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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A CÂMARA DAS REFLEXÕES II

A CÂMARA DAS REFLEXÕES II
Fernando Tullio Colaciono Sobrinho 

Este trabalho tem o objetivo de esclarecer sobre os significados da Câmara de Reflexões, local esse que somos recolhidos logo após a nossa chegada a Loja, quando temos os nossos olhos vendados. A Câmara de Reflexões por sua decoração se torna um ambiente apropriado ao recolhimento e a introspecção, sendo esse um dos seus principais objetivos, ou seja, fazer com que o candidato reflita sobre sua vida passada, o momento que está vivendo e sua nova vida após ser aceito na Maçonaria.

No intuito de reforçar esse momento e marcar essa "passagem" é solicitado ao candidato que preencha um testamento, fato esse que caracteriza a morte próxima ou seja, morrer para dar início a uma nova fase, e esse testamento moral e filosófico que o candidato deve preencher, que é ao final assinado por ele, contem as seguintes questões:

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

DIVISAS LIBERDADE IGUALDADE FRATERNIDADE

DIVISAS LIBERDADE IGUALDADE FRATERNIDADE
Ir∴ Rui Bandeira Lisboa

No plano individual, no que concerne ao maçom e às suas obras, a Maçonaria exorta a que se busque a simultânea presença da Sabedoria-Força-Beleza, isto é, que toda a obra do maçom seja produto da Sabedoria, tenha Força para subsistir e atingir os propósitos pretendidos s seja dotada da qualidade da 

Beleza, para que melhor seja apreciada por todos.

A Maçonaria de língua inglesa utiliza com frequência a divisa Brotherly Love - Relief - Truth (Amor Fraternal - Auxílio - Verdade) para significar o desejável modo de relacionamento entre maçons.

No plano social, uma outra divisa é cara à Maçonaria: Liberdade-Igualdade-Fraternidade.

Entende-se que, em todas as sociedades humanas, incluindo a própria Maçonaria e suas Lojas, devem imperar estes princípios, como indispensável cimento de ligação entre cada um e os seus pares e, portanto, da própria estrutura social em si.

sábado, 28 de janeiro de 2017

REFLEXÕES SOBRE A INICIAÇÃO

REFLEXÕES SOBRE A INICIAÇÃO
Ir Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas "Brasil"

Costumamos ler com freqüência, ou mesmo ouvir em Lojas que certos Irmãos por certas condições peculiares já eram maçons antes de serem iniciados, pois já agiam como se fossem membros da Ordem. Achamos que esta afirmação é apenas uma força de expressão, pois literalmente ela não é verdadeira.

Ser maçom é sinônimo se ser bom, íntegro, justo, crer em Deus e outros tantos epítetos, então o mundo seria uma imensa Loja, pois existe um número muito grande de homens que poderiam ser maçons, o que realmente não ocorre, portanto não é verdade.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A FARRA DO BODE

A FARRA DO BODE
Recebi para publicação dois artigos sobre “O Bode na Maçonaria”. Já tive a oportunidade de divulgar o mesmo teor, sem que, entretanto, não evitasse algum exagero e ufanismo na matéria.

Permitam-me os IIr∴ que gentilmente me enviaram esses escritos, de transcrever o que o Ir∴ Eleutério Nicolau da Conceição, estudioso no assunto, e membro da Academia Catarinense de Letras Maçônicas, nos diz a respeito.

Possuo guardada esta manifestação por um bom tempo, tendo chegado, pois, o momento, de divulgá-la.

