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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

COMO ERA A MAÇONARIA DOS "ANTIGOS"

Luciano Rodrigues

Muitas vezes nos dizem que a Maçonaria especulativa nasceu em Londres, em junho de 1717, no bairro do “Fleet Street”. Mas sempre se esquece de salientar que, ao mesmo tempo se integrava um bom número de clubes de convivência, mais ou menos pitorescos e com tendências festivas, tais como os Gorgomons (Ancient Noble Order of the Gormogons) e outros grupos de taberna, próprios da Inglaterra daquele tempo.

De fato, aquela fundada no solstício de 1717, não era nem mais nem menos do que uma Sociedade de Taberna que se unia a outros clubes do mesmo tipo, em torno da ideia de realizar, em conjunto, uma festa de verão de São João para que ficasse menos caro para todos.

O que permanece como um particular desta fundação é a instituição que dali resultou.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

AS LUVAS BRANCAS

AS LUVAS BRANCAS
Vladimir Spinelli dos Santos

O uso das Luvas é uma tradição que vem dos tempos mais recuados, assim no mundo profano, como dentro da Ordem Maçônica. 

A primeira referência a Luvas, como proteção contra o frio foi feita pelo grego Xenofontes, referindo-se aos persas, sem dizer, porém, de que material eram feitas.

Como Símbolo Maçônico, as Luvas representam a inocência e a pureza do coração. E há muito se tornou parte dos Rituais, especialmente nos países de língua latina, entregar ao Aprendiz na hora da Iniciação, quando já revestido, um par de Luvas. 

Também os bispos e os abades mitrados recebiam Luvas no momento de sua sagração. Eram Luvas litúrgicas.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

UM FURACÃO MAÇÔNICO NOS EUA?

Ir⸫ Roger Dachez

Ainda não se tomou conhecimento na Europa, especialmente na França, mas uma tempestade está prestes a acontecer na Maçonaria Americana. A perturbação, de que ainda se ignora o quão longe ela irá, vem da Geórgia – uma região acostumada com furacões, é verdade …

Em 9 de setembro, o novo Grão-Mestre da Grande Loja da Geórgia, uma obediência que tem cerca de 40.000 membros (oficialmente) e se situa em uma posição invejável entre as Grandes Lojas norte-americanas em termos de número de membros, promulgou um “decreto “- os Grandes Mestres americanos têm direitos soberanos – que proscreve formalmente a homossexualidade e bane das fileiras da Maçonaria aqueles que são culpados do “pecado”! A decisão bastante desconcertante do Grão-Mestre não é, contudo, um ataque isolado de loucura: ela foi recentemente confirmada pelo voto da maioria da Grande Loja e, em boa medida, esta condenou igualmente a “fornicação” – que parece referir-se a qualquer forma de sexo fora do casamento!

domingo, 24 de setembro de 2017

O ORGULHO, A VAIDADE E A IRA DO MEIO MAÇÔNICO

O ORGULHO, A VAIDADE E A IRA DO MEIO MAÇÔNICO
Ir⸫ Otacílio Batista de Almeida Filho* (33) – M⸫I⸫ da Loja Obreiros da Justiça nº 3209, Campina Grande – PB 

O PECADO é uma atitude humana contrária às leis divinas tendo sido definido pela Igreja Católica no final do século VI, durante o papado de Gregório Magno que anunciou para o mundo profano, os sete pecados capitais provenientes da natureza humana: avareza, gula, ira, luxúria, preguiça, soberba e vaidade 

Posteriormente, no século XIII, foram definitivamente incorporados e firmados pelo teólogo São Thomas de Aquino. Por questões práticas, no sentido de alcançar o nosso objetivo relativamente ao tema destacado, trataremos apenas dos três pecados capitais que permeiam com maior realce no nosso meio.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

Por Nuno Raimundo

O “Tronco da Viúva” é também designado por “Tronco da Beneficência” ou “Tronco da Solidariedade”.

Ao Tronco da Viúva são lhe atribuídas várias origens, pelo que uma das mais assumidas pela Maçonaria tem origem bíblica.

