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domingo, 31 de janeiro de 2021

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Corine nos enviou esta foto engraçada:

Aqui está uma foto tirada na aldeia de Cabries, perto de Aix-en-Provence, para a sua seção de fotos de domingo. 

Muitos símbolos ...

Na verdade, muitos símbolos, especialmente os alquímicos. 

Abaixo da figura na varanda também está escrito "o alquimista".

Se também estiver perto de casa ou em viagem e notar um edifício, um objeto ou decoração maçônica ou uma decoração tipo alvenaria, envie-nos fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do Blog. (tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

SUCESSÃO NA LOJA

SUCESSÃO NA LOJA
(republicação)

Em 13/01/2016 o Respeitável Irmão Hideraldo Teodoro, Loja Pentalpha, nº 2.239, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, solicita o seguinte:

SUCESSÃO NA LOJA

Outrossim (e aqui já peço desculpas novamente, por saber que o Irmão é ocupado e recebe um número muito grande de consultas, mas são poucos com seus conhecimentos e disposição para nos esclarecer), peço-lhe mais uma vez o socorro de suas luzes em algo que está verdadeiramente me aborrecendo, e falo inicialmente da minha Loja. Trata-se da escolha de Irmãos para a direção das Lojas, para o veneralato...

Tenho visto, na grande maioria das Oficinas, inclusive na minha, a mentalidade, que acaba guiando os Irmãos nesses casos, de que há necessidade de renovação, é necessário, é preciso renovar, colocar novos Irmãos no Trono de Salomão, acrescendo-se a isto o fato de entenderem que, para tanto, deve-se aplicar o sistema de rodízio, ou seja, "de quem é a vez", seja no sentido de "eleger" o Mestre mais antigo ou aquele que ocupa no momento a 1ª Vigilância da Loja. Acabo me perguntando, então, do por que da eleição, já que há um "sistema" rotativo para a ocupação do cargo de Venerável, bem como se não deve haver uma análise sóbria de quem possuiria as melhores condições para empunhar o 1º Malhete, lembrando-me do que diz a respeito o próprio Ritual de Instalação: "- As condições essenciais para o desempenho das funções de Venerável Mestre são as seguintes: ...Ser versado na nobre ciência da Arte Real e amante da sabedoria..." e como é triste ver Veneráveis com dificuldade já para ler os rituais de uso comum, sem conhecimentos básicos de história e doutrinas da Ordem, da ritualística, legislação, etc... Como já fui Venerável, me pego exclamando com meus botões, diante de alguns exemplos do que digo: "Ele é pior que eu!”.

Longe de mim arvorar-me em exemplo de Venerável, mas, com toda sinceridade, sempre procurei e procuro aprender, conhecer, e quando no Trono de Salomão, me esforcei por saber mais ainda do essencial, ao menos, para me desincumbir o melhor possível de minhas obrigações, e somente aceitei ser indicado e eleito para o cargo após ter mais de 20 anos de Maçonaria, e perdoe-me se pareço orgulhoso e presunçoso, mas o veneralato não é para todos os maçons, para todos os Mestres. Penso se não seria o caso de serem maiores as exigências legais para que alguém possa ser eleito Venerável, se não deveria o mesmo submeter-se a um exame de condições por uma Comissão de Mestres Instalados mais preparados, doutos, com a necessidade de ser por eles aprovado para poder assumir as funções. Já temos em muitas Lojas uma deplorável situação de Irmãos que não leem, não se interessam em aprender, em se desenvolver, não estudam, de Lojas que não ensinam, etc., para ainda termos à frente das mesmas Mestres em iguais condições, mas que deveriam ser os guias dos Irmãos, ensinando-os, já que estão sob o sólio "para esclarecer a Lojas com as luzes da sabedoria..."

Estarei assim tão errado, meu Irmão? Gostaria muito de seu sábio parecer, até porque penso em preparar um trabalho a respeito, começando pelas considerações históricas e vindas para o momento atual, para nossos “usos e costumes”.

CONSIDERAÇÕES:

PÍLULAS MAÇÔNICAS

PELICANO

Pelicano é uma ave aquática, grande, palmípede de bico longo e chato, com largo “papo” abaixo da mandíbula inferior, com fácil regurgitar. Segundo Mestre Mackey, em sua Enciclopédia da Maçonaria, na antiga seita cristã, o Pelicano era considerado o símbolo do Salvador. Isso devido antiga lenda que relata que essa ave dilacerando o peito, derrama seu sangue para seus filhotes.

A Igreja fez dele um símbolo, no qual ele assemelhava-se ao Salvador, derramando seu sangue por Ela (Igreja) e pela humanidade. Por associação de idéias, a Maçonaria fez do Pelicano algo semelhante: simbolizou-o como sendo a Maçonaria que derrama seus conhecimentos para seus Obreiros.

Dessa interpretação teológica, segundo Mestre N. Aslan, os místicos aplicaram outro significado considerando o Pelicano como o símbolo do próprio sacrifício que, posteriormente, se reflete em boas ações, como bônus do realizado.

Não é de se estranhar, portanto, que a Maçonaria nos seus Altos Graus (REAA) tenha adotado o Pelicano como Símbolo para o Grau de Cavaleiro Rosa-Cruz, grau eminentemente cristão.

O Pelicano é sempre representado no momento em que abre suas entranhas para alimentar seus filhotes. Por isso, na ‘jóia” dos Cavaleiros Templários, ele é visto embaixo da Rosa-Cruz e do Compasso, que apóia as suas pontas sobre o quarto de círculo que sustenta seu ninho (Alec Mellor).

É considerado, também, o Símbolo da Caridade e do amor Materno (N. Aslan). Muitas outras interpretações simbólicas foram realizadas, principalmente pela Igreja católica, fazendo comparações com Jesus Cristo, mostrando mais uma vez que o pensamento do ser humano é livre e não tem limites.

M∴I∴ Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

A CÂMARA DE REFLEXÕES

A CÂMARA DE REFLEXÕES 
Ir∴ Sérgio Burzichelli Jr. 
M∴M∴ ARLS Renascença Santista - 339 REAA - GLESP Santos - SP 

A Câmara de Reflexões primeiro contato real que nós postulantes, temos com a Maçonaria. Para que melhor a compreendamos, se faz necessário conhecermos o significado da palavra Iniciação eti molog ica mente derivada do latim " Initiare - initium "' representa " início ou começo " derivada de " in tere " " ir dentro ou ingressar ". Em outras palavras, Iniciação é a porta que nos conduz a um novo estado moral ou espiritual a partir do qual se inicia ou começa uma nova maneira de ser ou de viver. 

0 símbolo fundamental da Iniciação é a Morte, como estado preliminar à nova vida. Para tal, a Maçonaria nos oferece a Câmara de Reflexões. Apartada como é do Templo, constitui a prova da Terra, a primeira das quatro que simbolizam os elementos da natureza. Com suas pretas paredes, figurando uma catacumba, cercada de símbolos e de emblemas da morte, inscrições , um galo, um testamento entre outros, revela nos que cada símbolo, cada frase tem sua própria explicação e importância isolados, mas o conjunto é que nos oferecerá a idéia e a sensação da transitoriedade e insignificância da vida. Neste local, somos levados a conceber novas idéias, introspectar, examinar e comparar tudo o que nos cerca. Isolados do mundo exterior para nos concentrarmos no estado íntimo do mundo interior, aonde devemos dirigir nossos esforços para chegar à Realidade. É o "gnothi seautón " dos iniciados gregos. É a fórmula hermética V.I.T.R.I.O.L. ; " Visita Interiora Terrae: Rectificando; Invenies Occultum Lapidem " cuja tradução literal é : " Visita o interior da Terra, retificando encontrarás a pedra oculta" . Significando que devemos ingressar dentro da realidade do próprio mundo objetivo, não contentando nos apenas com o seu estudo ou exame puramente exterior: então, rectificando constantemente nosso ponto de vista, a nossa visão , e com os esforços da nossa inteligência ( como o demonstra a cuidadosa retidão dos três passos da marcha do Apr∴), poderemos chegar ao uso do compasso junto com o esquadro, isto é, o conhecimento da Verdade livre da Ilusão. 

