar o dinossauro não é tão difícil; o difícil mesmo é consumir sua carcaça.

NOTA – Veja no Blog do Pedro Juk – http://pedro-juk.blogspot.com.br – em Peças de Arquitetura, março de 2017, o título Telhar ou Trolhar de minha autoria.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

IMUNIDADE PARLAMENTAR MAÇÔNICA

IMUNIDADE PARLAMENTAR MAÇÔNICA
Irmão Marcelo Artilheiro

A cláusula constitucional gobiana confere imunidade parlamentar material de inviolabilidade ao membro do Poder Legislativo Maçônico quando se pronuncia em razão de sua atividade “política maçônica”. A inviolabilidade parlamentar qualifica-se como causa de exclusão constitucional da “tipicidade penal da conduta” ou “tipicidade disciplinar” do irmão, por isso mesmo, da própria natureza “delituosa” ou indisciplinar do comportamento ou conduta. Com efeito, a cláusula da inviolabilidade parlamentar qualifica-se como causa de exclusão constitucional da tipicidade “penal” ou tipicidade disciplinar.

Convém registrar que a inviolabilidade diz respeito à emissão de opiniões, palavras e votos. Opiniões e palavras que, ditas por qualquer irmão, podem, me tese, caracterizar atitude indisciplinar, mas que assim não se configuram quando pronunciadas por um parlamentar maçom. Sempre, porém, quando tal pronunciamento se der no exercício do mandato. Quer dizer: o parlamentar maçom, diante do Direito, pode agir como irmão comum ou como titular de mandato. Agindo na primeira qualidade não é coberto pela inviolabilidade. A inviolabilidade está ligada à ideia do exercício de mandato. Opiniões, palavras e votos proferidos sem nenhuma relação com o desempenho do mandato representativo não são alcançados pela inviolabilidade.

Destaca-se, por óbvio, que a inviolabilidade que brota dessa regra constitucional não sofre condicionamentos normativos que a subordine a critérios de espacialidade. É irrelevante, por isso mesmo, para efeito de legítima e republicana invocação da imunidade parlamentar material, que o ato por ela amparado tenha ocorrido, ou não, na sede, ou em instalações das Lojas ou sede dos Poderes, até porque o exercício da atividade parlamentar não se exaure no âmbito espacial das Lojas, da PAEL, da SAFL ou do GOB, por exemplo, pode ocorrer virtualmente.

Cabe destacar que o instituto da imunidade parlamentar existe para viabilizar o exercício do mandato representativo, revelando-se, por isso mesmo, garantia inerente ao deputado maçom que se encontre no pleno desempenho da atividade legislativa maçônica.

Tal cláusula revela a preocupação do constituinte maçom em dispensar efetiva proteção aos deputados, garantido o exercício independente do mandato e o amplo exercício da liberdade de expressão.

Fonte: https://artilheiro7.wixsite.com

sexta-feira, 28 de maio de 2021

LEITURA DAS SINDICÂNCIAS E ESCRUTÍNIO SECRETO

O Respeitável Irmão José Ferreira, sem mencionar o nome da Loja, Oriente e Estado da Federação, Rito Brasileiro, GOB, apresenta a dúvida seguinte:

LEITURA DAS SINDICÂNCIAS

Eminente Irmão Pedro Juk. Em minha Loja praticamos o Rito Brasileiro do GOB. Acompanho seu blog regularmente, pois o vejo como um veículo de crescimento no conhecimento maçônico. Permita-me por favor, perguntar se o ato da leituras das sindicâncias pode ser independente do escrutínio secreto, ou seja, é ilegal ou significa quebra ritualística fazer a leitura das sindicâncias e demais peças do processo em uma sessão e fazer na sessão seguinte apenas a leitura do parecer da comissão de Ad. e Graus e em seguida correr o escrutínio? Desde já agradeço profundamente sua orientação.

CONSIDERAÇÕES:

A praxe (uso e costume) tem sido de que as sindicâncias, que fazem parte do expediente de admissão de candidato sejam lidas na mesma sessão marcada para circular o escrutínio secreto. Geralmente, antes do escrutínio, o Venerável Mestre, de posse das três sindicâncias, distribui duas delas ao Orador e Secretário para que sejam feitas as leituras junto com ele – conferir se não há contradições entre elas (esse modo agiliza os trabalhos). Se o Venerável preferir, por ser prerrogativa dele, ele mesmo pode ler, dando conhecimento à Loja, de todo o expediente relativo a esse processo admissão.

Lidas as sindicâncias e demais afins, o processo de escrutínio prossegue (na mesma sessão) atendendo ao previsto nos Artigos 16, 17, 18 e 19 do Regulamento Geral da Federação.

Ilustro essas considerações mencionando o que prescreve o Art. 18 do RGF, principalmente:

Art. 18 - Lido o expediente na íntegra (o grifo é meu) pelo Venerável Mestre, sem mencionar os nomes dos apoiadores e dos sindicantes, será aberta discussão sobre a admissão do candidato.

Parágrafo único – Uma vez iniciada a leitura do expediente, o escrutínio não poderá ser interrompido, suspenso ou adiado, devendo ser concluído na mesma sessão (o grifo é meu).

Embora essa não seja a minha especialidade, a de interpretar diploma legal, me parece que o Regulamento Geral da Federação prevê claramente que a leitura do expediente pertinente à admissão do candidato se dê na mesma sessão em que ocorrerá o escrutínio secreto.

