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quinta-feira, 30 de junho de 2016

MESTRE INSTALADO NÃO É GRAU!!!

MESTRE INSTALADO NÃO É GRAU!!!
Ir.'. Wesley Pereira
ARL Virtus Et Labor - GOB - Maringá-PR

Pediu-me o Irmão que dissertasse sobre um uso que indevidamente vem se tornando um costume e assolando a Ordem de modo geral, qual seja o de lançar no livro de presenças o “grau” de Mestre Instalado, ou de ser cumprimentado ou cumprimentar aos ex-Veneráveis Mestres como Mestres Instalados. Para melhor compreensão do tema nos reportarmos à Sessão de Instalação, ou seja de posse do Presidente de Loja Maçônica.

Ouve-se em muitas discussões e pronunciamentos a adoção do termo “Trono de Salomão”. Não se sabe se por acharem o termo bonito, pomposo ou por pura ignorância por terem ouvido outros Irmãos utilizarem tais termos e decidiram repeti-lo sem o devido conhecimento.

Com todo o respeito, ousamos discordar da utilização da expressão Trono de Salomão, e o faço antes que se espalhe de vez pela Ordem, influenciando mais algum Irmão desavisado. Muito menos posso concordar que exista o “grau” de Mestre Instalado, ou seria o mesmo que concordar que tenha sido instituído o que eu denomino como o grau 3 e meio (3,5).

terça-feira, 28 de junho de 2016

DIFERENÇAS RITUALÍSTICAS

Diferenças ritualísticas existentes entre os Ritos Adotados pelo Grande Oriente do Brasil
Antonio Onías Neto M.'. I.'.

Os Oficiais e suas posições no Templo:

Venerável: Existente em todos os Ritos, senta-se no Oriente, a cadeira onde está sentado tem diferentes nomes:
No Rito Moderno: Cadeira de Salomão e a mesa chama-se Triângulo da Sabedoria, todas as mesas chamam-se triângulos.
Nos Ritos Escocês Antigo e Aceito, Adoniramita e Brasileiro: à mesa chama-se Altar e à cadeira chama-se Trono de Salomão.
No Rito de Schroeder: à mesa do Venerável chama-se Altar.
No Rito York: Todas as mesas são chamadas de Pedestais.

Past-Master: É o último Venerável, só existe no Rito de York e senta-se à esquerda do Venerável. O emprego em outros Ritos é indevido. Os ex-Veneráveis devem assim ser chamados ou chamados de Mestres Instalados.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A MORTE INICIÁTICA DO MAÇOM, SÍMBOLO OU REALIDADE?

A MORTE INICIÁTICA DO MAÇOM, SÍMBOLO OU REALIDADE? 
Por Alain Pozarnik 
Tradução: José Filardo
Artigo da Revista Franc-Maçonnerie - Novembro 2013

Os maçons referem-se à iniciação como um segundo nascimento, como um renascimento após uma morte indispensável que qualificam de simbólica. Mas, o que significa “morte e renascimento”? É uma ideia poética que nada tem a ver com a realidade ou um ato concreto? O que deve morrer e renascer?

Um dia nascemos sem pedir a quem quer que seja. Nos alimentam com leite, depois comida cozida e finalmente com alimentos sólidos para que nosso corpo cresça e passe de bebê a criança e de criança a adulto. Ao mesmo tempo, tentamos, com sucesso variável, alimentarmo-nos intelectualmente enquanto juntamos inconscientemente eventos aleatórios, uma nutrição emocional. Em última análise, tornamo-nos o que somos: homens e mulheres imersos em uma sociedade onde cada um está lutando para não ser conduzido pelas ondas do nada.

Às vezes, percebemos que nossos desejos de mais poder, riqueza e prazer realmente não nos satisfazem e deixam um gosto amargo de ausência, de insatisfação, de descontentamento que nos leva a desejar mais e mais, na esperança, da próxima vez de ser saciados.

domingo, 26 de junho de 2016

O USO DAS SIGLAS S.'. S..'.S.'. E S..'.F.'.U.'. NA MAÇONARIA

O USO DAS SIGLAS S.'. S..'.S.'. E S..'.F.'.U.'. NA MAÇONARIA
Duas siglas, com significações diferentes, que merecem um estudo especial, diante das constantes demonstrações de dúvidas, não apenas quanto às respectivas significações, mas quanto ao uso correto de cada uma e, face à quantidade crescente de informações sobre o tema, torna-se interessante buscar-se um aprofundamento no assunto, visando, desta forma, não expor-se a situações vexatórias diante daqueles que dominam o conhecimento da origem e dos Ritos a que se subordinam.

