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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 25 de dezembro de 2011

BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO

BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO
Repasse: Ir∴ Marcos Antonio Bergantini

O divino Oleiro é o arquiteto de toda a criação. Cada peça é cuidadosamente sonhada e projetada.

O barro disforme nas mãos do Oleiro deixa-se transformar numa obra original e irrepetível. O barro, por si só, não se transforma em vaso, cântaro, pote ou vasilha. A pessoa não pode, por suas próprias forças, transformar-se e resgatar sua identidade.

O barro é escolhido

Dentre duzentos tipos de barro conhecidos, somente oito servem para fazer vasos.

O divino Oleiro escolhe o barro. Se você é escolhido por Deus, isso significa que você é um barro bom e que o divino Oleiro deseja fazer de você uma obra de arte.

O barro é curtido

O barro é escolhido e deixado de lado para repousar por um tempo. Ele deve ser curtido com a finalidade de criar maior liga. Quanto maior o vaso, mais longo é o tempo do curtimento.

A fase do curtimento em sua vida pode significar o silêncio do divino Oleiro. Parece que Ele fala com todo mundo, menos com você. Esta fase depende do tipo de vaso que o divino Oleiro quer fazer.

O barro é prensado

Depois de superada essa fase, o barro necessita ser prensado para que o ar, as pedras, as raízes e as impurezas sejam retiradas, formando uma massa consistente. Pode ser angustiante ser prensado sem entender o porquê e nem o para quê.

Deus permite que você seja humilhado, pisado para poder tirar todo orgulho, e vaidade...

Parece que todos falam mal de você, ninguém o entende, julgam suas atitudes...

Sem a presença do Espírito Santo, sem a humildade, sem a disponibilidade, sem a fé e confiança o "vaso" fica inconsistente.

O barro é modelado

Chegou a hora decisiva: um punhado de barro nas mãos do Oleiro vai ganhar a forma desejada. É o momento da entrega total. Ele é colocado sobre a roda de modelar. Deixa-se modelar: de barro a vaso. Esta atitude requer abrir mão de todos os caprichos, ambições e permitir que o Oleiro modele o barro segundo Sua sabedoria.

O Oleiro não retira o olhar da obra que está construindo. Nada desvia sua atenção.

Inicia a obra com leves toques periféricos regados com água. Depois, decididamente, rasga o barro, abrindo espaço no inteiro para trabalhar o vaso como havia concebido no coração. Após a obra concluída, pára e contempla.

O vaso modelado fica em repouso

Com cuidado o Oleiro leva o vaso para o forno para ser temperado. O fogo abrasador leva-o ao seu limite de resistência. Sente o calor permear cada fibra. Somente o vaso que suportar o calor no forno está hábil para cumprir sua tarefa.

O vaso é provado

O Oleiro retira cada peça do forno e verifica a sua capacidade de resistência, dando-lhe um peteleco. O som emitido é a prova. Se o som é chocho voltará ao forno, porque ainda não está pronto, mas se ele "cantar" é porque está apto para seguir seu destino.

O vaso é destinado

Quando o "vaso" está pronto, o divino Oleiro o enche do Seu Espírito e o envia a ser "vaso de benção" a quem encontrar no caminho.

Fonte: JBNews - Informativo nº 158 - 27/01/2011 

sábado, 24 de dezembro de 2011

GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.

Conceito cristão

O conceito de Deus como o Grande Arquiteto do Universo tem sido empregado muitas vezes no cristianismo. Ilustrações de Deus como o arquiteto do universo podem ser encontradas em Bíblias desde a Idade Média e regularmente empregadas pelos apologistas e professores cristãos.

Teólogos cristãos como Tomás de Aquino sustentam que existe um Grande Arquiteto do Universo, a Primeira Causa, e que este é Deus. Os comentadores de Aquino, como Stephen Richards [2] têm apontado que a afirmação de que o Grande Arquiteto do Universo é o Deus cristão não é evidente, com base na "teologia natural" somente, mas requer adicionalmente de um "salto de fé" baseado na revelação da "Bíblia".

João Calvino, em seu Instituto da Religião Cristã(publicado em 1536), chama repetidamente o Deus cristão de "O Arquiteto do Universo", também se referindo aos seus trabalhos como "Arquitetura de Universo", e em seu comentário sobre Salmo 19 refere-se à Deus como o "Grande Arquiteto" ou "Arquiteto do Universo".

Conceito maçônico

O conceito do 'Grande Arquiteto do Universo' está além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal.Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom.

Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica.

Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos. A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo - G.·.A.·.D.·.U.·., envolve estudos filosóficos e não proselitismo.

Conceito hermético

O Grande Arquiteto também pode ser uma metáfora aludindo à potencialidade divina de cada indivíduo. "(Deus) ... Esse poder invisível que todos sabemos existir, mas entendida por muitos nomes diferentes, tais como Deus, o Espírito, o Ser Supremo, a Inteligência, Mente, Energia, Natureza e assim por diante." Na Tradição Hermética, cada pessoa tem o potencial de tornar-se Deus, esta idéia ou conceito de Deus é percebido como interno e não externo. O Grande Arquiteto é também uma alusão ao universo criado observador. Nós criamos nossa própria realidade, por isso nós é o arquiteto. Outra forma seria a de dizer que a mente é o construtor.

Conceito do ponto de vista da gnosis

O conceito de Grande Arquiteto do Universo ocorre no gnosticismo. O Demiurgo é o Grande Arquiteto do Universo, o Deus do Antigo Testamento, em oposição a Cristo e Sophia mensageiros da Gnose do Verdadeiro Deus. Ebionits como

Notzrim, por exemplo, o Rabba Pira, é a fonte de origem, e, recipiente de todas as coisas, que é preenchido pelo Rabba Mana, o Grande Espírito, do qual emana a primeira vida. A primeira vida reza para a companhia e filhos, após o que a segunda vida, o Ultra Mkayyema ou mundo que constitui Æon, o Arquiteto do Universo, vem a ser. A partir desse Arquiteto vem uma série de æons, que erguem o universo sob a comando da gnosis, o conhecimento personificado de vida

Bibliografia
  • Max Heindel Maçonaria e Catolicismo
  • Jules Boucher A Simbólica Maçónica
  • Oswald Wirth O simbolismo hermético na sua relação com a Franco-Maçonaria
  • Rizzardo da Camino Rito Escocês Antigo e Aceito Loja de Perfeição (Graus 1.º ao 33.º), Madras Editora Ltda, 1999, 2.ª Edição - ISBN 85-85505-65-6
Fonte: JBNews - Informativo nº 271 - 26.05.2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

OS TRÊS TOQUES

Ir∴Valdemar Sansão M∴M∴
São Paulo - SP

Batei e Vos abrirá

Batendo às portas do Temp∴ do saber elas vos serão abertas; pois, todas as portas se abrem ao chamado imperativo da vontade e do desejo de aprender, que são as chaves mestras que abrirão todas as portas cerradas ao vosso passo.

Batendo aos corações de vossos Ir∴, com o toque sincero de vossa bondade eles vos abrirão o peito para compartilharem das vossas dores e alegrias, vossos problemas aflitivos e vossas esperanças.

Batendo com o chamado mágico do saber, na porta da vida, esta vos será aberta. Jamais vos esquecendo dos juramentos prestados nas câmaras em que estivestes, nossos corações vos darão a prova de fraternidade universal, peculiar em nós, verdadeiros maçons.

Pedi e Vos dará

Pedi a resposta ao enigma que vos atormenta e o significado do símbolo que vos confunde, pois, a afã de compreendê-los conduzir-vos-á adiante, um passo mais em cada dia.

Pedi – ao mestre a chave do segredo que guarda secretamente, pois, se o discípulo está pronto para recebê-los, o M∴ também o está para orientá-lo e fazê-lo participar dos seus conhecimentos à medida que se façam dignos deles.

Pedi – sempre a tarefa mais penosa, o trabalho mais árduo, o labor mais perigoo, e desenvolvereis uma vontade mais poderosa e uma fortaleza ainda maior, conforme ouvistes dos IIr∴ Ven∴ e Ord∴ durante a Inic∴.

