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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

LUZES EMBLEMÁTICAS SOBRE O ALTAR EM LOJA FECHADA

Em 04/03/2024 o Respeitável Irmão Mauro Hermógenes Lopes Covre, Loja Luz e Trabalho, 144, sem mencionar o Rito, GLESP (CMSB), Oriente de Ilha Solteira, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

DÚVIDAS SOBRE AS LUZES EMBLEMÁTICAS

Em que posição, sobre o Altar dos Juramentos, devem estar o Comp∴ e o Esq∴, antes da abertura e em qual devem ficar após o fechamento do Livro da Lei?
Sobre o L∴ da L∴? Ou à frente do mesmo? Ou nas laterais do L∴ da L∴ sobre o A∴ dos JJur∴? Quem fica à direita e quem fica à esquerda do Livro da Lei?

Tenho dúvidas e gostaria, se possível, que me esclarecesse, ou mesmo me indicasse fontes de consulta. No Ritual de Aprendiz, da GLESP, edição de 2017, não há nenhuma referência sobre a posição.

Desde já vos agradeço!

OBS - Estou realizando uma pesquisa em minhas revistas "A Trolha" (todas), tenho todas as
revistas, desde o nº 01 até o nº 448, fevereiro de 2024. Se houver alguma indicação nas mesmas e, for possível, me informe, por favor.

CONSIDERAÇÕES:

Entendo que seria um excesso de preciosismo criar uma regra para a disposição das Luzes Emblemáticas quando a Loja estivesse fechada.

Assim, depois de fechada a Loja, o que costumeiramente ocorre é que o Livro da Lei fechado, o Esquadro e o Compasso (com as hastes fechadas) permaneçam sobre o Altar, não havendo regras de disposição sobre se os instrumentos ficam sobre o Livro, à sua direita ou à esquerda, ou ainda um à direita e outro à sua esquerda, etc.

Reitero, não há regra litúrgica para isto. O recomendável é que todos fiquem sobre o Altar para a abertura da próxima sessão. Apenas isto.

À vista disso, eu desconheço qualquer bibliografia (séria) que trate de onde devam ficar os instrumentos e o Livro enquanto a Loja estiver fechada.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

CURIOSIDADES


Manuscrito Régio (ou Poema Régio) foi escrito por volta de 1390 d.C. É um dos mais antigos e, possivelmente, o mais importante documento maçônico existente.

É incomum, por ser escrito como um poema, enquanto os documentos maçônicos que se seguiram estão em prosa. Além disso, foi escrito em uma época em que o catolicismo romano prevaleceu na Inglaterra, e contém uma seção sobre o comportamento apropriado na igreja. Inclui, também, muito da "história" lendária da Maçonaria e foi provavelmente interpretado de forma poética por um monge inspirado nos escritos maçônicos ainda mais antigos que já não existem mais.

O Manuscrito Régio é um dos 99 documentos de idades diferentes chamados de "Constituições Góticas", os quais compõem as primeiras regras para as guildas de pedreiros que acabaram por se tornar a moderna fraternidade da Maçonaria.

Com o tempo, as Constituições Góticas tornaram-se menos influenciadas pelo Cristianismo Trinitário, e menos seculares, mas esse documento antigo possui um tom bastante religioso.

O Documento original foi escrito em Inglês Antigo, difícil de entender e está preservado no Museu Britânico, em Londres, ao qual foi doado em 1757 pelo Rei George II (Razão pela qual é chamado de "Régio", "rei" em latim).

A versão mais divulgada do Manuscrito Régio foi traduzida por James Halliwell (estudioso shakespeariano inglês) em 1849, e por isso, muitas vezes este documento é chamado de "Manuscrito Halliwell".

Apresentaremos em outra oportunidade uma série com este importante manuscrito transcrito.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

FRATERNIDADE MAÇÔNICA

Autor: Fernando Ramos Bernardes Dias

No mundo profano, talvez um dos mais conhecidos lemas atribuídos à Maçonaria é a tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Tal tríade restou conhecida pelo lema da Revolução Francesa: Liberté, Egalité e Fraternité.

O que pouca gente sabe é que tal tríptico não advém da Maçonaria à Revolução Francesa (talvez uma das maiores fake News que cerca o universo maçônico), mas exatamente o contrário. Como se sabe, a Revolução Francesa ocorreu no chamado “Século das Luzes”, dentro do movimento que passou a ser chamado de Iluminismo.

Grandes teóricos iluministas tiverem em seus estudos a base para a invocação de movimentos revolucionários. Aliás, tal lema consta inclusive de prédios públicos e da própria constituição da França.

Liberdade e Igualdade advêm puramente do movimento iluminista. Já a Fraternidade advém também de um preceito cristão, tanto que encampado pela Igreja Católica até os dias atuais e com forte trabalho sobre tal virtude por teóricos como Santo Agostinho (a Igreja reúne os homens em fraternidade, que os religiosos vivem a igualdade por não terem propriedades, que os fiéis “vivem na caridade, na santidade e na liberdade cristã”).

Pois bem, a própria maçonaria nasce no século das luzes e, como não poderia deixar de ser, é fortemente influenciada pelo movimento iluminista. Assim, boa parte das lojas maçônicas tomaram para si o tríptico da Revolução Francesa.

Contudo, merece especial atenção à maçonaria o lema “Fraternidade”, mas analisando-o a partir da Fraternidade Maçônica.

O termo “fráter” (irmão, em latim) faz parte do dia a dia das lojas maçônicas. No REAA é absolutamente invocado, sendo, inclusive, utilizado até na abertura das sessões maçônicas quando da leitura do Salmo 133 que invoca, especialmente, a convivência fraterna.

Não é demais dizer que a fraternidade é a base do pensamento maçônico, sendo ele invocado em várias situações quando, por exemplo, o amparo ao irmão necessitado e sua família, a caridade maçônica e em uma série de compromissos assumidos pelo maçom quando é iniciado.