Caro irmão Jerônimo, permita-me comentar o texto enviado. Já o conhecia de outras fontes, e creio que o momento é oportuno para esclarecer certos equívocos. Apesar de antigo, ele é uma ficção baseada no desconhecimento da história. Senão vejamos: "Vários apóstolos saíram pelo mundo para divulgar o cristianismo e foram para o lado judaico da Palestina"

Ora, os apóstolos (assim como Jesus) eram Judeus, e sairam da Palestina, levando o evangelho para o resto do mundo. Como judeus, eles, obviamente, conheciam todos os costumes desse povo. O autor dessa história fantasiosa parece desconhecer esse fato, considerando esses apóstolos estrangeiros na Palestina. Da mesma forma, ele desconhece que o Apóstolo Paulo, era também judeu, da tribo de Benjamim, e Fariseu (a facção do judaísmo mais rigorosa no que se refere ao cumprimento da lei), portanto, profundamente conhecedor dos costumes de seu povo. Também o costume ao qual ele se refere, parece ter sido ouvido de terceiros, e bastante distorcido. Na verdade, trata-se do seguinte:

SEGUNDO NOS NARRA A BÍBLIA, DESDE A ÉPOCA DOS PATRIARCAS (ABRAÃO TERIA VIVIDO CERCA DE 1850 A.C.), EXISTIAM NO CULTO HEBRAICO SACRIFÍCIOS VOTIVOS A DEUS. ERIGIAM-SE ALTARES DE PEDRA, SOBRE OS QUAIS DERRAMAVA-SE ÓLEO E SACRIFICAVAM-SE OVELHAS, CARNEIROS E BODES. ESCOLHIA-SE O MELHOR ANIMAL DO REBANHO, QUE ERA MORTO E QUEIMADO SOBRE O ALTAR, "ELEVANDO-SE A FUMAÇA COMO PERFUME AGRADÁVEL AO CRIADOR".

No transcurso do êxodo nos desertos da Arábia, Moisés codificou o cerimonial litúrgico do culto, detalhando o procedimento adequado, e a natureza de cada oferenda correspondente ao pecado que a oferta tinha intenção de remir. O pensamento subjacente era que o ofertante transferia sua culpa ao animal e, morrendo este, aquele ficava limpo e puro. Daí a origem do termo "bode expiatório", alguém que paga pela culpa de outro.

No livro de Levítico, no primeiro capítulo, lemos:

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ESPIRITUALIDADE MAÇÔNICA

ESPIRITUALIDADE MAÇÓNICA

Nesta pequena prancha, irei tentar falar-vos de Espiritualidade, entendendo-a como a vida do espírito, e este, como o poder de pensar. Não deveremos confundir Espiritualidade com religião, que é apenas uma das maneiras de a viver, ou com espiritualismo, que é apenas uma das maneiras de a pensar.

Entendo que a espiritualidade é uma dimensão da condição humana, mais do que o bem exclusivo de Igrejas, Religiões ou Escolas de pensamento.

Tomo como pressupostos que existe uma Espiritualidade religiosa, que pode ser comandada por razões de fé, ou seja, de carácter esotérico, ou por razões de temor, ou seja, de carácter exotérico; e que existe também, entre outras, uma Espiritualidade totalmente diferente, de carácter individual, mas não solitária, libertária na sua essência, a que irei chamar Espiritualidade Maçónica.

Será possível uma espiritualidade laica? Provavelmente, mais do que uma espiritualidade clerical ou do que uma laicidade sem espírito! Será possível uma espiritualidade sem Deus? Porque não? É aquilo a que tradicionalmente chamamos a Sabedoria, pelo menos numa das suas vertentes. Será necessário acreditar em Deus para que viva um espírito em nós?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O CHAPÉU NA MAÇONARIA

O CHAPÉU NA MAÇONARIA
Kennyo Ismail

Qual a origem do chapéu na maçonaria, usado pelo Venerável Mestre nas reuniões de Aprendiz e Companheiro e por todos os Mestres nas reuniões de Mestre Maçom?

Uma das obras de José Castellani declara que herdamos o chapéu preto dos judeus ortodoxos, e que o chapéu em Loja é a “coroa maçônica”, influência da realeza européia, usada pelo Venerável como símbolo de sua posição de liderança.

Afinal de contas, herdamos dos judeus ou dos reis europeus? E os judeus ortodoxos, usam o chapéu preto porque se consideram reis? Não há como misturar uma coisa com a outra, chapéu de judeu com coroa de europeu. Mas Castellani e muitos outros irmãos tentaram.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

MÁXIMAS MAÇÔNICAS

MÁXIMAS MAÇÔNICAS
Ir∴ João Ivo Girardi

“Cercando-vos de máximas morais, a Maçonaria patenteou que sua linguagem não é a comum das sociedades profanas”. (Ritual de Aprendiz, GLSC).