Meus lir∴, todos os dias, todo homem ao fechar os olhos, se acha em sua própria Câmara de Reflexões, então, aproveitemos para usufruir desta dádiva do G∴A∴D∴U∴ para concentrarmos nos no silêncio da alma, isolando todas as influências exteriores; despojemo nos dos nossos defeitos, erros, vícios e ilusões de personalidade para que possamos caminhar em direção a Luz, ir em busca da verdade e estabelecer no seu domínio o Reino da Virtude, libertemo nos cada vez mais de todas as sombras que escurecem e impedem a manifestação desta Luz Interior que deve brilhar sempre mais clara e intensamente, raiando e destruindo as trevas. Uma vez abertos nossos olhos, para esse estado superior de consciência, teremos reconhecido também essa Luz que, presente em cada um de nós, manifestar se á espontaneamente nos diversos empreendimentos de nossas vidas, nos nossos pensamentos, palavras e ações. 

Fonte: JBNews nº 0098 - 07/12/2010

sábado, 30 de janeiro de 2021

OS C. PP. PP. DA MAÇONARIA

Em 27.06.2020 o Respeitável Irmão Nelson Marimon, Loja Gênesis, 3.089, REAA, GOB-RS, Oriente de Cachoeirinha, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:

C∴ PP∴ PP∴

Estou fazendo uma prancha sobre os CC∴ PP∴ PP∴ e tenho algumas questões a respeito.

Segundo o ritual de Mestre do GOB os CC∴ PP∴ PP∴ são usados na Exaltação no momento de retirar o Irmão do e∴ e no momento da trans∴ da pal∴. Existe algum outro momento em que se deve usar os CC∴ PP∴ PP∴?

O T∴ de Mestre pode ser dado através de 3+3+3 bat∴ com o pol∴ sobre a fal∴ do Irmão ou pode ser feito a g∴ de Mestre. Quando usar uma ou outra opção?

Sempre que se usar a g ∴deverá ser feito os CC∴ PP∴ de PP∴?

Qual o t∴ deve ser usado pelos VVig∴ quando percorrem as CCol∴ verificando se todo são MM∴ MM∴?

CONSIDERAÇÕES:

Vale a pena mencionar que os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴ pertenciam originalmente ao Grau de Comp∴, isto à época em que a Maçonaria era ainda constituída por apenas dois graus. Era conhecido como os C∴ PP∴ PP∴ do Companheirismo.

No tocante ao REAA, os C∴ PP∴ PP∴ atualmente se constituem no T∴ do Mestre. Assim, a Pal∴ Sagr∴ do M∴ somente é dada após estarem formados os C∴ PP∴ PP∴. A Pal∴Sagr∴ do M∴ é transmitida por um dos protagonistas por inteiro e não soletrada e nem silabada como acontece com nos graus dos Aprendizes e dos Companheiros.

Por óbvio os C∴ PP∴ PP∴ tem origem na cena teatral que acontece durante a encenação da L∴ de H∴. Destaque-se que o 1º ponto, a contar da união dos pp∴, significa Estab∴, o 2º ponto menciona Equil∴, o 3º Apoio, o 4º Amp∴ e o 5º Fratern∴. O número cinco se relaciona à tradicional classe dos CComp∴, até porque, o original nome dessa alegoria iniciática era os C∴PP∴ PP∴ do CComp∴. Com o advento do 3º Grau, em 1.725 na Moderna Maçonaria, essas origens tiveram que ser adequadas aos agora três graus universais. Cabe mencionar que na Maçonaria de Ofício, ancestral da Moderna Maçonaria, existiam apenas duas classes de trabalhadores (Aprendizes e Companheiros). Era dentre os Companheiros do Ofício que se escolhia um dos mais experimentados para ocupar o cargo de dirigente da Loja Operativa, então chamado de o Mestre da Obra – nada tinha a ver com o Mestre especulativo da atual Maçonaria.

Infelizmente, sobretudo nas concepções latinas da Maçonaria, com o passar dos tempos, o maldito improviso de facilitação - talvez por falta de conhecer o significado do ato - não tardaria a aparecer em certos rituais, ao ponto de ter sido criado o esdrúxulo movimento giratório dos ppul∴ por t∴ vv∴ com a G∴ para a transmissão da Pal∴ Sagr∴ do M∴. A bem da verdade isso é invenção e não existe na tradição do REAA. Essa forma improvisada do T∴ do M∴ girando os ppul∴ pela G∴ não condiz com o seu verdadeiro significado, significação esta que só pode ser constatada quando formado os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴

Destaco que em termos do Ritual de Mestre do GOB e o Sistema de Orientação Ritualística essa anomalia (girar os pp∴pela G∴) será extirpada do Ritual, pois, como dito, o T∴ do M∴ se dá apenas e tão somente pelos C∴ PP∴ PP∴ - não devem existir improvisos ritualísticos.

Também não existe T∴ de M∴ dado por grupos de t∴ em t∴ ppanc∴ como descrito na sua questão. Reitero. T∴ do M∴ se dá pelos C∴ PP∴ PP∴, enquanto que a Bat∴ do Mestre nada tem a ver com esse procedimento.

É bom que se diga que a G∴ é um dos C∴ PP∴ isolado.

Nesse sentido criou-se o costume com o qual os MM∴ MM∴ se valem da discrição para serem reconhecidos em situações fora de Loja. Dessa forma, discretamente ao se cumprimentarem eles formam apenas a G∴.

Contudo em Loja aberta, em qualquer situação o correto é, sem preguiça e adaptações, se dar o T∴ pelos C∴ PP∴ PP∴. Assim, os VVenerab∴ VVig∴ ao percorrerem as CCol∴ para a verificação, o fazem utilizando os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴. Do mesmo modo também se utilizam os C∴ PP∴ PP∴ durante a transmissão da Pal∴ quando da abertura e encerramento dos trabalhos.

Concluindo, o conjunto dos C∴ PP∴ PP∴ - que é o T∴ do Mestre - possui alto significado simbólico. Sua performance encerra um dos mais importantes segredos do Grau. Assim, usar na ocasião opções improvisadas não condiz com a realidade e a importância que o Terceiro Grau merece. Em Maçonaria não existe ato litúrgico e ritualístico abreviado.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

LUVAS, UMA CURIOSIDADE

LUVAS, UMA CURIOSIDADE
Ir∴ León Zeldis*

O costume de entregar dois pares de luvas ao recém-iniciado, um para si mesmo e o outro para a mulher que mais respeita, tem uma longa tradição histórica.

Possivelmente, sua origem remonta ao século X. Uma crônica relata que, no ano 960, os monges do Monastério de São Albano, em Mogúncia, ofereciam um par de luvas ao bispo, em sua investidura.

Na oração, que se pronunciava na cerimônia da investidura, implorava-se a Deus que vestisse, com pureza, as mãos de seu servente.

Durandus de Mende (1237-1206) interpretava as luvas como símbolo de modéstia, já que as boas obras executadas com humildade devem ser mantidas em segredo. Na investidura dos reis da França, estes recebiam um par de luvas, tal como os bispos. As mãos ungidas e consagradas do rei, assim como as de um bispo, não deviam ter contato com coisas impuras. Depois da cerimônia, o Hospitalário queimava-as, para impedir que pudessem ser utilizadas para usos profanos.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

IRMÃO ADORMECIDO

Em 27/06/2020 o Respeitável Irmão Arildo Dias, Loja Zênite, 441, sem mencionar o nome do Rito, GLESP (CSMB), Oriente de Marília, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta:

IRMÃO ADORMECIDO

Sou assinante da Revista "A Trolha" e aprecio muito suas respostas no "Consultório Maçônico". Solicito tirar-me a seguinte dúvida:

- Um Irmão adormecido pode participar de uma Sessão Maçônica, a convite de algum Irmão?