T.F.A.
PEDRO JUK- jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A EXTRAORDINÁRIA INICIAÇÃO DE VOLTAIRE

A EXTRAORDINÁRIA INICIAÇÃO DE VOLTAIRE
Jerônimo Borges

Algumas iniciações marcaram história. Nem tanto pelo modo incomum, mas pelos seus personagens ilustres. O Imperador Francisco I da Alemanha, por exemplo, marido de Maria Thereza, apresentado pelo escritor e político inglês Philip Chesterfield, foi elevado a Companheiro no mesmo ato de sua Iniciação, em 1731. O astronauta Glenn Jr. nascido em Cambridge, Ohio, teve o beneplácito do Grão-Mestre da Grande Loja de seu Estado natal, que usando das prerrogativas do Landmarks, fê-lo maçom sem a cerimônia formal da Iniciação.

No Brasil, D. Pedro foi iniciado em 2 de agosto de 1822 com a justificativa de que acima dos formalismos, estavam os anseios dos patriotas brasileiros. Foi Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante, que propôs à Loja “Comércio e Artes”, em sessão extraordinária presidida por ele três dias depois, que D.Pedro de Alcântara, já Aprendiz, fosse elevado e exaltado com dispensa dos interstícios naturais, resultando, logo em seguida, sua investidura como o segundo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, substituindo sumariamente a José Bonifácio.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

A G. DO MESTRE

A G.∴ DO MESTRE
(republicação)

Em 01/04/2017 o Respeitável Irmão Renato Pirola, Loja Mensageiros da Luz, 1.783, REAA, GOB-ES, Oriente de São Mateus, Estado do Espírito Santo, solicita por intermédio do meu Blog http://pedro-juk.blogspot.com.br a seguinte informação:

Gostaria de contar com informações sobre a(s) origem(ns) da g∴ de Mestre e seu(s) significados.

CONSIDERAÇÕES:

Em se tratando da Moderna Maçonaria e o grau de Mestre que só apareceria como grau especulativo em 1.725, a G∴ tem origem nos C∴PP∴PP∴ do Companheirismo que, após o oficialização do Terceiro Grau (no começo só existiam duas classes de trabalhadores) passou a ser o dos C∴PP∴PP∴do Mestre - em alguns catecismos como “PP∴ da Maçonaria”.

Todo esse conjunto emblemático do qual a G∴ é parte integrante tem origem na Lenda do Terceiro Grau que, provavelmente nascera de outra lenda ainda mais antiga, cuja qual se referia a Noé e os seus três filhos, Sem, Can e Jafé (essa Lenda é citada em alguns fragmentos das Antigas Obrigações).

Em se tratando da Lenda Hirâmica, a G∴ é um dos PP∴ formados pela união das mm∴ dd∴ na ocasião em que o Mestre é revivido. O gesto das mm.'. dadas e tomadas em auxílio pelos protagonistas representa a virtude da Fraternidade.

Nesse sentido a G∴ da Fraternidade junto com os demais PP∴ compõe o T∴ do Mestre que é dado pelos C∴ PP∴ PP∴ (vide no ritual a origem na postura e no movimento dos dois protagonistas no encerramento da cena lendária).

Todo esse conjunto emblemático originário da cena representada pela qual o Mestre é revivido, inquestionavelmente é o ápice da Exaltação e se reveste de importantes lições de moral e sociologia.

NOTA – O Mestre precisa saber que o T∴ relativo ao seu grau é dado sempre pelos CC∴ PP∴ PP∴ e não apenas pela G∴ como alguns rituais costumam equivocadamente preconizar numa flagrante e preguiçosa simplificação.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

FRIEDRICH ULRICH LUDWIG SCHRÖDER

FRIEDRICH ULRICH LUDWIG SCHRÖDER
(Biografia)
Autor: Tiago Valenciano

Qual era o contexto da Alemanha e da Europa no Século XVIII? Quais os padrões de conduta influenciaram as pessoas na época? E como a Maçonaria se comportou perante as mudanças políticas e sociais? Estas questões estão implícitas diante da biografia do criador do Rito, Friedrich Ulrich Ludwig Schröder. Nascido em 03 de Novembro de 1744 em Schwerin, na Alemanha, Schröder dedicou-se por um bom período às atividades culturais, sendo ator e autor de peças teatrais e empresário na área.

Friedrich Schröder

Antes de relatar a biografia de Schröder, vejamos o contexto político, social e econômico da Europa – em especial na Alemanha do Século XVIII. Organizada sob um império (o Sacro Império Romano-Germânico) de 962 a 1806, o país atravessou por constantes disputas políticas e religiosas. Políticas, após a colisão do poder imperial em 1250, quando o Estado rompeu com a igreja católica e, ao mesmo tempo, religiosas, após a divulgação das 95 teses de Martinho Lutero em 1517. O Império alemão só veio a ser dissolvido após as guerras napoleônicas, isto é, ocorridas após a revolução francesa de 1789.

Os tempos na Europa eram de mudanças econômicas e políticas. As primeiras, pautadas sob a égide da Revolução Industrial, incluindo no dia-a-dia das pessoas o motor a vapor, a máquina de tear, a produção em série, enfim, profundas transformações industriais que ocorrem a priori na Inglaterra e depois se expandiram pelo mundo. Já as mudanças políticas giram em torno da Revolução Francesa, com as idéias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, pilares que sustentam até hoje a filosofia maçônica.

Neste contexto é que Schröder viveu, em contato direto com os impactos da Revolução Industrial e da Revolução Francesa – além é claro das rupturas igreja / Estado e igreja católica / Estado, capitaneadas pelo protestantismo de Lutero. Filho de pais separados, Schröder iniciou a carreira de ator ainda criança, no grupo teatral de seu padrasto, Konrad Ernest Ackermann. Com vinte anos de idade, conheceu Konrad Ekhof, seu mestre inspirador e, já aos 27 anos, era Diretor do Teatro de Hamburgo – após a morte de Ackermann.