Buscai e Encontrareis

Buscando em vossos corações, encontrareis a palavra que afague uma esperança, o gênio doce que alivie vossas penas, e o amor sincero que arranque radicalmente os espinhos cravados em vossos corações.

Buscando em vossa mente encontrareis a solução do problema, a inteligência analítica que desentranha um teorema; a finalidade que dignifica, transformando o animal humano em um ser pensante que raciocina e analisa, que dirige e ama.

Buscando em vossa consciência, encontrareis a norma de vossa conduta, o farol rutilante que ilumina a estrada da vossa vida, a bússola que guia firmemente a vossa direção pelo mar tortuoso de vossas paixões. Em vosso espírito encontrareis o sentido oculto das causas, a verdade escondida do símbolo, e a harmonia rítmica da vida.

Assim, caríssimos Irmãos:

Batei e Vos abrirá – Pedi e Vos dará – Buscando Encontrareis.

Fontes de Consultas:

- Bíblia Sagrada;
- Trabalho do Ir.’. Jayme Janeiro Rodrigues.

Fonte: JBNews - Informativo nº 268 - 23.05.2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

REGRAS RITUALÍSTICAS - 05

REGRAS RITUALÍSTICAS
SIMBOLISMO MAÇÔNICO (2a PARTE)
ir∴ Valdemar Sansão 

Vale lembrar que quaisquer alterações litúrgicas ou ritualísticas devem ser feitas somente através das obediências e não pelas lojas como se percebe comumente.

Regras - as regras falam por si mesmas. Não foram estabelecidas para provar a obediência, mas por serem necessárias ao nosso bem. Não devemos observá-las apenas pelo fato de nos serem impostas, foram-nos ordenadas porque são justas. 

A maçonaria é uma instituição que transmite a sua doutrina através, principalmente, de símbolos, alegorias, emblemas, parábolas e máximas; todo este vasto volume de informações dadas ao iniciado necessita de uma correta interpretação no sentido de explicação, de comentário, para que possa ser bem captado, principalmente em relação aos símbolos, que admitem interpretações diversas conforme o ângulo da análise, se exotérica ou esotérica. 

Importante, também, é a correta interpretação das práticas litúrgicas e ritualísticas, para que não haja a deturpação das mensagens doutrinárias e simbólicas nelas contidas. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MISTÉRIOS DO PRIMEIRO GRAU

MISTÉRIOS DO PRIMEIRO GRAU
(Desconheço o autor)

"É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos." (Antoine de Saint-Exupéry, O pequeno príncipe).

O trabalho do Aprendiz é lavrar sua pedra bruta, usando o maço e o cinzel, para esquadrá-la e livrá-la das asperezas e elementos supérfluos com o fim de conseguir que se encaixe nas outras pedras, para compor as paredes do edifício da Fraternidade. Este é um trabalho que não envolve somente o aspecto esotérico, envolve principalmente o aspecto prático. 

A matéria na qual o Aprendiz trabalha é, portanto, sua própria matéria, pois assim como o pintor se expressa com o emprego das cores; o músico com os sons; o Aprendiz se expressa por meio de si mesmo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PÉ DIREITO OU PÉ ESQUERDO

Ir∴ Sergio Quirino Guimarães

Saudações estimado Irmão, você saberia responder se é com o PÉ DIREITO ou com o PÉ ESQUERDO? A pergunta é clássica, recorrente e sempre mal formulada: Entramos nos Templos com o pé direito ou com o pé esquerdo? A resposta está no 18º Landmark, entramos com os dois pés! E se a pergunta fosse: - Transpomos a soleira da porta do Templo, primeiramente com o pé direito ou com o pé esquerdo?

Pareceria coisa simples e muitos de imediato já responderam mentalmente, mas o interessante está na explicação que muitos dão ao ato. Já ouvi que é com o pé esquerdo, pois é o lado do coração, sendo este poderoso músculo a fonte emanadora de belos sentimentos. Quando ouvi isto pensei em propor que a Coluna do Sul fosse transferida para a esquerda de quem entra no Templo, já que ela é a própria beleza em si mesma. Desisti, pois pela perspectiva do Oriente as posições já estariam certas. 

Também tentaram me ensinar que devido aos Hemisférios Cerebrais que atuam de forma cruzada sobre o corpo, devemos usar o pé direito, pois estaremos ativando o lado esquerdo do cérebro que controla as atividades científicas e de linguagem. Acredito sinceramente nas muitas qualidades dos antigos ritualistas, mas acreditar que eles tinham conhecimento neurolinguístico é demais! Mas afinal qual é a resposta?

Você não vai encontrar nestas linhas a solução da questão, simplesmente porque a resposta está no seu Ritual do Grau de Aprendiz, editado com as instruções DO SEU RITO, dentro das normas e procedimento DE SUA POTÊNCIA e ainda levando em conta os usos e costumes DE SEU ORIENTE. Por que isso? Em alguns Ritos não há menção do ato; algumas Potências criaram regras para que os Irmãos adentrem ao Templo e ainda temos Lojas que iniciam seus trabalhos já com todos os Obreiros dentro da Oficina. Mas se nada constar e mesmo assim você insistir em ter uma atitude consciente dessa “transposição” do profano (fora do Templo) para o sagrado (dentro do Templo) eu SUGIRO que lembra o espírito, os pés posicionados como o símbolo da retidão e avançamos o pé ........... (veja no seu ritual) e nessa posição que os Irmãos se manifestam prontos para servir, aprender e ensinar.

Boa noite a todos, já está tarde e eu devo ir agora a um Baile de Debutantes, adoro dançar Valsa. Este gênero musical (valsa do alemão Walzer) é de compasso binário (eu não gosto do número 2), mas para facilitar a leitura ela é escrita em compasso ternário (eu gosto do número 3) * * *. Na coreografia o homem começa sempre com o pé esquerdo, dá um passo para frente, traz o pé direito junto ao esquerdo, SEM BATÊ-LOS e mais um passo e outro passo no salão sempre a girar (walzer) no sentido horário.

De acordo com o PROMAÇOM cujo programa visa à integração das Lojas Maçônicas, segue em anexo, o quadro com as atividades das Lojas que se reúnem na avenida Brasil 478 e, de algumas situadas fora do Palácio Maçônico.

Dedico este artigo aos queridos Irmãos da Loja Maçônica Nova Esperança - 26, do Oriente de Nova Esperança, jurisdicionada ao Grande Oriente do Paraná, que está comemorando cinquenta anos de fundação. Entre as comemorações teremos no dia 13/04 uma palestra com o competentíssimo Irmão Hercule Spoladore. Na pessoa do Ir∴ Jorge Antonio Salem parabenizo todos os Irmãos.

Fonte: JBNews - Informativo nº 219 - 04.04.2011

sábado, 18 de junho de 2011

ROCK E CLÁSSICA

Ir∴ Luiz Felipe Brito Tavares

A vida exterior é rock pesado. Desencontros, fragmentações, desestruturações e principalmente ruído, muito ruído. Sensações primitivas e alucinadas em ritmo nada equilibrado.

Catarse permanente cheia de vozes aflitas brigando por serem escutadas por ouvidos ausentes. Liberação hemorrágica de energia, sem nunca coagular.

Qualquer participante distraído é levado pelo avassalador fluxo turbulento a se precipitar no ritmo pesado do descaso.

Evisceração à moda do pepino do mar lançando seu conteúdo interior no vácuo desagregador de um espaço sem espaços.

Boot do sistema apertado por dedo nervoso e compulsivo ininterruptamente.

De fato nada permanece.

Porém muitos buscam a permanência e onde ela estará?

Não no mundo exterior onde rolam continua e caoticamente as pedras vãs. Lá não existe liberdade, pois não existem caminhos.

A vida interior é música celestial. Quem já ouviu sabe do que falo. Harmonia que se faz em ondas sucessivas e contínuas, formando uma unidade uníssona e garantindo a permanência e continuidade.