CONSIDERAÇÕES:

Sob o aspecto legal é preciso antes se consultar o que prescrevem os regulamentos das Obediências Regulares no trato com a validade de um Quite-Placet. 

Em linhas gerais, a validade de um Quite-Placet é de seis meses, ou 180 dias, a contar da data da sua expedição. Assim, o portador desse documento, dentro do prazo de validade, é considerado regular, sendo que para tal ele poderá pleitear a sua filiação a uma Loja da sua Obediência. 

Caso esteja o Quite-Placet vencido, isto é, ter mais do que 180 dias, então ele devera antes pedir regularização a uma Loja da sua Obediência.

Um Quite-Placet dentro do prazo da sua validade, dentre outros habilita o seu portador a visitar uma Loja para conhece-la e solicitar a sua filiação.

No tocante a Irmão adormecido - aquele que tem o seu Quite-Placet vencido – este não pode frequentar sessões de Loja, não sem antes ter sido regularizado. Em síntese, portador de Quite-Placet vencido não pode visitar sessões de Loja.

No meu modesto entender, somente portador de Quite-Placet em vigência é que pode visitar Loja para conhecer o ambiente que ele deverá solicitar a sua regularização.

Há ainda, nesse caso, as questões legais pertinentes a cada Obediência Regular quando se trata de filiação ou regularização de obreiro oriundo de outra Potência Maçônica reconhecida.

Por fim, uma Loja não deve receber obreiro irregular (Quite-Placet vencido) sob nenhum pretexto. Nesse caso é preciso antes regularizá-lo. 

Concluindo, destaco que as minhas colocações aqui expressas não devem ter sentido laudatório já que elas são produtos da minha opinião. Assim reitero que antes de mais nada é de bom alvitre se consultar os Diplomas Legais das respectivas Obediências.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com.br
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

CARTA DE FREDERICO, REI DA PRÚSSIA EM 1786

CARTA DE FREDERICO, REI DA PRÚSSIA EM 1786

NOVOS INSTITUTOS SECRETOS E FUNDAMENTAIS DA MUITO ANTIGA E VENERÁVEL SOCIEDADE DOS ANTIGOS MAÇONS LIVRES ASSOCIADOS, OU ORDEM REAL E MILITAR DA FRANCO-MAÇONARIA

Nós, Frederico, por graça de Deus, Rei da Prússia, Margrave de Brandebourg, etc. etc. etc.

SOBERANO GRANDE PROTETOR, Grande Comendador, Grão-Mestre Universal, e Conservador da Muito Antiga e Venerável Sociedade dos Antigos Maçons Livres Associados, ou Ordem Real e Militar da Franco-Maçonaria:

A todos os nossos ilustres c muito amados IIr. que as presentes letras virem.

TOLERÂNCIA, UNIÃO E PROSPERIDADE

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

DEPOIMENTO "ENTRE COLUNAS" - AVENTAL VIRADO

DEPOIMENTO "ENTRE COLUNAS" - AVENTAL VIRADO
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Pedro Vicente Barcellos, Mestre Instalado da Loja Liberdade Criciumense, 55, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Criciúma, Estado de Santa Catarina. pedrovbarcellos@hotmail.com

Gostaria que os maninhos pudessem me esclarecer uma dúvida, ou uma situação criada em Loja, sem que até hoje encontrasse alguém que me desse uma luz.

Quando de um depoimento "Entre Colunas", a certa altura da palavra, o irmão colocou o avental de Mestre com a frente voltada para trás. Não consegui até hoje alguém que me esclarecesse esse tipo de posicionamento do avental. Ele não tirou o avental - simplesmente girou o avental voltado para trás.

Pergunto: que significado tem tudo isso? Edito mensalmente o "Informativo Maçônico Entre Colunas!", jornal que circula em todas as Lojas dos orientes de Criciúma, Urussanga, Araranguá, Tubarão e Braço do Norte.

CONSIDERAÇÕES:

Primeiro – Estar entre Colunas significa; “estar entre as Colunas do Norte e do Sul” e não entre às Colunas B e J que sendo vestibulares (de vestíbulo), deveriam estar posicionadas no átrio da Loja.

Segundo – Eu não sei se é o caso. Alguns fantasmas do passado ainda costumam se materializar. Pregava-se um costume, certamente tirado de uma invencionice, que um Mestre, se lhe fosse negada a Palavra ele se posicionaria “entre Colunas” e falaria diretamente com o Venerável e, para completar a besteira, denominava-se a bobagem com “posição de súplica”. Isso nunca existiu.

Terceiro – Agora aparece mais uma. Mano, certamente você nunca escutará uma explicação plausível sobre essa de “virar o avental”.

Isso é outra daquelas invenções que se somam a tantas outras ainda existentes. Isso é uma verdadeira aberração!

Não bastasse às deturpações inseridas nos Ritos, agora aparece essa. Pasmem. Até um dos símbolos mais autênticos da Sublime Instituição não escapou das barbaridades inventivas.

A única explicação que posso dar é que “não sei”, pois em mais de vinte anos de historiador e pesquisador da Ordem, eu nunca encontrei nada, mas realmente nada que pudesse justificar essa prática equivocada.

Aliás, lançamos o desafio. Pode alguém justificar a autenticidade dessas...

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 427 Florianópolis (SC) 30 de outubro de 2011.

SER APRENDIZ

SER APRENDIZ
Ir∴ Marcello Senise 

A vida de um neófito não é fácil... 

Nascer, abrir os olhos, enxergar pela primeira vez a intensa Luz, perpetrar os primeiros e mais difíceis passos rumo aos augustos mistérios que se descortinam a nossa frente, e por fim, tentar balbuciar as primeiras palavras. 

Como qualquer criança recém nascida, o Aprendiz é tomado por uma intensa curiosidade por tudo que está a sua volta, ao mundo novo que vos apresenta, o significado dos símbolos, a linguagem, a postura, pois absolutamente todos os sabores são inovadores a seu insaciável apetite e paladar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

PAINEL DO GRAU

PAINEL DO GRAU
(republicação)

Em 25/12/2016 o Respeitável Irmão Alexandre Fortes, sem mencionar o nome da Loja, Obediência, Cidade e Estado da Federação, REAA, formula a seguinte questão.

PAINEL DO GRAU.

Por que o Painel do Grau, um utensílio relevantíssimo não possui, no REAA, em ritual, uma classificação específica. Posto que não é nem Paramento, nem Ornamento, nem Joia (no que está escrito)?

CONSIDERAÇÕES:

Não é tido como paramento ou ornamento simplesmente porque ele não é assim classificado. O Painel da Loja é um condensado doutrinário do Grau. Na verdade ele é simplesmente a representação simbólica da Loja e nele estão contidos os Paramentos, os Ornamentos e as Joias da Loja.

No mais ele é uma alegoria que veladamente representa o caminho iniciático do obreiro de acordo com o Grau simbólico.

Não ser considerado como Paramento, Ornamento ou Joia da Loja não faz dele menos importante do que os outros símbolos que decoram e compõem a Loja. Aliás, em se tratando de Paramentos da Loja estes são apenas e tão somente as Três Grandes Luzes Emblemáticas, assim como Joias só existem três fixas e três móveis.

No mais, o mais importante não é o título que ele, o Painel, porventura possa merecer, mas o que ele representa para a jornada do maçom, embora infelizmente muitos o tenham apenas como um mobiliário que fica no centro como referência para a circulação.