1. A origem da Maçonaria continua sendo um mistério envolto em muita polêmica, mas a civilização moderna é em grande parte um projeto maçônico. (Richard Smoley).

2. Nenhum ser vivo pode representar a Maçonaria, mas você pode colocar em prática o que dela aprendeu. (Paulo Ursada).

3. O espaço progride sob as coordenadas do esquadro, e o tempo evolui sob o traçado do compasso, porque o compasso é senhor do esquadro. (Juahrez Alves).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O PERFIL DO NOVO MAÇOM

O PERFIL DO NOVO MAÇOM
Ir Anatoli Oliynik, ex-V.M.

Na Maçonaria, existem basicamente três tipos característicos de Maçons: 1) os que trabalham;  2) os que fazem trabalhar; 3) os que dão trabalho.

Aliás, estes tipos de pessoas existem em todas as organizações. Portanto, não é um privilégio exclusivo da Maçonaria.

É por causa dos Maçons que não trabalham, mas que dão um trabalho danado para os Veneráveis Mestres, que estamos buscando fórmulas no sentido de encontrar um perfil ideal de pessoa que possa atender aos interesses da maçonaria brasileira e cumprir aos seus desígnios.

Na verdade, não existem fórmulas mágicas; não existem receitas milagrosas.

sábado, 21 de janeiro de 2017

O MAÇOM E A DÚVIDA

O MAÇOM E A DÚVIDA
Charles Evaldo Boller

Na Maçonaria buscam-se novos horizontes no plano do pensamento. Existem conhecimentos que escapam ao campo da experiência em virtude da limitação sensorial e analítica inerente ao homem ego: aquele que bloqueia qualquer atitude verdadeira e autêntica em si, tornando-se seu próprio inimigo. São noções que exigem círculos de juízos muito acima dos limites individuais e da linguagem humana. Ideias que ultrapassam o mundo sensível, onde a experiência não serve de guia.

São quatro as escolas que permeiam as discussões dos maçons: a Autêntica ou Histórica; Antropológica ou Primitiva; Mística ou Teológica; e Oculta ou Esotérica. As investigações, destas diferentes escolas, partem com os pensamentos de base inicialmente teológicas e mágicas, depois metafísicas e místicas, podendo alcançar o nível da compreensão científica. Devido a estes diferentes níveis de estudo progressivos, a Maçonaria ressalta a importância do respeito ao pensamento do outro, enquanto a ideia passa pelas diversas fases em direção a consolidação: é quando o pensamento deixa de ser filosófico e passa a ser ciência. E é apenas nestas situações que o maçom exercita a tolerância: somente para com o pensamento do outro. Mau comportamento e atitudes grosseiras nunca devem ser aceitas porque conspurcam o ambiente puro desejado para os estudos da nobre arte do pensamento, cujo alicerce é a dúvida.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

ZOROASTRO

ZOROASTRO
(Desconheço o autor)

Todos os anos, na época em que os dias se tornavam mais longos, das regiões mais distantes do mundo conhecido partiam caravanas — burros de carga da Anatólia e da Trácia, comboios de camelos da Bactriana e da Arábia, exércitos de carregadores do grande oásis formado pelo vale do Indo. Todos tinham o mesmo destino e transportavam tributos, sob a forma de pedras e metais preciosos, ébano, marfim, peles de animais raros e tecidos valiosos. Alguns grupos conduziam animais: antílopes da Líbia ou garanhões da Armênia. Os babilônios levavam um carregamento particularmente exótico — quinhentos jovens eunucos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA

A INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA 

É frequente nos convites para Iniciações, a exigência de traje social completo, de preferência preto, não se permitindo o uso de balandrau...