Hiram Abiff, mestre construtor do Templo de Salomão era filho de uma viúva. Mestre esse, que foi assassinado por três companheiros seus, por não querer divulgar os segredos de construção a que estava sujeito como mestre-de-obras.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA
Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025

Há muitos anos, deixamos de ser Maçons Operativos, para nos tornarmos, Maçons Especulativos. Deixamos para trás o materialismo, e partimos em busca da Igualdade, das lutas pela Liberdade e da Fraternidade pura. 

A especulação é o ato de observar, explorar, meditar, raciocinar, fazer teoria pura. Desde que o homem começou seu desenvolvimento mental, sua fonte primária de observação e questionamento tinha origem nos fenômenos da natureza. Alguns lhe causavam medo (o raio), outros prazer (a brisa), e há os que ultrapassam os sentidos físicos.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A REVOLUÇÃO FARROUPILHA

A  REVOLUÇÃO FARROUPILHA
José Castellani

Iniciada em 1835, como uma revolução autonomista, a revolta, chefiada pelo líder liberal Bento Gonçalves da Silva, evoluiu, em setembro de 1836, para a criação de um Estado republicano, que pretendia constituir uma federação, com as províncias brasileiras que aderissem ao movimento. Esse Estado denominou-se República de Piratini, ou República Farroupilha.

Ao contrário dos tumultos ocorridos durante o período regencial, a revolução farroupilha foi feita pelos melhores homens do Rio Grande do Sul, que formavam uma corrente de pensamento político elogiável, sob todos os aspectos, e com idéia de uma evolução social desejável, se bem que um pouco prematura.

A formação étnica e social do Rio Grande do Sul não pode ser isolada da dos povos dos países limítrofes --- Argentina e Uruguai --- pois a semelhança de meios e de modos de viver criaram uma comunhão de mentalidade, originada nas lutas no rio da Prata e caracterizada pelo desejo de liberdade de hábitos e de autonomia, dentro dos quadros de uma federação.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

ORAÇÃO DE UM MESTRE

Oração de um Mestre a outros Mestres - II 

Novos Mestres:

Eis-vos finalmente na Câmara do Meio. Eis-vos merecidamente revestidos da plenitude de todos os direitos de Mestres Maçons. Eis-vos igualmente onerados com a totalidade dos deveres de Mestres Maçons.

Estais na Câmara do Meio iguais entre iguais. Cada um de vós não é menos, não vale menos, do que eu ou qualquer outro Mestre Maçom presente nesta sala – quaisquer que sejam os ofícios por alguns exercidos, quaisquer que sejam as dignidades a alguns outorgadas. Cada um de vós não é mais do que eu ou qualquer outro Mestre Maçom presente nesta sala – quaisquer que sejam os vossos méritos, os vossos títulos académicos ou posições profanas. Cada um de vós é exatamente igual a mim e a qualquer outro Mestre Maçom presente nesta sala – iguais entre iguais na nossa comum pequenez perante o Grande Arquiteto do Universo, perante a nossa comum ignorância do sentido da vida e da existência, perante o nosso comum desejo de ser melhor, saber mais, fazer bem, viver plenamente.

sábado, 16 de setembro de 2017

TU ÉS UM MAÇOM REGULAR?

TU ÉS UM MAÇOM REGULAR?

Não há essa pergunta em qualquer ritual maçônico da atualidade e em nenhum grau da escalada maçônica. Ao que tudo indica, contudo, essa é a pedra angular das organizações maçônicas voltadas mais para a burocracia do que para o simbolismo e filosofia. É lamentável ver um maçom analfabeto que tenha galgado o grau 33, sem saber qualquer significado de lendas ou personagens tratados na jornada para o ápice da pirâmide e que, de outra banda, arroga-se "regular" e imputa ao outro o anátema de "irregular". Importa saber, antes de mais nada, qual a Loja Simbólica ou Potência/Obediência da qual se está filiado do que avançar o diálogo calcado em conhecimento histórico, simbólico e místico. Assim, o "MAÇOM DE PAPEL" é o primeiro a querer saber da carteira de identificação, do certificado do grau, de atestados, declarações, destinando suas paredes para a exibição. Antes de avançar nessa reflexão, insta questionar o conceito de regularidade. Afinal, o que significa "ser regular?".