O Painel da Loja é uma importante alegoria maçônica oriunda dos desenhos a giz e carvão que ficavam no centro do recinto na época das tabernas dos Maçons antigos que mais tarde evoluiriam para os tapetes até se caracterizarem como os Painéis por nós hoje conhecidos.

T.F.A.
PEDRO JUK   -   jukirm@hotmai.com 
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

MINUTO MAÇÔNICO

SÍMBOLOS 2º

1º - Os símbolos não se dirigem a qualquer pessoa. Desorientam, especialmente, a estes supostos espíritos positivos, que se acostumaram a fundar os seus raciocínios na rigidez de fórmulas dogmáticas ou científicas.

2º - Estes não são feitos evidentemente para traduzir o que chamamos de verdades científicas. Por sua natureza devem ser eles elásticos, vagos, ambíguos como as sentenças dos oráculos, cujo papel essencial consistia em revelar os mistérios, deixando ao espírito toda a sua liberdade.

3º - Não é estranho, portanto, que todas as iniciações os tenham utilizado, porque somente os símbolos permitem escapar à escravidão das palavras e das fórmulas para chegar a uma deliberação real do pensamento.

4º - Todos os simbolistas estão unanimemente de acordo em que a interpretação dos símbolos é algo pessoal que não pode ser portanto baseado em alheias interpretações, pois nele introduzimos, necessariamente, todas as nossas idéias.

5º - O símbolo evoca para o Iniciado uma vista sintética das coisas, um conjunto de interpretações particulares e cada uma múltipla e variada.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

A CADEIRA DE SALOMÃO

A CADEIRA DE SALOMÃO

Denomina-se de Cadeira de Salomão a cadeira onde toma assento o Venerável Mestre da Loja quando a dirige em sessão ritual.

Em si, não tem nada de especial. É uma peça de mobiliário como outra qualquer. É como qualquer outra cadeira. Porventura (mas não necessariamente) um pouco mais elaborada, com apoio de braços, com maior riqueza na decoração, com mais cuidado nos acabamentos. Ou não...

Como quase tudo em maçonaria, a Cadeira de Salomão tem um valor essencialmente simbólico. Integra, conjuntamente, com o malhete de Venerável e a Espada Flamejante (esta apenas nos ritos que a usam), o conjunto de artefatos que simbolizam o Poder numa Loja maçónica. Ninguém, senão o Venerável Mestre, usa o malhete respetivo. Ninguém, senão ele, utiliza a Espada Flamejante. Só ele se senta na Cadeira de Salomão.

A Cadeira de Salomão destina-se, pois, tal como os outros dois artefatos referidos, a ser exclusivamente utilizada pelo detentor do Poder na Loja. Assim sendo, importante e significativo é o nome que lhe é atribuído. Não se lhe chama a Cadeira de César ou o Trono de Alexandre. Sendo um atributo do Poder, não se distingue pelo Poder. Antes se lhe atribui o nome do personagem que personifica a Sabedoria, a Prudência, a Justa Sageza. Ao fazê-lo, está-se a indiciar que, em Maçonaria, o Poder, sempre transitório, afinal ilusório, sobretudo mais responsabilidade que imperiosidade, só faz sentido, só é aceite, e portanto só é efetivo e eficaz se exercido com a Sabedoria e a Prudência que se atribui ao rei bíblico.

Quem se senta naquela cadeira dispõe, no momento, do poder de dirigir, de decidir, de escolher o que e como se fará na Loja. Mas, em maçonaria, se é regra de ouro que não se contraria a decisão do Venerável Mestre, porque tal compromisso se assumiu repetidamente, também é regra de platina que, sendo-se livre, não se é nunca obrigado a fazer aquilo com que se não concorda. O Poder do Venerável Mestre é indisputado. Mas, para ser seguido, tem de merecer a concordância daqueles a quem é dirigido. E esta só se obtém se as decisões tomadas forem justas, forem ponderadas, forem prudentes. O Poder em maçonaria vale o valor intrínseco de cada decisão. Nem mais, nem menos.

A Cadeira de Salomão é pois o lugar destinado ao exercício do Poder em Loja, com Sabedoria e Prudência. Sempre com a noção de que não é dono de qualquer Poder, que só se detém (e transitoriamente) o Poder que os nossos Irmãos em nós delegaram, confiando em que bem o exerceríamos.

Não está escrito em nenhum lado, não há nenhuma razão aparente para que assim tenha de ser. Mas quase todos os que se sentaram na Cadeira de Salomão sentem que esta os transformou. Para melhor. Não porque esta Cadeira tenha algo de especial ou qualquer mágico poder. Porque a responsabilidade do ofício, o receber-se a confiança dos nossos Irmãos para os dirigirmos, para tomar as decisões que considerarmos melhores, pela melhor forma possível, por vezes após pronúncia dos Mestres da Loja em reunião formal, outras após ter ouvido conselho de uns quantos, outras ainda em solitária assunção do ónus, transforma quem assumiu essa responsabilidade. A confiança que no Venerável Mestre é depositada pelos demais é por este paga com o máximo de responsabilidade. Muito depressa se aprende que o Poder nada vale comparado com o Dever que o acompanha. Que aquele só tem sentido e só é útil e é meritório se for tributário deste.

A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão não lhe permite distinguir se é confortável ou não. Não é apta a que sinta que se encontra num plano superior ou central ou especial em relação aos demais. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão vê todos os rostos virados para ele. Aguardando a sua palavra. Correspondendo a ela, se ela for adequada. 

Calmamente aguardando por correção, se e quando a palavra escolhida não for adequada. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão fá-lo instantaneamente compreender que está ali sentado... sem rede!

E depois faz o seu trabalho. E normalmente faz o seu trabalho como deve ser feito, como viu outros antes dele fazê-lo e como muitos outros depois dele o farão. E então compreende que não precisa de rede para nada. Que o interesse é precisamente não ter rede...

Quem se senta na Cadeira de Salomão aprende a fazer a tarefa mais complicada que existe: dirigir iguais!

Rui Bandeira

Fonte: JBNews - Informativo nº 095 - 04/12/2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

DOGMA, MAÇONARIA E RELIGIÃO

DOGMA, MAÇONARIA E RELIGIÃO
(republicação)

Em 27/12/2016 o Respeitável Irmão Tristão Antônio Borborema de Carvalho, Loja Obreiros de Abatiá, 69, REAA, Grande Oriente do Paraná (COMAB), Oriente de Abatiá, Estado do Paraná, solicita esclarecimentos.

DOGMA, MAÇONARIA E RELIGIÃO

Pergunto: a Maçonaria é antidogmática? Em caso positivo, maçonaria e fé cristã (que se apoia em dogmas, como nascimento virginal de Cristo, ressurreição dos mortos, dentre outros) são incompatíveis? É possível ser cristão e maçom?

CONSIDERAÇÕES:

Esse tipo de discussão não cabe na Maçonaria simplesmente porque ela não é uma religião, portanto, não a discute. Estuda sim a sua filosofia, suas raízes histórias e influências sobre os seres humanos de acordo com a sua cultura.

A Maçonaria tem por princípio respeitar todas as religiões e insiste em orientar que cada um deve procurar o seu conforto religioso na sua própria religião.

Então, se a Maçonaria não é religião, por princípio nela não cabem discussões sobre dogmas, mas revela que fanatismo e superstição são flagelos da humanidade.

Historicamente nascemos à sombra da Igreja como construtores de templos, abadias e catedrais da Idade Média, daí ser comum a influência de costumes religiosos no seio da sua existência, porém esses são costumes que marcam e embasam o seu arcabouço doutrinário. Essa doutrina, entretanto não visa interferir nem apregoar credos religiosos.