Ocorre que, no mundo moderno, o termo “irmão”, utilizado exatamente para demonstrar a fraternidade parece ter seu uso relativizado. Não é incomum nos depararmos com situações de ativa beligerância entre irmãos, em total inobservância ao preceito de não usar um avental enquanto mantiver algum tipo de nódoa com outro irmão.

O termo acaba sendo desvalorizado. Muito comum se referir a maçom como “é um irmão nosso”, mas sem se atentar se realmente nutre sentimento fraterno pelo irmão e seus familiares.

Pior, com o individualismo crescente em nossa sociedade, intensificado pela grave pandemia do COVID-19, o amparo assistencial ao irmão necessitado parece estar senso extirpado das lojas maçônicas. E tal sentimento não se resume à amparo financeiro, mas também amparo emocional, muito necessário nos dias de hoje.

Ao que parece, o problema assola as lojas, que, não raramente, buscam mais se tornar em verdadeiros tribunais de julgamento de conduta de irmãos, do que amparar o irmão que esteja em dificuldade. Busca-se “cobrar” do irmão inadimplente sem, antes, buscar o amparo fraterno ao irmão em dificuldade. Fosse verdadeiro irmão assim o faríamos?

Não é incomum que irmãos manifestem sinais que precisam de ajuda. Contudo, muitos tentando evitar “assumir problemas de outro” preferem se omitir, até que o irmão se afaste ou seja afastado da vida maçônica. Contudo, repisa-se, seria este um verdadeiro comportamento fraterno?

Penso que talvez um dos maiores problemas da evasão maçônica seja exatamente a ausência de fraternidade. Os irmãos não mais se sentem amparados por sua loja! O pedido de “quite placet” de um irmão, hoje em dia, parece ser recebido mais com alívio do que com pesar.

São apenas divagações sobre tão importante tema, que jamais poderá ser exaurido neste breve trabalho. 

E você, tem praticado a FRATERNIDADE?

Fonte: opontodentrodocirculo.com

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

RITUAL PARA CONSAGRAÇÃO DE ESTANDARTE

Em 04.03.2024 o Respeitável Irmão Hisemberg Osorio Nunes, Loja Extremo Norte de Roraima, 2483, Rito Adonhiramita, GOB-RR, Oriente de Normandia, Estado de Roraima, apresenta a dúvida seguinte.

CONSAGRAÇÃO DE ESTANDARTE

Se possível, gostaria de saber como é feita a Consagração de Estandarte de uma Loja Adonhiramita e se o antigo Estandarte fica dentro do Templo durante a ritualística. Sou M∴ M∴ e recebi esta tarefa.

RESPOSTA

Os procedimentos para Consagração e Entrega de Estandarte, com adaptações e adequações para cada um dos Ritos praticados no GOB, se encontram no Ritual de Consagração e Entrega de Estandarte, como parte dos Rituais Especiais - Sessões Exclusivas, GOB, 2016, dele às páginas 49 e seguintes.

Este ritual se encontra em vigência no Grande Oriente do Brasil e deve ser solicitado à respectiva Secretaria Estadual da Guarda dos Selos.

Fraterno Abraço

PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 69 - Justa, Perfeita e Regular

Por que são usados os termos “Justa, Perfeita e Regular” para descrever uma Loja Simbólica?

Muitas vezes nós ouvimos essa expressão e nos passa despercebidos sua significação e a consideração devida. Muitas vezes são pronunciadas em bom tom, para enfatizar algo e repercutir de maneira adequada.

Essa expressão é usada para descrever uma Loja Simbólica e garantir que seus membros, Aprendizes, Companheiros e Mestres, são verdadeiramente membros da Pura e Antiga Maçonaria.

Uma Loja é JUSTA quando as Três Grandes Luzes Emblemáticas estão presentes.

Uma Loja é PERFEITA quando o número de obreiros está dentro do requerido constitucionalmente.

Uma Loja é REGULAR quando está trabalhando na presença de Carta Constitutiva, emitida por uma autoridade maçônica legal.

Dessa maneira, como afirma Nicola Aslan no “Grande Dicionário Enciclopédico”, Editora Artenova, Rio de Janeiro, 1974, a Loja Justa, Perfeita e Regular é a que goza de pleno uso de todos os seus direitos Maçônicos, completamente independente de qualquer outra Loja e sem outras limitações a não ser aquelas estabelecidas na Constituição e nos Regulamentos Gerais da Obediência da qual é jurisdicionada.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

O QUE É O ARCO REAL?

por E. Comp. Roy A. Wells, GDCA, Escreva E. Domatic Chapter of Instruction Nº 177
= A.Q.C. vol. LXXVIII, 1965. (Condensação)
Tradução ao português por E. Comp. Alberto Victor Castellet
Membro do Capitulo Atrium N∴ 04
Grande Escriba Esdra do Supremo Grande Capitulo dos Maçons da Ordem do Santo Arco Real de Jerusalém do Estado de São Paulo- Brasil

O Que é o Arco Real ? Por que o Arco Real ?

Este trabalho é dirigido ao Irmão para quem o Arco Real é desconhecido, ou para quem este Grau Supremo lhe foi apresentado como um grau supérfluo ou de escasso interesse.

Ainda que muito se tenha escrito sobre o Arco Real , para muitos Irmãos essas informações tem sido um tema relegado. Os Mestres Maçons estão continuamente chegando a um ponto em suas carreiras Maçônicas onde se perguntam: "Por que o Arco Real "? ou "Que é o Grau do Arco Real "?, ou ainda: "Que tem que a ver com o Maçonaria Simbólica?".

Seu desenvolvimento Maçônico é estimulado ou interrompido de acordo com as respostas que recebe.

Se o tema surge através de Irmãos que no sentido Maçônico estão esclarecidos a respeito, os que perguntaram naturalmente se beneficiarão da orientação e instrução. Porém, com freqüência essas perguntas poderiam estar sendo dirigidas àqueles que não estão bem preparados para responder adequadamente e suas limitações podem produzir uma influência adversa aos que poderiam ter achado no Arco Real uma inspiração maçônica completa ou talvez um caminho para ela.

