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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 25 de dezembro de 2011

BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO

BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO
Repasse: Ir∴ Marcos Antonio Bergantini

O divino Oleiro é o arquiteto de toda a criação. Cada peça é cuidadosamente sonhada e projetada.

O barro disforme nas mãos do Oleiro deixa-se transformar numa obra original e irrepetível. O barro, por si só, não se transforma em vaso, cântaro, pote ou vasilha. A pessoa não pode, por suas próprias forças, transformar-se e resgatar sua identidade.

O barro é escolhido

Dentre duzentos tipos de barro conhecidos, somente oito servem para fazer vasos.

O divino Oleiro escolhe o barro. Se você é escolhido por Deus, isso significa que você é um barro bom e que o divino Oleiro deseja fazer de você uma obra de arte.

O barro é curtido

O barro é escolhido e deixado de lado para repousar por um tempo. Ele deve ser curtido com a finalidade de criar maior liga. Quanto maior o vaso, mais longo é o tempo do curtimento.

A fase do curtimento em sua vida pode significar o silêncio do divino Oleiro. Parece que Ele fala com todo mundo, menos com você. Esta fase depende do tipo de vaso que o divino Oleiro quer fazer.

O barro é prensado

Depois de superada essa fase, o barro necessita ser prensado para que o ar, as pedras, as raízes e as impurezas sejam retiradas, formando uma massa consistente. Pode ser angustiante ser prensado sem entender o porquê e nem o para quê.

Deus permite que você seja humilhado, pisado para poder tirar todo orgulho, e vaidade...

Parece que todos falam mal de você, ninguém o entende, julgam suas atitudes...

Sem a presença do Espírito Santo, sem a humildade, sem a disponibilidade, sem a fé e confiança o "vaso" fica inconsistente.

O barro é modelado

Chegou a hora decisiva: um punhado de barro nas mãos do Oleiro vai ganhar a forma desejada. É o momento da entrega total. Ele é colocado sobre a roda de modelar. Deixa-se modelar: de barro a vaso. Esta atitude requer abrir mão de todos os caprichos, ambições e permitir que o Oleiro modele o barro segundo Sua sabedoria.

O Oleiro não retira o olhar da obra que está construindo. Nada desvia sua atenção.

Inicia a obra com leves toques periféricos regados com água. Depois, decididamente, rasga o barro, abrindo espaço no inteiro para trabalhar o vaso como havia concebido no coração. Após a obra concluída, pára e contempla.

O vaso modelado fica em repouso

Com cuidado o Oleiro leva o vaso para o forno para ser temperado. O fogo abrasador leva-o ao seu limite de resistência. Sente o calor permear cada fibra. Somente o vaso que suportar o calor no forno está hábil para cumprir sua tarefa.

O vaso é provado

O Oleiro retira cada peça do forno e verifica a sua capacidade de resistência, dando-lhe um peteleco. O som emitido é a prova. Se o som é chocho voltará ao forno, porque ainda não está pronto, mas se ele "cantar" é porque está apto para seguir seu destino.

O vaso é destinado

Quando o "vaso" está pronto, o divino Oleiro o enche do Seu Espírito e o envia a ser "vaso de benção" a quem encontrar no caminho.

Fonte: JBNews - Informativo nº 158 - 27/01/2011 

sábado, 24 de dezembro de 2011

GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.

Conceito cristão

O conceito de Deus como o Grande Arquiteto do Universo tem sido empregado muitas vezes no cristianismo. Ilustrações de Deus como o arquiteto do universo podem ser encontradas em Bíblias desde a Idade Média e regularmente empregadas pelos apologistas e professores cristãos.

Teólogos cristãos como Tomás de Aquino sustentam que existe um Grande Arquiteto do Universo, a Primeira Causa, e que este é Deus. Os comentadores de Aquino, como Stephen Richards [2] têm apontado que a afirmação de que o Grande Arquiteto do Universo é o Deus cristão não é evidente, com base na "teologia natural" somente, mas requer adicionalmente de um "salto de fé" baseado na revelação da "Bíblia".

João Calvino, em seu Instituto da Religião Cristã(publicado em 1536), chama repetidamente o Deus cristão de "O Arquiteto do Universo", também se referindo aos seus trabalhos como "Arquitetura de Universo", e em seu comentário sobre Salmo 19 refere-se à Deus como o "Grande Arquiteto" ou "Arquiteto do Universo".

Conceito maçônico

O conceito do 'Grande Arquiteto do Universo' está além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal.Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom.

Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica.

Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos. A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo - G.·.A.·.D.·.U.·., envolve estudos filosóficos e não proselitismo.

Conceito hermético

O Grande Arquiteto também pode ser uma metáfora aludindo à potencialidade divina de cada indivíduo. "(Deus) ... Esse poder invisível que todos sabemos existir, mas entendida por muitos nomes diferentes, tais como Deus, o Espírito, o Ser Supremo, a Inteligência, Mente, Energia, Natureza e assim por diante." Na Tradição Hermética, cada pessoa tem o potencial de tornar-se Deus, esta idéia ou conceito de Deus é percebido como interno e não externo. O Grande Arquiteto é também uma alusão ao universo criado observador. Nós criamos nossa própria realidade, por isso nós é o arquiteto. Outra forma seria a de dizer que a mente é o construtor.

Conceito do ponto de vista da gnosis

O conceito de Grande Arquiteto do Universo ocorre no gnosticismo. O Demiurgo é o Grande Arquiteto do Universo, o Deus do Antigo Testamento, em oposição a Cristo e Sophia mensageiros da Gnose do Verdadeiro Deus. Ebionits como

Notzrim, por exemplo, o Rabba Pira, é a fonte de origem, e, recipiente de todas as coisas, que é preenchido pelo Rabba Mana, o Grande Espírito, do qual emana a primeira vida. A primeira vida reza para a companhia e filhos, após o que a segunda vida, o Ultra Mkayyema ou mundo que constitui Æon, o Arquiteto do Universo, vem a ser. A partir desse Arquiteto vem uma série de æons, que erguem o universo sob a comando da gnosis, o conhecimento personificado de vida

Bibliografia
  • Max Heindel Maçonaria e Catolicismo
  • Jules Boucher A Simbólica Maçónica
  • Oswald Wirth O simbolismo hermético na sua relação com a Franco-Maçonaria
  • Rizzardo da Camino Rito Escocês Antigo e Aceito Loja de Perfeição (Graus 1.º ao 33.º), Madras Editora Ltda, 1999, 2.ª Edição - ISBN 85-85505-65-6
Fonte: JBNews - Informativo nº 271 - 26.05.2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

OS TRÊS TOQUES

Ir∴Valdemar Sansão M∴M∴
São Paulo - SP

Batei e Vos abrirá

Batendo às portas do Temp∴ do saber elas vos serão abertas; pois, todas as portas se abrem ao chamado imperativo da vontade e do desejo de aprender, que são as chaves mestras que abrirão todas as portas cerradas ao vosso passo.

Batendo aos corações de vossos Ir∴, com o toque sincero de vossa bondade eles vos abrirão o peito para compartilharem das vossas dores e alegrias, vossos problemas aflitivos e vossas esperanças.

Batendo com o chamado mágico do saber, na porta da vida, esta vos será aberta. Jamais vos esquecendo dos juramentos prestados nas câmaras em que estivestes, nossos corações vos darão a prova de fraternidade universal, peculiar em nós, verdadeiros maçons.

Pedi e Vos dará

Pedi a resposta ao enigma que vos atormenta e o significado do símbolo que vos confunde, pois, a afã de compreendê-los conduzir-vos-á adiante, um passo mais em cada dia.

Pedi – ao mestre a chave do segredo que guarda secretamente, pois, se o discípulo está pronto para recebê-los, o M∴ também o está para orientá-lo e fazê-lo participar dos seus conhecimentos à medida que se façam dignos deles.

Pedi – sempre a tarefa mais penosa, o trabalho mais árduo, o labor mais perigoo, e desenvolvereis uma vontade mais poderosa e uma fortaleza ainda maior, conforme ouvistes dos IIr∴ Ven∴ e Ord∴ durante a Inic∴.

Buscai e Encontrareis

Buscando em vossos corações, encontrareis a palavra que afague uma esperança, o gênio doce que alivie vossas penas, e o amor sincero que arranque radicalmente os espinhos cravados em vossos corações.

Buscando em vossa mente encontrareis a solução do problema, a inteligência analítica que desentranha um teorema; a finalidade que dignifica, transformando o animal humano em um ser pensante que raciocina e analisa, que dirige e ama.

Buscando em vossa consciência, encontrareis a norma de vossa conduta, o farol rutilante que ilumina a estrada da vossa vida, a bússola que guia firmemente a vossa direção pelo mar tortuoso de vossas paixões. Em vosso espírito encontrareis o sentido oculto das causas, a verdade escondida do símbolo, e a harmonia rítmica da vida.