As lendas bíblicas, comumente mencionadas nas instruções e rituais maçônicos nos servem como muitas das alegorias que dão suporte ao método de aperfeiçoamento moral e ético reservado somente aos iniciados. Veja o exemplo do Livro da Lei. Ele não está ali como um mensageiro dessa ou daquela religião, mas como um código de moral pelo qual o Iniciado se compromete a cumprir as "obrigações da Ordem" - as obrigações prestadas pelo maçom diante do Livro da Lei, não raras vezes é confundido como juramento religioso, o que não é verdade.

Infelizmente uma boa parcela dos maçons ainda não entendeu que a Maçonaria faz uso das alegorias bíblicas para montar boa parte da sua estrutura de estudos, que tanto pode ser de vertente deísta como teísta, entretanto o uso da Bíblia, as alusões de suas passagens, etc., não visa doutrinar ninguém, porém usar o seu conteúdo como exemplo para preparar os seus integrantes.

Deus na Maçonaria é o Deus de todos os homens no sentido de que de modo conciliatório Ele é denominado Grande Arquiteto do Universo.

Às vezes pela falta de melhor compreensão da "Arte" é que muitos ainda acham que foram os maçons que construíram o Templo de Jerusalém, e pior ainda, acham que a Sala da Loja, também conhecida como Templo, é uma representação do mencionado Templo hebraico.

Então Mano, deixemos a discussão de dogmas para as religiões. Para nós maçons, basta a convivência fraternal e respeitosa entre todos os homens, sejam eles pertencentes cada qual a uma religião. Assim, tanto um cristão, como um muçulmano, como um judeu, etc., podem perfeitamente fazer parte dos quadros da Maçonaria, pois a verdadeira beleza da "construção" esta na arte da convivência e na fraternidade humana.

Dando por concluído, devo ratificar mais uma vez que a Sublime Instituição não é religião e não se presta a doutrinar ninguém nessa ou naquela crença. Com seu método suportado por símbolos e alegorias, ecleticamente haurido das manifestações do pensamento da humanidade, ela visa incentivar o Homem a buscar o seu aperfeiçoamento moral transformando-o daquela Pedra Bruta de então retirada da jazida, numa Pedra Cúbica perfeitamente desbastada, capaz de fazer parte das paredes de um templo construído à Virtude Universal. A Maçonaria não zomba de nenhuma religião, mas cobra dos seus integrantes o respeito a ela pela fé que um dia ele demonstrou, diante do Livro da Lei da sua crença, ao prometer cumprir a sua obrigação.

T.F.A.
PEDRO JUK   -   jukirm@hotmail.com  
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

ESPELHO MEU, QUE TIPO DE VENERÁVEL SOU EU?

ESPELHO MEU, QUE TIPO DE VENERÁVEL SOU EU?
Ir∴ Virgílio Reis de Oliveira

Nós, veneráveis, precisamos estar cientes da forte influência que exercemos sobre um grupo de Irmãos, quando estamos à frente de uma Loja.

Se uma Loja anda desmotivada, com pouco interesse e envolvimento, possivelmente seu Venerável não vem transmitindo interesse e segurança suficiente aos Irmãos para liderá-los.

Empenho, motivação, competência, envolvimento, segurança, efetividade, todos estes sentimentos estão em voga na relação Venerável - Loja.

Gostaríamos de comentar a importância do venerável enquanto modelo para sua loja.

Certa vez ouvi um Irmão dizer que cada loja tem a "cara" de seu venerável. Por que isso?

Vamos retroceder no tempo e recordar nossa primeira relação de poder: o pai e o filho. É através dos ensinamentos e exemplos que são transmitidos pelos pais, que a caráter do filho vai se moldando. Então, o filho repete não só o que o pai diz.

Com relação a um grupo em Loja, as coisas não são muito diferentes. O grupo não só aceita as orientações do venerável como também repete e imita a sua postura, tanto em Loja, quanto na sociedade. Por isso, dizemos que uma Loja tem a “cara" de seu venerável. Esse processo acontece em dois níveis distintos: um intelectivo, outro afetivo.

No nível intelectivo, o Irmão colaborador acata ou não a orientação; discute um planejamento de tarefa, tudo isso acontecendo com o seu conhecimento e controle. Já no nível afetivo, as coisas acontecem com uma percepção menos clara. Um venerável que se mostra pouco seguro em relação às suas atribuições, transmitirá uma insegurança para o grupo de Irmãos que passará a agir de maneira dúbia. O sentimento do venerável flui para o grupo que o capta num nível inconsciente, passando a agir de acordo com ele.

Então, o venerável teria de ter um controle perfeito de todos os seus sentimentos e emoções para só transmitir coisas positivas para sua Loja? Não, não vamos chegar a tanto! Afinal, ninguém é perfeito! O que nós, veneráveis, precisamos, sim, é estarmos cientes da forte influência que exercemos sabre um grupo, quando estamos na liderança. O clima entre o grupo é um excelente espelho para se estudar a forma de gestão que esse grupo vem tendo.

Um grupo de Irmãos que forma uma Loja, que se sente respeitado, tratado com dignidade e confiança, produz com excelência. Ele responde de acordo com o que é esperado dele. Se dele é cobrado empenho e dedicação, mas o venerável não demonstra envolvimento e interesse nos resultados, cria-se um clima dissonante, um clima tenso. É como se houvesse duas forças contrárias no sentido intelectivo. Sabe-se que um empreendimento qualquer em uma Loja deve ser executado com empenho, mas em termos de afeto não se sente (ou não existe) comprometimento por parte do venerável, daquele que está à frente do grupo. Como duas forças contrárias se anulam, a Loja cai na inatividade e na desmotivação.

É necessário que a Loja como um todo perceba uma diretriz coerente par parte de sua liderança, isto é, de seu venerável: pensamento e atitude caminhando numa mesma direção, de modo a instaurar um sentimento de firmeza e equilíbrio internos na equipe.

Na apostila do "Seminário para administração de Lojas", realizada em julho de 2003 pelo GOERJ, os Irmãos encontrarão essas idéias de forma didática e explicativa. Vale a pena um reestudo. Afinal sempre estamos aprendendo quando se trata de liderança.

Fonte: JB News - Informativo nº 0094 - 03/12/2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

CATEGORIAS DOS GRAUS NO REAA

CATEGORIAS DOS GRAUS NO REAA
(republicação)

Em 28/12/2016 o Respeitável Irmão Clerson Reis, Loja Mensageiros da Luz, 3200, REAA, GOB-TO, e Loja de Perfeição D. Pedro I, nº 3, Oriente de Palmas, Estado do Tocantins, formula a questão

CATEGORIAS DOS GRAUS NO REAA

Tenho várias vezes encontrado em trabalhos dos graus filosóficos, especialmente os da Loja de Perfeição que tal grau pertence à Classe dos Graus Israelitas ou Bíblicos, a quarta categoria. Fica bastante claro, (inclusive você esclareceu -http://iblanchier3.blogspot.com.br/2015/06/reaa-porque-graus-israelitas.html) que essa categoria se refere à lenda dos graus que é israelita e originada na bíblia. Até aí tudo bem, mas o que eu quero perguntar é:

"Se os graus bíblicos pertencem à QUARTA CATEGORIA, quais seriam as outras categorias?"

Agradeço a atenção e generosidade em esclarecer.

CONSIDERAÇÕES:

Essas categorias acompanham os grupos a que pertencem na subdivisão dos trinta e três graus. Assim, em termos de REAA, a primeira categoria estaria associada ao primeiro grupo constituído pelos três primeiros Graus (Simbolismo). A segunda, associada ao grupo das Lojas de Perfeição constituídas desde o 4º até o 14º Grau; a terceira associada ao grupo das Lojas Capitulares, ou Capítulos compostos pelo 15º até o 18º Grau; a quarta categoria associada ao grupo do Conselho de Kadosh formado pelo 19º até o 30º Grau. Não existe essa associação no quinto grupo denominado Consistório que vai do 31º até 32º grau, enquanto que o 33º por ser único constitui-se no Supremo Conselho.