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

VITRIOL

V.I.T.R.I.O.L.

Além dos símbolos e frases alegóricas que a Câmara das Reflexões resguarda, é ali colocada uma faixa, em posição sobranceira, contendo as iniciais acima.

De relance, esse grupo de letras dá a impressão errada da designação de uma certa substância venenosa que se lançava sobre alguém para desfigurá-lo, e que os antigos químicos catalogavam como sais hoje conhecidos como sulfatos denominados vitríolos. Na farmacopéia francesa dá justamente “vitriol”, que designa o ácido sulfúrico.

Mas não é nada disso que significam, na realidade, aquelas iniciais. As sete letras é um cômputo das palavras que formam a seguinte frase latina: ‘Visita interiora Terr, retificando que invenies occultum lapid.” Traduzida para o português dá: “visita o interior da Terra, e, retificando, acharás a pedra oculta.” Esta frase constituiu, por tempo impreciso, a divisa dos antigos Rosa-cruzes.

Tão intrigantes letras colocadas no Quarto das Meditações traduzem um convite para uma pesquisa profunda a respeito do “Ego” ou “Eu”, ou melhor ainda, da própria Alma.

Foi propositadamente que se tradicionou que a mencionada faixa ficasse integrada no número dos símbolos e alegorias da citada Câmara, a fim de alertar, no silêncio daquele ambiente, a alma do postulante da iniciação, acerca do aspecto filosófico e da profunda análise da vida.

O iniciado, com o esforço de sua inteligência, tem que buscar o que está escondido debaixo da superfície das aparências enganadoras, para bem cumprir a sua tarefa no Templo.

Visitar o interior da Terra corresponde a pesquisar a Verdade e descobrir os grandes tesouros morais que a mesma Verdade encerra, o verdadeiro interesse da sabedoria.

VIRGILIO PINTO DE A NETO.
M⸫ I⸫ - REAA. - GLMEPB.
Loja Maç⸫ Calixto Nobrega, nº 15.
Sousa - Paraíba.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

SESSÕES BRANCAS

SESSÕES BRANCAS
(Desconheço o autor)

Sessões: Reuniões que os Corpos Maçônicos realizam.

Nos Graus Simbólicos são classificadas de:

Econômicas; Extraordinárias; Magnas, Brancas, etc.

A expressão “Sessão Branca” não se refere à cor da reunião; é sim um erro de interpretação de traduções. 

“Branca” é no sentido de não ter nada, sem detalhes, ou seja, uma Reunião com Maçons e não Maçons onde os aspectos que dão sentido ao Rito não são usados.

Se realizado em um Templo Maçônico, este deve ter seus Mistérios (detalhes) preservados das vistas profanas.

Talvez por exemplos, consigamos ser mais claros:

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

HIPÓLITO E SEU TEMPO

HIPÓLITO E SEU TEMPO
Luz e trevas, estrangeirados e Inquisição
Alberto Dines (*)

Quando tentou desacreditar Hipólito da Costa 60 anos depois da morte deste, Camilo Castelo Branco não se mostrou especialmente perverso nem engajado em missão anti-hipolitana. Além da amargura pessoal que o levaria ao suicídio, exercitava a santa indignação contra uma figura reconhecida e exibia um dos traços singulares da mentalidade lusitana que, por extensão, permeou a brasileira.