De conformidade com informações dadas por Maçons mais antigos, grande parcela dos erros cometidos em relação a estas Siglas ou formas abreviadas, é atribuída aos Secretários das Lojas, alguns dos quais, durante a leitura do expediente, das pranchas recebidas com essas abreviaturas, por desconhecerem a sua exata significação, pronunciavam, de forma rápida, em relação aos três "S.´.S.´.S.´." o seguinte: "saúde, saúde, saúde" ou, ainda, "salve, salve, salve" formas que causavam indignação àqueles que conheciam a representação exata das ditas letras.

sábado, 25 de junho de 2016

TELHAMENTO OU TROLHAMENTO???

TELHAMENTO ou TROLHAMENTO???
Por Kennyo Ismail

Muitos irmãos considerados intelectuais de maçonaria já dissertaram sobre qual o termo correto para o exame de proficiência aplicado em visitantes desconhecidos em Lojas Maçônicas. Isso porque as Grandes Lojas brasileiras adotam o termo “trolhamento” enquanto que o GOB adota o termo “talhamento”.

Praticamente todos os que se deram o trabalho de escrever sobre o referido tema, incluindo aí José Castellani, Rizzardo da Camino, e muitos outros, concordaram que o correto é “telhamento”, justificando que “telhamento” tem relação com telhado, cobertura, que simboliza a proteção da Loja, já que o telhado protege o templo das intempéries. E isso se encaixa perfeitamente com a ação de examinar os visitantes desconhecidos, de forma a impedir a entrada de profanos. Daí, esses autores de trabalhos, pranchas, peças de arquitetura e livros reforçam ainda mais essa teoria dizendo que “trolhamento” é trabalhar com a trolha e argamassa, atividade que não teria relação alguma com “cobertura”, ou seja, com a proteção do templo. Correto? Vejamos:

Consultando o Dicionário Priberiam da Língua Portuguesa (dicionário do chamado “português europeu”, visto que o REAA praticado no Brasil tem suas raízes na França e em Portugal, com muitos maçons brasileiros do século XIX tendo iniciado na Maçonaria quando dos estudos em Lisboa), encontramos, entre alguns poucos, o seguinte significado para a palavra “trolha”: “operário que assenta e conserta telhados”. Sendo assim, no bom e velho português, “trolhamento” é assentar e consertar telhados. Já o termo “telhador” significa no mesmo dicionário “aquele que telha”, e o verbo “telhar” significa “cobrir com telha”.

Sim, é exatamente isso que você pensou: se você mora em Lisboa e está com uma goteira em casa, você chama “o trolha” para consertar seu telhado. Ele faz um “trolhamento”, ou seja, um exame para verificar onde está o problema, e então realiza o conserto.

Dessa forma, pode-se entender que “telhamento” é fazer um telhado, enquanto que “trolhamento” é consertar um telhado. Ora, o templo já está concluído. O examinador apenas verificará se não há uma “telha” fora do lugar ou defeituosa, de forma a evitar uma “goteira”. Então, qual é o termo que melhor se encaixa à ação do examinador? Trolhamento. O examinador está sendo um “trolha”, assentando, ou seja, avaliando se os visitantes têm o nível (grau) necessário para participarem dos trabalhos, e impedindo assim a entrada de “uma goteira” em nosso lar maçônico.

Alguns desses escritores ainda sustentam essa tese de “telhamento”, dizendo que em inglês, o Cobridor Externo é chamado de “Tiler” (termo que gerou o nome Tyler) que, para eles, poderia ser traduzido como “telhador”, ou seja, quem constrói telhados. Mas esse é apenas outro erro grave de pesquisas superficiais. O Dicionário Cambridge de Língua Inglesa, um dos mais completos e respeitados, registra “tiler” como “a person who fixes tiles to a surface”, ou seja, “uma pessoa que CORRIJE telhas de uma superfície”. Conforme o mesmo dicionário, o termo em inglês para quem constrói telhados é “roofer”.

Concluindo: o termo mais apropriado para o exame de visitantes é: TROLHAMENTO.

Parabéns àqueles que mantiveram o uso do termo correto, mesmo contra toda a “literatura maçônica brasileira” que ditava o contrário.