Na verdade essa divisão por "categorias" se dá para separar por classes os Graus que sofrem a influência israelita-bíblica. Isso porque nessa escola existem também dos graus Templários. Assim, essas categorias são agrupadas devidas a própria influência hebraica que caracteriza boa parte do Rito Escocês Antigo e Aceito, desde os Graus Simbólicos, com a Lenda do Terceiro Grau e os seus derivados, até o Conselho de Kadosh.

Devido a esse pormenor é que existem as quatro categorias - a primeira no Simbolismo, a segunda na Perfeição, a terceira no Capítulo e a quarta no Kadosh.

Faz-se oportuno salientar que a divisão em até quatro categorias só se dá para os Graus israelita-bíblicos (não confundir com grupos). Houve por bem se fazer essa divisão devido aos períodos históricos da civilização hebraica relativos às alegorias e lendas maçônicas a que se referem esses Graus - desde a construção do primeiro Templo (compreensão da matéria) até a Jerusalém Celeste (compreensão do Cosmos).

T.F.A.
PEDRO JUK  -  jukirm@hotmail.com 
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

ALTAR DOS JURAMENTOS

ALTAR DOS JURAMENTOS
Ir∴ Cícero D∴
A∴R∴L∴S∴ Luz da Acácia – Nº 2586 – Or∴ de Jaraguá do Sul (GOB/SC)

A Loja Maçônica simboliza o modo como o Universo era compreendido antigamente (1). Nossos primeiros irmãos tiveram grande inspiração quando perceberam que o mundo é um templo, coberto por uma abóbada estrelada durante a noite, e iluminado pelo Sol em sua jornada durante o dia. Um Universo no qual o Homem segue adiante em seu trabalho, alternando luz e sombra, alegrias e tristezas, sempre buscando reproduzir na Terra a lei e ordem presentes no Oriente, que é a origem de tudo (2).

domingo, 24 de janeiro de 2021

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Foi Jean quem nos enviou esta foto: 

Estou enviando esta foto tirada em Montségur no Ariège. 

Esta aldrava é uma bela obra artesanal de um Irmão visivelmente orgulhoso de pertencer à Ordem. 

Se você também estiver perto de sua casa ou em viagem e observar um prédio, objeto ou decoração maçônica ou alvenaria, envie-nos fotos com algumas explicações. 

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do Blog. (tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

BANQUETE RITUALÍSTICO. AS PARALELAS VERTICAIS E TANGENCIAIS

BANQUETE RITUALÍSTICO. AS PARALELAS VERTICAIS E TANGENCIAIS
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Tavares – Loja Estrela do Mar – Oriente de Matinhos – Paraná – Obediência GOB-PR.
dtj9@hotmail.com

Caro Irmão Pedro Juk. Aproveito a oportunidade para tirar 02 dúvidas:

1) Banquete Ritualístico só nas datas específicas, ou pode-se realizar quando bem entender? É que no dia 20 de março (quinta-feira), a Loja irá realizar um Banquete em comemoração a Páscoa, e fico na dúvida.

2) No Livro da INBRAPEM, volume 3, da Trolha, edição de 2002, onde inclusive aproveito para parabenizar o valioso e brilhante trabalho de autoria do Irmão intitulado O SINAL COM O INSTRUMENTO DE TRABALHO, mas mais especificamente no trabalho do grande Irmão JOSÉ CASTELLANI - POR QUE SÃO JOÃO, "NOSSO PADROEIRO"? (página 105), consta o seguinte:

"No Templo Maçônico, essas datas solsticiais estão representadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significa que o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao Maçom, que a consciência religiosa do Homem é inviolável; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João."

Pergunto: Onde está simbolizado no Templo o símbolo do Círculo entre as Paralelas Verticais e Tangenciais? 

Respostas:

PÍLULAS MAÇÔNICAS

PROFANO

Como já foi mencionado em outra Pílula Maçônica (vide Pílula nº 53 – Colunas do Templo) o termo “Templo”, que, entre outras definições, é o local onde as Lojas Maçônicas se reúnem, vem do Latim “templum”, que significa horizonte. Como foi explicado, os augures contemplavam o horizonte (templum) para fazerem suas predições sobre o futuro, referente às condições climáticas, tempo de colher, templo de plantar, etc.

No local onde eles faziam essas predições, sempre no mesmo lugar e geralmente em cima de uma colina, foram erigidas paredes e teto, para protegê-los contra as intempéries. O interessante é que essa construção é que começou a ser chamada de “Templo”, pois era dali que o horizonte (templum, em latim) era observado.

Referente ao “Profano”, sabemos também que em latim, o termo “fanum” é que define a construção onde as religiões praticam seus cultos e é onde a Maçonaria reúne suas Lojas. É sinônimo de igreja, santuário, etc.

O termo “pro”, tem o significado de “estar fora”. Portanto, nas religiões, “profano” é a definição de quem não pertence à comunidade religiosa, de quem não foi Iniciado, batizado, etc.

Na nomenclatura Maçônica, um “profano” é a pessoa fora da Fraternidade; um não-Maçom. É dito também que, o mundo profano é o mundo fora das Lojas, ou seja, fora do ambiente Maçônico.

Recapitulando: na língua portuguesa o termo “Templo”, que é a construção onde os Maçons se reúnem, vem da palavra “templum” que define o horizonte. E, em latim, para essa mesma construção, o termo que a define, é “fanum”. Portanto, “pro-fanum” fora do templo, gerou “profano”.

M∴I∴Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

ENTENDENDO O TERMO "MAÇONS ANTIGOS, LIVRES & ACEITOS"

ENTENDENDO O TERMO "MAÇONS ANTIGOS, LIVRES & ACEITOS" 
Kennyo Ismail

O termo “Maçons Antigos, Livres & Aceitos” que, utilizando a abreviação maçônica do REAA, fica “MM AA LL & AA” talvez seja, depois de “GADU”, o termo mais usado na Maçonaria. Apesar disso, parece que poucos são os maçons que sabem seu verdadeiro significado e o que se vê são muitos maçons experientes inventando significados mirabolantes e profundamente filosóficos para um termo que teve caráter político na história da Maçonaria.

O termo geralmente é utilizado após o nome da Obediência ou, muitas vezes, faz oficialmente parte do nome. Em inglês a sigla é AF&AM (Ancient, Free and Accepted Masons), cujo significado é o mesmo do termo em português: Maçons Antigos, Livres & Aceitos. Porém, os Irmãos também podem em muitas Obediências se depararem com termo diferente, sem o uso do “Antigo”, apenas: “Maçons Livres & Aceitos” ou “F&AM – Free and Accepted Masons”.

Afinal de contas, o que significa esse termo e qual o motivo da variação?

Em primeiro lugar, ao contrário do que muitos possam pensar, o termo nada tem com o Rito Escocês. Pelo contrário, foram os fundadores do Supremo Conselho do Rito Escocês em Charleston que, influenciados pelo termo, resolveram pegar emprestado o “Antigo” e o “Aceito”.

Na verdade, o termo e sua variável surgiram do nome oficial das duas Grandes Lojas inglesas rivais, historicamente conhecidas por “Antigos” e “Modernos”. O nome da 1ª Grande Loja (1717) era “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra”. Já sua rival (1751) foi fundada com o nome de “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra de acordo com as Antigas Constituições” e por isso costumava ser chamada de “Antiga Grande Loja da Inglaterra”. Dessa forma, a mais nova se proclamava “Antiga” e chamava a primeira, que era mais velha, de “Moderna”. A partir daí, nos 60 anos de rivalidade entre essas duas Grandes Lojas, os maçons da Grande Loja dos “Modernos” ou daquelas fundadas por essa usavam o termo “Maçons Livres e Aceitos”, enquanto que os da Grande Loja dos “Antigos” ou daquelas fundadas por essa eram tidos como “Maçons Antigos, Livres e Aceitos”. Nesse período, a Grande Loja da Irlanda (1725) e a Grande Loja da Escócia (1736) se aproximaram dos “Antigos” e de certa forma aderiram ao termo. As duas Grandes Lojas inglesas resolveram se unir em 1813, porém, os termos permaneceram nas Grandes Lojas constituídas por essas, que consequentemente passaram àquelas que constituíram depois.

