ABERTURA DOS TRABALHOS -
TRANSMISSÃO DA PALAVRA
(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Jocely Xavier
de Araújo, Loja Hermann Blumenau, REAA, GOB, Oriente de Blumenau, Estado de
Santa Catarina.
jxa@tpa.com.br
Por gentileza, poderia se
possível, nos tirar a seguinte dúvida - Grau de Aprendiz: na abertura dos
trabalhos o Venerável Mestre passa a palavra ao Primeiro Diácono para ser
levada ao Primeiro Vigilante. Essa palavra é dada letra por letra e depois
soletrada conforme constam da pág. 165 do Ritual de Aprendiz? Ou só letra por
letra?
CONSIDERAÇÕES:
A transmissão da Palavra Sagrada na abertura e enceramentos dos trabalhos tendo como protagonistas o Venerável Mestre, os Vigilantes e os Diáconos, prática esta do Rito Escocês Antigo e Aceito não é dinâmica do Telhamento, portanto ela é dada soletrada, porém apenas por aquele que transmite. Por exemplo: o Venerável ao transmitir a palavra dá a mesma sussurrada e soletrada no ouvido do Primeiro Diácono que nesse momento apenas a recebe. Da mesma forma também procede ao Primeiro Diácono na transmissão para o Primeiro Vigilante, e assim por diante. Nesse sentido a Palavra também não é silabada no final. Levando-se em conta de que os figurantes desse ato são Mestres Maçons, não existe a característica de um dar a primeira letra e o outro a segunda, etc., etc.
Talvez sejam oportunos nesse momento alguns esclarecimentos no tocante a palavra soletrada e ao final silabada durante o telhamento do Aprendiz. Infelizmente existe ainda esse equívoco – silabar - ao término do procedimento nos rituais brasileiros em vigência. Ora, na concepção iniciática o Aprendiz apenas soletra aludindo simbolicamente à infância.
Já silabar a palavra é ato de outro Grau mais adiantado. Na Maçonaria latina esse feitio é composto para exemplificar evolução – soletrar, silabar e dá-la por inteiro.
A transmissão da Palavra Sagrada na abertura e enceramentos dos trabalhos tendo como protagonistas o Venerável Mestre, os Vigilantes e os Diáconos, prática esta do Rito Escocês Antigo e Aceito não é dinâmica do Telhamento, portanto ela é dada soletrada, porém apenas por aquele que transmite. Por exemplo: o Venerável ao transmitir a palavra dá a mesma sussurrada e soletrada no ouvido do Primeiro Diácono que nesse momento apenas a recebe. Da mesma forma também procede ao Primeiro Diácono na transmissão para o Primeiro Vigilante, e assim por diante. Nesse sentido a Palavra também não é silabada no final. Levando-se em conta de que os figurantes desse ato são Mestres Maçons, não existe a característica de um dar a primeira letra e o outro a segunda, etc., etc.
Talvez sejam oportunos nesse momento alguns esclarecimentos no tocante a palavra soletrada e ao final silabada durante o telhamento do Aprendiz. Infelizmente existe ainda esse equívoco – silabar - ao término do procedimento nos rituais brasileiros em vigência. Ora, na concepção iniciática o Aprendiz apenas soletra aludindo simbolicamente à infância.
Já silabar a palavra é ato de outro Grau mais adiantado. Na Maçonaria latina esse feitio é composto para exemplificar evolução – soletrar, silabar e dá-la por inteiro.
Nesse sentido, tenho insistido em incontáveis oportunidades, que se faz cogente ao estudante de maçonaria o conhecimento dos dois sistemas principais – o inglês (anglo-saxônico) e o francês (latino). Esse costume de silabar a palavra no primeiro grau é prática do sistema inglês onde o método doutrinário se diferencia do latino. Para os Trabalhos Ingleses (lá não existem ritos), por exemplo, a palavra do Aprendiz é dada partida ao meio, inclusive em alguns costumes invertidas e de trás para frente. Excepcionalmente no Brasil, talvez por descuido, ou mesmo por falta de percepção, essa prática acabou alcançando consuetudinariamente os Ritos latinos que o fazem de maneira correta ao soletrar, porém equivocados ao soletrar no final.
Voltando a questão da transmissão da Palavra Sagrada presente no Rito Escocês Antigo e Aceito, ela não pode ser confundida com telhamento - neologismo maçônico que quer dizer verificação da qualidade do portador de um Grau. A transmissão da palavra no início e no término dos trabalhos menciona simbolicamente a prática antiga de marcar corretamente os cantos da obra utilizando o nível, o prumo e o esquadro para que ela, a obra, estando “justa e perfeita” possa ser iniciada. Assim também no final seja o produto conferido e avaliado “justo e perfeito” para que se possa pagar os obreiros e despedi-los contentes – assim está no ritual.
Como se pode notar, embora em ambas as oportunidades, tanto no telhamento como na transmissão, é feito uso da mesma Palavra, as práticas se distinguem conforme o momento ritualístico.
Finalizando deixo aqui a observação de que embora tenham havidos apontamentos no que se refere à prática equivocada de sílabas na palavra sagrada do Primeiro Grau no Rito Escocês Antigo e Aceito, prevalece sempre o que está escrito no ritual em vigor. Os meus apontamentos se atém à autenticidade, porém nunca no intuito de se insurgir contra o que está legalmente aprovado.
T.F.A. - PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 551, Florianópolis (SC) 01 de Março de 2012.