Uma curta resposta para estas perguntas seria: O Grau do Arco Real é a consumação do Terceiro Grau, ou seja, uma resposta apenas parcial.

O Arco Real é na verdade a progressão natural da Franco - Maçonaria que prevê a obtenção dos "autênticos segredos", depois da adoção de certos segredos substitutivos, e como tal, realmente é uma parte integral da Maçonaria Simbólica.

A Maçonaria Simbólica está relacionada com as circunstâncias da construção do Templo do Rei Salomão, o primeiro lugar fixo de adoração para o Deus de Israel, e o lugar onde a Arca da Aliança foi depositada depois da peregrinação pelo deserto. Disseram naquela ocasião: "Ele construirá uma Casa em Meu nome e Eu estabelecerei o trono de seu Reino para sempre". Para o Maçom o significado deste enunciado é que ele mesmo deverá erguer um Templo, "perfeito em suas partes e digno para o construtor".

A História Bíblica nos ensina que depois da morte do Rei Salomão aconteceu uma rebelião, e as Doze Tribos foram divididas em dois Reinos. Dez das tribos constituíram Israel no Norte, enquanto que as outras duas formaram Judá no Sul. As dez tribos do Norte desapareceram quando foram levados em cativeiro por Sargon, Rei de Assíria. Judá, porém reteve sua identidade como Reino tributário, no princípio sob o domínio do Egito, e depois sob o jugo da Babilônia.

Como conseqüência de uma falta no pagamento dos tributos para a Babilônia, a cidade de Jerusalém e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor, Rei da Babilônia. Então o Rei de Judá, Joachim, junto com pessoas proeminentes de seu Reino foram conduzidos em cativeiro para a Babilônia. Só as classes baixas permaneceram lavrando as terras. Judá como nação sobreviveu durante este período de cativeiro, e quando a Babilônia caiu ante os conquistadores Persas, os cativos foram motivados para voltar a sua pátria.

A Maçonaria do Arco Real trata do retorno a Jerusalém dos cativos sobreviventes e de seus descendentes. O tema principal está centrado na remoção dos escombros no lugar do Templo para preparar o terreno para as fundações do Segundo Templo. Nesta fase, nos é narrado como, em que circunstâncias especiais se recuperaram os "autênticos segredos".

Lemos nas escrituras do profeta Ageu que o Segundo Templo não era tão importante, mas o foi, segundo o comentário que diz: "A Glória deste Templo será maior que o anterior". Desta declaração se deduz que em lugar do esplendor material do Templo de Salomão, surgiria um desenvolvimento espiritual que inspiraria idéias mais elevadas do Deus de Israel.

Antigüidade do Arco Real

A primeira referência impressa da Maçonaria do Arco Real aparece em Dublin (Irlanda) em 1743, em um jornal que continha o seguinte relato... "o Real Arco levado em procissão por dois Excelentes Maçons ".

Não há nenhuma certeza si se estivesse referindo ao grau do Arco Real , mas em minha opinião provavelmente foi assim. Em 1744, foi publicado por Dassigny um artigo com o titulo "Um Estudo Sério e Imparcial na Causa da Decadência Atual da Franc - maçonaria, no Reino da Irlanda ". O mesmo continha referências ao grau do Arco Real , mas Dassigny não aceitou isto e pensou que era uma fraude. Porém, pouco tempo depois estava prosperando. Laurence Dermott, o segundo Grande Secretário dos Antigos, foi sempre um entusiasta do Arco Real a que descreveu como "a raiz, coração e medula da Maçonaria".

O mais antigo registro escrito do Arco Real data de 1741, mas de nenhuma maneira isto implica que se originou naquele ano; é impossível assinalar uma data, e dizer que foi naquele ano que o Arco Real nasceu. É, porém, óbvio que um grau semelhante ao nosso Arco Real se pressupõe derivado do ritual do Mestre Maçom, e uma hipótese aceitável é que os segredos essenciais do Arco Real corresponderam a Venerança e foram conferidos ao V.M., não em sua Instalação, mas sim quando concluído o ano de seu mandato, e que era um certo tipo de recompensa que se dava pelos serviços prestado a Ordem, por desempenhar os onerosos deveres de Venerável Mestre de uma Loja.

Aquilo que se perdeu

O Mestre Maçom que está ansioso para realizar um progresso permanente em seus conhecimentos maçônicos, ou ao maçom inquisitivo, se pergunta sem dúvida alguma por que uma lenda que ilustra uma perda omite incluir a seqüência complementada de uma recuperação; por que a perda dos "verdadeiros segredos" é resolvida aparentemente pela adoção de certos segredos substitutivos, e que a relação destes segredos substitutivos seriam como aqueles que se perderam.

O tema do nascimento, a vida, a maturidade, a morte e a ressurreição - ou esperança de sobrevivência em mausoléus imortais - está sem dúvida claro, mas certas frases no ritual da Ordem indicam que o tema não terminou dentro da Maçonaria Simbólica. É razoável assumir que o Mestre Maçom especulou com o fato de que a intenção na Cerimônia de Abertura é "procurar aquilo que foi perdido", porém, na Cerimônia de Encerramento desse grau há sempre uma referência que admite um fracasso nesta busca.

Então, o V.M. declara que os segredos substitutivos que lhe foram regularmente comunicados são sancionados e são confirmados com a sua aprovação "até que o tempo ou as circunstâncias restabeleçam os verdadeiros".

Talvez se tenha refletido sobre a resposta que foi dada a certos cúmplices quando eles exigiram a informação específica do Grande Mestre, que lhes falou: "sem o consentimento e a cooperação de mais dois mestres, não poderia nem haveria de divulgar os segredos que eles requeriam". "A paciência e o trabalho assíduo darão direito, em seu devido tempo, ao Maçom digno, de ser merecedor de conhecer esses segredos Quanto é o tempo devido?, e como se converte em um "Maçom digno" de respeito e de participar?