Assim, caríssimos Irmãos:

Batei e Vos abrirá – Pedi e Vos dará – Buscando Encontrareis.

Fontes de Consultas:

- Bíblia Sagrada;
- Trabalho do Ir.’. Jayme Janeiro Rodrigues.

Fonte: JBNews - Informativo nº 268 - 23.05.2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

REGRAS RITUALÍSTICAS - 05

REGRAS RITUALÍSTICAS
SIMBOLISMO MAÇÔNICO (2a PARTE)
ir∴ Valdemar Sansão 

Vale lembrar que quaisquer alterações litúrgicas ou ritualísticas devem ser feitas somente através das obediências e não pelas lojas como se percebe comumente.

Regras - as regras falam por si mesmas. Não foram estabelecidas para provar a obediência, mas por serem necessárias ao nosso bem. Não devemos observá-las apenas pelo fato de nos serem impostas, foram-nos ordenadas porque são justas. 

A maçonaria é uma instituição que transmite a sua doutrina através, principalmente, de símbolos, alegorias, emblemas, parábolas e máximas; todo este vasto volume de informações dadas ao iniciado necessita de uma correta interpretação no sentido de explicação, de comentário, para que possa ser bem captado, principalmente em relação aos símbolos, que admitem interpretações diversas conforme o ângulo da análise, se exotérica ou esotérica. 

Importante, também, é a correta interpretação das práticas litúrgicas e ritualísticas, para que não haja a deturpação das mensagens doutrinárias e simbólicas nelas contidas. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MISTÉRIOS DO PRIMEIRO GRAU

MISTÉRIOS DO PRIMEIRO GRAU
(Desconheço o autor)

"É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos." (Antoine de Saint-Exupéry, O pequeno príncipe).

O trabalho do Aprendiz é lavrar sua pedra bruta, usando o maço e o cinzel, para esquadrá-la e livrá-la das asperezas e elementos supérfluos com o fim de conseguir que se encaixe nas outras pedras, para compor as paredes do edifício da Fraternidade. Este é um trabalho que não envolve somente o aspecto esotérico, envolve principalmente o aspecto prático. 

A matéria na qual o Aprendiz trabalha é, portanto, sua própria matéria, pois assim como o pintor se expressa com o emprego das cores; o músico com os sons; o Aprendiz se expressa por meio de si mesmo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PÉ DIREITO OU PÉ ESQUERDO

Ir∴ Sergio Quirino Guimarães

Saudações estimado Irmão, você saberia responder se é com o PÉ DIREITO ou com o PÉ ESQUERDO? A pergunta é clássica, recorrente e sempre mal formulada: Entramos nos Templos com o pé direito ou com o pé esquerdo? A resposta está no 18º Landmark, entramos com os dois pés! E se a pergunta fosse: - Transpomos a soleira da porta do Templo, primeiramente com o pé direito ou com o pé esquerdo?

Pareceria coisa simples e muitos de imediato já responderam mentalmente, mas o interessante está na explicação que muitos dão ao ato. Já ouvi que é com o pé esquerdo, pois é o lado do coração, sendo este poderoso músculo a fonte emanadora de belos sentimentos. Quando ouvi isto pensei em propor que a Coluna do Sul fosse transferida para a esquerda de quem entra no Templo, já que ela é a própria beleza em si mesma. Desisti, pois pela perspectiva do Oriente as posições já estariam certas. 

Também tentaram me ensinar que devido aos Hemisférios Cerebrais que atuam de forma cruzada sobre o corpo, devemos usar o pé direito, pois estaremos ativando o lado esquerdo do cérebro que controla as atividades científicas e de linguagem. Acredito sinceramente nas muitas qualidades dos antigos ritualistas, mas acreditar que eles tinham conhecimento neurolinguístico é demais! Mas afinal qual é a resposta?

Você não vai encontrar nestas linhas a solução da questão, simplesmente porque a resposta está no seu Ritual do Grau de Aprendiz, editado com as instruções DO SEU RITO, dentro das normas e procedimento DE SUA POTÊNCIA e ainda levando em conta os usos e costumes DE SEU ORIENTE. Por que isso? Em alguns Ritos não há menção do ato; algumas Potências criaram regras para que os Irmãos adentrem ao Templo e ainda temos Lojas que iniciam seus trabalhos já com todos os Obreiros dentro da Oficina. Mas se nada constar e mesmo assim você insistir em ter uma atitude consciente dessa “transposição” do profano (fora do Templo) para o sagrado (dentro do Templo) eu SUGIRO que lembra o espírito, os pés posicionados como o símbolo da retidão e avançamos o pé ........... (veja no seu ritual) e nessa posição que os Irmãos se manifestam prontos para servir, aprender e ensinar.

Boa noite a todos, já está tarde e eu devo ir agora a um Baile de Debutantes, adoro dançar Valsa. Este gênero musical (valsa do alemão Walzer) é de compasso binário (eu não gosto do número 2), mas para facilitar a leitura ela é escrita em compasso ternário (eu gosto do número 3) * * *. Na coreografia o homem começa sempre com o pé esquerdo, dá um passo para frente, traz o pé direito junto ao esquerdo, SEM BATÊ-LOS e mais um passo e outro passo no salão sempre a girar (walzer) no sentido horário.

De acordo com o PROMAÇOM cujo programa visa à integração das Lojas Maçônicas, segue em anexo, o quadro com as atividades das Lojas que se reúnem na avenida Brasil 478 e, de algumas situadas fora do Palácio Maçônico.

Dedico este artigo aos queridos Irmãos da Loja Maçônica Nova Esperança - 26, do Oriente de Nova Esperança, jurisdicionada ao Grande Oriente do Paraná, que está comemorando cinquenta anos de fundação. Entre as comemorações teremos no dia 13/04 uma palestra com o competentíssimo Irmão Hercule Spoladore. Na pessoa do Ir∴ Jorge Antonio Salem parabenizo todos os Irmãos.

Fonte: JBNews - Informativo nº 219 - 04.04.2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

PALÁCIO MAÇÔNICO DE NITERÓI

Ir∴ Bruno Rodriguez Paura 
Presidente do Palácio Maçônico de Niterói 
Venerável da Loja Fraternidade • N0 2765

Escrever história é um ato heroico, árido e bastante difícil. No entanto, a história é uma das áreas do conhecimento humano que tem uma importância fundamental para o desenvolvimento que nos faz passar de Nação até a nossa condição de Instituição nos mais diversos níveis. Não apenas isso: nós, homens, realmente sempre gostamos de saber do nosso passado, o que nada mais é do que saber da nossa história

No ano de 1972, na rua Visconde do Uruguai, N0 117, centro, Niterói, funcionava o Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro Federado ao Grande Oriente do Brasil. Em boletim quinzenal da Grande Secretaria daquele órgão, foi divulgado o seguinte:

“NOVO TEMPLO. Inaugurar-se em dia 1o de outubro na sede do GOERJ, na Rua Visconde do Uruguai, N0 117, um Novo Templo destinado a abrigar os altos corpos maçônicos e as Lojas que ainda não possuem Templo, no Oriente de Niterói.”

Era o início de um novo tempo que se iniciava na Maçonaria Niteroiense, e conforme o anúncio do Boletim do antigo GOERJ, hoje denominado GOB-RJ, as LOJAS LIBERTAÇÃO, PORPHYRIO SECCA E ARARIBOIA, para lá se transferiram.

Em 1988, as três lojas citadas acima efetuaram a compra do prédio, tornando-se o anelo de todos os irmãos a nova propriedade, um Templo Novo. A Carta de Convenção foi providência do Irmão GERALDO DOS REIS SOBRINHO, que ocupava o cargo de Venerável Mestre da LOJA LIBERTAÇÃO, sendo Veneráveis Mestres das Lojas POPHYRIO SECCA E ARARIBÓIA, respectivamente os Irmãos CALOS PRESTE CARDOSO e WALLACE LOMBA AZEVEDO.

Assim, o Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro.

Em 19 de Janeiro de 1991, o Palácio Maçônico de Niterói, adquiriu o status de Utilidade Pública Municipal.

Em agosto de 1995, deu-se início às obras do templo superior do, sendo na ocasião o Presidente SÉRGIO CARLOS BUSQUET PEREZ da Loja LIBERTAÇÃO, o irmão EZEQUIEL GONÇALVES FILHO Loja PORPHYRIO SECCA como Diretor Tesoureiro, e o Irmão SEBASTIÃO JUSTO FLHO da Loja ARARIBÓIA, como Diretor Secretário.

A inauguração deu-se em 21 de agosto de 1997, com a Sagração do Templo, inauguração da Secretaria, Consultório Médico, Vestuário, Biblioteca, Salão Social, e teve a presença do Soberano Grão – Mestre Geral da Ordem Irmão FRANCISCO MURILO PINTO e o Grão-Mestre Estadual JOSÉ COELHO DA SILVA.