Fonte: www.noesquadro.com.br

sexta-feira, 24 de junho de 2016

SANTOS PADROEIROS DA MAÇONARIA

SANTOS PADROEIROS DA MAÇONARIA, SEU SIMBOLISMO E RELAÇÃO COM AS RELIGIÕES CATÓLICA E PAGÃ
 
Ir.'. Hercule Spoladore

Nos antigos “collegia fabrorum” romanos, cada corporação de construtores tinha seu deus ou deuses protetores, como era o caso de Jânus, o maior protetor das corporações de artífices. Seus adeptos celebravam anualmente as festas solsticiais de verão e inverno.

Logo no início do Cristianismo, as associações monásticas, guildas ou confrarias de pedreiros, consideradas como precursoras da Maçonaria Operativa, que estavam vinculadas às obrigações religiosas, passaram a adotar os santos católicos como seus protetores, padroeiro, patronos, os quais alguns eram sucessores dos deuses anteriores e não passavam de antigos deuses transformados ou adaptados em santos cristãos e outros santos criados pela própria Igreja entre os quais se destacam alguns já conhecidos como os primeiros mártires dos primeiros tempos do cristianismo. 

O exemplo dos pagãos que tinham um ou mais deuses como padroeiros, posteriormente haviam corporações da Maçonaria Operativa que tinham até mais de um santo padroeiro, isto conforme a região e país.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

A INSTALAÇÃO DE UM VENERÁVEL MESTRE

A INSTALAÇÃO DE UM VENERÁVEL MESTRE
Por Kennyo Ismail

Esse é um tema um tanto quanto comentado na Maçonaria contemporânea. Há tantas teorias, histórias e invenções sobre o assunto que se torna até difícil tratá-lo de forma concisa.

Você pode ler por aí que Instalação é a mesma coisa que Investidura ou que Posse. Isso não é verdade.

Você também pode ler que Instalação é um costume que a Maçonaria copiou dos Cavaleiros Templários. Isso é viagem.

Talvez você leia em algum lugar que Instalação é uma influência da Igreja Católica na Maçonaria. Isso é besteira.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

GALILEU GALILEI

A 22 de junho de 1633, aos 69 anos de idade, Galileu Galilei foi levado diante dos juízes do Santo Conselho da Igreja, e, de joelhos, "confessou":

Eu, Galileu Galilei, filho do falecido Cocenzio Galilei de Florença, com a idade de setenta anos*, sendo trazido pessoalmente a julgamento, e ajoelhado diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Lordes Cardeais, Inquisidores Gerais da Comunidade Cristã Universal contra a depravação herética, tendo diante de meus olhos o Sagrado Evangelho que toco com as minhas próprias mãos, juro que sempre acreditei, e, com a ajuda de Deus, acreditarei no futuro, em todo artigo que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana mantém, ensina e prega. Mas por ter sido ordenado, por este Conselho, a abandonar completamente a falsa opinião que mantém que o Sol é o centro e imóvel, e proibido de manter, defender ou ensinar a referida falsa doutrina de qualquer maneira... Estou desejoso de remover das mentes de nossas Eminências, e de todo Cristão Católico, essa veemente suspeita acertadamente mantida a meu respeito, portanto, com sinceridade de coração e fé genuína, eu abjuro, maldigo e detesto os referidos erros e heresias e, de modo geral, todos os outros erros e seitas contrários à referida Santa Igreja; e juro que jamais no futuro direi ou asseverarei seja o que for, verbalmente ou por escrito, que possa motivar uma suspeita similar de mim; mas que se eu souberr de algum herético, ou alguém suspeito de heresia, denunciá-lo-ei a este Santo Conselho, e prometo que cumprirei e observarei plenamente todas as penitências que a mim tenham sido ou venham a ser impostas por este Santo Conselho, Mas, caso aconteça que eu viole qualquer de minhas promessas, juramentos e protestos citados (que Deus evite!), eu me sujeito a todas as dores e punições decretadas e promulgadas pelos sagrados cânones e outras constituições gerais e particulares contra delinqüentes dessa descrição. Assim, que Deus me ajude, e Seu Sagrado Evangelho, que eu toco com as minhas próprias mãos; eu, o acima citado Galileu Galilei, abjurei, jurei, prometi e me comprometo como acima; e, em testemunho do que, com a minha própria mão subscrevi o presente escrito de minha abjuração, que eu recitei palavra por palavra (in Biografia da Física, o Obscurantismo e o Renascimento, p. 59).

Há uma história segundo a qual, imediatamente após a "confissão", Galileu exclamou: "Eppur si muove!" ("Não obstante, ela se move!"), mas isso não é verdade e só serviu para dar origem a uma velha anedota segundo a qual Galileu estava observando a cauda oscilante de um cachorro amistoso que entrara por engano no Santo Conselho da Igreja. Tendo sido condenado por heresia, Galileu foi confinado em sua vila em Arcetri, perto de Florença, sob o que hoje é chamado "prisão sob palavra". A 8 de janeiro de 1642, completamente cego e cansado da vida, morreu Galileu.

(*) Este é o texto original da confisão de Galileu. Na realidade, ele tinha 69 anos, 4 meses e 7 dias de idade.


terça-feira, 21 de junho de 2016

O ÊXITO OU FRACASSO DE UMA LOJA

O ÊXITO OU FRACASSO DE UMA LOJA MAÇÔNICA DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DO SEU VENERÁVEL MESTRE

Helio P. Leite

Evolução pelo voto no Meio Maçônico

Quanto mais você souber, menos você temerá!

Votação – A votação é um dos atos mais importantes e transcendentais da Maçonaria e expressa a vontade soberana de seus membros, dada a conhecer livremente, em todas as ocasiões, através do sufrágio. O caráter eminentemente democrático da Maçonaria e do regime representativo por que se governam Lojas e Obediências fazem das votações uma constante manifestação entre os Maçons. As votações se verificam na ocasião das eleições dos Oficiais das Lojas e dos Altos Corpos, na admissão de profanos na Maçonaria e nos Graus, e nas deliberações sobre assuntos nos quais a Loja é chamada a se pronunciar.

Formação de Veneráveis Mestres – Alguns começam o trabalho de dirigente da Loja depois de um aprendizado teórico e outros se iniciam na tarefa sem qualquer estudo específico do cargo.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (5ª PARTE)

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (5ª PARTE)
Valdemar Sansão

Nós nos revelamos verdadeiros Mestres quando nos descobrimos eternos Aprendizes 

CARGOS NOMEADOS

Experto - é o indivíduo sabedor; aquele que se tornou perito pela experiência. O termo designa o versátil nos trabalhos. Cargo maçônico existente em alguns dos principais Ritos (como o Escocês, Moderno e Adonhiramita) e inexistentes em outros (como os de York e Schroeder).

Principalmente os da Iniciação maçônica, do momento em que o candidato é entregue aos cuidados de “seu condutor, conhecido como Irmão Terrível, não devendo ser confundido com esperto, palavra que literalmente, é figuradamente, ativo, inteligente, vivo enérgico.



Porta Estandarte – É o responsável pela manutenção, transporte e condução do Estandarte da Loja nas solenidades, nos atos de juramentos, nas visitas às Lojas em Sessões Conjuntas, nos Jantares Maçônicos.

Para o Rito Escocês Antigo e Aceito temos o Porta-Estandarte. As Lojas Maçônicas conservam zelosamente seus estandartes. Eles devem estar sempre presentes nas suas reuniões. No Templo fica no Oriente, ao lado esquerdo do Venerável, fora do dossel. Ao Porta-Estandarte compete o alto encargo de guardar e transportar o Estandarte da Loja e as condecorações que lhe forem atribuídas, conservando-os em lugar apropriado.

Porta Espada Flamejante – A Espada Flamejante Maçônica é uma réplica, uma representação da Espada de Fogo dos Querubins, por isso é que se dá à sua lâmina forma ondulada. A Espada Flamejante é um Símbolo de real importância, de uso exclusivo do V - Mestre Instalado – pois um VM substituto, não Instalado, não poderá, Iniciar, Elevar ou Exaltar um Maçom. O Cargo de Porta-Espada só é exercido nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação. Sua função é muito restrita dentro dos trabalhos da Oficina. Só nessas Sessões Especiais é que o Porta-Espada deixa sua cadeira para ajudar o VM Ele não pode “tocá-la”. Durante uma Sessão em que se faz uso da Espada Flamejante, simbolicamente, somente o VM da Loja ou outro Ir que tenha sido Instalado pode tocar a mesma, ninguém mais tem essa permissão. O Porta-Espada deve transportá-la num Escrínio ou sobre uma almofada, de modo que o VM possa pegá-la com a Mão Esquerda e, com a Mão Direita, dar as pancadas do Grau com o Malhete sobre a mesma, na hora da Consagração.

domingo, 19 de junho de 2016

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (4ª PARTE)

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (4ª PARTE)
Valdemar Sansão

Os VVig são os auxiliares do V M na direção da Loja, enquanto os demais Oficiais são seus auxiliares na administração e no desenvolvimento ritualístico da Sessão.

CARGOS NOMEADOS
6 - Diáconos – No Rito Escocês Antigo e Aceito, que tem a transmissão da Pal Sag, os Diáconos incumbem-se dessa transmissão, no início e no fim dos trabalhos da Loja. Estando correta a transmissão, o 2º Vig comunicará ao 1º Vig e este ao V M, que está “tudo justo e perfeito”; lembrança dos remotos tempos das Corporações Operativas, quando os construtores sempre verificavam a exatidão das construções com o Prumo ou Perpendicular (instrumento do 2o Vig), e com o Nível (instrumento do 1o Vig), proclamando, ao constatar essa exatidão: “Tudo está justo e perfeito”.

Cargo exercido, para transmissão das ordens das Luzes aos demais Irmãos e o cumprimento de outras missões ritualísticas em determinadas cerimônias, como por exemplo, a formação do pálio. O 1º Diác senta-se perto e à direita do V M, para pô-lo em comunicação com o P Vig. Sua joia é uma pomba inscrita o triângulo, que é o símbolo da fé, significando sua qualidade de mensageiros e indicando seus atributos de circunspecção e justiça. A pomba em voo recorda o episódio da Arca de Noé quando as pombas retornaram trazendo em seu bico um pequeno ramo de oliveira, comprovando que as águas do dilúvio já haviam escoado. O único Rito que possui a transmissão da Palavra Sagrada pelos Diáconos é o Rito Escocês.

TESTAMENTO DE QUINTINO BOCAIÚVA

TESTAMENTO DE QUINTINO BOCAIÚVA
"Podendo suceder que eu faleça repentinamente, ou em condições de não poder exprimir as minhas últimas vontades, deixo escritas estas instruções, cuja execução recomendo às pessoas de minha família e cujo cumprimento rogo às pessoas estranhas, entre as quais, por acaso, eu venha a falecer.

Desejo ser sepultado no cemitério mais próximo do lugar onde eu faleça, sem honras civis ou religiosas de nenhuma espécie.
Se eu falecer na cidade do Rio de Janeiro e na minha residência habitual, desejo ser enterrado no cemitério de Jacarepaguá. Se eu falecer em Pindamonhangaba, deve o meu corpo ser sepultado no cemitério dessa cidade.
A condução do meu corpo, neste caso, deve ser feita por camaradas da fazenda de Santa Helena (seis ou oito), a cada um dos quais se abonará a gratificação de dez mil réis.
Desejo ser sepultado em cova rasa, sobre a qual não se fará lápide ou qualquer outro símbolo material, que recorde a minha existência.
Em nenhuma hipótese, faleça eu onde falecer, o meu corpo será embalsamado ou conservado por qualquer outro processo.
Minha família não fará anúncio ou convites para o meu enterro, nem tampouco mandará dizer missas por minha alma, conforme o estilo comum.
Na minha qualidade de maçom e livre pensador, não tenho direito aos sufrágios da igreja católica romana.
Penso ter sido intimamente cristão e suponho que o cristianismo, na sua pureza de origem, é ainda um ideal afastado da humanidade nos tempos que correm.
O meu enterro deve ser decente, mas singelo - não quero armação de eça na minha casa, nem encomendação de nenhum padre, ainda que algum se ofereça para isso.
Findo o prazo legal, os meus despojos devem ir para o ossuário comum.
Mais ou menos, é este o resumo das minhas disposições testamentárias.
Rio de Janeiro, julho de 1907."

Fonte: https://pt.wikisource.org/wiki/Testamento_(Quintino_Bocaiúva)

sábado, 18 de junho de 2016

CARGOS E FUNÇÕES EM LOJA (3ª PARTE)

CARGOS E FUNÇÕES EM LOJA (3ª PARTE)
Quando uma Loja se envolve em crise, somos rápidos em criticar; mas, poucos são os que contribuem somando esforços para solucionar o impasse.

b) CARGOS NOMEADOS
1 - Cargos Nomeados – Para auxiliar a realização dos trabalhos de qualquer sessão, a Loja poderá ter os cargos de livre nomeação e exoneração pelo VM, além de outros referidos, com base no Ritual da Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP).

Devem se submeter ao princípio da eficiência. A livre nomeação não significa diminuição ou exclusão da exigência. Seja qual for o cargo, o maçom deve agir com qualidade, presteza e eficácia. Aqui também está mais um urgente desafio.

O maçom não deve insistir em galgar um lugar para o qual não tenha aptidões; a distribuição de cargos não raro tem propiciado inconveniências e fracassos. O maçom deve aceitar o que lhe é proposto e gerir o seu cargo com respeito, diligência e tolerância.

O Companheiro e o Aprendiz jamais poderão ocupar cargo que implique assento ou circulação no Oriente. O Aprendiz também jamais ocupará cargo que tenha assento na Coluna do Sul.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (2ª PARTE)

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (2ª PARTE)

Só com a posse efetiva do sucessor, cessa a responsabilidade do ocupante de cargos.

a) CARGOS ELEGÍVEIS

5 - O Primeiro Vigilante – é responsável pela orientação dos Aprendizes; comanda a Coluna do Norte. Tem a responsabilidade de fechar a Loja. É o substituto natural do V M, mas só pode dirigir a Loja ritualisticamente se for Mestre Instalado. Representa a força. Quando da Cerimônia de Iniciação, o Irmão Mestre de Cerimônias conduz o Neófito ao Ir.’. 1o Vigilante para que o ensine a trabalhar na Pedra Bruta, este lhe mostra como desbastá-la dando-lhe três batidas com o maço. O Neófito não se dá conta, naquele momento, que essas pancadas está dando em si mesmo. E... essa pedra bruta é ele próprio.

Ao 1º Vigilante de uma Loja compete:
1. Substituir o Venerável Mestre em seus impedimentos;
2. Anunciar, aº 2o Vigilante e aos OObr de sua Coluna, as ordens do Venerável Mestre; 
3. Transmitir, ao Venerável Mestre, as comunicações do 2º Vigilante;
4. Manter a ordem e o silêncio em sua Coluna;
5. Pedir, através de uma batida de Malhete, a palavra para os Obreiros de sua Coluna;
6. Instruir os Obreiros de sua Coluna e propor aumento de salário para os Aprendizes;
7. Não consentir que os Obreiros passem de uma para outra Coluna sem autorização.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (1ª PARTE)

CARGOS OU FUNÇÕES EM LOJA (1ª PARTE)
Valdemar Sansão

Ter compromisso é pagar sem ser cobrado, fazer sem ser lembrado, cuidar das coisas como se fossem suas mesmo.

1- Comprometimento - Ninguém é forçado a assumir um compromisso, mas, se o fizer, tem a obrigação de cumpri-lo, sobretudo quando aceito por aquele que foi escolhido para desempenhar cargos ou funções na administração da Loja ou da Sublime Instituição.

Quando ocupamos cargos ou funções, devemos ter respeito, confiança e amor para se concretizar o trabalho em que nos propusemos. Se não conseguirmos por motivos alheios à nossa vontade, devemos renunciar, para não atrapalharmos o trabalho do grupo. O compromisso é afetivo gostamos do convívio coletivo, fazendo o que gostamos, gostando do que fazemos.

O maçom respeita as normas do trabalho da Instituição, as regras da Constituição, os Regulamentos ou Regimentos, os Landmarks - que muitos consideram como os princípios fundamentais da Maçonaria - cumprindo fielmente os mesmos. Enfim devemos estar comprometidos primeiro conosco, com amor próprio e por consequência estaremos também alinhados com os outros da nossa convivência, para que seja harmoniosa e enriquecedora, pois somos eternos Aprendizes.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

EGRÉGORA MAÇÔNICA

EGRÉGORA MAÇÔNICA
Laurindo Roberto Gutierrez

do grego, egregorien; velar, guardar

A maçonaria, através de ensinamentos e instruções constantes, proporciona, a seus membros, condições de se manterem férteis, mental e emocionalmente, para o despertar espiritual. O que é a egregora?

É uma assembleia de personalidades terrestres e espirituais, constituindo uma unidade hierarquizada e movida por um único ideal. É impulsionada pela energia e atitudes, palavras e ações. A egregora maçônica é um campo de energia positiva, alimentada pelo trabalho dos iniciados, no propósito de perpetuar o ideal de luz e conhecimento, a serviço do aperfeiçoamento humano.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

SESSÕES ESPECIAIS - O CONSELHO DE FAMÍLIA

SESSÕES ESPECIAS - O CONSELHO DE FAMÍLIA

É aquela que não se enquadra nem na categoria de Econômica, nem na de Magna, por tratar de assuntos pouco comuns e, portanto, especiais. Nesta categoria enquadram-se o Conselho de Família, e o Tribunal de Júri.

O Conselho de Família representa uma junta de conciliação, para extinguir eventual desarmonia entre dois ou mais membros do Quadro de uma Oficina, depois de os fatos teremsido levados ao conhecimento do Venerável Mestre; o que se tenta fazer, no caso, é trolhar as desavenças, ou seja, passar a Trolha, para aparar as arestas. O Conselho de Família é composto por um juiz, nomeado pelas partes interessadas (alguns regulamentos falam em dois juizes, cada um nomeado por uma das partes litigantes, o que é simplesmente absurdo) e é presidido pelo Venerável, ou, em seu impedimento, por um de seus substitutos legais.

Se, durante o Conselho de Familia, for conseguida a reconciliação do queixoso e do acusado, o processo será arquivado, lavrando-se o respectivo termo, que será por todos assinado. Nesses casos,sob pretexto algum poderá ser repetida a queixa pelo mesmo fato.

Se não for conseguida a reconciliação, a Loja aplicará o placet ex-oficio a quem o merecer (na próxima semana será enviado texto sobre este tipo de placet), ou, se a natureza do fato o exigir, será lavrado, também um termo e o processo seguirá avante, como nos que se inicia por denúncia da autoridade competente (começando pelo Tribunal de Júri).

O Tribunal de Júri será instalado sempre que houver infringência da Lei Penal Maçônica, praticada por membro da Loja, dentro ou fora dela e quando o Quadro assim o entender (com exceção das Dignidades da Oficina – Venerável e Vigilantes – que serão processados e julgados, originariamente, pelo Tribunal de Justiça).

O corpo de jurados de um Tribunal do Júri é formado por sete membros, sorteados para cada caso; cada uma das partes, querelante e querelado, poderá recusar, sem fundamentação, até dois nomes cada um. Na sessão, segue-se toda a tramitação prevista no Código Processual, com a qualificação do acusado; o sorteio para a constituição do júri de instrução e julgamento, a leitura da denúncia; a defesa do acusado (que pode ser levada escrita, ou feita na ocasião por um depoimento das testemunhas; e, finalmente, após todos os depoimentos e inquirições, a decisão do júri, se as partes não pretenderem juntar mais documentos e se o júri não entender que precisa de mais esclarecimentos. No primeiro caso, a Sessão será suspensa e adiada; enquanto que, no segundo, o julgamento será convertido em diligência.

O sistema de respostas aos quesitos é feito por intermédio de bolas brancas (que julgam improcedente a acusação) e bolas pretas (que julgam procedente). Da resolução do Tribunal de Júri, cabe recurso a instância superior (Conselho Geral e Tribunal de Justiça, sendo, este, a instância máxima).

Nas Lojas, a denúncia para que se instale o Conselho de Família e o Tribunal de Júri, compete ao Orador, que é o representante do Ministério Público na Oficina. Na Obediência, compete ao Grande Procurador, que é o chefe do Ministério Público Maçônico; mas nenhum Maçom poderá recorrer, diretamente, ao Grande Procurador, sem antes, recorrer a justiça da Loja.

As Sessões de Conselho de Família, ou de Julgamento (Tribunal de Júri), deverão ser realizadas, obrigatóriamente, no Grau de Mestre Maçom. (Autor desconhecido)

domingo, 12 de junho de 2016

A INICIAÇÃO NA MAÇONARIA

A INICIAÇÃO NA MAÇONARIA
(uma narrativa) 
Colab: Ir:. Weber Varrasquim 
(G:.L:.U:.S:.A:. - Brazil) 

Meu padrinho foi me buscar em casa com o seu carro, mal tínhamos percorrido uns 500 metros, parou ao lado de uma frondosa árvore.

Perguntei-lhe. Houve algum problema?

HUMOR MAÇÔNICO

HUMOR MAÇÔNICO
Bob e Bill, IIr.'. Maçons, eram grandes amigos, passavam a maior parte do dia juntos. Eles combinaram que, quando um dia um deles passasse para o Oriente Eterno, retornaria para contar para o outro como era a Maçonaria no céu.
Infelizmente, por um motivo súbito, Bill partiu primeiro.
Uma noite Bob estava dormindo em sua cama, quando ouve a voz de Bill chamando.
Bob respondeu:
- Bill!? É você? Bill...
- Siiimmm, Bob... Vim cumprir com o nosso acordo.
- Ohhh, meu Deus... E como é lá? Perguntou Bob.
- Como você nunca poderia imaginar. O Oriente Eterno é fantástico, a Loja Maçônica é muito melhor do que nós pensamos aí na Terra. Nas reuniões somos sempre bem recebidos, a ritualística é perfeita. As reuniões são sempre lotadas, todos os dias tem iniciações. O espírito de comunhão e fraternidade está por todo lugar. Existe egrégora, é lindo.
Bob olhava para cima, com lágrimas nos olhos, dizendo:
"Oh, meu Deus, é exatamente como gostaríamos que fosse aqui em baixo.
Estou tão feliz por você Bill. Mas tenho que perguntar, com tudo isso, você não parece estar muito animado. Qual é o Problema?"
- Além de boas notícias, tenho também más notícias. A boa é que nós estamos para elevar um Ir.'. ao terceiro grau, agora na próxima quarta-feira.
- Mas isso é ótimo! E qual é a má notícia?
- O Segundo Vigilante será você!
Fonte: Internet

sábado, 11 de junho de 2016

RITOS MAÇÔNICOS

RITOS MAÇÔNICOS
Gabriel Campos Oliveira

Denomina-se de rito maçônico um conjunto sistemático de cerimônias e ensinamentos maçônicos. Esses variam de acordo com o período histórico, conotação, objetivo e temática dada pelo seu criador; muitos ritos existiram por breves períodos de tempo e foram extintos, muitos mantém suas tradições inalteradas até hoje, estima-se que ao longo da historia tenha existido mais de 140 ritos diferentes, os ritos hoje mais difundidos no mundo são: O rito de York, O rito Escocês Antigo e Aceito, O rito Francês ou Moderno, O rito Schröeder, O Rito de Memphis-Misraim. No Brasil se exercem todos esses, mas se destacam também o Rito Brasileiro e o Rito Adonhiramita.

RITO DE YORK

Acredita-se ter sido criado por volta de 1743. Foi levado à Inglaterra por volta de 1777. Inicialmente foi composto de quatro graus, hoje possui 13 e atualmente é o rito mais difundido no mundo. Até 1744 possuía apenas os três graus simbólicos, quando foram introduzidos vários graus filosóficos. Em 1813 reestruturou-se o Rito com 03 graus simbólicos mais um grau filosófico o ROYAL ARCH. A data dessa unificação foi 27 de dezembro de 1813, dia de São João Evangelista.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

MAÇONARIA - ASPECTOS HISTÓRICOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE O FUTURO

MAÇONARIA - ASPECTOS HISTÓRICOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE O FUTURO
Ir.'.Paulo Tomimatsu - SEMAC/2013 - Londrina - PR

Estamos no pleno terceiro milênio, com as transformações de comportamentos sociais no tocante ao relacionamento dos seres humanos entre si, entre o ser humano e a ciência, filosofia, religião, enfim, de todas as esferas de conhecimento.

A Maçonaria tem experimentado nos últimos tempos, uma crise de identidade entre os seus participantes, muito provavelmente pela transformação que a sociedade de um modo geral e como ser humano em particular, que vem ocorrendo no limiar da evolução do mundo moderno para contemporâneo. Dentro dessa ótica, verificam-se as ideias e os princípios do secularismo em todas as esferas da sociedade civil.

Houve um momento histórico bastante significativo para toda a humanidade no tocante a mudança de paradigmas. Quando a civilização humana caminhava da idade média para a idade moderna, com a verdadeira revolução do pensamento, baseado em humanismo, renascimento e ideais do Iluminismo. Nesse ambiente a Maçonaria também experimentou a mudança gradual de característica operativa para a especulativa.

Verificamos que neste inicio de terceiro milênio, que existe um novo choque de mudança de paradigmas. É uma transformação gradativa, como sempre ocorre dentro da historia da humanidade. Tudo ocorre como sequencias de fatos, e que acabam por anotar ao longo da historia, como característica de uma determinada época.

terça-feira, 7 de junho de 2016

ESTUDOS SOBRE A 1ª VIGILÂNCIA

ESTUDOS SOBRE A 1ª VIGILÂNCIA
Danilo Bruno Louro de Oliveira, 22º, MEM

PARA QUE NOS REUNIMOS PARTE 4: LEVANTANDO TEMPLOS À VIRTUDE E CAVANDO MASMORRAS AOS VÍCIOS 

“Para impormos um freio salutar a essa impetuosa propensão, para elevarmo-nos acima dos vis interesses que atormentam o vulgo profano e acalmarmos o ardor de nossas paixões é que nos reunimos aqui neste Templo. Aqui trabalhamos para adaptar nosso espírito as grandes afeições e só conceberemos ideias sólidas de virtude, porque somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios da Moral é que poderemos dar a nossa alma esse equilíbrio de forças e de sensibilidade que constitui da Ciência da Vida”. Grande Ritual de Iniciação – Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia – GLEB