O intento de obter os verdadeiros segredos, sem o devido direito, ou como diríamos hoje, o intento de conseguir algo em troca de nada, é uma tragédia que pareceria suscitar várias situações antigas para o questionamento. Os antigos recopiladores do ritual decidiram possivelmente que aqui havia um ponto de fratura, que poderia prover um elemento de satisfação para alguns Maçons. De qualquer modo isso é exatamente o que aconteceu e por certo demonstrou ser de alta conveniência para muitos membros.

Enquanto o Mestre Maçom se detém a "pensar nestas coisas" - o verdadeiro Maçom Especulativo -, o Arco Real , ou para dar-lhe o título completo, a Ordem de Maçons do Arco Real , espera recompensá-lo até o limite de sua própria capacidade ou aptidão.

Devo ingressar?

O Candidato para a Iniciação na Maçonaria afirma entre outras coisas que, a confiança dele é depositada em Deus, que é induzido por um desejo genuíno de conhecimento e por um desejo sincero de converter-se em um ser mais útil no serviço de seus semelhantes.

Como Candidato para o Arco Real , deverá apresentar-se " com um desejo de aperfeiçoar-se na Maçonaria e dedicar esse aperfeiçoamento à Gloria de Deus e ao bem da humanidade".

Tal desejo de aperfeiçoamento só pode manifestar-se se durante o período de sua carreira na Ordem até esse momento, foi estimulado e foi alimentado em seu interesse na Maçonaria por seus proponentes, os Oficiais da Loja e os Preceptores da Loja de Instrução, todos aqueles cujo dever para com candidato é óbvio, sem esquecer jamais que em algum momento podem perdê-lo de vista.

Se a Loja de Instrução é só uma "Loja de Ensaios" sem à parte da Instrução, o Ritual da Franc - Maçonaria se converte no ponto primordial e domina sob todos os outros aspectos; se o calendário da Loja não contém outra coisa que sucessivas cerimônias, se transforma em pouco tempo, em nada mais que um veículo para conseguir habilidade no ritual e dicção perfeita.

Todos nós aceitamos que a Franco - Maçonaria é "um sistema de moralidade velada na alegoria e ilustrada por símbolos". Isto requer de algum esforço para entender isso não só o que é expressado nos rituais , mas o que nos conduz a fazer.

Se concordarmos que a Franco-Maçonaria nos provê as ferramentas, mas que a eleição das mesmas e o modo de usá-las reside totalmente em nós, sendo assim, a construção do "Templo dentro de nós mesmos” já começou.

A procura de "Aquilo que se perdeu"- a Palavra Perdida - realmente começou em um sentido Bíblico quando Adão caiu em desgraça e legou à humanidade esta procura perpétua.

Quando os construtores do Primeiro Templo em Jerusalém se desviaram do verdadeiro culto, o mito bíblico se tornou realidade. Porém, a Palavra permaneceu naquele mesmo lugar e quando é contada a maneira de seu redescobrimento e o reconhecimento ao privilégio para aqueles que o tornaram possível, o Arco Real mostra exatamente qual é para todos nós a verdadeira essência da Maçonaria.

Quando um se encontra nessa procura, o Companheirismo do Arco Real deve ser recebido com beneplácito.

Em outros tempos a entrada para um Capítulo do Arco Real era limitada àqueles que já tinham ocupado o cargo de Venerável de uma Loja. Na atualidade todo Mestre Maçom com uma antigüidade de mais de quatro semanas é elegível, mas os tronos dos Três Principais são restritos aqueles que já foram Instalados como Veneráveis Mestres de uma Loja. Porém, dentro do Capítulo existem outras posições ás quais o Mestre Maçom pode ter acesso depois de haver sido Exaltado no Arco Real .

O Maçom entusiasta achará no Santo Arco Real muito do que estava procurando no terceiro grau, e além da grande ensinança simbólica e da imponente cerimônia, achará que entre os membros do Capítulo se encontram os mais ativos Obreiros da Franc-Maçonaria.

A Maçonaria do Arco Real não é em absoluto excludente, competitiva, ou incompatível com nenhum dos Graus do Escocísmo, e a prova disto é que tantos Irmãos estão atuando simultaneamente em ambos os Corpos Maçônicos.

Fonte: JBNews - Informativo nº 251 - 06.05.2011

terça-feira, 29 de outubro de 2024

USO DO MALHETE PELAS LUZES

Em 29/02/2024 o Respeitável Irmão João Carlos da R. Lima, Loja Libertadores da América, 3450, REAA, GOB-RJ, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:

SEGURANDO O MALHETE

Tenho dúvidas quanto ao Venerável Mestre ficar à ordem ou segurando o malhete, por uso e costumes. Esta dúvida é até por frequentar outras Lojas e vejo as 2 condições. No SOR, pelo menos no encerramento da Sessão e passar a palavra ao 1° Diácono, ali está claramente colocado que é para ficar à Ordem. Quando abrimos o livro da lei, esta também deverá ser a postura do Venerável Mestre? Sei que na Grande Loja é que eles seguram o malhete, mas
tenho esta dúvida no GOB.

CONSIDERAÇÕES:

As Luzes da Loja (o Venerável Mestre e os Vigilantes) fazem o sinal como os demais Irmãos, isto é, com a mão. Assim, em Loja aberta, nas ocasiões em que o Venerável e os Vigilantes estiverem em pé em seus lugares, eles devem deixar os seus malhetes para compor o Sinal naturalmente, como os demais Irmãos.

O titular deve pousar o malhete no lado esquerdo do seu peito apenas quando, por dever de ofício, estiver portando malhete fora do seu lugar.

Há ainda outra ocasião em que o 1º Vigilante, em pé no seu lugar, pousa o malhete no lado esquerdo do seu peito. Trata-se de quando o 1º Vigilante, para a abertura da Loja de Aprendiz no REAA, cumpre o seu segundo dever verificando se todos nas Colunas são maçons. Nesta ocasião, para que o Vigilante não revele o sinal à aqueles que devem se identificar pelo sinal, o mesmo, em pé, pousa o malhete no lado esquerdo do seu peito (isto está previsto no SOR e no novo ritual que será distribuído ainda em 2024).