O maior reflexo dessa “rivalidade” e o uso dos termos que a representam ocorreu nos EUA, que tiveram Grandes Lojas fundadas pelos Modernos, pelos Antigos, e pelas Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia. Com isso, 26 Grandes Lojas Estaduais usam o termo COM “Antigos” e outras 25 Grandes Lojas usam SEM “Antigos”:

F&AM (trad.: Maçons Livres & Aceitos) = 25 GLs: Alabama, Alaska, Arizona, Arkansas, Califórnia, DC, Flórida, Geórgia, Havaí, Indiana, Kentucky, Louisiana, Michigan, Mississipi, Nevada, New Hampshire, New Jersey, New York, Ohio, Rhode Island, Tennesse, Utah, Vermont, Washington, Wisconsin.

AF&AM (trad.: Maçons Antigos, Livres & Aceitos) = 26 GLs: Colorado, Connecticut, Delaware, Idaho, Illinois, Iowa, Kansas, Maine, Maryland, Massachusetts, Minnesota, Missouri, Montana, Nebraska, Novo México, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Oklahoma, Oregon, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Texas, Virgínia, West Virgínia, Wyoming, Pensilvânia.

Apesar de a rivalidade ter acabado no início do século XIX, os termos permaneceram e podem ser vistos em várias outras partes do mundo. Alguns exemplos:

COM “Antigos”: Bolívia, Chile, Cuba, Costa Rica, Equador, Grécia, Guatemala, Honduras, Israel, Nicarágua, Panamá, Peru, África do Sul, Espanha, Venezuela.

SEM “Antigos”: Argentina, China, Finlândia, Japão, Filipinas, Porto Rico, Turquia.

Com o “Antigos” já desvendado, cabe aqui compreender a expressão “Livres & Aceitos”: “Livres” se refere aos maçons que tinham direito de se retirarem de suas Guildas e viajarem para realizar trabalhos em outras localidades, enquanto que os “Aceitos” seriam os primeiros maçons especulativos que, apesar de não praticarem o Ofício, ingressaram na Fraternidade.

Hoje, usar ou não o “Antigos” não faz mais tanta diferença. O importante é que não esqueçamos que o “Livres & Aceitos” é um elo, um registro histórico da transição entre a Maçonaria Operativa e a Especulativa. Qualquer interpretação diferente é tentar jogar nossa história fora.

Fonte: https://www.noesquadro.com.br

sábado, 23 de janeiro de 2021

O QUE REPRESENTA A LINHA DO EQUADOR?

O QUE REPRESENTA A LINHA DO EQUADOR?
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Aristides Prado, Loja Dario Veloso, GOB - PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná.

O que representa a Linha do Equador na Maçonaria?

CONSIDERAÇÕES:

Em linhas gerais o espaço delimitado para os trabalhos cobertos na Maçonaria, alegoria essa herdada dos canteiros de trabalho operativo medieval compreende em termos especulativos uma relação simbólica de que a Loja representa um segmento retangular de parte da face da terra, sobre a linha do equador, cujo comprimento é de Leste - Oeste e a sua largura Norte – Sul. Nesse sentido as dimensões topográficas do Templo são orientadas pelos quadrantes terrestres em cuja entrada se faz pelo Ocidente. Nos parâmetros simbólicos da evolução iniciática, normalmente relacionados aos ciclos da Natureza e a sua relação à posição no Sol, o costume maçônico determina esses quadrantes como Oriente, Ocidente, Norte e Sul, ou Meio-Dia.

O equador é uma linha imaginária que tem a função de dividir geograficamente o globo terrestre em duas meias esferas (hemisférios) e assim, na Maçonaria, também representa a divisão da Loja em dois espaços distintos que são rotulados como as Colunas do Norte e do Sul (Meio-Dia).

Da mesma forma que no planeta Terra, na Loja ela é uma linha abstrata, ou imaginária e está situada, partindo do meio da porta de entrada do Templo até o Oriente. Nesse conjunto emblemático, particularmente no escocesismo, aparecem também as doze Colunas Zodiacais que representam, em primeira análise, os ciclos da Natureza.

Destas, seis se localizam no Topo da Coluna do Norte e as outras seis no Topo da Coluna do Sul. As seis do Norte, em dois grupos de três, partindo do Ocidente até a grade do Oriente, representam as estações da Primavera e do Verão, enquanto que as outras seis, no Sul, partindo da grade do Oriente em direção ao Ocidente, do mesmo modo em grupos de três, representam o Outono e o Inverno. 

É importante salientar que essa alegoria da Natureza é entendida simbolicamente sob o ponto de vista do hemisfério Norte (onde nasceu a Maçonaria).

De maneira orientativa para o aprendizado, essas etapas representam o movimento aparente do Sol sob a observação da terra, muito embora se saiba cientificamente que é a terra que se movimenta (translação) em torno do astro rei e a sua inclinação, em relação ao plano de órbita, pelo maior ou menor afastamento do Sol, produzem as estações do ano.

Ainda em relação a esse movimento simbólico na Maçonaria, existem as duas Colunas Vestibulares que, dentre outras, simbolizam, conforme o rito, a passagem dos trópicos de Câncer ao Norte e Capricórnio ao Sul, cuja revolução anual aparente do Sol acontece dentro desse espaço e determina os períodos solsticiais como maior afastamento do equador terrestre e os equinociais como distância eqüidistante ou a passagem do astro rei sobre o equador. 

Os períodos solsticiais (entre 21 e 24 de junho e 24 a 27 de dezembro) dariam, por influência da Igreja, a denominação dos Santos padroeiros da Maçonaria – João, o Batista e João, o Evangelista.

Toda essa alegoria simbólica, em Maçonaria, está relacionada ao renascimento e a morte da Natureza,
conjugada assim ao aprimoramento do Homem que, na Moderna Maçonaria, representa a matéria prima da construção. Do ponto de vista iniciático, como a Natureza, o iniciado morre para renascer, o que produz um sentido de renovação e que tem por parâmetro de passagem uma linha imaginária que, tal como a Lei Natural, produz os ciclos de renovação agregado as lições de filosofia, de ética e de moral.

Assim, de forma sistemática e simbólica, o equador marca as fazes de iluminação dos quadrantes do canteiro, norteando a cada espaço um ciclo de aprimoramento (ver as janelas no painel do grau de Aprendiz e Companheiro no Rito Escocês Antigo e Aceito – a marcha aparente do Sol).

Finalizando, devo alertar que esse sistema alegórico e emblemático não é uma constante em todo o arcabouço doutrinário maçônico dado a pluralidade de ritos que compõem a Maçonaria. Embora o objetivo seja um só, o de se aprimorar o Homem, muitos sistemas estão ligados a influências culturais pela universalidade da Ordem.

Entretanto, a despeito de existência ou não das Colunas Zodiacais, da grade do Oriente, ou da posição da porta de entrada, da inversão das Colunas Vestibulares, etc., todo o espaço de trabalho (a Loja) é sempre orientado pelos quadrantes terrestres, daí, a presença abstrata do equador ser inquestionável em todos os Templos, ind ependente do rito, ou do trabalho praticado.