Em 18 de Novembro de 2003, a Loja FRATERNIDADE efetua a compra das cotas do PALÁCIO MAÇÔNICO DE NITERÓI, tornando-se co-proprietária, onde a sessão foi um acontecimento marcante, em uma reunião magnífica.

Após a efetiva compra das cotas do PALÁCIO MAÇÔNICO DE NITERÓI pela Loja FRATERNIDADE no ano de 2003, novas obras se faziam necessárias para levarem a bom termo, tão elevado empreendimento, dois quais hoje temos orgulho de pertencer. O então Presidente do Palácio, ASSIS DE OLIVEIRA BASTOS da Loja LIBERTAÇÃO, nomeou uma comissão de obras, sendo composta pelos irmãos GIOVANNI PAURA da Loja FRATERNIDADE, SÉRGIO CARLOS BUSQUET PEREZ da Loja LIBERTAÇÃO, EZEQUIEL GONÇALVES FILHO

Loja PORPHYRIO SECCA, tendo como arquiteto o irmão Jorge Nemer.

No ano 2007, o Irmão JOSÉ LUIZ DE SEJUS SÉRGIO da Loja FRATERNIDADE, assume a Presidência do PALÁCIO MAÇÔNICO DE NITERÓI, onde através de seu empenho, dedicação, e muito trabalho, efetuou diversas obras para o nosso prédio, melhorando ainda mais nossas instalações, deixando em sua administração o Palácio completamente saneado.

Temos hoje como atual presidente do PALÁCIO MAÇÔNICO DE NITERÓI o Irmão BRUNO RODRIGUEZ PAURA, assumindo o cargo em 22 de julho de 2009, onde vem fazendo um brilhante trabalho não só no melhoramento nas dependências do prédio, como também elevou no nome do Palácio, não só dentro da Maçonaria no Estado do Rio de Janeiro, como também no mundo profano, sendo hoje, o Palácio Maçônico de Niterói, o maior complexo maçônico de Niterói e São Gonçalo, funcionando 11 lojas maçônicas, abrigando cerca de 450 maçons.

O Irmão BRUNO RODRIGUEZ PAURA, assumiu o malhete da Loja Fraternidade N0 2765, se tornando o Venerável Mestre mais novo dentro do Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro, dando um dinâmico exemplo como modelo de Maçom a ser seguido.

Além do Irmão BRUNO RODRIGUEZ PAURA da Loja FRATERNIDADE como Presidente, a administração é composta pelos Irmãos: AROLDO ESTEVES DE SOUZA FILHO da loja PORPHIRIO SECCA, como Diretor Secretário, ADOLFO JUNIOR LACERDA HIPÓLITO, da loja ARARIBOIA, como Diretor TESOUREIRO, e FERNANDO GUEDES DE AZEVEDO, da Loja LIBERTAÇÃO, como Diretor de Patrimônio, onde foram empossados conforme os artigos 10 e 80 da Convenção.

FORAM PRESIDENTES DO PALÁCIO MAÇÔNICO
  • 1989 a 1991 – JOSÉ CARLOS FRIELD
  • 1991 a 1993 – RUI SÉRGIO XAVIER DOS SANTOS
  • 1993 a 1995 – SEBASTIÃO GETÚLIO
  • 1995 a 1999 – SÉRGIO CARLOS BUSQUET PEREZ
  • 1999 a 2001 – JAIRO DA SILVA MELO
  • 2001 a 2003 – REGINALDO DOS S. L. DE OLIVEIRA
  • 2003 a 2005 – ASSIS DE OLIVEIRA BASTOS
  • 2005 a 2007 – LUIZ ROMERO CRESPO VELOSO
  • 2007 a 2009 – JOSÉ LUIZ DE SEJUS SÉRGIO
  • 2009 a 2011 – BRUNO RODRIGUEZ PAURA
LOJAS QUE FAZEM PARTE DO PALÁCIO MAÇÔNICO
  • ARARIBOIA Nº 1698
  • FRATERNIDADE Nº 2765
  • LIBERTAÇÃO Nº 1720 P
  • ORPHIRIO SECCA Nº 1592
  • DESEMBARGADOR NAVEGA CRETON Nº 3960 
  • ESTRELA DE ITAIPU Nº 3591
  • GUARDIÕES DA CHAMA SAGRADA Nº 3916 
  • LIBERTA SUB-LEGES Nº 40
  • NOVA ALIANÇA Nº 2134 
  • ORDEM E TRABALHO Nº 1214 
  • RAUL ABOT ESCOBAR Nº 4020
(*) Enviado pelo Ven∴Ir∴ Jorge Tavares Vicente Aug∴Resp∴Fid∴Gr∴Ben∴ Loja Maçônica Evolução Nº 2 Or∴ de Niterói – RJ

Fonte: JBNews - Informativo nº 306 - 30 de Junho de 2011

TOLERÂNCIA?

Ir∴ Roberto Donato MM.

A tolerância sendo uma virtude é, portanto, um valor. Valores, como é sabido, não podem ser definidos, entretanto, podem ser descritos e analisados de acordo com comportamento dos integrantes de uma sociedade.

A idéia de tolerância somente pode ser analisada, com certa precisão, se estiver interada socialmente, pois está indissoluvelmente atrelada ao agir das pessoas nesta mesma sociedade.

Para abordar esse tema tão subjetivo por se tratar de uma virtude e também, sendo um dos valores da nossa Ordem, deixo duas perguntas para a nossa reflexão: “Julgar que há coisas intoleráveis é dar provas de intolerância?” Ou, de outra forma: “Ser tolerante é tolerar tudo?” Em ambos os casos a resposta, evidentemente é não, pelo menos se queremos que a tolerância seja uma virtude.

Partindo da afirmação que Filosofar é pensar sem provas, somente espero não ter indo longe demais nas minhas divagações filosóficas.

No opúsculo O que é Maçonaria, temos a seguinte frase: “A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus membros a mais ampla tolerância.

Respeita as opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular”.

A definição acima aborda a tolerância maçônica no seu aspecto religioso e político que, sendo um valor é muito mais abrangente, discutível e contestável do que os apresentados.

Quem tolera a violação, a tortura, o assassinato deveria ser considerado virtuoso? Quem admite o ilícito com tolerância tem um comportamento louvável? Mas se a resposta não pode ser negativa, a argumentação não deixa de levantar um certo número de problemas, que são definições e limitações. Nem tão pouco podemos deixar de considerar às questões sobre o sentido da vida, a existência do G\A\D\U\e o valor dos nossos valores.

Tolerar é aceitar aquilo que se poderia condenar, é deixar fazer o que se poderia impedir ou combater? É, portanto, renunciar a uma parte do nosso poder, desejo e força! Mas só há virtude na medida em que a chamamos para nós e que ultrapassamos os nossos interesses e a nossa impaciência.

A tolerância vale apenas contra si e a favor de outrem. Não existe tolerância quando nada temos a perder e menos ainda quando temos tudo a ganhar, suportando e nada fazendo. Tolerar o sofrimento dos outros, a injustiça de que não somos vítimas, o horror que nos poupa não é tolerância, mas sim egoísmo e indiferença. Tolerar Hitler é tornar-se cúmplice dele, pelo menos por omissão, por abandono e esta tolerância já é colaboração. Antes o ódio, a fúria, a violência, do que esta passividade diante do horror e a aceitação vergonhosa do pior.

É o que Karl Popper denomina como “o paradoxo da tolerância”: “Se formos de uma tolerância absoluta, mesmo com os intolerantes e não defendermos a sociedade tolerante contra os seus assaltos, os tolerantes serão aniquilados e com eles a tolerância”.

Uma virtude não pode ocultar-se atrás de posturas condenáveis e contestáveis: aquele que só com os justos é justo, só com os generosos é generoso, só com os misericordiosos é misericordioso, não é nem justo, nem generoso e nem misericordioso. Tão pouco é tolerante aquele que o é apenas com os tolerantes. Se a tolerância é uma virtude, como creio e de um modo geral, ela vale, portanto por si mesma, inclusive para os que não a praticam. É verdade que os intolerantes não poderiam queixar-se, se fôssemos intolerantes com eles. O justo deve ser guiado “pelos princípios da justiça e não pelo fato de o injusto poder queixar-se”. Assim como o tolerante, pelos princípios da tolerância.

O que deve determinar a tolerabilidade deste ou daquele indivíduo, grupo ou comportamento, não é a tolerância de que dão provas, mas o perigo efetivo que implicam: uma ação intolerante, um grupo intolerante, etc., devem ser interditos se, e só se, ameaçam efetivamente a liberdade ou, em geral, as condições de possibilidade da tolerância.