Durante este período à frente do teatro com sua mãe, Schröder foi considerado o “maior ator da Alemanha”, pois encenou diversas obras de William Shakespeare e outros autores ingleses e alemães, evidenciando assim seu excelente domínio de expressão corporal e vocal.

Estudioso da história da Maçonaria, ritos e rituais, foi iniciado aos 30 anos de idade na Loja Maçônica “Emanuel Zur Mainblumen”, que labutava no Rito da Estrita Observância, em 08 de Setembro de 1774. Schröder recebeu a luz sem sequer ser escrutinado, pois gozava de excelente condição moral perante a sociedade.Ainda no grau de Aprendiz, fundou a loja “Elise Zum Warmen Herzen” (Eliza ao coração ardente), que durou apenas três anos. Um ano após a sua iniciação, em 1775, recebeu o Grau de Mestre Maçom e, em 28 de Junho de 1777, foi eleito Venerável Mestre.

Mas, o que fez com que Schröder criasse seu próprio rito? Desde 1764, a Maçonaria Alemã passava por dificuldades e, neste período, os rituais ingleses (até então de caráter simples e organizado), sofreram influências da Maçonaria Francesa, adquirindo costumes vindos do rosacrucianismo, alquimia, misticismo e iluminismo. Em face destas mudanças e, pela própria história de vida de simplicidade de Schröder, este não aceitava as constantes mudanças e alta carga de ritualística nos trabalhos maçônicos. Estes episódios marcam o início do Rito Schröder, em 1790.

Em 29 de Junho de 1801, Schröder submeteu o ritual para a apreciação dos mestres de Hamburgo, sendo aprovado por unanimidade. Para a elaboração do ritual, inspirou-se no Rito de York e no pressuposto de que a Maçonaria é uma união de virtudes e não uma entidade de caráter esotérico. Àqueles que já tiveram a oportunidade de conhecer o rito, este é o pensamento presente, ou seja, um ritual simples, de caráter humanista, voltado para a excelência do trabalho maçônico, sobretudo.

Após um período como Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônica, em 1814, foi eleito Grão-Mestre, mas permaneceu por pouco tempo na função, já que faleceu em 3 de Setembro de 1816. Homem além de seu tempo, Schröder deixou um legado para a humanidade e para a Maçonaria como um todo, pois reformulou a instituição, fazendo com que esta não perdesse seus antigos princípios e propósitos, bem como seu espírito: moldar o homem enquanto cidadão.

Bibliografia – sites consultados.


Fonte: https://pavimentomosaico.wordpress.com

quarta-feira, 26 de maio de 2021

TRÂNSITO DO M. CC. FORA DO TEMPLO

TRÂNSITO DO M.'. CCER.'. FORA DO TEMPLO
(republicação)

Em 29/03/2017 o Respeitável Irmão Tristão Antônio Borborema de Carvalho, Loja Obreiros de Abatiá, REAA, GOP (COMAB). Oriente de Abatiá, Estado do Paraná, solicita o seguinte esclarecimento:

Minha dúvida: o mestre de cerimônias poderá circular fora do templo e, descobri-lo, saindo e retornando assim que por algum motivo necessitar? Ou sempre depende da abertura e fechamento da entrada do templo pelo irmão guarda do templo? Neste caso, toda vez que tiver que sair do templo, terá que bater maçônicamente à porta do templo, ao retornar, e aguardar o guarda do templo abri-lo?

CONSIDERAÇÕES:

Consuetudinariamente o Mestre de Cerimônias no REAA é oficial que, por dever de ofício, pode transitar livremente na Loja durante os trabalhos sem que para isso precise obter autorização. É elementar, entretanto, que essa prática somente se dá pela necessidade do seu ofício e nunca se a situação não exigir. Comento isso porque num passado não muito distante, havia o hábito equivocado de que o Mestre de Cerimônias podia se deslocar de uma para outra Coluna, ou para o Oriente, para fazer o uso da Palavra. Na verdade isso não é e nunca foi prática ritualística correta, pois se existe liberdade para esse oficial, ela é aplicada apenas à precisão do seu ofício.

No que diz respeito ao seu trânsito livre além dos limites do Templo (Loja), ele somente o tem se houver mesmo real necessidade - ou por uma situação inesperada ou para atender a liturgia.

No caso do Mestre de Cerimônia se deslocar para fora da sala da Loja, não sendo para conduzir entradas formais ou alguma outra determinação ritualística específica, então ele mesmo abre a porta para se retirar, tomando o cuidado de à sua passagem fechar a porta para manter a cobertura do recinto. Ao seu retorno, ele ingressa sem formalidade abrindo e fechando a porta à sua passagem. Num caso desses não há necessidade do Cobridor ficar a abrir e a fechar a porta para ele.

Em síntese Mano, podem surgir inúmeras situações momentâneas e que dependem do bom senso no caso de quem abre e fecha a porta nessa oportunidade, o que pode, dependendo do caso, necessitar ou não do auxílio do Cobridor.

Assim, saída e entrada formal do Mestre de Cerimônias somente se a situação a exigir devido ao cerimonial. Em circunstâncias informais ele entra e sai livremente desde que isso não se repita exageradamente para atender motivos fúteis.

Recomenda-se ainda que o Mestre de Cerimônias só porte (empunhe) o bastão quando estiver conduzindo alguém (indo à frente) ou se o ritual assim determinar. Em outras situações, preferível é que ele esteja com ambas às mãos livres, inclusive para confortavelmente poder abrir a porta - se esse for o caso.

Concluindo, a ritualística depende do equilíbrio e desenvoltura por parte de quem a executa e comanda; daí não é a toa que cargos em Loja só são preenchidos por Mestres, observados ainda as suas comprovadas competências para o cargo.

T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com.br
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

MINUTO MAÇÔNICO

PADRINHO

1º - Nome dado na Maçonaria à pessoa que apresenta um profano para ser iniciado.