Ambos foram anticlericais e liberais, ambos ferrenhos adversários da Inquisição. Mesmo assim, Camilo, que viveu e cresceu longe do terror, deixando uma vasta obra historiográfica e ficcional plena de denúncias, tentou desqualificar a obra daquele que fora vítima e coveiro do Santo Ofício. Buscava transigências para valorizar sua intransigência. Explicações não faltam, todas no âmbito da psicologia. [Camilo Castelo Branco, mais tarde visconde de Corrêa Botelho (1825-90), o mais venerado escritor do seu tempo, romancista, ensaísta, jornalista e historiador, teve vida atribulada e morte trágica. Na vasta camiliana há um engajamento antiinquisitorial visível nos diversos gêneros aos quais se dedicou. Sua obra mais popular foi o romance histórico O judeu (1866), no qual resgatou as desventuras do poeta e comediógrafo brasileiro Antônio José da Silva, garroteado pelo Santo Ofício em 1739. Camilo lançava para o grande público um tema tabu, pouco antes escancarado pelo clássico da historiografia, a História da origem e estabelecimento da Inquisição portuguesa, de Alexandre Herculano (1852). A camiliana ficional sobre a Inquisição é analisada por António Baião em Episódios dramáticos da Inquisição portuguesa (1ª ed. Porto: 1919), vol. 2, pp. 175-245.]

terça-feira, 12 de setembro de 2017

OS DOIS COVEIROS DA MAÇONARIA - PARTE II

OS DOIS COVEIROS DA MAÇONARIA - PARTE II
Ricardo Vidal 

O VAIDOSO ARROGANTE 

(a) Baixa autoestima e complexo de inferioridade 

Nenhum ditador provocou ou vêm provocando tanto dano à Maçonaria quanto o maçom vaidoso, este sapador inveterado, este Cavalo de Tróia que a destrói por dentro, sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços, e leis de exceção. Ele é indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a eles em tudo o que não presta e raramente em alguma virtude. 

Uma característica marcante que se nota neste tipo de maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa virtudes e qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que comece a comparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar na prática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidades exemplares do maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar. Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de um carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato este afã em mente, não se furta em utilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticos corruptos.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

OS DOIS COVEIROS DA MAÇONARIA - PARTE I

Por Ricardo Vidal

Meus prezados Irmãos!

Meus amados irmãos Aprendizes e Companheiros!

Mais de uma década de rica experiência na Maçonaria, de convívio com pessoas que pensam e agem das mais diversas maneiras; de observação, pesquisa, investigação e busca incessante da verdade, permitiu-me identificar inúmeros tipos de maçons, dois dos quais são altamente deletérios à saúde da nossa sublime instituição, fonte de seus principais problemas: o místico supersticioso e o vaidoso arrogante. Conhecer um pouco da personalidade desses dois impostores, existentes em nosso meio em razoável número, bem como as desordens psicológicas que definem o comportamento anormal e antimaçônico de ambos, é uma boa maneira de proteger-se deles, em especial em situações em que não é fácil ou possível evitá-los.

Estou certo de que o presente trabalho será de grande valia para os irmãos mais novos, sobretudo para aqueles que ingressaram em nossa instituição com a mente cheia de pensamentos honestos e ideais elevados. Servirão também para fazer corar de vergonha aqueles que se enquadram em nossa análise, persuadidos de que estão a salvo dos olhares atentos de irmãos mais esclarecidos.

AS LOJAS E SEUS RITOS

AS LOJAS E SEUS RITOS
João Anatalino Rodrigues

As Lojas 

O termo Loja, tal qual é empregado na Maçonaria, encerra uma variedade de significados. Tradicionalmente se refere ao conjunto de Irmãos reunidos em assembleia. Isso nos leva a fazer uma distinção entre os termos Loja e Templo, pois enquanto o primeiro se refere ao edifício onde os maçons se reúnem, o segundo identifica a própria reunião dos maçons em si mesma. Destarte, esta ultima pode ser realizada em qualquer lugar que ofereça condições para tanto, não precisando, obrigatoriamente, ser dentro de um Templo. Assim, o termo Loja assume um amplo leque de significados, que resumem a tradição que a assembleia de maçons pretende refletir.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

CARTILHA DO MAÇOM

CARTILHA DO MAÇOM
(Desconheço o autor)

1- Conforme compromisso assumido durante as sindicâncias, e no dia da iniciação, estabelecer como prioridade o dia da reunião em loja na semana. 

2- Colocar a roupa adequada sempre aos trabalhos, ou seja, terno escuro, gravata escura, meias e sapatos escuros, balandrau passado, e abotoado na gola. 