Melhores esclarecimentos sobre o tema serão também encontrados no livro “Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom” de minha autoria, Editora A Trolha, Londrina, dezembro de 2.007; “INBRAPEM, Vol. 4”, página 77 – E o Topo da Coluna do Norte, Conclusões? Autor Pedro Juk, Editora A Trolha, Londrina, Novembro de 2007; “A Trolha – Coletânea 6”, página 97 Abóbada do Templo Maçônico Rito Escocês Antigo e Aceito, de minha autoria, Editora A Trolha, Londrina, setembro de 2.003; “Rito Escocês Antigo e Aceito História Doutrina e Prática”, autor José Castellani, Editora A Trolha, Londrina, várias edições. Nessas obras e artigos, não só pelo tema em si, será encontrada uma vasta bibliografia para pesquisa.

T.F.A. 
Pedro Juk - jukirm@hotmail.com - Set/2011.
Fonte: JB News – Informativo nr. 391 Florianópolis (SC) – 26 de setembro de 2011

BOM REGIMENTO INTERNO, EXCELENTE VENERALATO

BOM REGIMENTO INTERNO, EXCELENTE VENERALATO
Ir∴ Valdemar Sansão

O Mestre Maçom redobra sua responsabilidade ao ser empossado Venerável Mestre.

Objetivos - Ao formarem uma coletividade, os homens estabelecem simultaneamente, normas para esse convívio que assegurem uma base ética, pois as relações meramente biológicas são presididas por manifestações de inteligência, que a distinguem das outras coletividades animais, dando-lhe a sua característica humana.

Quando a Loja maçônica tem um senso claro do seu objetivo, do seu rumo e da posição desejada para o futuro, e quando essa imagem é amplamente compartilhada, o maçom torna-se capaz de encontrar o seu próprio papel dentro da Loja e da Maçonaria.

E qual será o seu papel na comunidade; para que existem e o que farão no futuro?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

ORAÇÃO

ORAÇÃO
(republicação)

Em 17/12/2016 o Respeitável Irmão Matheus Casado Martins, ex Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB, REAA, GOB-ES, Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, formula a seguinte questão:

ORAÇÃO

Tive o prazer de desfrutar dos seus conhecimentos ainda quando eu ocupava a Secretaria Geral de Orientação Ritualística do GOB.

Ainda, depois de ocupar por sete anos a pasta e ter sido substituído pelo saudoso Irmão Gouveia, recebo consultas informais e, uma delas, submeto ao Poderoso Irmão e solicito que me oriente para não destoar da orientação a ser obedecida.

No encerramento, quando o Venerável Mestre faz a Oração, muitas Lojas entendem que se energizam e consideram salutar, que todos professem a oração, em conjunto, isto é, que repitam com o Venerável Mestre a oração final. "... Grande Arquiteto do Universo, fonte fecunda...".

Há proibição que os irmãos repitam simultaneamente com o Venerável Mestre a oração?

Desde já agradeço a atenção.

CONSIDERAÇÕES:

Na verdade essa não é uma manifestação religiosa, porém uma prédica de reconhecimento e súplica em respeito à Criação e ao Criador no final dos trabalhos maçônicos. É costume que o Venerável Mestre, de acordo com o rito praticado, profira palavras em nome de toda a Augusta Loja. Nesse sentido, está previsto no ritual que é ele quem pronuncia o texto sem participação e acompanhamento vocal da assembleia.

Esse critério é usado na Moderna Maçonaria porque ela dá a cada um a responsabilidade do seu ofício, dentre os quais, o Venerável nesse sublime momento do encerramento. Assim, por não estar previsto no ritual esse acompanhamento vocal, apenas o Venerável faz o pronunciamento.

Penso que para não ferir os nossos usos e costumes, cada um pode, desde que no silêncio do seu interior, manifestar o seu sentimento ou mesmo mentalmente repetir a prédica, porém nunca em voz alta.

No que diz respeito a tal "energização" isso é credo pessoal e não pode ser generalizado nos trabalhos maçônicos, aliás, isso nem é prática maçônica autêntica, a despeito de que a Loja é uma Oficina de aperfeiçoamento moral e não um templo religioso. A arte está em destacar com sutileza e respeito às convicções de cada um no Canteiro de Obras especulativo, pois nos foi ensinado que na construção do Templo simbólico não se ouvia nenhum ruído oriundo das ferramentas utilizadas na sua construção. Assim, basta que apenas um proclame enquanto os outros ouvem.

T.F.A.
PEDRO JUK jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

VOCÊ É PERJURO?

VOCÊ É PERJURO? 

O Dicionário da língua Portuguesa conceitua: "perjuro adj. 1. Que perjura, que quebrou o juramento. s. m." (grifei) 

Pois bem, por ocasião de nossa iniciação na Sublime Ordem, nos é dito: 

"Toda associação tem leis particulares e todo associado deveres a cumprir. E como não seja justo sujeitar-vos a obrigações que não conheceis, o Ir∴ Orad∴ irá dizer-vos a natureza desses deveres." (grifei) 

Em seguida nos são enumerados três deveres, sendo o terceiro o seguinte: 

"O terceiro dos vossos deveres, e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois de vossa iniciação, é o de conformar-vos em tudo com as nossas leis e de submeter-vos ao que vos for determinado em nome da associação em que desejais ser admitido." (grifei)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

VIDA FUTURA OU REENCARNAÇÃO

VIDA FUTURA OU REENCARNAÇÃO
(republicação)

Em 18/12/2016 o Respeitável Irmão Marco Nascimento, Loja José Caraver, 101, REAA, GLEMERGS, sem mencionar o nome do Oriente (cidade), Estado do Rio Grande do Sul, solicita parecer sobre a seguinte questão:

VIDA FUTURA OU REENCARNAÇÃO

Conversando com alguns Irmãos ficamos com uma duvida sobre o Landmark nº 20 que diz textualmente o seguinte:

"Subsidiariamente a essa crença é exigida a crença em uma vida futura".

Um dos Irmãos entende que podemos entender como a possibilidade de Reencarnação e outros entenderam que a "vida futura" ali constante refere-se ao um princípio Cristão de vida "Eterna".

Diante destas duvidas, como o Irmão pode nos ajudar a um melhor entendimento sobre este tema.

Fico agradecido pela compreensão do Irmão e a luz que poderá nos trazer ao tema em questão.

CONSIDERAÇÕES:

Esse tipo de classificação de Landmark é muito discutível e sua adoção não é parte integrante da pura Maçonaria, tanto que muitas Obediências não consideram mais a classificação de Albert G. Mackey, como é o caso do Grande Oriente do Brasil.

Verdadeiros Landmarks da Ordem devem ser imemoriais, espontâneos e universalmente aceitos - veja, por exemplo, a classificação de Findel, Pound, dentre outras autênticas classificações.

Dentro dessa concepção, os legítimos Landmarks adotados na Moderna Maçonaria são apenas aqueles que se enquadram na qualidade acima sublinhada, como por exemplo, o da Loja ser dirigida por três Luzes, o de que os seus trabalhos são cobertos (sigilo), ser essencialmente masculina, etc.

Segundo autores confiáveis (pelo que eu concordo) o número dessas classificações chega ao máximo ao número de sete ou oito.

No caso do Landmark mencionado na questão ele é completamente contraditório, pois está impondo uma crença o que é incompatível com a prática da liberdade de consciência do Homem. Não é o mesmo do que acreditar na existência de Deus, já que a Maçonaria deixa a possibilidade de se admitir o Criador à maneira particular de cada um, seja ela de tendência deísta ou teísta, tanto que o termo Grande Arquiteto é modo conciliatório para se admitir a existência de Deus independente da religião.

Agora, vida futura, reencarnação, etc., é particularidade de religiões e essas são de foro particular de cada Irmão, nunca coletiva na Ordem, não se admitindo na Maçonaria nenhum proselitismo religioso (existem razões históricas para isso). Nesse sentido é que esse Landmark mencionado (o vigésimo) é no mínimo contraditório com o ecumenismo maçônico, pois além de admitir dogma, ainda prescreve a exigência de crença.

T.F.A.
PEDRO JUK jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br