2º - Para apresentação de um candidato por meio de uma proposta colocada na bolsa das proposições, o proponente deve possuir o grau de mestre maçom.

3º - A decisão de apresentar um candidato deve ser bem estudada e ter do candidato pleno conhecimento de seu viver, pois iniciação fará com que esse candidato passe a fazer parte da família maçônica.

4º - A responsabilidade do proponente é moral; as sindicâncias feitas devem ser rigorosas e só ser submetidas à aprovação quando realmente o sindicado resultar plenamente apto para entrar no grupo.

5º - O padrinho passa a ser o mestre particular do neófito e esse deve seguir os seus ensinamentos até que por sua vez atinja o mestrado e possa propor profanos e assim tomar o lugar de quem lhe foi mestre.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE

Há séculos a Franco-maçonaria adotou para seu lema o moto Liberte, Égalité, Fraternité, que mais tarde foi incorporado à Revolução e República Francesa. Todavia, para ser válido, esse elevado ideal deve ser vivido e aplicado integralmente.

Mormente na Maçonaria, por seu brilhante passado, tem de ser tão amplo e generoso que inclua indistintamente todos os indivíduos, de ambos os sexos, e não ficar restrito a um pequeno grupo de privilegiados, como vem ocorrendo dentro e fora dela.

A rigor, o ideal expresso nesse conhecido trinômio não nasceu com a Franco-maçonaria; é muito mais antigo. Suas raízes mais profundas remontam à antiga Índia, onde tem sido enunciado e vivido em termos diferentes e com significação mais subjetiva, ou seja,Libertação, União e Compreensão, fatores básicos para uma formação saudável tanto do caráter individual como do nacional.
Onde quer que se desrespeite esse ideal, ali reinam o caos, a confusão, a discórdia e a desintegração final.

Da Libertação nasce à liberdade individual e coletiva, da União a igualdade, e da Compreensão a fraternidade. Mas a iniciativa tem de ser espontânea e partir do interior de cada um, individualmente.

No país de Gandhi e Nehru há milênios este ideal é fundamental em todas as suas escolas, religiões e sistemas de Yoga.

Onde houver qualquer tipo de discriminação, mesmo que justificada, ali se estará negando o tão proclamado ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e bloqueando a plena efusão do Amor infinito que, segundo Cristo (Mat.6:45), “O Pai que está nos céus faz que seu sol se levante sobre bons e maus, e chuva desça sobre justos e injustos”. E que dizer então quando uma discriminação é feita, não por serem as pessoas más ou injustas, mas simplesmente por serem de sexo diferente, o sexo que Deus lhes deu?

Liberdade é o anseio nato de todas as criaturas, pequenas ou grandes, de se tornarem integralmente livres, subjetiva e objetivamente. Igualdade é o reconhecimento da origem divina comum de todos os seres humanos e a outorga de oportunidades iguais, que o famoso socialista e maçom francês Pierre Joseph Proudhon (1809-1865) assim formulou: “a cada segundo suas necessidades e de cada um segundo suas capacidades”. Fraternidade é a implantação de uma irmandade de seres humanos livres e justos, isentam de discriminação de raças, sexo, crenças, castas e nacionalidades.

A Franco-maçonaria foi idealizada e constituída numa época em que na Europa ainda subsistiam leis e costumes, os mais retrógrados, herdados do feudalismo medieval e que mais tarde provocaram a eclosão da revolução francesa e a radical transformação dos sistemas econômicos, políticos e sociais, inaugurando progressivamente uma nova era mais democrática para todos os povos.

Desde então, homens e mulheres passaram a tornar-se cada vez mais livres e auto-suficientes, política e culturalmente, e desafiando abriram novos caminhos e preparou o terreno para a implantação de uma ampla democracia, capaz de derrubar todas as barreiras separatistas. E a democracia aí está, vicejante e forte, conseguida à custa de muito “ suor, lágrimas e sangue”, porém, ainda se encontra em processo de aperfeiçoamento.

Nesta sua fase de transição a democracia ainda mostra lacunas, porém são menores que as de outros regimes. Com o tempo e nosso esforço ela atingirá a sua maturidade, tal qual a sonhou Platão em sua Atlântida, Sir Thomas Moore em sua Utopia, e o Apocalipse a prenuncia aos cristãos em sua Nova Jerusalém, que “descerá do Céu a Terra”, ou seja, a democracia celeste se fundirá com a terrena.

Hoje assistimos a uma irreversível evolução social em que as mulheres, antes discricionariamente relegadas a um plano secundário, atuam ativas e altivamente, ombro a ombro com os homens, na vida política, econômica, cientifica, social, artística, militar e administrativa de seus países.

Na Inglaterra, berço da Franco-maçonaria, tanto os homens como as mulheres só atingiram a plenitude de seus direitos democráticos durante o século vinte.

Por outro lado, em muitos outros países, dos mais civilizados, evidencia-se a brilhante atuação do elemento feminino como seus presidentes, primeiras-ministras, ministras, diplomatas, magistradas, e exercendo funções militares tanto na paz como na guerra.

Durante os quase 300 anos que decorreram, desde a reforma da Maçonaria em 1717, as Constituições e leis dos países tem sido profundamente alteradas no sentido de democratizá-las à evolução dos tempos.

A escravidão, por exemplo, essa terrível chaga que a Europa herdou de um passado remoto e tenebroso, nos fins do século dezoito começou a levantar na Inglaterra ondas de protestos contra o seu comércio, porém em 1807 o Parlamento promulgou uma lei proibindo-o.

Em 1833 outro decreto libertou cerca de 800.000 escravos nas Índias Britânicas, e em 1838 a escravidão foi totalmente abolida na Índia. Depois foi extinta na colônia francesa em 1848; nas portuguesas em 1856; na Rússia em 1861, e nos Estados Unidos em 1865, depois de vencida a Guerra de Secessão. Finalmente em 13 de maio de 1888, após longa, dura e memorável campanha, foi abolida na Brasil, entre profusão de flores e extensos festejos populares.

Também na Inglaterra a Senhora Millicent Garrett, G.B.E., (1847 – 1929), iniciou por volta de 1867 sua campanha em prol do sufrágio das mulheres, a qual só culminou em 1918, nos fins da I Grande Guerra Mundial, quando o Parlamento Britânico estendeu o direito de voto à cerca de seis milhões de mulheres. Foi o glorioso resultado de um longo e duro prélio em que as sufragistas, tanto nas ruas como nas prisões, mostraram a tenacidade de suas fibras de lutadoras e a acuidade de sua inteligência bem aplicada.

Durante as duas últimas Guerras Mundiais as mulheres se destacaram e celebrizaram como mártires e heroínas nas frentes de batalha em terra, mar e ar. Na França lutaram entre os “Partisans” nas guerrilhas de resistência, e só depois da II Guerra adquiriram ali o direito de voto e ingressar na Academia de Ciência e Letras. Na Inglaterra desempenharam papéis importantes no Real Serviço Naval das Mulheres, no Serviço Territorial Auxiliar, no Serviço Aéreo Auxiliar Feminino, em que milhares de senhoras inglesas da nobreza e da plebe auxiliaram ombro a ombro as forças combatentes, e mesmo, em alguns casos, assumiram funções combatentes.

Por outro lado, na retaguarda, em seus países empenhados na Guerra, elas constituíram verdadeiros exércitos femininos operando nos campos, fazendas e fábricas, para prover recursos vários para a manutenção das forças combatentes, contribuindo notavelmente no esforço nacional em prol da vitória. Terminada a guerra, continuaram as mesmas atividades, porém em escala reduzida.

Milhares dessas heroínas perderam suas vidas, saúde, ou filhos e pais nas frentes de batalha ou nos campos de concentração inimigos. Que melhor prova que essa para mostrar o grau de maturidade moral e espiritual atingida pela mulher moderna?

Na Bíblia cristã, nas antigas Escrituras Sagradas de outras religiões, como na história de cada nação, numerosas são as figuras femininas que as ilustram como modelos de virtudes e exemplos de amor, abnegação e lealdade, para glória dessas nações e religiões, e servir de padrão de conduta a seus cidadãos e adeptos.

Nos panteões das divindades e heróis das mais antigas religiões e países, como o Egito, Índia, China, Ásia Menor, Grécia antiga, Roma e outros, ao lado de seus deuses e heróis geralmente está a sua Consorte, diversamente denominada Deus-Mãe, Mãe Divina, Magna Master, Virgem Mãe, a Consolatrix Afflictorum, como o Divino Arquétipo feminino a que devem aspirar ser todas as dignas esposas e mães.

Em suma, em todos os tempos e regiões os povos cultos sempre reservaram um lugar de relevo para a Dama Arquétipica a ser cultuada, respeitada e imitada, por seus sublimes dotes de ternura, compaixão, proteção, paciência, compreensão, beleza e sabedoria.

Em 24 de Outubro de 1945, finda a II Guerra mundial, com a vitória total das potências democráticas, foi fundada a Organização das Nações Unidas (ONU), com sede permanente nos Estados Unidos, cuja Carta Magna, entre outros objetivos, visa garantir o desenvolvimento dos direitos humanos e liberdades fundamentais de todos os povos, sem distinção de raças, sexo, línguas e religiões. Essa carta foi aceita e assinada praticamente por todos as nações do mundo.

No Brasil, desde 1891 sua Constituição declara que todos os cidadãos são iguais são iguais perante a lei, sendo proibido e passível de punição qualquer discriminação de raça, sexo, cor ou crença.

De sorte que, neste país, toda mulher pode livremente concorrer a cargos públicos na Magistratura, Universidades, Governo, Parlamento, Escolas, Academia de Ciências e Letras, exército, bem como no comércio em geral.

Via de regra, em todo o mundo civilizado contemporâneo não mais se antepõe óbices à admissão e colaboração do elemento feminino, mas, antes, são solicitadas, e a tendência é tornar-se cada vez mais atuante a sua participação em todas as atividades, nas mesmas condições do elemento masculino, segundo as aptidões e méritos de cada um.

Sendo esse o quadro social imperante no mundo moderno, qualquer discriminação antidemocrática irracional, que se faça nos dias de hoje contra nossos semelhantes, se chocará inevitavelmente contra as suas leis e costumes, muito mais avançadas no século vinte do que as suas congêneres vigentes no século dezoito e em épocas anteriores.

Data vênia, eis porque as Grandes Lojas e demais autoridades maçônicas devem estar atentas para esse grande fato, vital e universal, antes de estabelecerem ou acoroçoarem normas discriminatórias entre seus membros ou em seus regulamentos contra outras entidades, maçônicas ou não, animadas de nobres objetivos e legal e legitimamente constituídas.

Cabe refletir que com o desaparecimento da escravidão, mesmo a palavra “escravo”ou “servo”que ainda figura no Landmark 18º da compilação de Mackey, emparelhado com o de “mulher”, tornou-se anacrônico, obsoleto. Por esse Landmark o notável filósofo mas “escravo”Epicteto seria recusado na Maçonaria, mas o seu senhor e torturador e qualquer tirano poderia ser ali admitido com todas as honras, sob a “abóbada de aço” !

A Maçonaria, que tanto se ufana, com justa razão, de seu passado de gloriosas tradições, porém amiúde sendo golpeada por rígidas discriminações, está agora destinada a entrar num futuro muito promissor e de maior esplendor.

Para tanto basta que ela franqueie generosamente seu portal de Fraternidade a todos os povos, de ambos os sexos, e que a única condição a exigir de quem busque a iniciação maçônica seja aquela mesma “regra de ouro” usada desde seus remotos dias: a de que ele ou ela seja “livre e de boas referenciais”. Nada mais.

Alegoricamente, uma Loja maçônica é o próprio mundo; simbolicamente, suas medidas se calculam, o comprimento do Leste ao Oeste, a largura do Norte ao Sul, e a profundidade do Zênite ao centro da Terra. Portanto ela está capacitada a acolher em seu recinto os povos procedentes de todos os quadrantes e a tornar-se o Templo Universal, acima de todo sectarismo.

Então, e só então, daquela Sublime Loja Branca no Alto, da qual o próprio G.'.A.'.D.'.U.'. é o Grão Mestre, lhe fluirão aquela tão decantada Suprema Benção e Paz que ultrapassam o entendimento humano

Fonte: https://focoartereal.blogspot.com

terça-feira, 25 de maio de 2021

A EXPRESSÃO ENTRE COLUNAS / TOPO DAS COLUNAS

A EXPRESSÃO ENTRE COLUNAS / TOPO DAS COLUNAS
(republicação)

Questões apresentadas pelo Respeitável Irmão Roberto Broilo Bragaglia, Loja Eduardo Teixeira 2, nº 80, R.´.E.´.A.´.A.´., sem declinar o nome da Obediência, Oriente de Balneário de Camboriú, Estado de Santa Catarina. robertobragaglia@hotmail.com

Gostaria de verificar se pudessem me ajudar, pois tenho duas duvidas, e não encontro lugar para pesquisa, referente aos seguintes temas:

1 - Quando em loja o Irmão esta trabalhando em algum cargo e tendo de apresentar, entre colunas uma peça de arquitetura, ele não tem antes de se encaminhar entre colunas, deixar nacadeira onde ele esta sentado a joia do cargo que ocupa, e apresentar a peça só com o traje maçônico?

2 - As Colunas de Aprendiz e Companheiro, o topo fica onde? Perto do Oriente, ou perto das Colunas? O Aprendiz mais novo senta-se então onde? Mais próximo do Primeiro Vigilante ou mais próximo do Oriente?

APONTAMENTOS:

1 - Não existe qualquer necessidade de que um Obreiro que precise apresentar uma Peça de Arquitetura se desloque para “entre Colunas”, salvo se o Ritual assim exarar. Estar entre Colunas significa se posicionar entre as Colunas do Norte e do Sul, geralmente próximo a porta de entrada da Sala da Loja (Templo).

Caso seja premente o Obreiro fazer a leitura entre Colunas e estiver ele ocupando um cargo, o mesmo simplesmente o faz sem que seja necessário desvestir-se da joia distintiva que lhe fora revestida pelo Mestre de Cerimônias. Nesse caso o Irmão vai ao local determinado usando a joia distintiva. Um Obreiro só deixa a insígnia distintiva de ofício caso ele careça se ausentar definitivamente dos trabalhos. Aí ele é substituído por outro Irmão na forma de costume. Não é em hipótese alguma aconselhável que os Vigilantes deixem os seus lugares em Loja para apresentação de Peças de Arquitetura. Assim também não deve se ausentar do local de ofício o Cobridor Interno.

2 – Coluna do Norte – é todo o espaço compreendido na Loja que se limita na sua base pelo eixo longitudinal do Templo (equador); no seu topo pela parede Norte da Loja que vai do canto com a parede ocidental até a balaustrada do Oriente; na sua lateral direita (daquele que posicionado sobre o eixo olha para o Norte) com a balaustrada e o espaço que compreende a entrada do Oriente; lateral esquerda (daquele que posicionado sobre o eixo olha ainda para o Norte) pela parede ocidental e a metade norte da porta do Templo.

Coluna do Sul - é todo o espaço abrangido na Loja que se limita na sua base pelo eixo longitudinal do Templo (equador); no seu topo pela parede Sul da Loja que vai da balaustrada do Oriente até o canto com a parede ocidental; na sua lateral direita (daquele que posicionado sobre o eixo olha para o Sul) com a parede ocidental e a metade sul da porta do Templo; lateral esquerda (daquele que posicionado sobre o eixo olha ainda para o Sul) pela balaustrada e o espaço que envolve saída do Oriente.

Dadas essas considerações os Aprendizes sentam-se encostados no topo da Coluna do Norte e os Companheiros de maneira análoga, porém encostados no topo da Coluna do Sul.

Em relação ao Aprendiz mais novo obedecendo à alegoria da renovação da Natureza, esse inicia a sua jornada próxima ao Primeiro Vigilante cujo ciclo iniciático está representado pelas primeiras três Colunas Zodiacais (constelações de Áries, Touro e Gêmeos – Primavera no Hemisfério Norte).

Já o Companheiro rompe a sua senda no Sul a partir da balaustrada, cujo ciclo iniciático reporta-se ao Outono no Hemisfério Norte (Colunas Zodiacais de Libra, Escorpião e Sagitário).

A jornada do Maçom no Rito Escocês Antigo e Aceito sugere nos graus iniciáticos à passagem alegórica pelos ciclos naturais relacionados ao hemisfério Norte do Planeta. Toda essa alegoria está intrinsicamente ligada às Colunas Zodiacais, cujas constelações e os respectivos alinhamentos com o Sol denotam as estações do ano. – Primavera, Verão, Outono e Inverno – infância, adolescência, juventude e maturidade.

Em se referindo ao Zodíaco, na Maçonaria a expressão jamais se refere à Astrologia oculta como horóscopo, adivinhações, previsões, destino, etc. Se bem entendida a “Arte” os ciclos da Natureza no
tocante à Sublime Instituição sugerem ao Iniciado o nascimento, a vida e a morte como lição de renovação e aperfeiçoamento.

Daí resulta a máxima filosófica: “A semente que cair no chão e não morrer estará fadada ao esquecimento, porém aquela que morrer, certamente produzirá bons frutos”.

Finalizando. Rituais escoceses que porventura sugiram que o recém-iniciado deva se sentar próximo à grade do Oriente estão equivocados. Esse costume é de outra vertente maçônica (inglesa) que possui um arcabouço doutrinário diferente da vertente francesa (escocesismo).

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 456 Florianópolis (SC) 23 de novembro de 2011.

CATEDRAL

CATEDRAL

Certa vez, ao visitar uma enorme construção, uma pessoa parou diante de um operário e perguntou-lhe o que estava fazendo. O trabalhador respondeu: "Estou assentando tijolos". Continuando seu passeio, o visitante fez a mesma pergunta a um segundo operário, recebendo como resposta: "Uma parede". Mais adiante, inquirindo um terceiro trabalhador (a fazer a mesma coisa que os dois primeiros), teve como resposta: "Estou construindo uma catedral".

Por que nossos sonhos não se tornam realidade? A estória acima nos ajuda a entender um pouco esta questão. Aquele que está fazendo uma parede não tem sonhos, simplesmente está juntando tijolos e argamassa e, para seu suplício, isto vai se repetir dia após dia. O primeiro, que está somente assentando tijolos, está em situação ainda pior, não sabendo se os tijolos vão constituir uma parede curta ou longa, alta ou baixa. Nem quantos são os tijolos...

O terceiro trabalhador, todavia, está construindo uma catedral. Em sua mente, ao trabalhar, vê, com clareza, a imponência do edifício e antevê as solenidades que ali ocorrerão, trazendo multidões. Com esta imagem precisa, certamente suas forças e seu interesse se multiplicarão. Terá imenso cuidado e incontida alegria a cada tijolo acrescentado; parará, por vezes, para mirar com admiração e orgulho o seu trabalho já feito e para imaginá-lo já concluído. Nada será capaz de tirá-lo ou desviá-lo de seu objetivo. Suportará e vencerá os obstáculos.

E por que? Porque tem um sonho, que se traduz em um objetivo, em uma razão fortíssima para estar ali, como os demais, assentando tijolo por tijolo, parede após parede mas, diferentemente dos demais, persegue um RESULTADO: a catedral pronta, em festa, cheia de pessoas rezando a seu Deus.

E nós? O que estamos fazendo? Assentando tijolos, fazendo paredes ou construindo uma catedral?

Parece que, na maioria das organizações, desvirtuadas ao longo do tempo, estamos assentando tijolos. Isto é, não temos um sonho que, na linguagem das organizações, pode ser chamado de OBJETIVO. Estamos, é certo, fazendo muitas coisas, o dia todo, o ano inteiro, estamos desempenhando tarefas, muito bem, por sinal. Mas, e os resultados?

Não sabemos o que estamos fazendo numa dimensão maior. E, se não sabemos, não estamos nos dedicando convenientemente a "construir a catedral", a alcançar resultados, a fazer coisas grandes. E, com isto, todos perdemos, nós e as organizações às quais pertencemos. Não nos permitimos crescer. Condenamo-nos a sermos pequenos.

E esta constatação nos deixa frustrados, incompletos.

Certamente é muito pouco fazer as tarefas que nos determinam cumprir, mecânica e automaticamente, por hábito, como robôs. "Cumprimos o dever", "fazemos certinho as coisas", seguimos a rotina ...

Mas, e a catedral?

Sonhemos! Nossos sonhos vão nos permitir estabelecer objetivos. Os objetivos vão se constituir em alvos que perseguiremos com ânsia e com garra. Seremos inflexíveis nesta jornada. Estaremos movidos por uma visão clara do que queremos como pessoas e como membros de uma organização.

Abel Tolentino de O. Junior
Loja Maçônica Luz no Horizonte 2038
Goiânia - GO - Brasil

Fonte: http://masonic.com.br

segunda-feira, 24 de maio de 2021

SAUDAÇÃO OU MODO PROTOCOLAR DE SE DIRIGIR À LOJA (USO DA PALAVRA)

Através do News GOB Net do GOB, um Respeitável Irmão praticante do REAA deixou a seguinte questão:

SAUDAÇÃO ÀS AUTORIDADES EM LOJA ABERTA

Ao fazer o uso da palavra em Loja aberta com a presença de um Grão-Mestre que declinou do direito de presidir a sessão, devemos saudar como autoridades maiores da Loja aberta em primeiro lugar o Venerável Mestre, os Vigilantes e em seguida as autoridades presentes? Em Loja fechada entendo ser diferente onde deve se usar os Artigos 219 e 220 do RGF. Mas aberta a Loja as Luzes são as maiores autoridades. Estou certo?

CONSIDERAÇÕES:

Correto. Menciona-se protocolarmente por primeiro os detentores dos malhetes (Venerável Mestre, 1º e 2º Vigilantes), ou seja, os dirigentes do trabalho (canteiro).

A posteriori as autoridades, começando pelas que porventura ocupem as duas cadeiras de honra que ladeiam o trono. É recomendável que ao se mencionar as autoridades, faça-o citando apenas uma delas para que em seu nome todas as demais se sintam mencionadas.