Por fim, vale lembra que estamos no GOB, portando devemos seguir as diretrizes e costumes previstos na nossa Obediência.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

OS CINCO SENTIDOS

"impulsos da vontade". qualquer coisa feita de outro elemento é uma formação. Uma flor é uma formação feita de luz solar, ar, sementes, terra, minerais, água... assim por exemplo o medo ou o ciúme são do mentais. Poderia dizer-se que são as construções da experiência subjetiva do objeto percebido, é a "ideia que temos do fenômeno".

A experiência da realidade que percebemos é o produto da combinação de 5 sentidos ou processos interdependentes, chamados em sânscrito skandhas.

São os cinco constituintes físicos e mentais da entidade chamada de " pessoa " ou " indivíduo ".

Esta é uns dos ensinamentos milenares do budismo que explica o insubstancial da realidade e do ego.

A física demonstra-o por outro caminho: no seu nível mais fundamental a matéria e a energia são a mesma coisa, o que percebemos fixo e com substância própria, não passa de a atualização momentânea de Estados Quânticos, são apenas diferentes níveis de organização. Mais uma característica do mundo sub atómico é que a este nível as partículas constituintes da matéria estão entrelaçadas, ou seja, interligadas.

Por isso, a realidade cotidiana que percebemos (incluindo a percepção de um mesmo) resulta da combinação destes cinco sentidos que por sua vez são variáveis e dependentes entre si.

A palavra sentidos significa percepção , uma vez que cada sentidos é uma coleção de muitos componentes.

Começando pela chegada do estímulo até a tomada de consciência e a RESPOSTA INTERVÊM 5 fatores ou sentidos :

1) a forma e o corpo: não só se refere aos órgãos dos sentidos (vista, ouvido, olfato, gosto, toque) e ao corpo físico como tal, mas também à imagem que temos deste.

2) as sensações e emoções: correspondem aos dados ou à informação pura registrada pelos 5 sentidos e pela mente. Estas sensações primárias, podem ser agradáveis, desagradáveis ou dolorosas e neutras. Mas também pode corresponder a intuições ou emoções que se têm antes de elaborar conceitos com o pensamento.

3) as percepções e a memória: é quando esses estímulos sensoriais são registrados e reconhecidos como objetos distinguíveis. Isso faz parte do conhecimento mental ou sensorial de qualquer coisa e este reconhecimento envolve o tê-lo experimentado antes, e é aqui que intervém a memória. Neste nível são produzidos os conceitos (bom, feio, amigo)

4) formações mentais: também chamados de "impulsos da vontade". qualquer coisa feita de outro elemento é uma formação. Uma flor é uma formação feita de luz solar, ar, sementes, terra, minerais, água... assim por exemplo o medo ou o ciúme são do mentais. Poderia dizer-se que são as construções da experiência subjetiva do objeto percebido, é a "ideia que temos do fenômeno".

5) consciência: é um ato de atenção ou resposta da mente em que o conhecimento do objeto se faz noção em nós. A consciência desaparece e ressurge trocada de um instante para o outro e age de forma discriminatória e parcial pois existe um apego ao percebido como desejável, uma rejeição contra o que não se deseja e indiferença ao que consideramos neutro. Este constante movimento gera insatisfação ou sofrimento ao não poder controlar como aparecerão esses objetos recebidos. Neste nível opera a resposta de várias maneiras: como pensamentos (conversa ou discurso interior), palavras e ações. Estas 2 últimas incluem além disso a interação com o ambiente.

Capturamos um estímulo, seja mecânico, pelos receptores na pele, ou luminífero pela vista ou uma onda sonora captada pelo ouvido, os receptores da membrana traduzem as informações em impulsos elétricos que são conduzidos pelos nervos correspondentes até áreas determinadas. Do cérebro, seja a casca visual, ou a auditiva ou a somatossensorial no lóbulo parietal. Estas por sua vez estão interligadas com outras áreas e núcleos cerebrais que integram e modulam a resposta. Então, o que vemos não é o que vêem os olhos, mas sim a imagem que se forma no lobo occipital e depois esta imagem é interpretada, classificada e de acordo com a natureza do estímulo é elaborada uma resposta (motora, glandular, emocional, Mental, etc. )

O mesmo acontece com os estímulos dolorosos, antes de serem percebidos como tais na casca sensorial passam por um filtro de conexões no tálamo, este por sua vez está ligado com o sistema límbico que se encontra relacionado à memória, a resposta emocional e a resposta. O sistema neurovegetativo (resposta visceral: Sudação, taquicardia, vasodilatação, etc. ). E depois está a tomada de consciência e a valorização que fazemos do fenômeno, e então aparece a reação, a resposta, que guarda estreita relação com o aprendizado, o condicionamento, as experiências prévias e as características de cada indivíduo.

A mente muda incessantemente, assim como o corpo físico muda de um momento para o outro mesmo que a uma velocidade mais lenta.

Ao observar com clareza que estes componentes da "realidade", são impermanentes e sem substância, diminui o apego e a rejeição, e isso permite-nos controlar e equilibrar os excessos e os sofrimentos.

Modificando essa percepção é possível perceber o "Real" através de uma nova forma de pensar, de compreender as experiências e de perceber o mundo que nos rodeia. Expandindo a visão, mudando o ponto de vista, observando-se com distância.

O pensamento, assim como o corpo e as emoções, podem ser purificados, filtrados, reciclados, mas sim, ocorrem bloqueios e podemos que à longa limitam e adoecem e a realidade que é gerada em consequência se torna complicada e pouco feliz.

A natureza e nós como parte dela muda e se renova o tempo todo. As coisas não são o que parecem. Se observarmos esta característica poderemos ampliar a percepção e mais facilmente às mudanças criando uma realidade mais harmoniosa, saudável e feliz.