Numa República forte e estável, uma manifestação contra a democracia, contra a tolerância ou contra a liberdade não basta para a pôr em perigo: não há, portanto, motivos para a proibir e faltar com tolerância. Mas se as instituições se encontram fragilizadas, se uma guerra civil ameaça, se grupos pretendem tomar o poder, a mesma manifestação pode tornar-se um perigo: pode então vir a ser necessário proibi-la ou impedi-la, mesmo à força e seria uma falta de prudência recusar-se a considerar esta possibilidade.

Estando diante de mais um paradoxo sobre a tolerância, para entende-la entramos por um caminho não muito claro e como não poderia deixar de ser exato, Karl

Popper acrescenta: “Não quero com isto dizer que seja sempre necessário impedir a expressão de teorias intolerantes. Enquanto for possível contrariá-las à força de argumentos lógicos e contê-las com a ajuda da opinião pública, seria um erro proibi-las. Mas é necessário reivindicar o direito de fazê-lo, mesmo à força, caso se torne necessário, porque pode muito bem acontecer que os defensores destas teorias se recusem a qualquer discussão lógica e respondam aos argumentos pela violência. Haveria então de considerar que, ao fazê-lo, eles se colocam fora da lei e que a incitação à intolerância é tão criminosa como, por exemplo, a incitação ao assassínio. Democracia não é fraqueza. Tolerância não é passividade”.

Moral e politicamente condenáveis, a tolerância universal não seria, nem virtuosa e nem viável. Ou por outras palavras: existe, de fato, coisas intoleráveis, mesmo para o tolerante! Moralmente condenado é o sofrimento de outrem, a injustiça, a opressão, quando poderiam ser impedidos ou combatidos por um mal menor.

Politicamente é tudo o que ameaça efetivamente a liberdade, a paz ou a sobrevivência de uma sociedade.

Como vimos, o problema da tolerância só se põe em questões de opinião. Ora, o que vem a ser uma opinião senão uma crença incerta. O católico bem pode estar subjetivamente certo da verdade do catolicismo. Mas, se for intelectualmente honesto (se amar mais a verdade do que a certeza), deverá reconhecer que é incapaz de convencer um protestante, ateu ou muçulmano, mesmo cultos, inteligentes e de boa-fé. Por mais convencido que possa estar de ter razão, cada qual deve, pois, admitir que não pode prová-lo, permanecendo assim no mesmo plano que os seus adversários, tão convencidos como ele e igualmente incapazes de convencê-lo. A tolerância, como virtude, fundamenta-se na nossa fraqueza teórica, ou seja, na incapacidade de atingir o absoluto. “Devemos tolerar-nos mutuamente, porque somos todos fracos, inconseqüentes, sujeitos à variação e ao erro.

Humildade e misericórdia andam juntas e levam à tolerância”.

Um outro ponto a ser considerado prende-se mais com a conduta política do que com a moral, mais com os limites do Estado do que com os do conhecimento.

Ainda que tivesse acesso ao absoluto, o soberano seria incapaz de impô-lo a quem quer que fosse, porque não se pode forçar um indivíduo a pensar de maneira diferente daquela como pensa, nem a acreditar que é verdadeiro o que lhe parece falso. Pode impedir-se um indivíduo de exprimir aquilo em que acredita, mas não de pensar.

Para quem reconhece que valor e verdade constituem duas ordens diferentes, existe, pelo contrário, nesta disjunção uma razão suplementar para ser tolerante: ainda que tivéssemos acesso a uma verdade absoluta, isso não obrigaria a todos a respeitar os mesmos valores, ou a viverem da mesma maneira. A verdade impõe-se a todos, mas não impõe coisa alguma. A verdade é a mesma para todos, mas não o desejo e a vontade.

Esta convergência dos desejos, das vontades e da aproximação das civilizações, não resulta de um conhecimento: é um fato da história e do desejo dessas civilizações.

Podemos perguntar, finalmente, se a palavra tolerância é, de fato, a que convém. Tolerar as opiniões dos outros não é considerá-las como inferiores ou faltosas?

Temos então um outro paradoxo da tolerância, que parece invalidar tudo que vimos anteriormente. Se as liberdades de crença, de opinião, de expressão e de culto são liberdades de direito, então não precisam ser toleradas, mas simplesmente respeitadas, protegidas e celebradas.

A palavra tolerância implica muitas vezes, na nossa língua, na idéia de polidez, de piedade ou ainda de indiferença. Em rigor, não se pode tolerar senão o que se tem o direito de impedir, de condenar e de proibir. Mas acontece que este direito que não possuímos nos inspira no sentimento de possuí-lo.

Não temos razão de pensar o que pensamos? E, se temos razão, os outros não estariam errados? E como poderia a verdade aceitar – senão, de fato, por tolerância – a existência ou a continuação do erro? Por isso damos o nome de tolerância àquilo que, se fôssemos mais lúcidos, mais generosos, mais justos, deveria chamar- se de respeito, simpatia ou de amor. Se, contudo, a palavra tolerância se impôs, foi certamente porque nos sentimos muito pouco capazes de amar ou de respeitar quando se tratam dos nossos adversários.

“Enquanto não desponta o belo dia em que a tolerância se tornará amável”, conclui Jankélévitch, “diremos que a tolerância, a prosaica tolerância é o que de melhor podemos fazer! A tolerância é, pois uma solução sofrível; até que os homens possam amar, ou simplesmente conhecer-se e compreender-se, podemos dar-nos por felizes por começarem a suportar-se”.

A tolerância, portanto, é um momento provisório. Que este provisório está para durar, é bem claro e, se cessasse, seria de temer que lhe sucedesse a barbárie e não o amor! É apenas um começo, mas já é algum. Sem contar que é por vezes necessário tolerar o que não queremos nem respeitar e nem amar. Existem, como vimos, coisas intoleráveis que temos de combater. Mas também coisas toleráveis que são, no entanto, desprezíveis e detestáveis. A tolerância diz tudo isto, ou pelo menos autoriza.

Assim como a simplicidade é a virtude dos sábios e a sabedoria a dos santos, a tolerância é sabedoria e virtude para aqueles – todos nós – que não são nem uma nem outra coisa.

Fonte: JBNews - Informativo nº 306 - 30 de Junho de 2011

O PODER DO VERBO


Ir∴ Rudi Petri Gautério de Antoni 
A∴R∴L∴S∴ Guardiões do Templo Nº 225 • Rito Schröder

O Verbo é criador. O G∴A∴D∴U∴ criou o universo e os seres vivos por meio da vibração. Por isso que se diz que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era o próprio Deus”

Se o Verbo é a origem, a consequência é a existência humana e sendo assim fica caracterizado que o verbo possui poder e reside em cada ser humano.

Deus, quando no processo de criação do universo, usou o poder do Verbo (vibração) para materializar a sua vontade. Dessa forma, os homens também podem usar o poder que emana do chakra da garganta (que é o chakra do poder e da manifestação), para contatar as esferas superiores.

O poder mágico do verbo ou palavra está presente principalmente naquilo que emitimos no dia a dia.

O poder da palavra falada é mágico, transformador e trasmutador de nossas vidas. Pelo fruto se reconhece a árvore é pelo modo que se usa a palavra no dia a dia que se reconhece um maçom.

No antigo Egito, não se falava aleatoriamente sobre catástrofes e doenças.

Especialmente em templos sagrados, que são verdadeiros geradores e canalizadores de energias poderosíssimas.

Para os Hierofantes Egípcios, falar não é somente pronunciar ideias. Verbalizar é irradiar toda a energia que temos potencializada em nosso interior. Por isso diziam que quando alguém verbaliza lembranças de desgraças, elas voltam poderosamente a quem as proferiu.

Isso ocorre por meio do verbo concentrado que mais cedo ou mais tarde gera reação (Lei da ação e reação) naquele que a direcionou.

No plano físico, sabemos que temos em nosso interior os mesmos elementos que existem na natureza (ar, fogo, água e terra), Quando pronunciamos uma palavra, uma frase, uma oração ou uma maldição, pelo principio da vibração fazemos vibrar primeiro em nosso interior um desses quatro elementos para em alguns milésimos de segundos após exteriorizar essa palavra.

O M∴M∴ Jorge Adoum afirma em seu livro, Do Mestre Eleito dos 9 “O homem fala como age, age como pensa e pensa como sente”.

Portanto, tudo o que falamos tem em sua essência um pouco do poder de nossa mente e de nossas emoções.

Podemos afirmar que uma única palavra pode salvar um país, uma única palavra pode destruir uma nação.

Por isso o mestre BUDA sempre falava a seus seguidores cuidarem das palavras. Ele dizia; “É extremamente fácil dizer a coisa errada. E extremamente difícil concertar o que falou, não é mesmo?”

As quatro transgressões da boca:
  • A Mentira
  • A Duplicidade
  • As Palavras ásperas
  • As Palavras vãs
A mentira é extremamente repreensível porque além de não condizer com os preceitos da Ordem é uma arma que contribui para a o fortalecimento da ilusão. Em que as pessoas que se prendem a mentiras ficam vivendo em um mundo fora do real um mundo de ilusões que não lhes deixa ver a verdadeira verdade.

O ensinamento iniciatico visa despertar a consciência e o aperfeiçoamento do iniciado por isso devemos repudiar a mentira.

A duplicidade é dizer uma coisa a uma pessoa e outra a outra pessoa. Falar algo, pensar outra coisa totalmente diferente. Com a duplicidade enganamos e prejudicamos emocionalmente a outra pessoa e a nos mesmos. As energias negativas da adulação e do embuste geram deformações na moral de quem as profere. Quem sorri e elogia e pelas costas pensa e fala o contrário, incorre em um erro grave para própria consciência. Seja verdadeiro no falar, sem ser áspero.

As palavras ásperas não são somente palavras vulgares e de baixo calão, mas principalmente aquelas que magoam alguém. Se nos auto-observarmos, poderemos conter esses tipos de palavras que às vezes inconscientemente jogamos ao vento.

Um texto tântrico afirma:

As pessoas nascem com um machado dentro da boca e com ele se cortam a proferir palavras ásperas. O resultado desse comportamento volta-se contra elas e assim, lhes é impossível conhecer a felicidade.

As palavras vãs podem ser palavras verdadeiras proferidas no momento errado. Palavras verdadeiras que causam sofrimento a outrem. Palavras verdadeiras sem começo nem fim, palavras verdadeiras que são desorganizadas ou apresentadas de forma insensata.

Podemos estudar o verbo sob a visão social, psicológica, mágica, moral ou espiritual.

Quando usamos a régua durante as 24 horas do dia e temos controle sobre as palavras que saem de nossa boca, sabemos nos controlar verbalmente, conhecemos, direcionamos e aplicamos a energia da palavra e não somente seus fonemas, nos tornaremos pedras polidas prontas para erguermos templos a virtude e masmorras ao vício.

“Palavras bem ditas tornam-se benditas, e, mal ditas tornam-se malditas”!

Bibliografia:
Apostila, Curso de Gnose, Esoterismo e Autoconhecimento (apostila retirada do site Gnosis on line, http://www.gnosisonline.org) – Livro, Do Mestre Eleito dos 9, Autor Jorge Adoum. Sites: (www.espirito.org.br), (http://somostodosum.ig.com.br) e (http://luzvital.blogspot.com).

Fonte: JBNews - Informativo nº 306 - 30 de Junho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SER APRENDIZ


Fábio Teddy Moreira 
A∴R∴L∴S∴ Ordem e Progresso 133
Belo Horizonte MG

Ser Aprendiz Maçon é receber um convite de um amigo, responder questionários durante sindicâncias, sofrer angustiosamente o comunicado de aprovação para seu ingresso na maçonaria.


Ser Ap∴M∴ é vestir seu terno preto, chegar a um local estranho, cheio de pessoas desconhecidas, e, logo na entrada, ter vendado a sua visão, ser despojado de todos os seus metais, ter despido o lado esquerdo do seu peito, sua perna até joelho e seu pé; ser colocado sozinho com seus pensamentos, paixões, vaidades e vícios.

Ser Ap∴ M∴ é esperar um longo período, quase uma eternidade, e subitamente ser colocado em um cômodo pequeno, conhecido como câmara de reflexão, cheio de objetos e inscrições sugestivas, com um questionário e um testamento a ser preenchido na suas mãos, realizando a sua primeira viagem.

Ser Ap∴ M∴ é ser guiado com olhos vendados, semi nu e sem metais por um estranho que bate em uma porta e pede sua entrada, é ser interrogado sobre seus deveres com Deus, para consigo e para com a humanidade.

Ser Ap∴ M∴ é humildemente, confiando em seu guia, viajar por mais três vezes, a primeira e mais difícil aprendendo a vencer os obstáculos, a segunda ser batizado pela água e a terceira ser batizado pelo fogo. É provar o doce e o amargor, é ser colocada à prova toda a sua vontade de ser realmente um M∴. É doar seu próprio sangue a causa sagrada da maçonaria.

Ser Ap∴ M∴ é ajoelhar-se e jurar silêncio sobre o que escutar, jurar não escrever, gravar ou formar nenhum sinal que possa revelar a palavra sagrada, jurar sua união eterna com a fraternidade, comprometendo-se a ajudar seus irmãos a qualquer momento. É ser digno de receber a luz, é nascer para a vida maçônica.

Ser Ap∴ M∴ é consagrar-se com palavras e ter acima da sua cabeça a Espada Flamejante, sendo tocada por três vezes pelo V∴M∴. É ser recebido por pessoas antes desconhecidas, e agora, seus verdadeiros irmãos, dispostos a ajudá-lo. É aprender a dar os primeiros golpes para o desbaste da pedra bruta e receber a verdadeira veste maçônica, o avental.

Ser Ap∴ M∴ é aprender o sinal da ordem, o sinal gutural, o aperto de mão com os devidos toques, a palavra sagrada, a semestral e a de convivência. É aprender andar no Templo, sempre do ocidente para o oriente, do norte para sul sempre saudando o Delta, quando de sua passagem pelo Equador.

Ser Ap∴ M∴ é entrar na sala dos passos perdidos, passar pelo átrio e, após entrar no templo, sempre com seu avental com a abeta voltada para cima, sentar-se no topo da coluna do norte e observar o templo com sua forma de quadrilongo, com o chão quadriculado, a entrada no ocidente tendo acima da porta a chama votiva, rodeado pela corda de 81 nós, as colunas zodiacais, sua abóboda celeste, com suas constelações, as colunas de bronze com a esfera celeste e as 3 romãs ( mostrando pela sua divisão interna, os bens produzidos pela influência das estações, representando as LL∴ e os MM∴, espalhados pela superfície da Terra e ainda assim, constituindo uma e mesma família ), observar os 4 degraus que levam ao oriente (Força, Trabalho, Ciência e Virtude ), e acima do trono do V∴ M∴ o delta luminoso sempre ladeado pelo sol e pela lua, o altar dos perfumes defronte ao altar do V∴ M∴, o altar dos juramentos com seus paramentos (o livro da lei sagrada, representando o Código da Moral, o compasso, sempre com as pontas ocultas sob o esquadro: que só se mostram unidos em loja representando a medida justa que deve presidir todas as nossas ações), ladeado por 3 castiçais (sabedoria: para orientar-nos no caminho da vida, força: para nos animar e sustentar em todas as dificuldades e beleza: para adornar as nossas ações, nosso caráter e nosso espírito), os ornamentos (o pavimento mosaico, representando a fraternidade; a estrela flamejante, representando a caridade e a orla dentada, representando o amor).

Ser Ap∴ M∴ é observar o altar que o V∴ M∴ tem assento, colocado sempre no Oriente sob o dossel e sobre 3 degraus (Pureza, Luz e Verdade), ladeado por 2 cadeiras: para o ex - V∴ M∴ à esquerda, e para a maior autoridade presente à direita, com o candelabro à frente, ainda no oriente e ao norte, o altar do orador, ao sul, o altar do secretário. No ocidente e a esquerda da coluna B e sobre 2 degraus o altar do 10º vigilante, a pedra bruta, o maço e o cinzel,e, a esquerda da coluna J e no meio, sob a Estrela Flamejante com a letra G no centro, e sobre 1 degrau, o altar do 2º vigilante, com pedra cúbica, ambos com os seus candelabros.

Observar também, logo após a coluna do norte, a direita do orador e por fora da balaustrada, o altar do tesoureiro e simetricamente a esquerda o altar do chanceler. No meio dia ( sul ), ao norte e no oriente os bancos colocados longitudinalmente em linha paralelas, onde ficam os aprendizes no norte, os companheiros ao sul e os mestres nas cadeiras da primeira fila.

Ser Ap∴ M∴ é começar a conhecer o Rito Escocês Antigo e Aceito, visitar outras lojas, conhecer outros MM∴ fora de sua loja, é assistir uma iniciação e compreender o que está passando com o neófito, é assistir a uma filiação e vislumbrar a felicidade do Irmão.

Ser Ap∴ M∴ é receber ensinamentos, conceitos e experiências de seus irmãos, é estudar para alcançar progressos na maçonaria. É começar a utilizar seus instrumentos de trabalho: a régua de 24 P∴ P∴ para planear suas atitudes, representando a sabedoria; o maço para aplicar toda a energia, representando a força e o cinzel para polir seus vícios, vaidades e paixões, representando a beleza. É compreender que todos começam sua vida na maçonaria como a Pedra Bruta e deve determinar suas ações, aplicar toda sua energia e ver todas as suas faculdades, desenvolvendo-as, educando-as e temperando-as para lavrar a pedra bruta, tornando-se uma Pedra Polida ou Cúbica, ou seja, dominando a si mesmo, aperfeiçoando-se moralmente e espiritualmente.

Ser Ap∴ M∴ é conhecer as jóias fixas da loja: a prancheta, representando o mestre guiando os aprendizes; a pedra bruta e a pedra polida cúbica . É conhecer as jóias móveis: o esquadro representando o estatuto da ordem e decorando o V∴ M∴; o nível representando a igualdade social e decorando o 10º vigilante e o prumo representando a retidão do maçon e decorando o 2º vigilante.

Ser Ap∴ M∴ é honrar e venerar o G∴A∴D∴U∴, ter a honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a sua G∴ C∴ a revelar nossos mistérios, é estudar para vencer a ignorância, é aprender a combater o fanatismo e a superstição. É ser solidário aos irmãos que respeitam suas responsabilidades morais, sociais e de honra, em tudo que for justo e perfeito. É educar-se para corrigir seus defeitos e ser tolerante com as crenças religiosas e políticas de cada um.

Ser Ap∴ M∴ é aprender o simbolismo dos números, sendo que o número 1 significa a unidade se tiver efeito sobe ele o número 2, senão representa o todo; o número 2 significa a dúvida, a divisão, o desequilíbrio. O antagonismo do número 2 cessa quando se acrescenta mais uma unidade, formando o número 3, que representa a unidade da vida e as 3 qualidades indispensáveis do maçon : vontade, amor ou sabedoria e inteligência.

Ser Ap∴ M∴ é aprender a marcha ritualística, mesmo que ainda arrastando o pé direito, demonstrar retidão decisão e discernimento, estar sempre disposto a galgar os 14 degraus da escada de Jacó e alcançar a estrela de sete pontas, ou seja, o último estágio da evolução maçônica simbólica, o Mestre.

Ser Ap∴ M∴ é ser homem livre e de bons costumes, e após receber a luz, poder caminhar sozinho no templo e, embora auxiliado pelos conselhos dos IIr∴ e pela experiência dos MM∴ sentir-se responsável por si mesmo e saber que seus pensamentos, palavras e atitudes devem representar sempre a consciência de seu juramento ao ingressar no Templo, e, após trabalhar simbolicamente por três anos do meio dia à meia noite, humildemente, solicitar o seu primeiro aumento de salário.

Fonte: JBNews - Informativo nº 0305 - 29 de junho de 2011

UM NÁUFRAGO MAÇOM NA ILHA DAS FLORES (AÇORES)


Esta é uma pequena história com 136 anos de vida, que fala de 12 náufragos e um bloco de pedra com uma inscrição e um símbolo maçónico que durante muito tempo não foi reconhecido por nenhum dos historiadores e curiosos que se debruçaram sobre o assunto. John Coustos, Mestre Maçon, dá mais pormenores. 

“No aprazível local da Fajã do Conde, junto à Ribeira da Cruz, na Ilha das Flores (Açores), entre uma densa e verdejante vegetação, encontra- se um bloco de pedra, de forma mais ou menos cúbica, onde se pode observar a seguinte inscrição:

CAPT. W. H. LANG

AND 11 MEN - LANDED MAY 5 73 FROM BARK MODENA

OF BOSTON MASS. FOUNDERD - APRIL 22

Hoje, sabe-se que esta enigmática inscrição se ficou a dever ao facto da tripulação de uma embarcação americana – registada em Boston pelos proprietários J. Rideout e H. O. Roberts com o nome Modena, de 206 toneladas –, quando se viu em apuros nas águas das Bermudas, ter sido socorrida por uma outra embarcação. Tinha saído da Serra Leoa e dirigia-se para Boston, na costa leste dos Estados Unidos da América.

No dia 9 de Março de 1873 aportara na Bermuda, onde fez escala até ao dia 15 de Abril. Uma semana depois de ter levantado ferro, a 22 de Abril, o seu comandante, o capitão W. H. Lang, ordena o abandono da Modena que se afunda nas águas do Atlântico, entre as Bermudas e Boston, a cerca de 150 milhas a Norte daquelas ilhas. Depois de alguns dias à deriva, o capitão Lang e os seus onze tripulantes são recolhidos, a duas mil milhas dos Açores, por um navio que vinha da América para a Europa. A primeira terra avistada foi decerto a ilhas das Flores, no extremo ocidental do Arquipélago dos Açores, onde no dia 5 de Maio foram “depositados”, no local conhecido por Fajã do Conde.

Sobre a barca Modena, sabe-se ainda que foi construída em Duxbury, Massachusetts (EUA), no ano de 1851, conforme registo em documentação naval. Já em relação à estada destes náufragos na ilha das Flores, o facto é apenas documentado por esta interessante inscrição, só descoberta em 1960. Até ao momento não se encontrou qualquer outro registo que nos ajude a conhecer melhor o destino destes homens que devem ter permanecido naquela ilha algum tempo a aguardar a oportunidade de embarcarem para o seu destino inicial.

A curiosidade desta história reside no facto do capitão W. H. Lang ser maçon, a atestar pelo esquadro e compasso que inscreve na pedra, logo abaixo do seu nome, símbolo que nunca foi reconhecido pelos historiadores e curiosos que descreveram e opinaram sobre a inscrição.

Bibliografia:

BRAGAGLIA, Pierluigi, Concelho de Santa Cruz das Flores: Roteiro Histórico e Pedestre, Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, 1999, p. 222

GOMES, Francisco António Nunes Pimentel, A Ilha das Flores: Da redescoberta à actualidade (Subsídios para a sua História), Câmara Municipal das Lajes das Flores, 1997, p. 359

TOMÁS, Jacob, Alguns apontamentos sobre naufrágios nas ilhas das Flores e Corvo, in “O Telégrafo”, 2 de Setembro de 1962″

Fonte: JBNews - Informativo nº 0305 - 29 de junho de 2011

POR QUE O "K" ENTRE DOIS NÓS?

Ir∴ Marco Antonio Nunes
Loja Fraternidade Catarinense nr. 9 (GOSC)


Cá entre nós com um “K” entre dois nós, num segmento da corda tão conhecida por todos os Maçons, foi o resultado de uma idéia de escolher um título para uma coluna periódica no antigo Jornal O Vigilante do GOSC. Uma coluna descompromissada com qualquer tentativa de se fazer algo erudito, de leitura leve e coloquial, onde o leitor pudesse sentir-se num mesmo plano, num estado permanente de idéias e opiniões, trocando-se confidências, e estratégias frente às realidades que afloram no nosso dia-a-dia. E tudo num ambiente de descontração, de pura franqueza, de confabulação (aqui o termo é muito propício, já que o dicionário nos diz que significa “trocar idéia a respeito de assuntos secretos” e até mesmo de conspiração. Por que não?

O Jornal O Vigilante já não mais existe, transformando-se em revista mensal e informativa dos eventos do Grande Oriente catarinense. Dessa forma, a coluna adormeceu, calou-se. Mas eis que o JB News achou por bem abrir espaço e aqui vamos tentar divulgar algumas idéias, opiniões, e, principalmente, confabular e conspirar. Com a ajuda de vocês, é claro. Para isso, é fundamental que opinem, ponham em dígitos o que os neurônios produzirem, para que possamos conspirar juntos pela causa da ética e, principalmente, dos bons costumes.

Vamos procurar ajudar no desbaste das pedras brutas que aspiram um lugar na grande obra. Vamos aperfeiçoar as que estão em processo de lapidação e acabamento e, muito importante, vamos dedicar uma atenção toda especial e redobrada com aquelas tidas como perfeitas, geralmente as que mais causam transtornos na consecução da obra.

Fonte: JBNews - Informativo nº 0305 - 29 de junho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

PROFANO OU NEÓFITO?

Ir∴ José Aparecido dos Santos
ARLS Frederico Chalbaud Biscaia – Rito Francês 
ARLS Justiça – Rito REAA – Oriente de Maringá

Em uma breve análise sobre a vida profana e a iniciação na maçonaria, cheguei a uma conclusão;

Inicio da Vida Profana: Iniciamos com uma corrida (viagem) de milhões e um somente tem a Graça de Deus de ter um local único, escuro, sem nenhum visão da vida futura e dentro do ventre materno por nove meses e tendo toda afeição e alegria daqueles que querem a sua presença entre eles.

Quando ganhamos a luz, não enxergamos e sim só vemos luz por alguns dias, sem poder decifrar o que virá no futuro, não falamos e sim tentamos balbuciar algumas palavras e sem definições, não caminhamos por vários meses e sim somos levados e carregado por aqueles que devotam amor por nós e a confiança é total naquele que nos carrega por todos os lados.

Não conhecemos e nem temos conhecimento deste ser Supremo (Deus), somos um pequeno pagão por um determinado tempo, até recebermos a luz divina de nosso Pai Maior, do nosso batizado e nos é colocado pela ação divina, ótimos mestres em nossos ensinamentos de vida profana, sendo os nossos pais, avós, que só tendem a nos dar o ensinamento de vida, nos levando a verdade absoluta, nos apresentando ao Ser Supremo (Deus), nos dando o que é bondade, benevolência, atitudes de moral humana, educação e etc.

Iniciamos a vida profana com valorosos mestres e com verdadeiros ensinamentos de vida correta, integra, tendo o crescimento pessoal, moral, intelectual e sempre pelos mestres da vida que nos conduzem para a plenitude do mundo, estes nunca nos deixam, são eternos mestres para com nós.

Inicio da Vida Maçônica: Somos escolhidos no meio de milhões de profanos, e ao sermos iniciados, ficamos de olhos vendados, sem poder ver nada por algumas horas, voltamos ao nosso interior mental, como também voltamos ao interior da terra, representando o ventre materno, depois de algumas horas, com diversas viagens que fazemos pelo interior do Templo e sempre com um mestre que nos dá todo apoio e acreditamos na segurança deste que nos leva.

Depois de muitas idas e vindas (viagens), recebemos a luz, por alguns minutos, temos a visão conturbada e sem reconhecer as pessoas que nos aguardam com alegria, amor, dedicação e nos vendo como um novo irmão que vai iniciar os seus passos e engatinhando na vida maçônica.

Da mesma forma que somos levados pelos nossos pais, avós, na vida profana, também temos excelentes mestres que tendem a nos levar para o aprendizado da maçonaria, aprendendo os passos da vida ereta e doutrinada na verdade, humildade, ser um homem integro em todos os momentos e locais.

No grau de Aprendiz, temos os nossos passos idênticos de uma criança, e nos é ensinado como fazer, como se portar dentro de um Templo e nos sendo ensinado, como devemos nos portar dentro do Templo e como devemos estar paramentados, em seguida partimos para o grau de Companheiro, já podendo mudar os passos, mas tendo que ter os mestres sempre nos apoiando e aprimorando o lado do ser humano e maçom, para que este no futuro próximo, possa dar o ensinamento ao grau de Aprendiz.

Quando temos o grau de Mestre, este sendo o ápice do Grau Simbólico, já tendo o discernimento do que deve fazer na vida maçônica e profana, para não dar maus exemplos aos que estão iniciando na Maçonaria, este pode e tem o domínio de ir para o Oriente e retornar para o Ocidente, já tem o seu lado espiritual e mental eficaz e tendo que ensinar o Aprendiz e Companheiro.

Em todo momento de vida maçônica, temos que ter em mente, que somos homens livres, de bons costumes, podendo errar, não dando continuidade nos mesmos erros, sem sermos soberbos, temos que ter a humildade, integridade, postura pessoal, crença e devoção em Deus não somente para sociedade maçônica, mas continuar na sociedade profana, que nos vê, como homens com diferencial.

É colocado que somos todos iguais, nenhum irmão é melhor que o outro, mesmo que este tenha um grau elevado de cultura e financeira, somos todos iguais não somente dentro dos Templos, mas no dia à dia de nossa vida maçônica e profana, desta forma, não devemos ser soberbos.

Desde aprendiz, companheiro, mestre e do grau 4 ao 33, todos nós estamos em franco estudo maçônico e um tem que dar um pouco de si para ensinar o outro irmão, o que é ser maçom, qual o grau do significado da vida maçônica, sendo através dos estudos, vivência entre todos nós e praticando o nosso ensinamento: “LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNINADADE”, devemos sim, retornar a Câmara de Reflexões, para um exame de consciência e alertar-se de que, na realidade, e Maçom.O diferencial do Homem Maçom, que tem que ter em mente, que todos nós somos iguais e temos que fazer para o outro o que desejamos para nós e nossos familiares, não somos somente irmão de maçonaria, mas temos que ser “AMIGOS e IRMÃOS”!! Ou “IRMÃOS e AMIGOS”?? Se não nos sentirmos como verdadeiros “AMIGOS E IRMÃOS”, qual o motivo de desejarmos em nos tornarmos “MAÇOM”!!??

Fonte: JBNews - Informativo nº 0304 - 28 de junho de 2011

A SALA DOS PASSOS PERDIDOS


Ir∴ Rui Jung Neto Ex-Venerável Mestre da B.: A.: R.: L.: S.: Concórdia et Humanitas Nº 56,  Rito Schröder, 
M.: R.: G.: L.: - Rio Grande do Sul.

Ao perguntar a um profano o que lhe vinha à mente ao ouvir a expressão "sala dos passos perdidos", recebi como resposta:

- "É uma expressão estranha, a primeira vista sem significado. Mas refletindo melhor, parece ser um local onde se caminha sem chegar a lugar algum".

Isto me faz crer que os fundadores do Parlamento Inglês, em 1296, foram felizes em escolher o nome da sala de espera, onde as pessoas aguardam uma entrevista com os parlamentares. Pois ali, as mesmas circulam sem rumo definido, sem destino exato; daí a denominação "Passos Perdidos", ou seja, que levam a lugar nenhum.

Quando, em 1776, a Grande Loja de Londres inaugurou o primeiro Templo maçônico, foi buscar no Parlamento Inglês a forma e até o nome da sala que antecede o átrio. Como curiosidade, também as mesas dos Oficiais, a grande cadeira do Venerável Mestre e os lugares dos Irmãos nas Colunas tem a mesma origem, pois o Parlamento Inglês é cerca de 500 anos mais antigo do que o primeiro templo maçônico. Sabemos que antes as Lojas, Especulativas ou dos Aceitos, reuniam-se nas Tavernas e usavam o nome das mesmas para identificá-las (“a Loja do Ganso e da Grelha”, “a Loja da Macieira”, etc.).

Já no campo simbólico podemos concluir que, fora da disciplina maçônica, todos os passos são perdidos. Os profanos, por desconhecimento, e os maçons, por esquecimento, ao não seguirem os ensinamentos da Arte Real, andam a esmo, sem rumo. Suas ações tornam-se dispersas e os esforços vãos. Porém, ao se voltarem para a doutrina Maçônica, o Templo Interior se organiza, a "Sala dos Passos Perdidos" passa a ficar fora da construção espiritual e aí podem, unidos com os demais Irmãos, dar um destino às suas ações em prol do auto desenvolvimento moral e espiritual e do bem estar da Humanidade.

Depois de apresentar este pequeno trabalho em Loja recebi, com grande satisfação, um comentário escrito do Ven.: Ir.: KURT MAX HAUSER, P.: GM.:, que transcrevo na íntegra: "A denominação maçônica SALA DOS PASSOS PERDIDOS, tem sua origem em uma expressão profana”. É a ante-sala do Salão de Audiências ou de Sessão: da Prefeitura de Genebra; da Câmara dos Deputados da França e do Palácio da Justiça de Paris.

A Enciclopédia MACKEY diz: O sentido maçônico desta denominação se origina no fato de que todo o passo realizado antes do ingresso na Maçonaria, ou que não se coaduna com suas Leis, deve ser considerado simbolicamente como perdido.

Nas Lojas maçônicas de Paris é assim denominada a ante-sala do Templo. Também na Hungria a Maçonaria adotou denominação neste sentido. Dali esta denominação também passou a ser usada pelas Lojas da Áustria. Na Alemanha, a expressão é completamente desconhecida.

No que tange a palavra PARLAMENTO, fora o Inglês, onde efetivamente se originou no século Treze, há a contrapor que o Parlamento da Islândia, que é considerado o mais antigo, originou-se no século Dez.

Como podemos observar tanto no texto do Ir.: HAUSER, como no do Ir.: MACKEY, não há referências ao uso do termo na Inglaterra, ao contrário do Ir.: JOSÉ CASTELLANI, em cujo dicionário busquei subsídios para este trabalho.

Para concluir, no Rito Schröder, em particular, e na Alemanha, em geral, usa-se a expressão “Ante-sala do Templo”, tal qual destaca o Ir.: HAUSER.

Fonte: JBNews - Informativo nº 0304 - 28 de junho de 2011

GATO PRETO EM DIA DE INICIAÇÃO

Ir∴ Luiz Felipe Brito Tavares,
AM da Loja Luz do Planalto nr. 76 São Bento do Sul – SC

Em iniciação recente, após o término das atividades, que transcorreram sem anormalidades, um miado constante surgiu na Sala dos Passos Perdidos.

Pensei a princípio que fosse brincadeira de algum irmão, mas de fato quando me virei, na direção do repetitivo som, pude constatar uma cena para lá de curiosa.

O venerável estava tentando pegar um gato preto que inadvertidamente entrou na loja.

Após alguns minutos, com o devido cuidado, o gato preto já estava sendo posto para fora.

As brincadeiras de imediato começaram e não faltaram comentários sobre as possíveis maldições envolvidas.

Em uma análise baseada no senso nada comum de pessoas afeitas à razão, poderíamos rejeitar de princípio quaisquer misticismos.

Porém a história está repleta de fenômenos interessantes que nos induzem a uma reflexão um pouco mais demorada, e como apreciadores da simbologia deveríamos nos deter um pouco nelas.

Existem diversas histórias famosas e mesmo cotidianas relacionando sincronicidades de acontecimentos, e muitas vezes intermediadas por elementos simbólicos.

Na antiguidade não era raro, mesmo freqüente, que nativos primitivos associassem acontecimentos relacionados com suas vidas aos sinais que captavam do mundo ao entorno, dando a estes sinais, além do figurativo naturalmente usado, um valor ativo e com o potencial mesmo transcendente de gerar mudanças.

Os símbolos eram para eles entidades vivas e ativas.

Natural que pensassem assim dado aos poucos recursos cognitivos de análise e interpretação que possuíam.

Natural também que nós, como seres culturalmente mais avançados, supuséssemos que tais inferições fossem equivocadas.

Porém muitas vezes os sinais captados na natureza e interpretados segundo cada cultura simbólica, ao contrário do que podemos esperar, possuem aparente relação de autenticidade, ou seja, não só correspondem à realidade dos acontecimentos presentes e futuros, como também “parecem” mesmo ter o poder de modificar o rumo dos acontecimentos.

A conclusão clara de mistificação esbarra então em um jogo de ilusionismo, e tudo deixa de se encaixar de forma tão nítida e lógica diante de tais “aparentes” evidências.

Os símbolos primitivos de fato funcionam como elementos realistas e ativos de influencia dos acontecimentos?

Se os símbolos são apenas elementos figurativos, ou de depósito de valores que lhe outorgamos, como podem ter vida própria e tornarem-se representantes da realidade natural?

Não seria um contra senso?

Como a natureza pode se apropriar destes símbolos criados por nós mesmos para transmitir suas próprias informações? Torná-los vivos e autênticos mensageiros de sua vontade?

Teria os símbolos uma autenticidade acima daquela que lhe conferimos?

Haveria magia de fato nos símbolos? Estaria nossa razão iluminada enganada?

Ou tudo isto não passa de uma sala de espelhos confundindo nossas percepções?

Sabemos pelo nosso desenvolvimento cultural e pelo desenvolvimento das ciências racionais que símbolos são apenas elementos figurativos e representativos sem, no entanto serem possuidores de autênticos poderes místicos.

Através desta percepção moderna somos levados a crer que os primitivos davam valor demasiados ao seu simbolismo justamente pela pobreza de recursos de abstração e análise, como dito, para compreensão da realidade.

À semelhança da física moderna que cada vez mais quebra a matéria bruta em busca de suas unidades elementares, o homem moderno quebra seus símbolos pesados e arcaicos em busca por símbolos cada vez mais detalhados da existência.

O homem pega o saco de gatos e o transcende, percebendo que existe uma miríade interminável de tipos de gatos e miados. E que a natureza essencial das coisas é muito mais etérea e misteriosa do que pensamos, vide o gato Scrhödinger.

A física cada vez chega mais perto da conclusão de que não existem de fato unidades elementares, e de que tudo é energia em diferentes estados vibracionais. Cada elemento que conhecemos seria, dentro deste pensamento, acorde musical constituído pela harmonia de diversas vibrações. Tudo seriam de fato vibrações e possibilidades harmônicas de vibrações.

Elucubrando poderíamos dizer licenciosamente que tudo são matrizes ou espaços de possibilidades e as possibilidades mesmas em interações de sinergia.

De maneira semelhante ao físico o pensador moderno percebe que talvez não consiga alcançar o símbolo elementar, pois que ao contrário do que esperamos nada é estático, mas tudo é movimento. O símbolo é um conjunto harmônico de movimentos de relação.

O macro se torna pobre diante do micro, que se faz um mundo imenso.

Tudo são relações, tudo são sincronias e sinergias.

Porém o que seria o movimento perceptível se não apenas mudança?

Mas a ordem é uma espécie particular de mudança. Uma mudança sincrônica e sinérgica. Miados simétricos dentro de um saco de gatos possíveis.

Símbolos são padrões harmônicos de movimento, ou de relações dinâmicas. “Inteirezas complexas e ativas que inclinam, com maior ou menor grau de sentido determinado, o seu entorno”.

Quando se quebram os símbolos encontra-se apenas sentido em sua forma essencial. Pacotes de sentido.

Para nós seres em evolução o sentido precisa ser encadeado, pois partimos do nada em direção ao pleno, e precisamos de pontes que nos sirvam de barcos para singrar tal gradiente. Precisamos encadear ou engarrafar o sentido na forma de degraus que se encaixem. Porém sabemos que degraus são transitórios e só existem enquanto nos servem à passagem.

Para os primitivos, no entanto os símbolos eram detentores de existência própria e também de poderes mágicos. Da mesma forma que para os primeiros físicos o elemento básico da matéria era uma esfera sólida minúscula.

Não eram apenas pontes, mas elementos essenciais e vivos. Por isto pareciam ter o poder de modificar acontecimentos.

Confundiam o espelho com a própria luz refletida por ele.

Portanto seria fácil para um ser moderno dotar de imperfeito tal conceito e suas conseqüências.

De fato nossa percepção inicial de homens de bom senso não estava de todo equivocada.

A realidade é uma cebola e o sentido se manifesta em diversos níveis. Existem ferramentas brutas e polidas, mas todas servem ao sentido.

Se no universo não houvesse um sentido imanente, ou seja, presente e interligando tudo, poderíamos pensar que os símbolos seriam realmente possuidores de autêntico valor místico. Porém devemos considerar que tudo está sob a imanência de um sentido superior. Tal sentido a tudo integra, e naturalmente se utiliza dos símbolos que albergamos para transmitir suas mensagens. Tudo está interligado e os símbolos provêm do conhecimento que temos da realidade, sendo que a realidade é formada ela mesma por um sentido presente. Símbolos carregam o sentido. Quanto mais evolui uma sociedade mais evoluem seus símbolos que passam a ser mais eficientes em captar todos os detalhes e patamares, e todas as relações que envolvem a vida em seus níveis mais diversos.

A simbologia se aperfeiçoa em compreender de forma macroscópica e microscópica a realidade em todas as suas profundidades.

Portanto os símbolos não são místicos enquanto elementos reais, mas carreiam um sentido imanente e essencial da natureza. São mágicos no sentido de carregarem a mágica da existência.

Somos um com O Criador quando fazemos sua vontade.

Os símbolos por si não são mágicos, mas servem à mágica do grande Arquiteto que nos reconstrói a cada dia.

Por si os símbolos só são apenas pedras, ou se preferir pó, mas quando carreadores de mensagens se tornam pontes ativas.

Se um símbolo significa algo para alguém, não importando seu grau de sutileza e densidade, a natureza com certeza poderá dele se utilizar para lhe comunicar alguma mensagem de sentido; mas não devemos nos prender às pontes rudimentares, pois devemos substituí-las por símbolos cada vez mais densos que terão um poder cada vez maior de nos trazer toda luz que necessitamos.

Assim nos capacitaremos a receber a mensagem sem ruídos e com grande eficiência, ou seja, sem perdas e em sua maior amplitude potencial.

O sentido da natureza não se prende a símbolos, mas se utiliza deles. O sentido segue o caminho ao seu alcance para atingir sua meta principal.

Nada está ao acaso, embora o acaso seja uma aparente ilusão de realidade.

O símbolo representa o sentido encadeado.

O importante é o sentido que desejamos e não a estrada que viabiliza o sentido. Podemos construir sempre estradas melhores.

A natureza não precisa de gatos pretos para passar mensagens, mas se for o caso, e se não houver simbologia mais sutil, assim o fará.

Se é nisso que você acredita?

Então assim é se lhe parece, dizia Pirandello.

Resta saber se ficaremos presos aos gatos pretos ou se buscaremos por símbolos mais próximos da simbologia essencial.

O venerável mestre da loja não ficou assustado com o gato preto, mas percebeu o pânico do pobre bichinho ao ver tantos outros seres estranhos trajados de negro em um mesmo lugar.

O gato percebeu a mensagem de perigo, e o venerável captou o sentido da misericórdia, através de seus miados perdidos, e deu ao pequeno gatinho a liberdade que tanto ansiava da sala dos passos perdidos.

O venerável pela sua ação elevada e despreocupada, acima do primitivismo, pode ficar tranqüilo quanto às conseqüências, pois a mensagem passada foi de vida e luz.

Gato preto em dia de iniciação é renascimento para um caminho de simbolismos ricos e maravilhosos.

Fonte: JBNews - Informativo nº 0304 - 28 de junho de 2011