Numa volta pelo túnel do tempo às épocas primitivas, chegamos à vestimenta de nosso ancestral, comum com os macacos, cuja única vestimenta era a própria pilosidade. Com a perda dos pêlos abundantes, num processo de evolução natural, os primeiros proto-hominidas passavam a usar peles de animais e na falta delas, folhagens.

domingo, 15 de janeiro de 2017

TUDO COMEÇA COM OS TRÊS PASSOS

TUDO COMEÇA COM OS TRÊS PASSOS
Ir Valdemar Sansão

A força da Maçonaria está no agrupamento de seus iniciados, que atuam isolada e conjuntamente, para “cavar masmorras ao vício e erguer templos à virtude”.

Desmitificação – Desfazer a mistificação da Maçonaria é tarefa ingente, uma vez que a instituição define-se no dia-a-dia, dentro e fora das Lojas. Sua definição mais comum pode ser: “instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião”.

É evidente que as virtudes nomeadas, em qualquer terreno, prestam-se a redimir a humanidade.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O QUE SIGNIFICA LOJA MAÇÔNICA?


O QUE SIGNIFICA LOJA MAÇÔNICA?
Ir∴ Kennyo Ismail

Qual maçom nunca foi questionado por um profano do por que do termo “LOJA”? Muitos são aqueles que perguntam se vendemos alguma coisa nas Lojas, para justificar o nome. Alguns, fanáticos e ignorantes, chegam a ponto de indagar que é na Loja que os maçons vendem suas almas!

Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que, só porque “loja”, em português, denomina um estabelecimento comercial, isso não significa que o mesmo termo em outras línguas tem o mesmo significado. Vejamos: 

sábado, 7 de janeiro de 2017

MINHA ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL DA MAÇONARIA

MINHA ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL DA MAÇONARIA
José Antonio Filardo M∴I∴ 

Precisamos urgentemente de um: PROJETO DE REINSERÇÃO SOCIAL DA MAÇONARIA

ANTECEDENTES HISTÓRICOS: Análise visando determinar como chegamos ao ponto em que estamos

SITUAÇÃO ATUAL:

No Interior: Maçonaria vibrante e atuante, participa da política, faz beneficiência, atua unida.

Nas grandes cidades: Cada loja é um pequeno universo, alienado dos problemas da cidade, devido à heterogeneidade do quadro. Sendo provenientes dos quatro cantos da cidade, não encontram denominadores comuns para ação efetiva. Isolamento das lojas . Entropia – a loja como refúgio e não como centro de discussão e ação.

Influência do Rito: Os ritos servem de pomo da discórdia entre os irmãos. Alguns por sua alienação (maioria) facilitam a fuga à discussão e ação.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A FALSA SABEDORIA


A FALSA SABEDORIA

Não se trata de novidade a palavra “achismo”. Já tinha ouvido sua citação por eloquentes oradores, mas confesso, nunca me tinha atentado em saber o seu real significado até que certo dia ao ouvir mais uma vez alguém afirmar que “pau é pedra,” só porque, na sua concepção o fato era tido como verdadeiro, dei-me conta rapidamente de que a conotação daquela palavra não me era assim tão estranha, mas, ao contrário, eu já vinha convivendo, havia algum tempo, com o que o “achismo” significa.

O citado vocábulo tem como sentido a convicção de quem, de modo irresponsável, sustenta um fato tipificado em norma ou em instruções similares, de outra forma baseando-se em meras suposições. Ele retrata uma cultura que, a despeito da incerteza, leva o indivíduo a crer que o modo como os fatos devem ser corretamente interpretados não seja o da interpretação das regras que o tipificam, o do conhecimento da verdade, mas o que se baseia no auto-entendimento e na convicção pessoal. É o vocábulo que se atribui às pessoas que fazem comentários ou sustentam posições com pontos de vista definidos, com argumentação firme, porém, sem propriedade. Por isso o achismo é a demonstração do falso conhecimento. É o erro que alguém comete em afirmar convictamente algo que acha ser verdadeiro, correto, com base apenas em suposições. Com todo esse arcabouço em torno de si o “achismo” ainda se completa passando-se por mecanismo ilusório, enganoso acerca da verdade.