Fonte:Facebook_O Templo e o Maçom

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

ARRUMANDO O ALTAR

(republicação)
O Respeitável Irmão Juliano Francisco Martinho, Loja Igualdade, 1.647, sem declinar o nome do Rito, GOB, Oriente de Monte Alto, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão. juliano.martinho@cestari.com.br 

Mais uma vez lhe solicito um esclarecimento. Dia de sessão. Os Irmãos começam a chegar à Loja, e a verificar o Templo para que tudo esteja em ordem antes do inicio dos trabalhos. Estão dentro do Templo, sem os paramentos organizando os materiais quando o Irmão Mestre de Cerimônias nota que o malhete do Venerável não está no Altar. Há juntado a ele, um Irmão Aprendiz lhe auxiliando na organização e ele lhe pede que leve o malhete até o Altar. Há algum impedimento para que esse Irmão realize esta tarefa? Pergunto por que um Mestre mais antigo se aborreceu com o fato, dizendo que o Aprendiz não pode adentrar no Oriente. Que é um local “sagrado”. No meu entendimento, não vejo sustentação neste argumento. A Loja não estava trabalhando, todos estão sem paramentos, apenas organizando a Oficina. Se for assim, não poderíamos deixar a faxineira entrar no Templo para limpeza! Estou correto?

CONSIDERAÇÕES:

Infelizmente ainda existem Irmãos que querem fazer da Sala da Loja um lugar sagrado nos termos de uma religião.

Obviamente que isso não existe. Primeiro porque nesse caso o termo sagrado é mesmo rotulado como consagrado o que, em linhas gerais dá dignidade ao espaço, respeito, etc. Segundo porque existe uma diferença entre o espaço e a Loja aberta. Esta somente estará aberta com os procedimentos de abertura e assim declarada pelo Venerável Mestre.

Em Loja aberta, os Aprendizes e Companheiros realmente lá não tem acesso devido à escalada iniciática pertinente ao Rito que a Loja pertence. Mas, em Loja aberta.

Agora, no preparo da Loja, ou antes, do início dos trabalhos, não existe qualquer óbice para que alguém adentre ao Oriente, seja ele Aprendiz, Companheiro ou a própria faxineira como diz o Irmão.

O que eu acho mesmo engraçado é que tenho visto “certas sessões públicas”, isto é, com a presença de não iniciados, porém com a Loja aberta, com o Oriente repleto de autoridades profanas assim como convidados não maçons recebendo homenagens, proferido palestras, etc. E então? Nesse momento não existe espaço consagrado?

Deveríamos perguntar aos puristas de plantão se autoridades e convidados não iniciados estão acima dos nossos Irmãos Aprendizes e Companheiros, ou é mesmo o caso de se fazer “média”.

Assim, realmente não existe qualquer argumento que se possa proibir ingresso no Oriente antes do início dos trabalhos, ou mesmo durante a faxina do ambiente.

Com base nesses pormenores é que tenho evitado, quando possível, usar o rótulo de “templo” para a Loja Maçônica. Prefiro “Sala da Loja” à moda inglesa. Assim me parece que ficam reduzidas as especulações.

Também nunca é demais lembrar que o termo “profano” não está ligado a definição e ação do verbo transitivo direto “profanar” – tratar com irreverência coisas sagradas; transgredir, violar, infringir (regra, princípio sagrado); violar santidade, macular, desonrar, etc. Em Maçonaria o termo “profano”, consignado como adjetivo está mais ligado à etimologia da palavra. Do latim profanu – pró=antes; fanum=templo, o que designa “ates do templo”, por extensão, aquele que não é iniciado.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.174 – Florianópolis(SC) – terça-feira, 19 de novembro de 2013

CURIOSIDADES


Hoje apresentamos uma lista preciosa de autoria do maior pesquisador da Maçonaria Brasileira: Kurt Prober (1909-2008) que escrevia sob o pseudônimo de "Isa Chan".

Essa lista ajuda a mostrar como a Maçonaria não interfere na fé, nem na religião das pessoas. Esses clérigos foram homens sérios, dedicados e comprometidos com suas vidas eclesiásticas, e também foram Iniciados nos nossos Augustos Mistérios. São eles:

Padre Antônio de Albuquerque Montenegro - Fez parte do Areópago de Itambé, PE, 1796.
Padre Antônio Félix Velho Cardoso (Revolucionário pernambucano).
Padre José da Silva Pinheiro - Membro nº 4 da Loja Amparo e Virtude, Grau 30, 1872. Residia em Marapicu (RJ).
VIgário Bartolomeu da Rocha Fagundes - Natal. Suspenso da Ordem em 1873 por ser Maçom.
Padre Braz Magaldi - Grau 3 da Loja "Amizade", São Paulo, 1875 - Pároco do Campo Largo de Sorocaba.
Padre Carmelita Caetano de Santa Rita Serejo - Membro nº 21 da Loja "Vera Cruz" de São Luís-MA, 1877.
Padre Cândido de Santa Isabel Cunha - Loja "Segredo e Amor da Ordem" de Recife, 1860.
Padre Di Mago - Membro da Loja "Amizade", São Paulo, 1875 (Era Grau 3).
Padre Geraldo Leite Bastos - Escritor pernambucano.
Bispo José Joaquim da Cunha de Azevedo Coutinho (foi bispo de Olinda).
Padre João Ezequiel Teixeira Pinto - Pároco de Atibaia-SP (Loja "Amizade, São Paulo, 1872).
Vigário João Gomes Carneiro - Membro nº 175 da Loja "Reunião Benef.", RJ, Grau 9 em 1875.
Cônego João Pedro Gay - Santo Ângelo, RS. Iniciado na Loja "Amizade", SP, em 1850.
Padre João Ribeiro Pessoa - Areópago de Itambé, PE, 1796.
Cônego Joaquim Antônio das Mercês - Venerável da Loja "União e Segredo", Bahia, 1840.
Bispo de Florianópolis Joaquim Domingos de Oliveira.
Padre José de Couto Pau Brasil - Membro nº 161 da Loja "Reunião Beneficente", RJ. Era Grau 9 em 1875.
Padre José Luís Almeida Martins - Grande Orador do GOB, RJ, 1872.
Padre José. da Silva Figueiredo de Caramuru - Loja "Amizade", 1875. Grau 3.
Cônego Juliano de Faria Lotário - Orador pernambucano.
Padre Luiz Francisco Cardoso de Menezes e Souza - Venerável da Loja "Sete de Setembro", RJ, 1838.
Padre Luiz Pinto de Almeida - Membro 45 da Loja "Reunião Beneficente", RJ. Era Grau 30 em 1875.
Padre Manoel Inácio de Carvalho - Escritor pernambucano.
Padre Manoel Ribeiro Gonçalves Júnior - Membro nº 89 da Loja "Vera Cruz", MA. Era Grau 3 em 1877.
Monsenhor Muniz Tavares - Secretário da Academia do Paraíso, 1802.
Cônego Raimundo da P. dos Santos Lemos - Membro nº 125 da Loja "Firmeza e União", MA, em 1873.
Padre Vicente Ferreira Alves do Rosário - Membro da Loja "Luz e Ordem", Porto Alegre, 1870. Grau 33.
Padre Vicente Zeferino Dias Lopes - Membro da Loja "Luz e Ordem", Porto Alegre.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