3-Sessões aonde profanos fazem parte, ex. Magna Branca, Adoção de Lowtons, Pompa Fúnebre, não é permitido o uso de balandrau. 

4- Balandrau, seu uso, ainda não foi totalmente identificado, em quais sessões, na Literatura Maçônica consta vestimenta usada para fins de urgência, e não de uso habitual. (Nós utilizamos em sessões não Magnas).

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

LONGE VÁ TEMOR SERVIL

LONGE VÁ TEMOR SERVIL
Ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil.
José Maurício Guimarães

A história da Maçonaria no Brasil, no capítulo que se refere à Independência, revela um conflito mal administrado entre interesses políticos e os objetivos da Ordem. Tudo aconteceu numa espécie de relâmpago - no curto espaço de tempo entre janeiro e outubro de 1822. 

O "dia do Fico" (9 de janeiro) foi uma injeção de ânimo no grupo de maçons contrário aos interesses da dinastia portuguesa. Liderados pelo carioca Joaquim Gonçalves Ledo, esses maçons exigiam um governo liberal sob a égide de uma constituição republicana. Gonçalves Ledo insistia na libertação do Brasil segundo os modelos abraçados pela Maçonaria republicana da Europa e pelo ideário da Revolução Francesa que, desde a queda da monarquia, reavivara o lema iluminista de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

LIVRO DE OURO: COMENTÁRIOS HISTÓRICOS

COMENTÁRIOS HISTÓRICOS SOBRE O LIVRO DE OURO DA MAÇONARIA BRASILEIRA 
Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas "Brasil" Londrina - PR

O que vem a ser o Livro de Ouro da Maçonaria Brasileira? 

Nada mais que uma coleção de dezenove atas contidas num livro próprio do Grande Oriente Brasílico, Brasiliano ou Brasiliense conforme vêm grafado as vezes com um destes três nomes, desde a sua fundação em 17/06/1822 até a ultima datada de 11/10/1822, quando daí há alguns dias D. Pedro I mandou o Grande Oriente encerrar seus trabalhos. 

Este livro de atas escapou da devassa que D. Pedro I mandou proceder no Grande Oriente, a partir de 21/10/1822, porque o irmão que exercia o cargo de Grande Secretário de nome Manoel José de Oliveira de codinome Bolívar, capitão do exercito, o escondeu muito bem. E este documento maçônico tão importante para a História da Maçonaria Brasileira, chegou às mãos dos historiadores, após a abdicação de D. Pedro I em 1831, com a reinstalação do Grande Oriente, agora com o nome de Grande Oriente do Brasil ao Vale do Lavradio.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A MAÇONARIA E A SUA ORIGEM COM OS PEDREIROS ANALFABETOS


A Maçonaria e a sua Origem com os Pedreiros Analfabetos
Octavio da Cunha Botelho

Considerações iniciais

O símbolo da Maçonaria
O Dia de São João Batista, apesar de ser mais conhecida pela comemoração dos cristãos, esta data (24 de Junho) é também importante para a história da Maçonaria, pois nela comemora-se o aniversário da reunião entre representantes de quatro lojas maçônicas de Londres, na taberna Goose and Gridiron, para a fundação da Grande Loja de Londres em 24 de Junho de 1717 (Mazet, 1992: 257; Cerinotti, 2004: 14 e Jacob, 2007: 11), depois reformulada como Grande Loja Unificada da Inglaterra em 1813, com a adesão da Loja de York, inicialmente descontente. A escolha desta data para a reunião não foi por acaso, mas em razão da afinidade com este santo cristão, admirado por outras sociedades esotéricas, sobretudo pelos Templários, as quais os maçons da época supunham serem fontes da Maçonaria (Cerinotti, 2004: 109). Mesmo não tendo jurisdição universal, pois a Maçonaria está fragmentada em incontáveis divisões (no Brasil, segue-se mais o Grande Oriente, de origem francesa), a multiplicidade aumenta ainda mais quando se leva em contas as lojas irregulares, este foi um marco importante na história da Maçonaria Moderna.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

TRÊS PERÍODOS

TRÊS PERÍODOS DISTINTOS NO COMPORTAMENTO DAS PESSOAS
(Desconheço o autor)

Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes.

"Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas", dizia ela.

"O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal."

"Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do ter. Era preciso ter."

"Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter..."

"Na atualidade, estou presenciando a fase do faz de conta."

O TRABALHO FORA DE LOJA

O TRABALHO FORA DE LOJA: SEGUNDO VIGILANTE
Rui Bandeira  

Ao Segundo Vigilante de uma Loja maçônica compete, além do exercício das funções rituais, a coadjuvação do Venerável Mestre na administração da Loja, em conjunto com o Primeiro Vigilante, e, sobretudo, a superintendência no trabalho e na formação dos Aprendizes. 

Quanto ao seu papel na administração da Loja, se nele falhar ou executar deficientemente, tal implicará uma sobrecarga do Venerável Mestre (que terá de suprir a falta ou a deficiência no auxílio) e, sobretudo uma quebra ou uma deficiência na planificação e execução de longo prazo da atividade da Loja. 

Não é por acaso que, pese embora a Loja delegue a responsabilidade e o poder de decisão no Venerável Mestre, se refira que a administração do grupo recai sobre as "Luzes da Loja", ou seja, no conjunto composto pelo Venerável Mestre e os dois Vigilantes. Porque tendencial - e desejavelmente - estes três Oficiais da Loja cumprem uma linha de sucessão na direção da mesma, a boa cooperação entre esta tríade, independentemente das alterações concretas dos elementos que nela se integram, permite um desenvolvimento harmonioso, a longo prazo, do trabalho da Loja.

sábado, 2 de setembro de 2017

FUNDAMENTOS PARA A INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DA MAÇONARIA

FUNDAMENTOS PARA A INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DA MAÇONARIA
Françoise Jean de Oliveira Souza*

“Organização, Preceitos e Elementos da Cultura Maçônica: fundamentos para a introdução aos estudos da maçonaria”

Introdução

Nas últimas décadas, a maçonaria tem se tornado objeto de estudo de muitos campos do conhecimento. [1] No campo da história, a emergência de novos trabalhos, nos quais a maçonaria figura como tema principal de pesquisa, apresenta-se como consequência dos avanços obtidos pela renovação da história política. Por longo tempo, a política, sob influência da escola francesa dos Annales, esteve relegada à situação de mero apêndice da História. Criticada por sua superficialidade, a tradicional história política caracterizava-se pela defesa do trinômio: narrativa, crônica e acontecimento, estando aprisionada em uma visão centralizada e institucional do Estado. Contudo, a partir da década de 1970, a política voltou a assumir um lugar de destaque na historiografia ao tomar para si métodos e abordagens oriundos das ciências sociais. Este fenômeno de renovação chamado de “nova história política” permitiu a abertura dos estudos para novos objetos e novos enfoques que, até então, não eram encarados e nem tratados como parte do político. Em meio às inúmeras tendências e variações ocorridas nesse movimento de renovação historiográfica, destacam-se algumas temáticas novas tais como “os poderes, os saberes enquanto poderes, as instituições supostamente não políticas, as práticas discursivas”,[2] bem como o estudo do político a partir das representações e imaginários sociais, das mentalidades, das simbologias e das memórias coletivas.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

JURAMENTO DO APRENDIZ MAÇOM

JURAMENTO DO APRENDIZ MAÇOM
Charles Evaldo Boller
(Cópia do ritual do Apr⸫ Maç⸫ da Muit⸫ Resp⸫ Gr⸫ Loj⸫ do Par⸫)

- Senhor, jurais e prometeis, por vossa livre vontade, por vossa honra e vossa fé, em presença do G⸫ A⸫ D⸫ U⸫ e de todos os MMaç⸫ espalhados pela superfície da Terra, nunca revelar os MMist⸫ da Maçonaria que vos forem confiados senão em LojV regularmente constituída, nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar quaisquer meios pelos quais possam ser divulgados?

- Eu o juro!

- Jurais e prometeis defender e proteger vossos IIrm⸫ esparsos pelo mundo, em tudo o que puder e for necessário e justo?

- Eu o juro!