Cabe aqui uma observação. As Luzes da Loja não são as “maiores autoridades”, já que aquelas (autoridades) que porventura estiverem presentes não perdem o seu status. A questão é para quem o usuário da palavra deve se dirigir protocolarmente por primeiro. No caso é para as Luzes porque são elas que estão dirigindo a Loja naquele instante (são simbolicamente os donos do canteiro) – nota-se estar com eles o símbolo de autoridade que é o do porte do malhete. É bom lembrar que em termos de “autoridade”, a maior presente é o Pavilhão Nacional, seguida do Grão-Mestre e demais mencionados nos nossos regulamentos.

Outro aspecto que merece consideração é o de que esse procedimento não é saudação maçônica, contudo é modo protocolar consagrado no Rito de se dirigir à Loja. Note que saudações em loja são penas feitas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente ou às Luzes da Loja por ocasião da entrada formal ou retirada definitiva do Templo (ritual de Aprendiz do REAA em vigência, dele a página 42). Desse modo, o usuário da palavra ao se dirigir à Loja não está “saudando” ninguém, mas sim se utilizando da forma protocolar de se dirigir à assembleia de maçons. Lembro também que saudação é feita pelo Sinal Penal do Grau e não apenas com a composição do Sinal de Ordem executada para cumprir a regra de que em se estando em pé em Loja aberta deve se permanecer à Ordem. Em síntese, estar à Ordem não significa saudação. Também nominar autoridades nada tem a ver com as Luzes da Loja.

No tocante a sua colocação sobre Loja fechada e os citados artigos do RGF, penso que é questão irrelevante, pois em Loja fechada não se faz uso da liturgia maçônica. Em síntese, Loja fechada significa que ela não está em trabalho, isto é, inexistente na oportunidade. Soa estranho alguém pedir a palavra em Loja fechada (sem que tenha sido formalmente declarada aberta).

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O BALANDRAU E SEU USO NA MAÇONARIA

O BALANDRAU E SEU USO EM LOJA

Embora, na opinião de muitos, não seja esta uma discussão tão importante, é, de fato, uma questão interna de Loja que sempre causa alguns transtornos nas Sessões Maçônicas, entre aqueles que condenam o uso do balandrau e aqueles que o defendem. Para alguns Irmãos, o traje maçônico correto é o terno escuro, de preferência preto ou azul-marinho, especialmente em sessões magnas, sendo tolerado o uso do balandrau.

Outros sustentam a idéia de que tanto em Sessões Magnas, quanto Ordinárias, pode-se usar apenas o balandrau. Discussões à parte, para mim o mais importante é o Maçom participar da Sessão com todo o seu coração, imbuído da seriedade que o momento exige. É como diz o ditado “o hábito não faz o monge”.

Embora alguns autores afirmam que o balandrau não é veste maçônica, na realidade o seu uso remonta à primeira das associações organizadas de ofício, a dos Collegia Fabrorum, criada no séc. IV a.C., em Roma.

Quando as legiões romanas saíam para as suas conquistas bélicas, os collegiati acompanhavam os legionários, para reconstruírem o que fosse destruído pela ação guerreira, usando, nesses deslocamentos, uma túnica negra; da mesma maneira, os membros das confrarias operativas dos maçons medievais, quando viajavam para outras cidades, feudos, ou países, usavam um balandrau negro. Assim, o balandrau, que é veste talar – deve ir até os talões, ou calcanhar -, foi uma das primeiras vestes maçônicas.

Teve inicialmente o seu uso ligado às funções do 1° Experto, durante os trabalhos de Iniciação em que atendia o profano na Câmara de Reflexões e na cena de S. João. Acreditamos que o nosso clima tropical, a comodidade que o mesmo oferece ao usuário e especialmente o seu baixo custo fizeram com que se difundisse entre nós.

Segundo Nicola Aslan, a presença do Balandrau remonta à última metade do séc. XIX, tendo sido introduzida na Ordem Maçônica pelos Irmãos que faziam parte, ao mesmo tempo, de irmandades católicas e de Lojas Maçônicas, e que foram, sem dúvida, o motivo da famigerada Questão Religiosa, nascida no Brasil por volta de 1872. Rizzardo Da Camino, escreve:

“O Balandrau surgiu no Brasil com o movimento libertário da Independência, quando os maçons se reuniam sigilosamente, à noite; designando o local, que em cada noite era diverso, os maçons percorriam seu caminho, envoltos em balandraus, munidos de capuz, com a finalidade de penetrando na escuridão permanecerem ‘ocultos’, nas sombras para preservar a identidade”.

Fica aqui, pois esclarecido que o emprego do Balandrau é aceitável e freqüente, na Maçonaria Brasileira, desde que comprido até os pés, mangas largas, de cor preta, fechada até o pescoço e sem qualquer insígnia nele bordada. Mas lembrando sempre: que a consciência do homem está no seu interior e não na roupa.

O negro significa ausência de cor, empresta as sessões um clima pesado de luto; igualando a todos, não haverá distinção para analisar qualquer personalidade; todos emergem em um oceano de neutralidade. Que lições podem tirar desse costume maçônico? Que a parte externa de nós próprios, em certas oportunidades mostra-se em trevas ansiando todos por uma luz.

Lendo alguns artigos de autores maçônicos da atualidade, percebemos que há até entre eles algumas idéias que, se não chegam a se contradizerem, mostram algumas diferenças de pensamento, principalmente em relação ao uso do balandrau em Loja.

Este trabalho visa trazer algum esclarecimento sobre o tema aos meus irmãos da Loja Maçônica Asilo da Virtude, Loja essa que me proporcionou enxergar a luz maçônica e da qual tanto me orgulho. Tentarei ir por partes e peço um pouco de paciência, caso venha extrapolar um pouco o tempo, que eu sei ser de 15 minutos.

BALANDRAU [lat. balandrana; it. palandrano] é uma Capa em feitio de batina, feita de tecido leve e preto.
Loja Maçônica Obreiros do Irajá

Fonte: http://joseroberto735.blogspot.com