UMA NOVA ANTIMAÇONARIA NO BRASIL

Kennyo Ismail

Tenho alertado que o cenário atual, de um crescimento do fundamentalismo religioso e de extremismos ideológicos, é desfavorável para a Maçonaria, pois torna-se um terreno fértil para ideias e propagandas antimaçônicas. Foi o que ocorreu, por exemplo, nos EUA, na década de 20 do século XIX; e na Europa continental e no Brasil, na década de 30 do século XX. Agora, a história começa a querer se repetir, tanto lá como aqui.

Um exemplo é o de Danuzio Neto, que mantém um canal onde propõe compartilhar informação “sem narrativa”. Contudo, faz exatamente o contrário, oferecendo uma doutrinação reacionária por meio de seus vídeos. Um deles tem um título um tanto quanto sugestivo: “Como a maçonaria destruiu o Brasil?”.

Nesse vídeo, ele já começa sugerindo a Maçonaria como um “antro de perversidade e de depravação moral”. Depois, diz que a Maçonaria teria ingressado nos EUA “tal como um vírus ou um parasita no seio da sociedade americana”.

Sua doutrinação chega a tanto, que chama o movimento iluminista de “maníaco” e se posta durante o vídeo também contrário à Revolução Francesa e a Independência dos EUA. Sobre esta última, Neto escancara seu antimaçonismo ao dizer que Washington “chegou ao cúmulo de receber ritos maçônicos em seu funeral”. Como se isso fosse um grande absurdo.

Então, sua narrativa chega ao Brasil, onde ele diz que a Maçonaria veio para “contaminar elites”, a qualificando como “pútrida”, e declara que ela atuou “infestando a máquina pública”. Sua análise histórica conspiratória e tendenciosa chega ao nível de afirmar que, na chamada Questão Religiosa (anos 1870), Dom Pedro II “em um mergulho dantesco e criminoso em ideias falidas, começou a perseguir membros honrosos da Igreja Católica”.

Neto omite as principais informações e fatos históricos a respeito. A Questão Religiosa deveu-se pela Maçonaria ter defendido e militado a favor do movimento abolicionista, patrocinando jornais sobre o tema, financiando a alforria de escravos e fazendo lobby a favor de leis como a Lei do Ventre Livre, de 1871, do maçom Visconde de Rio Branco. Isso a colocou em rota de colisão com algumas lideranças regionais da Igreja Católica que, naquela época, era a favor da escravidão. Cientes do trabalho maçônico pró-abolição, dois bispos começaram, eles sim, a perseguir a Maçonaria e os maçons, promovendo sermões antimaçônicos e intervindo em paróquias em que maçons eram participativos, proibindo-os de as frequentarem.

Contudo, o Brasil, por Bula Papal, era um Padroado Régio, em que o Rei administrava a Igreja Católica em seu território. Nesse sistema, o Estado recebia os dízimos, enquanto construía e mantinha as Igrejas, nomeava os padres e bispos e pagava seus salários. Então, houve uma decisão legal contrária a esses interditos, que os dois bispos optaram por desobedecer e, por isso, foram presos.

Dom Pedro II, que enfrentou o Papa nessa chamada Questão Religiosa e aplicou a lei da Constituição do Império do Brasil, respaldado pelo Padroado Régio, não era maçom. Não foi a Maçonaria contra a Igreja, mas o Estado brasileiro contra dois Bispos que eram servidores públicos. Mas isso não impediu Danuzio Neto de declarar que houve “perseguição contra os católicos brasileiros”. Dom Pedro II era católico, assim como Visconde do Rio Branco e 99% dos brasileiros naquela época, incluindo os maçons!

E quem mudou esse cenário de hegemonia católica no Brasil foi a Maçonaria. Mas isso, Danuzio Neto também não menciona. Ele não fala que, devido à Questão Religiosa, a Maçonaria abraçou mais fortemente bandeiras como da liberdade religiosa e do Estado Laico, inexistentes no Brasil, colaborando e apoiando a vinda de missionários de diferentes igrejas para o país. Se hoje há forte presença de igrejas protestantes no Brasil, além de igrejas evangélicas descendentes do movimento protestante, foi graças à Maçonaria. Isso é ser anticlerical? Somente se você acredita que o Estado deve ser religioso, tendo uma única religião oficial e que seja a sua.