Tear mágico a tecer tecido sedoso.

Suavidade que segue linhas delicadas no compasso de dançarinos sincronizados e sinérgicos.

Ordem que rodopia em eixo sem nunca se repetir, mesmo sem nunca se desfazer.

A vida interior é permanência aberta e livre. Caminhos amplos a serem percorridos sem cansaço. Caminhos que são gradientes, nos preenchendo de energia quanto mais perto estivermos da fonte absoluta que, no entanto nunca será alcançada, pela graça da eternidade.

Como viver em meio ao ruidoso rock e permanecer sob a harmonia do clássico?

Seria possível separar batidas aleatórias e dar a elas um sentido ordenado e precioso aos ouvidos?

Fazer prevalecer a permanência não obstante a mudança. A questão é de foco e de simetria.

Encontrar notas musicais como nós mesmos que buscam o mesmo destino, que desejam compor uma partitura etérea, mesmo que encarnada no mundo entrópico.

Perceber que o caos do Rock alucinante apenas faz fundo para que os verdadeiros e belos desenhos se sobressaiam.

Ao refletirmos uns aos outros em harmonia criamos um espaço imanente em meio a aparente fragmentação. Criamos um mundo próprio, em meio aos impróprios, e funcionamos como farol permanente e agregador.

Seremos ouvidos aptos a resgatar vozes desgastadas e desbastadas pela inércia da alienação exterior.

Cada um de nós amplificará o som daqueles que como nós pensam e criaremos uma bela música audível em ampla intensidade de sentido suplantando em muito o sibilante, mas sem sal, ruído das pedras que sempre rolarão, embora para lugar algum.

O que não compõem não existe. Quando nos iluminamos para esta verdade o ruído simplesmente desaparece, pois de fato nunca existiu em essência.

Desbastemos as pedras barulhentas que descem sem cessar em esferas perfeitas que deslizam formando graciosa melodia que sobe aos céus.

Fonte: JBNews - Informativo nº 294 - 18.06.2011

O ESQUADRO


Ir∴ Rizzardo da Camino – escritor maçônico

Antes de tecermos considerações sobre o esquadro cumpre esclarecermos a respeito da distinção entre os símbolos. De uma forma generalizada tudo deverá ser considerado como símbolo, eis que o próprio homem é um símbolo, mas nem sempre devemos generalizar. Para melhor compreensão passaremos a classificar os símbolos, sem nos preocuparmos com a maior ou menor importância deste ou daquele objeto.

Assim, tanto o Livro Sagrado quanto Esquadro e Compasso passarão a ser conhecidos como utensílios.

A supressão do Livro Sagrado, em certos ritos, equivale a suprimir um utensílio que evidentemente fará falta para a construção do edifício físico-espiritual que é o futuro maçom.

O Esquadro é um utensílio que para os egípcios era um quadrado geométrico, ou seja, a figura de quatro lados iguais a quatro ângulos retos.

Também não deixa de ser uma jóia móvel, símbolo de mando que é colocado no Venerável da Loja.

Encontramos sua origem e uso no culto do Osíris na sala do Juízo, onde são julgados os homens que, encontrados com a perfeição necessária, são admitidos a prosseguir.

Embora um só esquadro possui dois significados, sendo que o primeiro é para a construção reta e perpendicular a fim de que resulte forte e segura.

Nas mãos do Venerável servirá para julgar e decidir. Era o símbolo do Deus Rã, o deus-sol, filho de Osíris e de Isis, que o empunhava na forma de um malhete, de haste longa e testa em forma de flecha pela composição de dois esquadros. Deus descendente e Deus ascendente. Quase que um prelúdio da Cruz cristã.

A matemática que faz parte da filosofia, através de Pitágoras demonstrou que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

Esquadro, do latim ex-cuadrare não deixa de ser, também, um instrumento de desenho usado na geometria. É um ângulo reto ou um triângulo. Sem dúvida trata-se do símbolo mais usado e conhecido na Maçonaria, podendo-se até sugerir como sinal de identificação. Por ser o quadrado perfeito, representa a terra e orienta a marcha do aprendiz do átrio até o Venerável na posição de ordem.

Esta posição apresenta quatro esquadros que em astronomia significam o corte dos diâmetros do círculo zodiacal, resultando as quatro partes conhecidas como as estações do ano. Todos os graus da Maçonaria contêm como símbolo primário o Esquadro, porque todos os graus conduzem ao aperfeiçoamento humano no caminho reto da justiça e comportamento. Por ser uma figura geométrica, é um utensílio de medida, sendo, portanto quem equilibra o comportamento humano.

Nos três graus simbólicos o aprendiz usa o Esquadro como signo de sua marcha; cada passo forma um Esquadro.

O companheiro...

O aprendiz que segue pelo seu caminho quer espiritual, quer material, o faz em linha reta, mas jamais deixará de verificar o que está ao seu lado. Seguindo a linha longa do Esquadro em frente, acompanhará a linha mais curta em direção oposta lateral; percorre, assim, o Universo, afastando-se cada vez mais do vértice para o infinito , abrangendo o que lhe está à direita.

À esquerda, terá o incognoscível, mas por tempo limitado, porque ao retornar de sua viagem percorrerá parte do caminho trilhado, já com a soma de uma experiência, abrangendo, porém a amplitude que em sua ida não pudera discernir. E no passar dos ciclos, em sua eternidade, o homem compreenderá o que significa romper horizontes.

Fonte: JBNews - Informativo nº 294 - 18.06.2011

PRESIDENTES MAÇONS DOS ESTADOS UNIDOS


Ir∴ Pedro Arcilo Wagner

1º George Washington: Foi presidente de 30 abril de 1789 até 4 março 1797.
Era membro da Igreja Episcopal e filiado ao Partido Federalista. Nasceu na Virgínia em 22 fevereiro 1732 e faleceu em 14 dezembro 1799.

2º Thomas Jefferson: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1801 até 1809.
Nasceu na Virgínia em 13 abril 1743 e faleceu em 4 de julho de 1826.

3º James Madison: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1809 até 1817.
Nasceu na Virgínia em 16 março 1751 e faleceu em 26 junho 1836.
Era Membro da Loja Maçônica Hiran Nr. 59, do Estado da Virgínia.

4º James Monroe: Foi presidente dos Estados Unidos de 1817 até 1825.
Nasceu na Virgínia em 28 abril 1758 e faleceu em 4 de julho de 1831 em NY.
Foi iniciado na Loja Williamsburg Nr. 6 em outubro de 1780. Recebeu o grau de Cavaleiro da Loja Maçônica de Williamsburg Nr. 6
Tamb'm foi membro da Loja Kilwinning Cross nr. 2
Seus Funerais em 4 de julho de 1831 foram feitos na Loja Randolph nr. 19.

5º Andrew Jackson: Foi presidente dos Estados Unidos de 1829 até 1837.
Nasceu na Carolina do Sul em 15 março 1767 e faleceu em 8 junho 1845.
Foi Grande Mestre Instalado da Maçonaria de Tennessee. Era da religião Presbiteriana e filiado ao partido Democrata.

6º James K. Polk: Foi presidente dos Estados Unidos de 1845 até 1849.
Nasceu na Carolina do Norte em 1795 e faleceu em 15 junho de 1849.
Era da religião Metodista e filiado ao Partido Democrata.

7º James Buchanan: Foi presidente dos Estados Unidos de 1857 até 1861.
Nasceu na Pennsylvânia em 22 abril 1791 e faleceu em 1º de junho de 1868.
Era da religião Presbiteriana e filiado ao Partido Democrata.

8º Andrew Johnson: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1865 até 1869.
Nasceu na Carolina do Norte em 29 dezembro 1808 e faleceu em 31 julho 1875.
Não tinha filiação religiosa e era Filiado ao Partido da União.

9º James A. Garfield: Foi presidente dos Estados Unidos no ano de 1881.
Nasceu em Ohio em 19 novembro 1831 e foi atingido por bala de revólver em 2 de julho de 1881 e veio a falecer em 19 setembro de 1881. ( Assassinado.)
Era membro da Igreja Discípulos de Cristo e filiado ao Partido Republicano.

10º William Mckinley: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1897 até 1901.
Nasceu em Ohio em 29 de janeiro de 1943 e foi assassinado em 6 setembro 1901.
Era da Religião Metodista e filiado ao Partido Republicano.

11º Theodore Roosevelt: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1901 até 1909.
Nasceu em Nova York em 27 de outubro de 1855 e faleceu em 6 janeiro 1919.
Era membro da Igreja Protestante Reformada e Filiado ao Partido Republicano.

12º William Howard Taft: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1909 até 1913.
Nasceu em Ohio em 18 novembro 1857 e faleceu em 8 março 1930.
Era da Religião Unitariana e filiado ao Partido Republicano.

13º Warren G. Harding: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1921 até 1923.
Nasceu no Estado de Ohio em 2 de novembro de 1865 e Faleceu em seu gabinete presidencial em 2 de agosto de 1923.

14º Franklin Delano Roosevelt: Presidente dos Estados Unidos de 1933 até 1945.
Nasceu em Nova York em 30 de janeiro de 1882.
Era membro da Igreja Episcopal e filiado ao Partido Democrata. Faleceu em exercício na Presidência em 12 de abril de 1945.
= Tem autores que dizem que Ele foi assassinado, mas há divergências.

15º Harry S. Truman: Foi Presidente dos Estados Unidos de 1945 à 1953.
Nasceu no Missouri em 8 de maio de 1884.
Era membro da religião Batista e filiado ao Partido Democrata. Era Mestre Maçon Instalado no seu Estado de Missouri.

16º Lyndon Baines Johnson: Assumiu a Presidência em 1963 quando da morte do Presidente assassinado John Fitzgerald Kenneddy, em 22 novembro 1963.
Nasceu em 27 de agosto de 1908 e era da religião Igreja Cristã e Democrata.
Foi iniciado na Loja Johnson City Nr. 561, no Texas, em 30 outubro 1937.

17º Barak Hussein Obama: Presidente e ex senador Barack Hussein Obama.
Iniciado na Loja Prince Hall – fundada em 17 de março de 1775 em Boston e transformada na Loja Africana Nr. 1 em 03 de Julho de 1775.
Barak Hussein Obama está colado no grau 32 :. Da Loja Prince Hall.
Nasceu em 4 de agosto de 1961, na cidade de Honolulu, nos Estados Unidos…
Barak Hussein Obama é o 44º presidente eleito para o período: 20.01.2009 à 20.01.2013

Fonte: JBNews - Informativo nº 294 - 18.06.2011 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A HORA DA VERDADE: SELECIONAR PARA NÃO ERRAR

Ir∴ Denílson Forato - M∴M∴

O fato aqui narrado ocorre todos os dias no mundo maçônico, talvez nesse exato momento esteja ocorrendo em algum lugar do nosso Amado Brasil.

Outro dia nos perguntaram, o que eu preciso fazer para entrar na maçonaria?

Então lhe devolvemos a pergunta, porque você quer entrar na maçonaria?

O nosso interlocutor gaguejou, se coçou, buscando as palavras que talvez proporcionasse-lhe esconder as verdadeiras razões, e nos respondeu;

- É que eu acho muito bonito ser maçom, acho interessante Continuamos então a perguntar. Porque ?

Porque vocês se tratam por irmão e parece que vocês levam isso muito a sério

Continuamos a perguntar, e por acaso você é filho único? Pelo que sei você tem vários irmãos, não é mesmo?

Sim, realmente tenho vários irmãos, só que no caso de vocês é diferente, vocês chamam de irmão alguém que não tem laço algum de parentesco, e é isto que agrada-me

Perguntei-lhe então, será que é só isso mesmo? Creio que isto é muito pouco para você resolver querer entrar em uma sociedade, você não acha?

- É, só que eu já andei lendo bastante sobre a maçonaria; seus princípios, sua filosofia, finalidades, objetivos , etc., e creio que é o tipo de sociedade que irá preencher o vazio que creio ter. Além do que vocês tem como princípio a fraternidade e a ajuda mútua, acho isto muito interessante

Sendo assim, te pergunto, podes hoje dispor de um mínimo de R$150,00 por mês para ajudar a custear uma sociedade filantrópica e os nossos custos de manutenção, sem que este valor prejudique de alguma forma o teu orçamento?

Olha, eu acho que sim, mas, tenho que gastar tudo isto por mês

Sim, isto e mais um pouco, achas realmente que estás preparado para entrar nessa sociedade como membro atuante, ou vamos abrir o jogo, você de alguma forma acha que a maçonaria poderá te ajudar muito mais do que hoje tu a poderás ajudar?

Sim, também, mas vocês não se ajudam mutuamente, ou seja, sendo maçom as coisas não são facilitadas de alguma forma

Creia, este é o grande motivo das debandadas dos que na nossa sagrada ordem entram, nosso principal objetivo não é o de ser ajudado, ou Ter a nossa vida material de alguma forma facilitada, e sim, ajudar, lutar para a construcão de um mundo melhor para todos os que fazem dele a sua morada.

Portanto, para ingressar na maçonaria, primeiramente devemos reunir condições de nos auto ajudar e de ajudar os nossos semelhantes, sejam ou não maçons.

Creia, a maçonaria brasileira ainda não decolou, porque estes princípios fundamentais foram desvirtuados, realmente, você tem razão, aqui no Brasil, ela se compara a uma grande sociedade de ajuda mútua desvirtuada.

Como uma esmagadora maioria entrou sem as condições mínimas necessárias, o número dos que tem condições de ajudar é infinitamente menor do que a esmagadora maioria dos que entraram pensando em serem ajudados. Isto posto, NÃO HÁ O BENEFICIADOR, NEM O BENEFICIADO.

O que se vê hoje na maçonaria brasileira é um grande contingente dos que nem ao menos conseguem pagar as taxas mínimas de manutenção. É também verdade que as frustrações são em razão de uma expectativa não satisfeita dos que entraram com um único objetivo, se beneficiar, ou dos que hoje entram e se deparam come este estado de coisas e correm, por não agüentar tanta heresia, hipocrisia e pedidos em suas portas como se fossem tábuas de salvação.

Os que possuem as reais condições de se tornarem grandes maçons, hoje, lamentavelmente, correm dela. Perdem eles. Perde a maçonaria, e perde ainda mais a humanidade como um todo que deixa de ver formado um grande líder, capaz de enfrentar e resolver os problemas e conflitos que a atingem.

Assim como Os Templários nasceram para proteger os cristãos na rota que os conduzia a Jerusalém, a maçonaria nasceu para em nome de DEUS e por DEUS, ajudar a humanidade a cumprir os seus desígnios, tornando nosso mundo terra mais justo e perfeito.

Portanto, a maçonaria possui duas faces distintas, numa ela modela o caráter do indivíduo para se tornar um homem de bem, noutra ela exige que o indivíduo tenha posses e condições de amplia-las, aí sim, com a ajuda dos membros da ordem, com um único objetivo, auxiliar a humanidade, combatendo, a fome, a miséria material, espiritual e intelectual.

Vamos tomar por exemplo os procedimentos de uma guerra, onde temos que formar um exército para combater e vencer o inimigo: (O INIMIGO - a fome, a miséria material e espiritual da humanidade).

Primeiramente vamos escolher os bons comandantes (OS SÁBIOS - maçons que já alcançaram um elevado grau de iniciação, seres elevadamente espiritualizados e possuidores da estabilidade econômica e financeira necessária.

A seguir vamos escolher os jovens soldados, cheios de saúde, sem os defeitos que os impossibilitem lutar, portadores das condições necessárias para que se tornem futuros comandantes ( O FUTURO INICIADO - tem que ter um bom começo de estabilidade econômica e financeira, conduta ilibada, bem como tendências fortes de espiritualização, para que guiado e ajudado pelos SÁBIOS, possa se tornar um deles.

Se houver uma rigorosa seleção de bons soldados, teremos a formação de bons comandantes, a união de ambos, fortalecerá o regimento, para enfrentar e sair vitorioso na guerra proposta.

Aí reside a grande diferença entre a maçonaria dos Estados Unidos da América e a dos países Latinos Americanos, especialmente a do Brasil.

Tudo na verdade é uma questão de história e filosofia, a maçonaria brasileira está preocupada com a proliferação de lojas e contingentes de associados, quanto maior o número, maior será o valor arrecadado, e com este valor pode-se ?

Quanto maior o número de associados despreparados, maior será a facilidade para rifar-se cargos sem serem molestados.

Tudo é feito num faz de conta e numa grande ilusão, Deputado Estadual Maçônico, Deputado Federal Macônico, Juizes Maçônicos, Grandes Secretários, Grande Isto, Grande Aquilo, Supremo Isto, Supremo Aquilo, nomes pomposos para todos os gostos. Até que tudo seja verdade, um dia será.

Diante de tais circunstâncias, os antigos maçons, nossos antepassados, que foram para o oriente eterno, choram todos os dias em suas orações, por verem a Sagrada Ordem dos Tempos e dos Templos profanada pelos que são da maçonaria só e somente só (MEROS ASSOCIADOS).

A maçonaria brasileira possui muitos SÁBIOS (autênticos), porém, estes ainda não são escutados, são preteridos e combatidos, pelos que se satisfazem com as facilidades advindas da prática do associativismo, usando o nome maçonaria, porém, jamais, seguindo os seus perfeitos conceitos.

A maçonaria é sublime, seus conceitos perfeitos, a Ordem em si é perfeita, tão perfeita que apesar de tudo sobrevive aos desmandos e vícios dos homens.

Nesse milênio, o joio será separado do trigo, por uma seleção natural, que será conseguida graças as dificuldades que o mundo terra está experimentando.

Ha uma esperança generalizada por parte de todos os estudiosos da Nobre Arte, que esta possa ser um dia a herdeira da verdadeira iniciação, no entanto, o homem tem a colocado cada vez mais distante desse caminho, por vaidade, egoísmo, improbidade administrativa e ausência espiritual de alguns poucos que chegam ao mais alto comando desta. Transformando- a em feudos de um poder imaginário, onde se sentem verdadeiros imperadores, fazendo e usando de todos os meios possíveis para não perderem os seus cetros.

Chega-se ao absurdo de travarem-se verdadeiras batalhas para disputar a presidência de uma loja, a origem da proliferação de lojas e dissidentes, também se dá em virtude desses embates, sabem porque? Porque os imperadores ao seu tempo criaram a figura de que certos cargos na maçonaria só pode ser exercido por quem tenha presidido uma loja.

Aonde está a filosofia, aonde está o verdadeiro sentido da iniciação, se uma grande maioria dos que chegaram ao comando de uma loja, ali chegaram por caminhos tortuosos, tanto isto é verdade, que os maiores problemas dentro das lojas tem sua origem naqueles que já a comandaram, pois muitos destes, se consideram, seres superiores, revestidos de uma falsa santidade e sapiência, que faria qualquer profano ou leigo sentir vergonha só de saber que isto existe.

Nasci, não sei quando.

Em meu nome ergueram templos de pedra e os encheram com os que não me compreendiam.

Em meu nome, se fantasiaram e se engalanaram. Em meu nome, fizeram-se falsos homens de bem. Em meu nome, buscaram o poder pelo poder.

Em meu nome, delegaram-se sapientes e iniciados. Em meu nome, fizeram-se donos da verdade.

Em meu nome, perseguiram mais do que ajudaram. Em meu nome, ludibriaram e enganaram.

Em meu nome, me dividiram, como se eu não fosse uma só.

Em meu nome, retiraram dos meus rituais a essência dos ensinamentos do meu criador.

Em meu nome, criaram graus e degraus, como forma de serem importantes por estas conquistas e não pelo trabalho interior e exterior de cada um.

Em meu nome, criaram e criam vários ritos, tudo no grito.

Em meu nome, ganham a vida criando estórias e arregimentando seguidores para estas, para mais tarde se desmentirem.

Em meu nome, fazem leis e normas para os favorecer, ou para tentar calar o meu grito através dos que tentam me defender.

Em meu nome, usam a sociedade para benefício próprio e de seus apadrinhados ou cúmplices.

Em meu nome, criam até rituais onde o iniciado não necessita crer em DEUS, coitados, não sabem nem ao menos o que é uma iniciação .

Em meu nome, iniciam sem jamais iniciar.

Em meu nome, se colocam como maçom sem jamais se preocuparem em um deles verdadeiramente um dia se tornar.

Em meu nome, relegam a um segundo plano o verdadeiro sentido da iniciação.

Em meu nome, fazem sessões rápidas, maquinalmente, sem propósito algum, para sobrar mais tempo para a sessão gastronômica.

Em meu nome, sim, em meu nome, fazem tanta coisa errada que até fico constrangida em aqui apresentar.

Eu sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar o homem a se aproximar do nosso Criador que é DEUS.

Eu sou justa, sou perfeita, dei os símbolos como meio didático para o homem melhor me compreender e praticar.

Eu sou justa, sou perfeita, criei o ritual para poderem com os símbolos melhor me compreender e entender.

Eu sou justa, sou perfeita, pensei que o homem poderia através dos símbolos e dos rituais interagir melhor com as forças energéticas positivas do universo.

Eu sou justa, sou perfeita, chamei o homem de pedra bruta para que ele sentisse e compreendesse a necessidade de se lapidar.

Eu sou justa, sou perfeita, mostrei ao homem que o templo físico deveria ser uma representacão do universo, só que alguns não entenderam, que tudo ali é sagrado, é uma das muitas moradas do meu Pai. Ali não há lugar para a inveja, o ciúme, a disputa, a vaidade, a intemperança, a raiva, a injúria e o juízo de valor.

Eu sou justa, sou perfeita, até deixo o homem dizer que eu tenho segredo, estes, se existem, são administrativos, como qualquer sociedade que um dia foi ou é perseguida tem, como forma de proteger os seu membros.

Eu sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar todos os homens, independentemente do sexo, raça, cor, religiosidade ou posição social a se transformar em um iniciado, ou seja, num homem e consequentemente um espírito de LUZ. Que será aonde toda a humanidade terá forçosamente que chegar. Assim está escrito e assim se cumprirá.

Eu sou justa, sou perfeita, a todos e a tudo levo o meu perdão, mas, por favor, Sejam Dígnos de Mim, Não me maltratem e Me Socorram.

O meu nome, sim, o meu nome é MAÇONARIA.

Fonte: JBNews - Informativo nº 293 - 17.06.2011

ESTUDANDO A SIMBOLOGIA

Postado por Hermes C. Cardoso M∴M∴

SÍMBOLOS: símbolos mais importantes:

ACÁCIA (do grego Akakia, árvore que significa a inocência) representa a inocência ou pureza, a segurança e a certeza. Foi um ramo de acácia que os companheiros de Hiram Abiff encontraram no seu túmulo improvisado. Corresponde à murta de Elêusis, ao visco dos Druidas e ao buxo dos Cristãos.

AÇO símbolo da força.

ÁGUA TOFANA símbolo do desprezo dado ao maçom que não cumpre o seu dever.

ALAVANCA emblema da força moral, da perseverança, do poder da vontade; um dos instrumentos simbólicos, passivos, do grau de Companheiro, que deve ser associado à régua, instrumento ativo

AMPULHETA emblema do tempo e da morte.

ÂNCORA emblema da esperança, uma das virtudes necessárias ao aperfeiçoamento do homem e da estabilidade.

ANEL emblema da aliança, do acordo firmado entre partes.

ÂNGULO RETO símbolo da virtude e da conduta do bom maçon. A posição dos pés, estando à ordem, no grau de Aprendiz, é em ângulo reto e assim também deve ser o seu passo

ARCO-ÍRIS símbolo da aliança entre Deus e o homem.

AVENTAL: elemento principal e essencial das insígnias maçônicas, símbolo do trabalho, tanto físico, como intelectual e moral. O avental é geralmente composto por um retângulo (alusivo à forma do Templo de Salomão), a que se sobrepõe uma abeta triangular. No 1º grau (Aprendiz), a abeta acha-se levantada, ao passo que em todos os demais. graus, ela se dobra para baixo. O rectângulo do avental pode também mudar de forma, nomeadamente para hexágono e para semicírculo. As suas dimensões, cores e decorações variam com os graus, as funções, os ritos, as obediências e a própria história.

AZEITE símbolo da paz, da caridade, da abundância e da fecundidade. Pode ser usado como combustível na iluminação das lojas, em vez das velas e dos círios

BALANÇA símbolo da Justiça

BILHA DE ÁGUA Simboliza a hospitalidade e a frugalidade que devem caracterizar o maçom BOI símbolo da força e do trabalho

CHAVE símbolo da fidelidade e da discrição e, como tal, emblema do Tesoureiro de todas as lojas e ritos.

CINZEL símbolo do discernimento e dos conhecimentos adquiridos mas, também, da força, da tenacidade e da perseverança. O seu uso representa, para o Aprendiz, o aperfeiçoamento e o conhecimento de si próprio. Representa o passivo, indissociado do malhete, o ativo.

CÍRCULO símbolo da livre criação, do infinito e do universo, visto não ter começo nem fim e resultar apenas de um ponto central (o homem), que o traça utilizando um instrumento (o compasso) cujo raio é o limite dos seus conhecimentos, da sua iniciativa e da sua ousadia.

COLMÉIA símbolo do trabalho coletivo e da solidariedade; como tal, simboliza o trabalho maçônico.

COLUNAS J e B: símbolos dos limites do mundo criado, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento feminino, do ativo e do passivo, significam, respectivamente, Jokin e Bohaz.

COMPASSO símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo) dependente do ponto inicial (absoluto). Os círculos traçados com o compasso representam as lojas.

CORAÇÃO símbolo do amor altruísta e da fidelidade.

CORDA símbolo da humildade e da escravidão em que se encontra um candidato a determinado grau, até o receber.

CORDÃO também chamado cordão nodoso e cordão do amor, corda com 12 nós e borlas nas extremidades, que se coloca em geral ao longo da parte superior de qualquer templo, junto ao tecto. Simboliza a união fraterna entre maçons, a cadeia de união que os liga indissoluvelmente. Os 12 nós aludem aos 12 signos do Zodíaco, haja vista que o cordão, delimitando e rodeando o templo, se interpreta também como a eclíptica desse mesmo universo. Simbolizam igualmente os marcos ou pilares que fazem conservar no seu lugar certo os elementos do templo e, por extensão, os componentes do universo.

COROA símbolo da majestade, do poder, da glória e do triunfo.

CRUZ símbolo do cosmos, pela combinação do horizontal com o vertical e, por analogia, do próprio templo; do ponto de vista cristão, simboliza a imortalidade e a ressurreição; os quatro elementos (ar, água, fogo e terra).

CUBO isoladamente, o cubo simboliza a estabilidade; maçonicamente, simboliza, além disso, a obra-prima que o Aprendiz deve começar a preparar, trabalhando na pedra bruta e, portanto, a perfeição, a realização espiritual e de si mesmo. Associado à esfera, o cubo simboliza a totalidade das coisas, o universo, representando ele próprio a Terra. Associado à pirâmide quadrangular, o cubo simboliza a pedra por excelência

DELTA: triângulo luminoso, símbolo da força expandindo-se; distingue o Rito Escocês.

ESFINGE Emblema do segredo maçônico e a quádrupla divisa exigida ao maçom "saber" (cabeça humana), "ousar" (garras de leão), "poder" (corpo de leão ou de touro) e "calar" (mutismo da expressão) - os quatro pilares do templo de Salomão.

ESPIGA Símbolo da fecundidade e da universalidade do espírito, bem como da indestrutibilidade da vida.

ESQUADRO: Resulta da união da linha vertical com a linha horizontal, é o símbolo da retidão e também da ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo. Significa que devemos regular a nossa conduta e as nossas ações pela linha e pela régua maçônica. Emite a ideia inflexível da imparcialidade e precisão de carácter, simboliza a moralidade.

FERRO símbolo dos trabalhos do mundo.

FIO DE PRUMO tal como na Maçonaria operativa o fio de prumo serve para verificar a vertical correta de qualquer lugar, a na Maçonaria especulativa o fio de prumo simboliza a profundidade e a retidão do conhecimento, sem quaisquer desvios. E tal como, entre pedreiros, o fio de prumo, associado ao nível e ao esquadro, permite construir com perfeição um edifício, da mesma forma, entre os pedreiros-livres, aqueles objetos são indispensáveis à perfeição do indivíduo. O fio de prumo é o elemento ativo, de movimento e ação, que se associa ao nível, elemento passivo, de inércia e repouso.

FLOR As principais flores usadas na simbologia maçônica são:

Flor (amarela) da acácia - emblema da imortalidade da alma e da luz, sendo os espinhos emblema dos raios do Sol.

Cravo (vermelho) - emblema do Amor, muitas vezes oferecido pelos maçons às pessoas que amam.

Rosa (vermelha) - mesmo significado do cravo vermelho; significa também paixão, dor e martírio.

Rosa (combinada com a cruz) - símbolo do Homem-Deus que existe em cada homem.

Rosa (branca) - emblema da alegria e pureza. Rosa (amarela) - emblema da união.

Rosa (negra) - emblema do silêncio.

Lis (vermelho) - emblema da realeza e da autoridade.

FOGO símbolo que representa a fonte de energia necessária a qualquer grande obra, o amor profundo pelo próximo e o ardor ou entusiasmo por tudo o que é nobre e generoso. Na cerimônia da Iniciação, representa a purificação espiritual.

FOICE emblema do tempo e da morte.

GALO símbolo da ousadia e da vigilância, da representação do mercúrio

INCENSO símbolo da pureza de intenções, o incenso, ao lado de outros perfumes, pode utilizar-se em cerimônias variadas.

LÁGRIMAS símbolo de luto e de tristeza. LÂMPADA símbolo de fonte de luz.

LEÃO símbolo da força, do valor e do carácter.

LUVAS emblema da pureza, quer no sentido lendário, de não participação no assassínio de Hiram, quer no sentido moral, de não participação nos vícios do mundo profano, as luvas brancas são um dos elementos do vestuário maçônico, usadas na maioria dos graus.

LUZ conhecimento que se recebe ao entrar na Maçonaria, quer do ponto de vista racional e moral, quer simbólico, e cuja intensidade aumenta à medida que se sobe na hierarquia dos graus. A luz maçônica opõe-se às trevas do mundo profano.

MACHADO símbolo do poder, da vontade, da autoridade e da destruição da ignorância.

MALHETE pequeno martelo, emblema da vontade ativa, do trabalho e da força material; instrumento de direcção, poder e autoridade.

NÍVEL ferramenta utilizada na Maçonaria operativa e, simbolicamente, pela Maçonaria especulativa também. Servindo para reconhecer se um plano é horizontal e sem acidentes, simboliza a igualdade social, indicando que os direitos dos homens são os mesmos.

OLHO o olho inscrito no delta ou triângulo luminoso simboliza o Sol visível, fonte de luz e da vida; simboliza igualmente o Verbo, o princípio criador, a presença omnisciente de Deus, a omnisciência da razão superior, omnisciência do dever e da consciência. Corretamente desenhado, o olho não deve ser direito nem esquerdo, mas impessoal e abstrato.

OLIVEIRA símbolo da vida e da prosperidade na paz vitoriosa.

OSSOS emblema da morte, da degradação e da renúncia. Na Câmara de Reflexões, indicam ao futuro maçom que se deve desprender das ossadas terrenas, da putrefacção do túmulo, para nascer de novo.

PÃO emblema do alimento do espírito (com sal), da hospitalidade e (com a água) da frugalidade, existente na Iniciação para meditação do candidato a maçom. Indica-lhe a simplicidade que deverá nortear a sua vida futura.

PAVIMENTO EM MOSAICO chão em xadrez de quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os templos; símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria; símbolo também da oposição dos contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas.

PEDRA BRUTA símbolo das imperfeições do espírito do profano que o maçon deve procurar corrigir e, também, da juventude, caracterizada pelo domínio das paixões e dos impulsos, a pedra bruta apresenta-se como um bloco tosco de pedra colocado junto da coluna dos Aprendizes. A tarefa destes últimos consiste em desbastá-la até à conversão em pedra cúbica, isto é, em aperfeiçoarem o espírito e em saberem controlar as paixões.

PEDRA CÚBICA símbolo da obra-prima que o Companheiro deve procurar realizar pelo aperfeiçoamento de si mesmo e o controle das paixões e dos impulsos, e também símbolo da idade madura, mais serena e calma, a pedra cúbica apresenta-se como um bloco de pedra bem talhada e polida, colocada junto à coluna dos companheiros. A sua forma termina, geralmente em pirâmide. Na pedra cúbica estão, muitas vezes, inscritos emblemas diversos da ciência maçônica.

PENTAGRAMA estrela pentagonal, também chamada pentalfa, é o emblema da natureza e do homem que nesta se insere. As cinco pontas iguais correspondem à cabeça e aos quatro membros do ser humano. Colocada na parede do Oriente das lojas simbólicas, por cima da cadeira do Venerável.

POMBA emblema da força da natureza ou da virgindade. PONTE símbolo da livre passagem.

PUNHAL instrumento de vingança simbólico contra os traidores.

RAIOS os raios que saem do delta resplandecente simbolizam a glória divina ou, num sentido racionalista, a glória da razão e da verdade.

RÉGUA Instrumento ativo, simboliza a retidão, a precisão na execução, o método, a lei justa, o aperfeiçoamento de toda a construção. Simboliza ainda o infinito, visto permitir traçar a linha reta, sem princípio nem fim. Associa-se à alavanca, instrumento passivo.

SAL símbolo da hospitalidade, da ponderação e da estabilidade que devem caracterizar o maçom.

SANGUE símbolo do sacrifício e da punição.

SOL símbolo da luz, tanto física como espiritual e, também, da vida, da saúde, do equilíbrio, da força, do pólo activo. O Sol desempenha um papel de relevo na emblemática maçônica, estando presente na decoração das lojas, no painel do Aprendiz, na linguagem e no conteúdo dos rituais, na fixação das grandes festividades.

TEMPLO simbolicamente, o templo é o objetivo da construção do maçom e do trabalho da Maçonaria. Representa, assim, o Homem perfeito, a Humanidade ideal do futuro e, por extensão, a paz, a harmonia, a liberdade, a igualdade e fraternidade, o bem, em suma, o conjunto de todas as virtudes maçônicas. Simultaneamente, microcosmo e macrocosmo, as dimensões do templo são infinitas: do ocidente ao oriente, do setentrião ao meio-dia, do nadir ao zênite.VINHO símbolo da inteligência.

Fonte: JBNews - Informativo nº 293 - 17.06.2011

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E DOCÊNCIA MAÇÔNICA

Ir.·. Fábio Böckmann Schneider

Partimos de três premissas ao introduzir o tema: a Primeira é a adoção de programas oficiais pelas Potências Maçônicas, no sentido de harmonizar a aprendizagem e o ensino da história, doutrina, filosofia, ritualística, esoterismo e simbolismo existentes na Ordem Maçônica. Impende referir a máxima Maçônica que pretende “tornar feliz a humanidade”; por meio do pressuposto da mudança da sociedade para melhor, sendo esta a segunda premissa, aperfeiçoando-a e promovendo as condições para a evolução progressiva e pacífica de toda a pessoa humana, tarefa da mais alta magnitude. A terceira premissa pressupõe que o conhecimento maçônico é um instrumental que possui valores universais, induzindo a busca dos elevados objetivos pretendidos pela instituição Maçonaria.

As premissas em nível introdutório podem ser combinadas com aspectos fundamentais da Instituição Maçônica, tais como a manutenção do segredo em relação aos toques, sinais e palavras, o livre pensar de cada maçom e a união e fraternidade maçônica.

Não há de nossa parte qualquer pretensão no sentido de propor um programa de docência maçônica que impeça a união e a fraternidade maçônica, muito menos a revelação dos segredos ou qualquer impedimento ao livre arbítrio e pensar de cada irmão.

Infelizmente, é bastante comum a insuficiência na aprendizagem e no ensino do conhecimento maçônico, por vezes inexistindo a docência. A simples leitura das instruções e a repetição de práticas simbólicas não podem ser consideradas uma docência.

Desde já, referimos a existência de Potências e/ou Lojas Maçônicas que possuem metodologia, didática e fiscalização do estudo do conhecimento maçônico, mas também existem Potências e/ou Lojas Maçônicas que não adotam sistematização do estudo Maçônico.

Ao desenvolver o tema, insere-se a variável das relações institucionais, haja vista a existência da soberania de cada Potência no âmbito de sua jurisdição e a autonomia de cada Loja Maçônica no que diz respeito à sua administração. Importante referir a existência de questões sensíveis a esses aspectos, em face das relações de poder, que inclusive contribuíram para as cisões hoje existentes na Maçonaria.

Atualmente, esse aspecto tem sido tratado de forma mais condizente com os princípios de tolerância e fraternidade. O Estado de Rio Grande do Sul, por exemplo, tem demonstrado os bons resultados do Tratado de União, Recíproca Amizade, Fraternal Convivência e Estreita Colaboração e Mútuo Socorro entre as três Potências (firmado em 08 de dezembro de 1998) regulares com fundamento nas suas Cartas Constitutivas, que permitem a expressão da Maçonaria Unida.

Havendo este gesto de união entre as Potências, é possível vislumbrar novas possibilidades, dentre elas o estudo do conhecimento Maçônico. Havendo a proposição, antes é necessário discorrer a respeito de algumas dificuldades a serem superadas na eventualidade da adoção de uma metodologia e didática para ministrar o conhecimento Maçônico, além da formação de ministradores deste conteúdo. Podemos sintetizar em três mais relevantes: a adoção de metodologia e didática unificada, a peculiaridade e especialidade do conhecimento Maçônico, combinada com as variadas formas de rito e tradição de cada Loja e Potência, e a grande heterogeneidade da formação educacional e cultural do quadro de Irmãos.

Felizmente, não existem soluções imediatas e definiti-vas para a problemática, pois se existissem seriam baseadas na imposição e no autoritarismo. Existe a necessidade da construção das alternativas para a superação dos entraves ao processo. Por outro lado, é possível utilizar os conhe-cimentos e métodos do mundo profano combinados com a tradição e experiência Maçônica na busca de ações e meios para atingir os objetivos pretendidos: as três pre-missas referidas na introdução, a adoção de programas de docência e formação de ministradores do conhecimento maçônico pelas Potências Maçônicas, no escopo de tornar feliz a humanidade por meio da transformação baseada neste conhecimento.

Na proposição de idéias, ações e procedimentos são ínsitos os riscos da incompreensível e/ou resistência das Instituições e pessoas que as constituem por razões diversas – faz parte das relações humanas e da pretendida evolução baseada na mudança e aperfeiçoamento. Existem valores, preceitos fundamentais valiosos que podem servir de instrumental poderoso na superação dos entraves e na sedimentação de uma cooperação ainda maior entre as Potências Maçônicas de todos universo. Dentre eles, a harmonia combinada com a busca do conhecimento com qualidade e responsabilidade.

A harmonização de procedimentos e ações, sem descurar da indispensável organização e estruturação do conhecimento Maçônico é um caminho factível a ser construído entre as Potências Maçônicas. A adoção de padrões de qualidade no que tange à metodologia e à didática na transmissão do conhecimento Maçônico, combinados com a devida avaliação dos aprendizes e dos ministrantes que podem ser preparados e aperfeiçoados em cursos regulares para melhoria do sistema como um todo.

A responsabilidade do futuro da Maçonaria está no alcance dos seus dirigentes, depende de seus atos e as diretrizes das Instituições repercutem de forma determinante em seus subordinados/associados. Não será diferente em relação ao conhecimento maçônico.

As Academias de Letras Maçônicas, sejam Estaduais, Regionais ou Nacional, podem contribuir de forma decisiva para a discussão e enfrentamento da problemática. Poucos podem propor políticas de alcance geral, e menos pessoas ainda detêm o poder para implementá-las.

Não descurando das dificuldades do debate proposto, nem tampouco minimizando a sua complexidade, acreditamos que independente do momento mais adequado para a proposição de medidas efetivas, tais como a criação de comissões de estudo vinculadas às Potências ou à definição de cronogramas e competências para o debate em torno das relações institucionais e docência maçônica, é necessário dar o primeiro passo.

Ao concluir, é possível afirmar que cada ação no sentido da implementação do processo de aprimoramento e harmonização da docência maçônica em si é auspiciosa. Haja vista estar em consonância com os fundamentos basilares da Maçonaria Universal, que contribui para um melhor conhecimento de nossas Instituições, pode propiciar uma cooperação ainda maior e mais qualificada entre as Instituições e os Irmãos como um todo.

Essencialmente, ainda pode colaborar para a evolução da Ordem com mais e melhor conhecimento em prol da consolidação da cultura Maçônica e em benefício de toda a sociedade.

Fonte: JBNews - Informativo nº 293 - 17.06.2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ORAÇÃO AOS NEÓFITOS

Bem vindos neófitos. (*)

Bem vindos à ordem cujos princípios são o duro combate a nossas fraquezas e vícios e a exaltação de nossas virtudes.

Bem vindos à ordem cujo objetivo é tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância e pelo amor fraternal.

Bem vindos à ordem cujo combate a tirania e a ignorância são um princípio vital.

Bem vindos a um local onde insígnias e diplomas não fazem efeito, onde tratamo-nos como irmãos, onde a busca pela evolução moral e espiritual é maior que a busca pela evolução material.

Bem vindos à ordem que tem o trabalho e a dedicação como uma ferramenta para o crescimento, onde buscamos o conhecimento e a lapidação de uma jóia interna que todos temos.

Bem vindos ao local onde prima o amor pelo próximo, irmão ou não, e incendeiam os corações pela ajuda aos desvalidos.

Bem vindos ao local onde transformamos discursos vazios em obras e espalhamos luz pelos nossos comportamentos no seio da sociedade. Onde pregamos pelo exemplo, pregando aos olhos muito mais que os ouvidos.

Bem vindos ao lugar onde ensinamos e aprendemos, pois somos todos eternos aprendizes.

Bem vindos à instituição que busca a Verdade e a Justiça incessantemente, não dando descanso aos corruptos e àqueles que corrompem nossos jovens e, pelo egoísmo, esquecem que o mundo tem riquezas inenarráveis e suficientes para todos.

Bem vindos a sociedade que não teme dela desligar os incautos, os indisciplinados e aqueles que aviltam seu nome secular.

Bem vindos a uma instituição que cultua a beleza, tanto quanto cultua a força e a sabedoria, pois a beleza é o sentimento que falta hoje à humanidade. Beleza demonstrada pela caridade, pelas artes, pela literatura, pela música. Beleza que é tão importante quanto colocar o homem no espaço.

Bem vindos a essa longa viagem pela depuração de nossos espíritos com o objetivo expresso de nos aproximarmos do Grande Arquiteto do Universo, senhor de tudo que existiu, existe e existirá.

Aproveitem a viagem com dedicação, mas sem esquecer de apreciar a paisagem, pois a felicidade costumeiramente encontra- se no trajeto, nem sempre na linha de chegada.

Quando uma encruzilhada se mostrar no caminho, escolham o caminho mais belo.

(*) Esta oração foi dedicada aos neófitos numa Sessão Magna de Iniciação por um Ir. Primeiro Vigilante e que está sendo repassada pelo Ir. Julis Orácio Felipe, M∴M∴ ARLS Jack Matl n 49 (GLSC) ao oriente de Rio Negrinho SC

Fonte: JBNews - Informativo nº 292 - 16.06.2011

A SÍNDROME DA TELEVISÃO

Ir∴ Anatoli Oliynik

A televisão acabou assumindo a posição de comando na vida das pessoas. Inicialmente, ela entrou em nossos lares como um divertimento despretensioso, de mansinho, como não quer nada e depois aos poucos acabou preenchendo todos os vácuos na vida das famílias.

Resguardadas as devidas exceções, famílias inteiras postam-se diante da "telinha" e passam horas e horas absorvendo o que denomino de "cultura inútil" que ela, a televisão, transmite.

Crianças, da mais tenra idade, passam um tempo excessivo ? 4 a 6 horas diárias ? recebendo uma carga maciça de inutilidades e se transformam em "papagaios de pirata" repetindo sem nada compreender a carga informações inúteis inoculadas em seus cérebros.

Muitas vozes já se levantaram contra a televisão, inclusive de algumas Lojas maçônicas isoladas. Todas sem êxito. É muito difícil lutar contra a televisão.

Alguém, por acaso, já experimentou falar com a família durante a novela das vinte horas e trinta minutos? Impossível. É o mesmo que tocar num vespeiro. A família toda responde em coro uníssono:

Cala a boca!

O curioso é que todos falam da "novela das 8", quando, na realidade ela começa às 20 horas e 30 horas? Às 20 horas é o Jornal Nacional! São coisas da modernidade. As próprias emissoras de televisão anunciam exaustivamente: "A próxima novela das 8". Não há precisão para mais nada, lamentavelmente.

Há 20 ou 25 anos, a vida era diferente sem ela. As famílias se visitavam para conversar, trocavam idéias, cultivavam amizades, enfim, elas se conheciam. Hoje, se alguém aparecer na casa do vizinho na "sagrada hora da novela", é recebido pela "família" com ares de poucos amigos e com indisfarçável animosidade demonstrando falta de respeito e fraternidade. Por esta razão as famílias não se visitam com espontaneidade como o faziam antigamente, salvo quando são convidadas. Como a novela passa de segunda a sábado, o tempo fica escasso para as solidárias e fraternais visitas.

Enrique Rojas, em seu livro "O homem moderno: a luta contra o vazio" num dos seus capítulos aborda com muita propriedade a questão da televisão como alimento intelectual. Destaca ele:

"O homem atual passa muito tempo diante da telinha. Por que? A resposta não pode ser dada de uma forma simplista, pois o assunto é complexo e tem diferentes desdobramentos".

"A televisão provoca o mesmo fenômeno da droga: vicia. Assim, a conduta repetitiva vai virando hábito do qual é muito difícil se libertar; tanto é assim que as pessoas de escassos recursos intelectuais, ou pouca curiosidade para preencher o seu ócio com um hobby bem definido, caem nessa armadilha. Podemos afirmar, assim, que a televisão é quase todo seu alimento intelectual. Daí surge um homem pouco culto, passivo, entregue sempre ao mais fácil: apertar um botão e cair na poltrona, porque tudo se reduz, afinal, a pasto para seus olhos".

Falando um pouco a respeito da TV a cabo, mais especificamente sobre a síndrome do controle remoto, Rojas nos adverte para o seguinte:

"...não existem limites de transmissão, sempre há alguma coisa para se ver na telinha".

"Neste contexto não muito positivo dado que a televisão poucas vezes educa , aparece um fenômeno novo: a possibilidade de se divertir mudando de canal sucessivamente. Este segundo vício televisivo pode ser mais forte que o primeiro. O controle remoto se transforma na chupeta do adulto".

Fonte: JBNews - Informativo nº 292 - 16.06.2011