E é nesse sentido que Danuzio Neto segue, ao afirmar que “cartunistas maçons empreenderam uma dura campanha anticlerical”. Em seguida, qualifica esses “cartunistas maçons” de “turbas de lunáticos”. Então, começa a dissertar sobre o fortalecimento das ideias republicanas, taxando seus defensores de “tecnocratas baratos”. Ato contínuo, chama Deodoro da Fonseca de “um dos maiores traidores da história brasileira” e chefe de um governo “pútrido” que acabava de nascer.

Então, ele continua seus ataques a importantes personalidades brasileiras que eram maçons, como Rui Barbosa e Lauro Sodré. E, sendo Washington Luís o último Mestre Maçom ativo a se eleger Presidente da República, tendo deixado o cargo em 1930, Danuzio Neto simplesmente não explica o que a Maçonaria supostamente teria feito para “destruir o Brasil” nos últimos quase 100 anos.

Um breve olhar ao referido vídeo antimaçônico e ao título de outros vídeos em seu canal comprova que a promessa de um conteúdo neutro, imparcial, livre de falsas narrativas, não corresponde com a verdade. Trata-se de pura doutrinação. No vídeo, Danuzio Neto apresentou tendências anti-abolição, anti-repúplica, anti-protestantismo, anti-laicismo e antimaçonaria. Se você se identifica com esses ideais radicais, junte-se a ele. Caso contrário, sugiro evita-lo.

O que ele realmente oferece é o velho discurso de “uma vida melhor, com mais dinheiro, mais segurança e liberdade” e que “só 1% das pessoas vão conseguir tudo o que você pode conseguir”, como ele mesmo escreveu em seu próprio site (https://danuzioneto.com/aprofundar-oferta/). Cai só quem quer.

Fonte: noesquadro.com.br

MÍNIMO DE SETE MESTRES

(republicação)
O Respeitável Irmão Francisco Rubenio de Oliveira, GOB, REAA, sem declinar o nome da Loja, Oriente (Cidade) e Estado da Federação apresenta a seguinte questão relativa ao preenchimento de cargos em Loja: 
franrubenio@yahoo.com.br 

Segundo o Art. 95 inciso XXII, as Sessões sejam realizadas com a presença mínima de sete Mestres, sabemos que a quantidade mínima de Mestres presentes não preencheram todos os cargos, sabem-se que os principais cargos são o Venerável Mestre, Vigilantes, Orador e Secretário, quais seriam a sequencia dos demais cargos a serem preenchidos de vez que só restam dois Mestres? Aprendizes e Companheiros poderão ocupar cargos? Quais regularmente?

CONSIDERAÇÕES:

Três a governam, cinco a compõe e sete a completam (todos, Mestres). Atendendo a essa tradição o Regulamento prevê a abertura de uma Loja com o mínimo de sete Mestres. 

No caso do Rito Escocês Antigo e Aceito nessa situação precária fica determinado o seguinte: Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador, Secretário (as verdadeiras Dignidades de uma Loja), um Cobridor e o Mestre de Cerimônias. 

Nesse caso para a transmissão da Palavra Sagrada, o Mestre de Cerimônias preenche temporariamente o cargo do Segundo Diácono e, da mesma forma o Secretário como Primeiro Diácono. 

Para a circulação da bolsa, o Mestre de Cerimônias também preenche oportunamente o cargo do Hospitaleiro. Nesse caso o produto do Tronco é conferido pelo Orador. 

Destaque-se que em qualquer situação uma Loja não pode ser aberta sem a presença de pelo menos um Cobridor, nesse caso, o Interno. O sigilo é um Landmark da Ordem e a presença do Cobridor se faz necessária para a cobertura dos trabalhos. Inclusive esse Oficial não se ausenta do seu posto sob qualquer hipótese. 

Cargos em Loja rigorosamente são exercidos e ocupados por Mestres Maçons. Daí Aprendizes e Companheiros ficam fora de questão. 

A minha citação “as verdadeiras Dignidades de uma Loja” é porque de modo equivocado, o GOB considera também o Tesoureiro e o Chanceler como Dignidades, todavia esses são cargos eletivos que compõem a administração da Loja. Verdadeiramente Dignidades de uma Loja são “cinco” – as Luzes somadas aos cargos de Orador e Secretário. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.172 – Florianópolis(SC) – domingo, 17 de novembro de 2013

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

O 1° E 2° VIGILANTES

Como o próprio nome define, os Vigilantes, seus tronos, vigiam a Loja, e nessa vigilância são diligentes e cautelosos, evitando a presença de estranhas e mantendo o comportamento maçônico.

O comportamento maçônico compreende não só a compostura, mas que cada maçom tenha em si o espírito de Fraternidade.

Quando o Primeiro Vigilante percorre as Colunas, ele estará fixando seu olhar no olhar do irmão e assim, capacitar-se-á a responder ao Venerável Mestre que todos os presentes são maçons; o olhar Vigilante perscruta o íntimo do irmão, encontrando-o despido de vaidades e pleno de bons propósitos.

No que respeita aos que ocupam as colunas, esses devem ver nos Vigilante a autoridade do cargo, respeitando-o, mantendo a postura ao falar, não se locomover sem permissão, esotericamente, o Primeiro Vigilante comanda o Setentrião e protege a todos das tempestades e anomalias.

A Segunda Vigilância empresta harmonia e beleza às colunas e comanda a sua própria, dando ordens ao Guarda do Templo e zelando pela segurança da Loja.

A ele são desviadas a mesma obediência e respeito.

Comanda, outrossim, o nascer da luz, uma vez que se situa no nascente. Os Vigilantes são os substitutos legítimos do Venerável Mestre.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 367.

A VELHICE NA MAÇONARIA

Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso. "Francois Chateaubriand"

Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores.

A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.

Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança.

Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes.

Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.

A ordem que servimos por décadas a fio, dispensando os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na America do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.

Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.

Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram.

Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral.

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderiam ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa. Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio. Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.

T∴F∴A∴
Texto enviado pelo Ir∴Juracy Vilela de Sousa – Grão-Mestre de Honra do GORS
Fonte: Grupo Memórias e Reflexões Maçônicas
Adm. Ir∴Rogério Romani
Pub/Rimmôn

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom