Páginas

PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

REAA - PORQUE GRAUS ISRAELITAS?

REAA - PORQUE GRAUS ISRAELITAS?
(republicação)

Em 10.02.2015 o Respeitável Irmão Rodrigo Basso Bertoni, Loja Caridade e Silêncio, REAA, GOB-RO, Oriente de Cacoal, Estado de Rondônia, formula a seguinte questão: 
rbbertoni@yahoo.com.br 

Saudações Fraternais Irmão Pedro Juk. 

Irmão, eu já li alguns artigo de vossa autoria e parabenizo pelos mesmos. Eu tenho uma dúvida em relação aos Graus Superiores 4 ao 18 pois e até onde completei meus estudos até o momento, sempre vejo o dizer "este Grau pertence a classe dos Graus Israelitas..." porém confesso que por descuido e por falta de esclarecimentos dos autores e dos Rituais do Supremos Conselho que me causa duvidas de aonde procurar para sanar esta dúvida e aprender mais sobre a origem dos graus. Se possível que o Irmão me indicasse literatura para que possa aprender sobre o assunto e assim poder sanar estas dúvidas e dar continuidade aos meus estudos de maneira mais aprofundada ficarei grato pelo direcionamento.

Considerações: 

AS COISAS NÃO MUDAM

AS COISAS NÃO MUDAM

As coisas não mudam. Nós mudamos.

A frase acima é de Henry David Thoreau.

O texto, abaixo, de Aldo Novak.

Talvez o mundo mude amanhã. Mas isso não é provável. As mudanças no mundo são lentas, apesar de toda a corrida que alguns de nós enfrentamos todos os dias. 

Ainda assim, seu mundo pode mudar de modo impressionante, nas próximas 24 horas. Na verdade, pode mudar na próxima hora. Porque tudo o que você está vendo, sentindo e tudo ao que você está reagindo, o faz porque existe um mundo real e um mundo "filtrado". 

A forma como vemos o mundo é chamada de "paradigma", palavra grega que foi "reapresentada" ao mundo científico por Thomas Kuhn em seu livro "A Estrutura das Revoluções Científicas", que mostrou que todas as grandes revoluções aconteceram devido a mudanças na forma de ver o mundo, na ruptura com o modo como estávamos olhando para o universo. A ciência não mudou, depois de Kuhn, nós mudamos.

Essa é a parte curiosa. Todos nós filtramos o universo de acordo com nossas próprias expectativas, crenças e princípios de vida. Por isso, uma mesma cena pode comover uma pessoa e não causar absolutamente nada em outra, cada uma delas teve uma diferente reação àquilo que viu com um filtro mental diferente.

Stephen R. Covey, conta uma história que viveu no metrô de Nova York. Veja o que quero dizer:

“Eu me recordo de uma mudança de paradigma que me aconteceu em uma manhã de domingo, no metrô de Nova York. As pessoas estavam calmamente sentadas, lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma, tranqüila”.

Subitamente um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As crianças faziam algazarra e se comportavam mal, de modo que o clima mudou instantaneamente.

O homem sentou-se a meu lado e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação. As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam coisas e chegavam até a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos. Mesmo assim o homem a meu lado não fazia nada.

Ficou impossível evitar a irritação. Eu não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito sem tomar uma atitude. Dava para perceber facilmente que as demais pessoas estavam irritadas também. A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, virei para ele e disse:

- Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?

O homem olhou para mim, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente:

- Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer alguma coisa. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não conseguem lidar com isso.

Podem imaginar o que senti naquele momento? Meu paradigma mudou. De repente, eu vi as coisas de um modo diferente, e como eu estava vendo as coisas de outro modo, eu pensava, sentia e agia de um jeito diferente. Minha irritação desapareceu. Não precisava mais controlar minha atitude ou meu comportamento, meu coração ficou inundado com o sofrimento daquele homem. Os sentimentos de compaixão e solidariedade fluíram livremente.

O mundo não mudou, não é? Mas você mudou, ao ler o texto. Mudou de paradigma, e isso causou uma diferente reação em seu corpo. Você e eu nunca vemos a realidade total. Vemos apenas uma parcela dela, que selecionamos, em grande parte inconscientemente.

A única prisão real que você tem está em cima dos seus ombros. E só você tem a chave mestra. Como afirmava Henry David Thoreau: "as coisas não mudam; nós mudamos".

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

REAA E YORK - SINAL DE ORDEM DIFERENCIADO

Em 08/10/2019 o Irmão Aprendiz César Leão Versiani, Loja Portal do Oriente, Rito de York, GOB-MG, Oriente de Montes Claros, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão seguinte:

SINAL DE ORDEM DIFERENCIADO

Praticante do Rito de Emulação. Venho através desta solicitar ao Irmão, caso disponha, de material bibliográfico no que tange ao nosso Sinal de Ordem. uma vez que no REAA o mesmo se dá com a m∴ em esq∴ sob a mand∴, sendo a g∴ envolta no intervalo entre o pol∴ e o ind∴, já em minha Loja (rito de emulação) o manual do GOB descreve o Sinal como o p∴ dir∴ tocando a l∴ e∴ do p∴ O porquê dessa diferença? De onde surgiu? Onde consigo material para apresentar um trabalho em minha Loja?

CONSIDERAÇÕES:

Em linhas gerais existem duas vertentes principais de Maçonaria, a anglo-saxônica pertinente ao Craft, de origem inglesa, e a latina, pertinente aos ritos de origem francesa.

Por questões culturais, históricas e regionais, embora o objetivo da Maçonaria seja o mesmo, muitos costumes no seu seio se diferenciam, sobretudo pelas características de onde se originaram os ritos e trabalhos. Embora a Maçonaria não seja uma religião, as concepções filosófico-religiosas relativas aos arcabouços doutrinários adotados pelos ritos e trabalhos, também merecem destaque, no caso a anglo-saxônica de corrente teísta, e a francesa deísta.

Assim, o REAA, rito de origem francesa, se diferencia em alguns aspectos ritualísticos dos de origem inglesa. É uma história longa e complexa, pelo que sugiro ao Irmão que perscrute na história dessas duas vertentes maçônicas. Faça isso com critério e busque fontes de água limpa, sobretudo busque conhecimento nas fontes inglesas e francesas. Especificamente sobre diferenças de sinais, não há muita coisa a ser digo, senão compreender essas altercações no contexto da obra. Conferir essas diferenças, é possível conferindo e comparando rituais, já a sua hermenêutica demanda de um conhecimento mais aprofundado.

A bem da verdade, sinais, toques e palavras muitas vezes podem trazer práticas diferenciadas dentro da própria vertente maçônica, o que pode ser constatado na liturgia maçônica inglesa, irlandesa e escocesa, por exemplo, destacando que na Maçonaria Britânica, o termo "escocesa" se refere à Escócia como parte integrante do Reino Unido, nada tendo a ver com especificamente com o Rito Escocês Antigo e Aceito que é filho espiritual da França.

Por outro aspecto, é bom que se saiba da existência de diferenças litúrgicas entre os ritos e trabalhos maçônicos, sobretudo para se compreender que a liturgia maçônica não é uniforme universalmente – cada rito, ou working possui sua característica.

No que diz respeito à Maçonaria Inglesa, prefiro me referir a ela como Craft, até porque não existe basicamente o termo "Rito de Emulação", pois a Loja de Emulação ou Aperfeiçoamento fora criada para demonstrar os trabalhos no Craft, sobretudo depois da união de 1813. Também é bom que se diga que existe uma característica particular na Maçonaria Britânica que é a de não editar e adotar rituais, porém demonstrar uma conduta de trabalho para que as diversas Lojas das regiões inglesas sigam essa espinha dorsal (Improvement e Stewards), entretanto respeitando as características culturais. Destaco que esse elemento é importante para a compreensão da liturgia e ritualística da Maçonaria anglo-saxônica.

Por fim, no caso da sua questão, essas diferenças de fato existem entre os dois sistemas - o do Craft e do REAA - mas na realidade não alteram a essência e o objetivo iniciático. Todos os SS∴ PP∴ se originam do conteúdo da Lenda de H∴, destacando que nela, conforme a vertente maçônica, também as narrativas às vezes se diferem um pouco, embora nada mudem na sua essência. O certo é seguir o que prevê o ritual do Rito.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 29/12/2019

VOTAÇÃO EM AUMENTO DE SALÁRIO

VOTAÇÃO EM AUMENTO DE SALÁRIO 
(republicação)

Em 09.02.2014 o Respeitável Irmão Marcos André Malta Dantas, Loja Experiência e Sabedoria,47, GLMES, REAA, Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, apresenta a seguinte questão: 
clinicadador@uol.com.br 

Somente para confirmar, numa das suas explicações, você meu irmão, citou que no caso do trolhamento Aprendiz, depois da sua saída (o consulente se refere a apresentação de peça de arquitetura para aumento de salário), o correto seria transformar a Loja em Grau 3, para somente os Mestres votarem. O que achei lógico e inteligente, de acordo com a ritualística do REAA∴, mas conversando na Grande Loja, tem o tal dos usos e costumes, muitos Veneráveis preferem, para não dar muito trabalho, já votarem, mesmo com a possível presença de um Companheiro. Penso que realmente você tem razão, pois em se tratando de votação, somente os Mestres e em Grau 3, deveriam decidir, obviamente com a saída do Companheiro. Seria possível você esclarecer mais?

Considerações:

A QUESTÃO RELIGIOSA

A QUESTÃO RELIGIOSA
(Desconheço o autor)

As tensões entre o Império do Brasil e a igreja tiveram origem nas novas diretrizes do Vaticano, fixadas por Pio IX em 1864 nas bulas Quanta Cura e Syllabus errorum, que condenavam as liberdades modernas, reafirmando o predomínio espiritual da Igreja no mundo. No Brasil, tais mudanças causaram um choque de interesses entre o alto clero, que passou a adotar uma postura ultramontana - romanização do catolicismo - e o Estado.

O ponto máximo do conflito ocorreu entre 1872 e 1875, em meio ao confronto entre o episcopado e a Maçonaria, que resultou na prisão dos bispos de Olinda e Belém. A Constituição de 1824 havia mantido o Padroado, sistema pelo qual as iniciativas da igreja dependiam da aprovação e dos recursos do Estado. No entanto, por volta de 1850, uma nova geração de eclesiásticos, formada de maneira mais rigorosa e influenciada pela presença de missionários estrangeiros, passou a ver essa atuação do Estado como um obstáculo à propagação da religiosidade mais espiritualizada e da moral mais estrita de que estavam imbuídos, assumindo uma posição ultramontana, que a colocava diretamente sob a direção da Santa Sé, na busca de uma romanização da Igreja no Brasil. 

No período colonial, coube à coroa portuguesa a iniciativa de enviar missões católicas para o Brasil, mantendo-as sob sua jurisdição. Caracterizou-se este catolicismo pelo seu aspecto laical, organizado em irmandades. Com a bula papal, Pio IX insistia sobre a autoridade suprema da igreja sob a sociedade, condenando enfaticamente a Maçonaria. 

No Brasil, desde a independência, a Maçonaria era importante espaço de sociabilidade das elites, congregando em seu meio, inclusive, eclesiásticos. Em março de 1872, o Grande Oriente do Lavradio, loja maçônica do Rio de Janeiro, escolheu o padre Almeida Martins como um dos oradores da sessão de homenagem ao grão-mestre visconde do Rio Branco, para celebrar a assinatura da Lei do Ventre Livre. Publicado o discurso na imprensa, criou-se enorme escândalo, o que levou o bispo D. Pedro de Lacerda a suspender o eclesiástico, sob os protestos dos maçons, que viam na punição uma interferência de Roma nos assuntos internos do Brasil. 

Dois meses depois, tomava posse na Sé de Olinda, escolhido por D. Pedro II, D. Vital Maria Gonçalves de Oliveira. Formado em um seminário francês, já no novo espírito ultramontano, passou a aplicar o espírito reformado em sua diocese. D. Vital temia também a crescente atividade de missionários protestantes, que desde 1830 percorriam a província, distribuindo bíblias e folhetos, os quais ao seu ver, estavam unidos aos maçons, num complô contra a verdadeira religião. 

Em fins de 1872, uma circular do bispo proibiu a participação de eclesiásticos em qualquer cerimônia maçônica. Como represália, uma loja convocou a celebração do dia 21 julho como uma da mais auspiciosas para a humanidade, relembrando a data em que no ano de 1773 a congregação dos jesuítas fora suprimida. A coisa ia neste pé, quando um jornal maçônico publicou artigos de um protestante, discutindo a perpétua virgindade de Nossa Senhora. 

D. Vital lançou então um interdito sobre duas capelas de irmandades que se recusavam a expulsar os confrades maçons. Em maio de 1873, D. Vital suspendeu o deão da catedral, a segunda pessoa em importância na hierarquia da igreja local, conhecido regalista e próximo da maçonaria. O fato levou ao saque da tipografia dos jesuítas e a morte de um sacerdote com uma facada. Temendo a queda do gabinete conservador, a coroa procurou conter D. Vital, ordenando-lhe que levantasse o interdito lançado sobre as irmandades que abrigavam maçons. D. Vital recusou-se. 

Indiciado pelo Supremo Tribunal de Justiça, D. Vital foi preso em 2 de janeiro de 1874, e enviado para o Rio de Janeiro, onde foi julgado a partir de fevereiro, juntamente com D. Antonio de Macedo Costa, bispo do Pará. Ambos foram condenados à pena de quatro anos com trabalhos forçados, o que causou grande comoção. Várias províncias dirigiram abaixo-assinados, que totalizaram cerca de 100 mil assinaturas, à Câmara dos Deputados. 

Apesar de encerrada com a comutação da pena pelo imperador e a anistia concedida aos bispos, a Questão Religiosa acirrou a discussão da relação entre o poder secular e o espiritual. Para os fiéis tocados pelo ultramontanismo, majoritariamente urbanos e alfabetizados, a prisão dos bispos indicou o caráter arbitrário das instituições, distanciando-os do regime. Para a grande massa da população, ainda presa à religiosidade antiga, aquilo tudo fora uma impiedade.

Martino, João Paulo. Monarquia x República (Locais do Kindle 706-712). Unknown. Edição do Kindle.

domingo, 29 de dezembro de 2019

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu




.






Jean-Pierre nos enviou estas fotos:

Duas fotos tiradas em St Foy les Lyon (comuna perto de Lyon). Na maior, vemos no canto inferior esquerdo (em direção à porta) uma placa comemorativa, que indica que esta casa é a casa de Marcel Achard. A segunda foto é o "detalhe maçônico" da varanda.

Se você também estiver perto de sua casa ou viajando, perceber um edifício, um objeto ou uma decoração maçônica ou evocar a Maçonaria, não hesite em nos enviar fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" agradam bastante os leitores do blog. (tradução livre)

Fonte: Blog Hiram.be

QUEM ABRE O LIVRO DA LEI

QUEM ABRE O LIVRO DA LEI
(republicação)

Em 08.02.2015 o Respeitável Irmão Adolfo Bitencourt Ferreira, Loja Fronteira da Paz, REAA, GLMRGS, Oriente de Santana do Livramento, Estado do Rio Grande do Sul, solicita o seguinte esclarecimento: 
adolfobferreira@ig.com.br 

Sou leitor de sua Coluna em JB News. Aprecio-a muito. Recentemente em Loja o Venerável Mestre definiu que o Irmão Orador, que não é Mestre Instalado, abrisse o Livro da Lei. Havia, na Sessão, Mestres Instalados. O procedimento está correto? Ficarei aguardando ao tempo em que agradeço a gentileza da resposta.

Considerações:

PÍLULAS MAÇÔNICAS

ESCADA DE JACÓ E ESCADA EM CARACOL

Apesar das duas serem Símbolos Maçônicos, e se tratar de escadas, na verdade, são bem distintos um do outro.

A Escada de Jacó é um Símbolo Iniciático, com forte caráter religioso, é usado em outras Ordens, inclusive religiosas. A Maçonaria, apesar de não ser uma religião, a utiliza na Simbologia, para transmitir seus ensinamentos.

Ela se se origina na Bíblia, referindo-se ao sonho que Jacó, filho de Isaac e de Rebeca e irmão de Esaú, teve um dia, no campo. Lá diz que, Jacó temendo a cólera de seu pai, pois havia comprado os direitos de primogênito de Esaú, seu irmão, fugiu para a Mesopotâmia. No caminho, em Betel, enquanto dormia com a cabeça apoiada numa pedra, sonhou com uma escada fixa na terra e a outra extremidade tocando o céu. Por ela os anjos subiam e desciam e ele ouvia Deus dizendo que sua descendência seria extremamente numerosa. Obviamente, pode-se dar inúmeras interpretações a esse sonho. Vai depender somente da nossa imaginação.

A interpretação que a Maçonaria dá para essa lenda é de que o conhecimento de todas as coisas é adquirido de forma gradual, como se estivéssemos subindo uma escada, degrau por degrau. Aparentemente isso parece ser fácil, mas não é. Exige sacrificios, constancia e persistencia. Aliás, pensar que tudo é fácil, é uma característica do ser humano. Uma vez eu ouvi em Loja que fazer uma piramide, como as dos Egito é muito simples...só precisa colocar as pedras uma em cima das outras. Realmente muito simples!

Conforme Nicola Aslan (Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria), esse símbolo está contido no painel do Grau de Aprendiz, com sete degraus, representando as sete virtudes cardeais: Temperança, Fortaleza da alma, Prudência, Justiça, Fé, Esperança e Caridade. Ë comum, pois, depois da Iniciação, dizer-se que o Aprendiz subiu o primeiro degrau da Escada de Jacó, ou seja, deu o primeiro passo no caminho de seu aperfeiçoamento moral.

A Escada em Caracol, como o próprio nome diz, é uma escada em espiral, e é o Símbolo do Companheiro. No Grau de Companheiro é onde o Obreiro adquire o máximo de conhecimentos, e isso é típico desse grau, preparando-se para entrar no Grau de Mestre. Simbolicamente, nesse grau, ele deve girar em torno de si , absorvendo tudo a sua volta e atingindo, além disso, níveis superiores, cada vez mais aperfeiçoados. Assim, ao atingir o Grau de Mestre que é o esplendor da sua carreira maçônica, o Obreiro poderá começar a transmitir seus conhecimentos adquiridos, ou iluminar, clarear, a mente dos novos Aprendizes e de todos com os quais convive. Ser Mestre Maçom não é ser o dono da Verdade! Mas é ser dono da própria vontade e buscá-la, sem esmorecer e mostra-la ao mundo.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

UMA PRANCHA (FILATÉLICA) MAÇÓNICA

UMA PRANCHA (FILATÉLICA) MAÇÓNICA
Rui Bandeira

A Maçonaria é considerada pela Sociedade de uma forma muito mais natural nos países do Norte e Centro da Europa do que na nossa terra.

Exemplo disso é o lançamento que os Correios austríacos fizeram de uma pagela com 20 selos de temática maçónica.

Os mesmos, além de, naturalmente, serem individualmente vendidos, são disponibilizados, para efeitos de coleccionismo filatélico, numa pagela em que os 20 selos, em 5 linhas e 4 colunas, são ladeados por 2 colunas com símbolos maçónicos significativamente expostos: note-se, por exemplo, que, na primeira linha, está à esuerda uma pedra bruta e à direita uma pedra cúbica e que na segumda coluna se vê o Sol à esquerda e a Lua à direita.

Este conjunto filatélico foi lançado em 26 de Janeiro de 2006, custa € 25,00 e é designado com o título "Mozart und die Freimaurerei", isto é, "Mozart e a Maçonaria".

Aliás, várias representações de Mozart existem em vários dos selos deste conjunto, sendo de realçar a bem conhecida imagem em sombra chinesa no selo na coluna da direita da segunda linha.

Quem quiser obter mais informações ou adquirir este conjunto filatélico, pode fazê-lo através do endereço http://app.post.at/shop/detail.php?prod=106802 .

O único inconveniente é que é utilizada unicamente a língua alemã...

Fonte: https://a-partir-pedra.blogspot.com

sábado, 28 de dezembro de 2019

COLETA SEM RITUALÍSTICA

Em 05.10.2019 o Respeitável Irmão Reynaldo Passos Calaza, Loja Sylvio Claudio, 3.798, REAA, GOB-RJ, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue

COLETA SEM RITUALÍSTICA

Tronco sem a Ritualística. Quando o Venerável Mestre autoriza que a coleta do Tronco seja feita sem a Ritualística, deve ser respeitado pelo menos as Luzes da Loja?

Quando o Venerável autoriza a entrada de um irmão atrasado entrar sem ritualista ele deve saudar pelo menos as Luzes?

CONSIDERAÇÕES:

Esse tem sido um dos problemas da Maçonaria latina, em especial da brasileira.

Dispensa do giro e abordagem completa - ora, se o Ritual não prevê o giro sem as formalidades ritualísticas, espera-se principalmente do Venerável Mestre, que é um dos guardiões do ritual, que não autorize nada contra o que nele está previsto. Assim, não há "meio procedimento", mas nesse caso o giro completo como designa o Ritual e o Sistema de Orientação Ritualística em http://ritualistica.gob.org.br/, amparado pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral.

Na questão do retardatário, é como eu tenho dito, atraso também não é previsto, todavia sabemos perfeitamente que ele existe. 

Nesse sentido, pelo menos então se segue a regra consuetudinária de que qualquer ingresso em Loja aberta deve ser formal, não devendo, portanto, o Venerável Mestre "dispensar formalidades". 

Além do mais, ingresso formal serve também para inibir os que costumeiramente gostam de chegar atrasados. 

Assim, um retardatário, após ter obtido consentimento para ingressar, o faz pela Marcha do Grau seguida da saudação às Luzes da Loja. Não existe "meia-formalidade", desenvolve-se a prática por completa.

É apropriado mencionar que como maçons devemos deixar a preguiça de lado e realizar o ato litúrgico completo, isto é, sem facilidades e desrespeito às normas e condutas maçônicas. Longe deve estar dos nossos Templos o malfadado "jeitinho brasileiro". É preciso que o maçom viva a Maçonaria por completo e não na forma do "faz de conta". Ritualística tem o desiderato de disciplinar o obreiro, portanto não é de boa geometria exigir dele apenas a prática de "meia ritualística".

Por fim, do Venerável Mestre espera-se, como dirigente maior da Loja, aplicação e respeito às leis, nunca dele se admitindo atitudes como a de desnecessariamente facilitar as coisas. 

T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação Ritualística – GOB.
jukirm@hotmail.com.br
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 27/12/2019

SUBSTITUIÇÃO DE CARGO

SUBSTITUIÇÃO DE CARGO
(republicação)

Em 06.02.2014 o Respeitável Irmão João Alberto Favero, Loja Acácia de Pinheiros, 2.601, REAA, GOSP – GOB, Oriente de São Paulo, Capital, solicita os seguintes esclarecimentos: 
jafavero@uol.com.br 

Mais uma vez pedindo seus esclarecimentos. Como nossa Loja procura levar a sério o Ritual e o Tempo de Estudos, solicito dois esclarecimentos: 

1 - Quando um Irmão chega atrasado, ele ocupa seu lugar "cargo" ou vai para as Colunas? A explicação da nossa Loja é que depois que se abre o Livro da Lei nenhum Irmão pode ocupar o seu cargo. Está certo isso, ou tem alguma outra explicação, e o Venerável se chegar atrasado. Tem algum lugar a explicação certa ou é usos e costumes?

2 - Para discutir e votar na Ordem do Dia tem que solicitar uma semana antes, ou não, precisa colocar prancha no Saco de Proposta uma semana antes, ou pode solicitar na Ordem do Dia uma semana antes? Tem algum lugar escrito a explicação?

Considerações: 

PRECIOSIDADES MAÇÔNICAS


O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO DE PÉ E A ORDEM?

O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO DE PÉ E A ORDEM?
Ir∴ Almir Sant’Anna Cruz

A expressão é utilizada em duas distintas situações: (1) Na liturgia das sessões maçônicas; e (2) Fora das Lojas.

(1) Em Loja, estar de “pé e à ordem” significa estar em pé, com os pés em esquadria e fazendo o sinal de ordem, que varia conforme o grau em que a Loja estiver trabalhando. 

A primeira vez em que a expressão é usada na ritualística é para verificar se todos os presentes na sessão são Maçons, ou seja, uma confirmação da condição de Maçom e, no caso de sessões nos graus 2 e 3, também uma confirmação de que os presentes estão habilitados para assisti-la.

Depois, diversas vezes o Venerável ordena que todos fiquem “de pé e à ordem”, ai, segundo Mackey em seu Grande Dicionário (tradução livre): 
“o homem justo é aquele que, plantando firmemente os seus pés sobre os princípios do Direito e tão imóvel quanto uma rocha, não pode, por isso, ser afastado de sua posição ereta nem pelas seduções da lisonja, nem pelas carrancas do poder arbitrário. E, assim, esta palavra sugere ao Maçom algumas instruções relacionadas com a Virtude e a Justiça”.
(2) fora da Loja, a expressão passou a ser empregada quando um Maçom, se dirigindo a outro Maçom, a usa, no mesmo sentido da expressão profana “estar às ordens”, ou seja, estar à disposição. 

O Maçom ao utilizar essa expressão para outro Maçom, quer dizer que está fraternalmente à disposição do Irmão.

Fonte: Facebook/Simbologia Maçônica Dos Painéis

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

OCUPANDO A CADEIRA DE HONRA

Em 03/10/2019 o Respeitável Irmão Humberto Assunção Silva, Loja Harmonia, 1.625, REAA, GOB-MG, Oriente de João Monlevade, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

OCUPANDO A CADEIRA DE HONRA

Tenho um questionamento que acho ser mais administrativo, mas que vem afetando o cumprimento da ritualística. Um Irmão designado pelo Grão-Mestre Estadual para entregar um título de recompensa a outro que fez jus, pode se sentir revestido da autoridade do cargo do Grão-Mestre e ocupar o assento do lado direito do Venerável Mestre? No meu entender a designação mesmo através de Decreto é de representatividade, pois autoridade e responsabilidade não se delegam. E os Irmãos que possuem título de recompensa faixa 4, por exemplo, estão tendo seus direitos assegurados por Decreto de ocupação e pelo RGF serem negligenciados. O Irmão pode se pronunciar a respeito?

CONSIDERAÇÕES:

A bem da verdade essas cadeiras de honra deveriam servir apenas aos Grão-Mestres, Geral e Estadual. Infelizmente essas cadeiras viraram objeto de disputa para a ocupação, o que tem servido mais é para alimentar a vaidade de alguns, do que à distinção de que merece cada Grão-Mestre.

Como as bruxas existem, o jeito foi a edição de um o Decreto para regulamentar o assento ou ocupação das duas cadeiras ao lado do Venerável, destacando que são apenas duas, portanto não está previsto a colocação de mais cadeiras, além das mencionadas no Decreto.

O decreto em vigência que regulamenta a ocupação é o de nº 1469/2016. Nele constam todas as informações pertinentes.

Concluindo, Irmão designado pelo Grão-Mestre para cumprir uma missão não se torna o Grão-Mestre. Simplesmente assim. Portanto o designado está sujeito ao que exara o Decreto mencionado.

P.S. – Quem dera um dia alguns possam compreender o verdadeiro significado do Oriente da Loja.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 26/12/2019

COLOCAÇÃO DE PROPOSTA NA BOLSA

Em 03/10/2019 o Respeitável Irmão Paulo Chaves Rocha, Loja Filhos do Pelicano, 3.866, REAA, GOB-PR, Oriente de Cianorte, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

COLOCAÇÃO DE PROPOSTA NA BOLSA

Tenho uma dúvida com relação ao PEDIDO DE LICENÇA feita pelos Irmãos do quadro, no que segue: O Irmão ao fazer tal pedido respeitando o RGF em seus Artigos 67 e 68, e tendo em vista que o pedido deve ser colocado no saco de PROPOSTA E INFORMAÇÕES, ele poderá ser colocado por um outro Irmão do quadro? Ou o solicitante tem que se fazer presente na sessão para o fazer? Para o pedido do QUITTE PLACET, segue a mesma regra do PEDIDO DE LICENÇA?

COMENTÁRIO:

Como no REAA existe o giro da bolsa para coletar propostas e informações, então a regra é de que sejam colocadas exclusivamente por aqueles que estiverem presentes na sessão, não se admitindo que outro o faça pelo ausente. O giro é ritualístico e a abordagem é individual. Se ao contrário fosse não faria sentido a circulação para coleta.

No caso de um Irmão do REAA que pede licença, este deverá fazê-lo via bolsa de propostas e informações, portanto se fazendo presente, destacando que a sua licença ainda dependerá de formalizações legais, inclusive de publicação em Boletim Oficial, o que obviamente não se dará de imediato (no ato do pedido de licença).

Do mesmo modo, em sendo por escrito, o Quite Placet deve ser solicitado via bolsa de propostas e informações. O Quite Placet também pode ser solicitado verbalmente. 

Por óbvio, em qualquer das hipóteses o solicitante deverá se fazer presente.

Concluindo, reafirmo que nem para a coleta de propostas e informações, nem para o recebimento do óbolo um obreiro pode depositar por outro. A abordagem se dá somente entre aqueles que firmaram o seu ne varietur no livro de presenças da sessão em curso.

E.T. – Salvo as considerações de caráter litúrgico e ritualístico, esse comentário pode estar sujeito a interpretação diferenciada, sobretudo por aqueles cujo ofício é o de entender e interpretar leis e regulamentos, o que não é o meu caso.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 26/12/2019

SAUDAÇÃO E O USO DA PALAVRA

SAUDAÇÃO E O USO DA PALAVRA
(republicação)

Em 03.02.2015 o Respeitável Irmão Alderedo Dias Alves, Loja Atalaia de Brasília, nº 1574, REAA, GOB-DF, Oriente de Brasília, Distrito Federal, apresenta a questão seguinte: 
alderedo.thesis@uol.com.br 

Mais uma vez cumprimento-o pelas orientações de sua coluna no Informativo JB News. Nesta oportunidade gostaria de sua opinião sobre prática comum em todas as Sessões das Lojas, quando um Irmão pede a palavra e antes de tratar do assunto pretendido, faz as saudações de praxe que, dependendo das autoridades presentes, lá se vai precioso tempo. Minha pergunta é: o GOB não poderia orientar as Lojas para abolir tal formalidade?

Considerações: 

JOÃO, O EVANGELISTA - MAÇONARIA SEM MISTÉRIOS

JOÃO, O EVANGELISTA - MAÇONARIA SEM MISTÉRIOS
Pedro Juk

As datas solsticiais e os cultos solares da antiguidade são temas importantes para o estudo e a compreensão da "Arte Maçônica". Como atualmente vivemos um período solsticial de inverno no hemisfério norte (berço de origem da Maçonaria) é oportuno lembrar um dos dois personagens que, por influência da Igreja, são tidos como protetores da Ordem. 

Pela própria história das confrarias de construtores medievais, o solstício de inverno no hemisfério boreal se associa a pratica profissional dos cortadores e entalhadores da pedra calcária. Esses, então construtores de mosteiros, abadias, igrejas e catedrais eram protegidos pela Igreja-Estado. Assim, no período em que os rigores do inverno não permitiam o trabalho na sua plenitude, ansiosamente os operários esperavam pelo final das agruras da estação gélida em que a Terra fica "viúva" do Sol (noites longas e dias curtos). 

Como que a existir um elo entre essa alegoria solsticial e os Ofícios Francos, João, o Evangelista já era lembrado desde então como aquele que “divulgou a Luz”. Por óbvio, tudo em alusão Àquele que veio para trazer de volta a Luz ao mundo. O "Natalis Invicti Solis", desde o mitraísmo persa, parece misteriosamente concordar com o nascimento de Jesus - nesse caso Ele conhecido como a “Luz do Mundo”. 

Não obstante às convenções alegóricas dos cultos solares da antiguidade (base da grande maioria das religiões), as confrarias medievais de construtores - precursoras da Maçonaria - como que a cumprir os ditames da Natureza, também dividiam o seu tempo (semestral) se utilizando das datas solsticiais próprias do hemisfério norte do nosso Planeta - o de início do verão em junho e o de início do inverno em dezembro. 

A despeito das questões relativas ao andamento profissional da própria confraria e as estações propícias para o trabalho, havia também a influência da Igreja expansionista na época que associava esses Santos Protetores aos ditames dos seus domínios. 

Por conta disso a Igreja se utilizou das datas solsticiais de inverno e de verão, o que fez com que João, o Batista (o que previu a Luz) e João, o Evangelista (o que pregou a Luz) se consolidassem como patronos das Guildas de Construtores, e por extensão à Franco-Maçonaria, que viviam sobre o seu protetorado. 

Sob o aspecto filosófico e doutrinário, essa alegoria busca demonstrar figuradamente que essa Luz se reporta a “Jesus”, Ele tido pelo Cristianismo como a “Luz do Mundo”. 

É devido a isso que a data do Seu nascimento fora adequada e fixada pela igreja justamente num solstício de inverno do hemisfério Norte. 

Na realidade esse teatro natural representa que no inverno os dias são curtos e as noites longas, o que, em primeira análise, simboliza um tempo em que as trevas acabam prevalecendo sobre a Luz – Jesus, nesse caso, veio para dissipar as trevas.

Como o período é o de solstício hibernal ao Norte, a Maçonaria, cujo berço de nascimento é desse mesmo hemisfério, tem por tradição comemorar no dia 27 de dezembro a data de um dos seus Patronos, João o Evangelista, ou aquele que "espalhou a Luz". Destaque-se nesse caso que a Maçonaria, além das influências da Igreja (uma das suas protetoras da época) é reconhecidamente tida como um instrumento de Luz porque combate as trevas da ignorância. 

Sob essa conduta, a Moderna Maçonaria professa seu objetivo construindo uma Obra de Luz, Luz essa que tem por desiderato iluminar (esclarecer) o Homem preparando-o para lutar contra os flagelos da humanidade, aqui muito bem representados pelas trevas da superstição e da ignorância. 

Nesse sentido, João, o Evangelista, por ter tido a missão de disseminar a Luz (Evangelho), tem na Ordem Maçônica um caráter não religioso, mas simbólico, representativo e patronal de um personagem ligado ao esclarecimento.

Foi assim que esse "pregador", no momento em que ao Norte a Terra fica viúva da Luz, acabou se consolidando na Maçonaria como um patrono insigne do “esclarecimento”. Ratifico: nessa alegoria não está em jogo nenhuma demonstração dogmática de fé religiosa ou religiosidade, mas sim a de demonstrar um ícone importante que traz na sua companhia a nobre missão de levar a mensagem da Luz. 

Dentre outros, a Luz nos traz a Esperança para que tenhamos um ano novo iluminado pelo bem e pela solidariedade. Enfim, assim como o Sol simbolicamente inicia sua jornada de retorno a partir do Sul para o Norte, que também tenhamos notícias alvissareiras para novo ano que se aproxima. Que de fato o ano de 2019 seja mesmo uma “boa nova”.

Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

TITULAR ATRASADO ASSUMINDO NO LUGAR DO SUBSTITUTO

Em 03/10/2019 o Respeitável Irmão Kelvin Catarelli, Loja Asilo da Acácia, 1.248, REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, solicita o seguinte esclarecimento:

ATRASADO ASSUMINDO CARGO

Primeiramente parabéns pelo suporte e pelo conhecimento que compartilha. Exemplo para todos os maçons. Uma dúvida, um dos oficiais eleitos, por exemplo Secretário, chega atrasado a sessão e em virtude do atraso outro Irmão assume o cargo. Quando o mesmo chegar, o cargo é repassado ao Irmão Secretário eleito ou a sessão se mantem como começou. Nossa loja entende que a sessão deverá se manter como iniciou, sendo o Irmão Secretário atrasado não assumindo seu cargo nesta sessão. Gostaríamos de seu entendimento para alinharmos a Loja.

OPINIÃO:

Em primeiro lugar um maçom não deve chegar atrasado para os trabalhos, ou pelo menos fazer o possível para estar presente no horário previsto.

Se o retardatário for ocupante de cargo, entendo que mais rigorosa deva ser a pontualidade. 

Contudo, sabemos que nem sempre as coisas ocorrem conforme o previsto, assim, no caso de um retardatário que seja ocupante de cargo, em respeito àquele que o substitui, deveria não assumir o cargo, mas o critério para tal fica por conta do Venerável Mestre se a situação exigir.

É bem verdade que cada caso deve ser analisado conforme a circunstância do momento. Algumas situações podem depender da presença do titular em face à legalidade exigida. Uma deliberação importante, por exemplo, talvez seja mais prudente que o titular, mesmo atrasado, ocupe o seu cargo.

Reitero, atrasos são situações esporádicas e não devem ser corriqueiras. Com isso, a ocasião é que recomendará a necessidade da substituição. O ideal é não chegar atrasado. Se isso ocorrer e a situação não exigir, melhor então é que o retardatário assista os trabalhos deixando seu substituto (que chegou na hora certa) desempenhe o ofício até o encerramento da sessão.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 24/12/2019

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS
(republicação)

Em 02.02.2015 o Respeitável Irmão Sidney Jean Correia Teixeira, REAA, Loja Liberdade e Glória, 4.033, GOEB - GOB, Oriente de Glória, Estado da Bahia, solicita os esclarecimentos que seguem: sidneymacom@hotmail.com 

Novamente recorro a você para que o Irmão me tire algumas dúvidas. A saber: 

1 Por que os Aprendizes sentam na Coluna do Norte? 

2 Quem é o responsável pela Instrução dos Aprendizes e Companheiros? Apenas o Venerável Mestre? 

3 Por que as Colunas B e J no Rito Escocês Antigo e Aceito do GOB estão do lado de fora do Templo?

Apontamentos:

FRASES ILUSTRADAS


O OBJETO DE NOSSA BUSCA

O OBJETO DE NOSSA BUSCA 
Ir.: José Caetano Manola
Loja dos Inconfidentes n.º 42

Afinal, o que é que estamos buscando na vida? É o próprio Cristo que hoje nos interroga e, ao mesmo tempo, nos provoca. Com efeito, nossa caminhada aqui na terra não passa de busca sem fim. Busca de respostas concretas para nossos porquês: Por que a vida e o por que a morte? Por que a dor e por que a cruz? Por que o egoísmo e por que a fome?

Também estamos em permanente busca de nós mesmos, querendo decifrar quem realmente somos, de onde viemos e para onde vamos. Querendo descobrir por qual motivo fomos lançados no mar da existência ou, em outras palavras, qual é a missão que Deus quis nos confiar...

Buscas e mais buscas, perguntas e mais perguntas, muitas das quais só encontrarão resposta em nossos encontros íntimos com o próprio Cristo.

Aliás, precisaríamos ter a inteligência de reduzir nossas buscas e resumi-las numa só: na busca de Cristo. Pois é só nele que encontraremos às respostas tão desejadas. Melhor ainda, Ele é a RESPOSTA que o Pai nos dá em seu infinito amor.

Ocorre que nós também somos chamados a dar respostas à mulher e ao homem de hoje sobre os problemas de hoje. E a falta de respostas à altura das expectativas está virando um dos maiores dramas desde o início de século.

É preciso dar respostas para problemas que ontem nem existiam. E bem sabemos que não adianta dar respostas antigas e perguntas modernas.Respostas antigas, hoje, não “colam” mais...

Mas nem seria preciso dar respostas científicas ao homem do nosso tempo. Bastaria apontar-lhe o “Cordeiro de Deus”, morada de todas as respostas que o mundo espera...

Alguém que lhe aponte o Cristo, Salvador e Libertador: eis de que o ser humano está precisando. E se algum jovem tiver a coragem de assumir tal missão é só nos procurar, a maçonaria por si só responde as nossas indagações, pois na base do espírito fraterno e divino se auto-subdividem em homens com caráter, em busca da palavra, que um dia se auto-restabelecerá entre nós. 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

FRASES ILUSTRADAS


COBRIDOR INTERNO. QUANDO SE RETIRA?

Em 01/10/2019 o Respeitável Irmão Anderson Ricardo Jordão, Loja Fraternidade Águas Claras, 3.673, REAA, GOB-PR, Oriente de Goioerê, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

COBRIDOR EXTERNO FORA OU DENTRO

Em relação a uma orientação do GOB RITUALÍSTICA, número 73, saída do templo.

Na ocasião da saída do templo, qual é o posicionamento correto do Cobridor Externo? Fora ou dentro do templo?

Visto que na orientação a qual cito, o Cobridor Externo deixa o recinto junto com o Mestre de Cerimônias, nesse caso subentende-se que ele fica dentro do templo durante a saída dos irmãos?

Faço esse questionamento, pois é de costume em nossa oficina, o Cobridor Externo posicionar-se fora do templo perto da porta, e da coluna J, na ocasião da saída dos irmãos.

CONSIDERAÇÕES:

É mais uma questão de padronização porque no ritual o ingresso do Cobridor Externo se dá num determinado momento da sessão, o que na verdade é contraditório, pois como bem diz o nome do ofício, sua função é no lado externo e não pelo lado de dentro onde inclusive já atua o Cobridor Interno.
 
Assim, como o ritual prevê esse contraditório ingresso, pois deixa o Templo desprotegido externamente durante boa parte dos trabalhos, ele perde a sua função no contexto do seu ofício. Nesse sentido, sua retirada ao final dos trabalhos se dá junto aos últimos que se retiram do recinto – não faz mais sentido o Cobridor Externo se posicionar no átrio durante a retirada, estando inclusive aberta a porta para passagem dos retirantes. 

Destaque-se ainda que o Cobridor Externo passou a maior parte do tempo fora do átrio (dentro do Templo).

Concluindo, é oportuno mencionar que o comando de retirada na ordem inversa se refere ao ingresso do préstito no início para a abertura dos trabalhos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 23/12/2019

COBRIDOR EXTERNO - COM OU SEM ESPADA?

Em 01/10/2019 o Respeitável Irmão Augusto Gonçalves Martins, Loja Estrella Rioverdense, 1.139, REAA, GOB-GO, Oriente de Rio Verde, Estado de Goiás, apresenta a seguinte dúvida:

COBRIDOR EXTERNO

Gostaria de um esclarecimento que tem causado debates em nossa oficina. Refere-se ao uso ou não da espada pelo Irmão Cobridor Externo, tendo em vista não possuirmos bainha para a espada.

Alguns irmãos afirmam que não havendo bainha, não poderá o Cobridor estar armado com a espada.

CONSIDERAÇÕES:

O Cobridor Externo, ou Guarda Externo, como bem menciona o título desse ofício, é o oficial encarregado de proteger os trabalhos externamente, barrando a aproximação de cowans. Assim, pelo seu dever, o de proteger, ele, tal como o Cobridor Interno, tem a espada como seu objeto de trabalho.

Obviamente que sem a necessidade de empunhar a arma, ele deve trazer a espada embainhada ou presa na faixa do Mestre, cuja qual traz um dispositivo para acondicionar a espada – vide o que alude o Ritual de Mestre do REAA, página 22, item 1.4.2.2 Fita (Faixa) de Mestre, onde se lê ao final do texto: "Na extremidade interna da faixa, existe uma presilha que serve de suporte para a espada". Aliás, é oportuno mencionar que a origem da Faixa de Mestre advém do talabarte que era utilizado com a bainha para acondicionar a espada.

Cabe alertar que muito mais importante que a bainha, é a espada - a arma do Cobridor Externo. Não se justifica que pela falta de uma bainha fique de fora também a espada. Ora, essa é uma dedução no mínimo temerária.

Concluindo, não é demais lembrar que cargos em Loja são privativos de Mestres Maçons. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 23/12/2019

MINUTO MAÇÔNICO

O MALHO

1º - Símbolo da tenacidade, o Malho é o instrumento de trabalho do Aprendiz Maçom. 

2º - Utilizado com o Cinzel, serve para desbastar a Pedra Bruta, que representa a imagem da alma do profano, antes de ser instruído em nossos augustos mistérios. 

3º - Simboliza, ainda, a força e o emblema da escultura, da arquitetura e das belas artes. 

4º - O Malho unido ao Cinzel simbolizam para o Aprendiz a Vontade e o Julgamento. 

5º - Simbolicamente usado para despojarmos as nossas mentes e consciências de todos os vícios e impurezas da vida.

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

APAGAR DAS LUZES LITÚRGICAS

Em 04/10/2019 o Respeitável Irmão Rony Silvio, Loja Estrella da Syria, 0751, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, solicita o seguinte esclarecimento:

APAGAR DAS LUZES LITÚRGICAS

Fazendo uma orientação em sessão de Mestre, notei que na página 85 do ritual de Mestre, ao apagar das luzes no fechamento, na orientação em azul não está especificando a sequência do apagar das luzes como se faz no grau de Aprendiz, ou seja, na sequência inversa à abertura. Diz o seguinte: "O Respeitab∴Mestre e os VVenerab∴VVig∴ apagam suas luzes; sendo velas, o M∴de CCer∴ as apagará", deixando a dúvida e o entendimento que, não se usa sequência ao apagar as luzes no grau 3. Por este motivo peço a ajudar do irmão para esclarecer essa dúvida.

CONSIDERAÇÕES:

A sequência do apagar das Luzes litúrgicas no Grau de Mestre do REAA é a mesma dos dois outros Graus anteriores, isto é, na ordem inversa à do acendimento. Por deficiência do Ritual do 3º Grau no explicativo pertinente faltou mencionar que essa ordem é "inversa a da abertura".

A despeito de todas essas celeumas por ausência de explicações, é bom que se diga que a ordem de acendimento e apagar dessas Luzes nada tem de iniciático, senão a de trazer padronização. 

Nesse sentido, as Luzes litúrgicas se acendem na ordem hierárquica das Luzes da Loja (Venerável Mestre, 1º e 2º Vigilantes, enquanto que se apagam na ordem de hierarquia inversa (2º Vigilante, 1º Vigilante e Venerável Mestre. 

Cabe destacar que no REAA as Luzes litúrgicas pertinentes aos graus simbólicos advertem que quanto maior for o número de luzes acesas, maior é o esclarecimento do homem iniciado. Assim, não há cerimônia de acendimento com o fito de levar Luz a esse ou aquele quadrante da Loja, mas de representar a inteligência pelo preparo do Obreiro.

De resto, a ordem do acender e apagar dessas Luzes tem apenas o caráter de padronizar esse ato ritualístico. Cerimonial de levar Luz aos quadrantes do Templo é prática de outro Rito, não do REAA.

Na questão de o Ritual de Mestre não trazer a orientação apropriada, tal como ocorre nos dois outros Graus, o Sistema de Orientação Ritualística pertinente ao 3º Grau que irá para a plataforma do GOB RITUALÍSTICA - http://ritualistica.gob.org.br/ em março próximo vindouro trará essa orientação bem definida.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 22/12/2019

NATAL POLIVALENTE

NATAL POLIVALENTE

O dia 25 de dezembro é considerado a data de nascimento de Jesus Cristo, fundador do Cristianismo. Mas tal comemoração não obedece, como se poderia crer, uma indicação precisa.

O dia 25 de dezembro constituiu, sempre, uma data destinada à celebração de vários cultos (Persa, Egípcia, Síria, Grega, Fenícia, Romana, Hindu).

Na Grécia, o deus Dionísio - chamado salvador (soter) como Cristo -, nascera segundo crença corrente, de uma virgem no dia 25 de dezembro. Também Adonis, outra divindade helênica, era celebrado nesse dia. No Egito, uma das maiores divindades, a mais popular com certeza - Oziris -, nascera também nesse dia. Entre os celtas, os druidas comemoravam igualmente a 25 de dezembro a festa do fogo, elemento purificador.

E, em Roma era aniversário de Mitra, o deus solar (sol invictus), cujo culto e influência estenderam-se por todo o Império Romano, Na Índia, o dia 25 de dezembro é o dia de Brahma, deus do hinduismo.

Nos primeiros tempos do Cristianismo substituíram-se as festas pagãs pelas comemorações da nova religião. Assim, a Igreja cristã teria eliminado a festa do solstício, celebrando em seu lugar o nascimento de Cristo.

Por outro lado, a comparação de Jesus com o sol - o sol invictus dos romanos - não passa de uma imitação do culto de Mitra, o deus do sol. De qualquer maneira, a escolha da data de Natal não é baseado em dados reais, sendo total a impossibilidade de se precisar o dia de nascimento de Jesus.

A opção pelo dia 25 de dezembro foi feita em Roma, pelo Papa Júlio I, no século IV, e a seguir, difundido através das Igrejas do Ocidente e do Oriente.

É inegável que a maior parte dos costumes natalinos têm origem pagã. Fica igualmente claro que o dia 25 de dezembro não é uma exclusividade de Jesus, mas de muitas outras divindades do passado e do presente.

A originalidade da Maçonaria está em ignorar as barreiras entre as religiões e colocar em pé de igualdade essas diferenças, tratando de valorizar aquilo em que todas estão de acordo. O dia 25 de dezembro é ponto de convergência de muitos credos. Cada crença tem um motivo para comemorar essa data e a Maçonaria brasileira sente-se feliz com este universalismo.

É o Grande Natal que em cada culto recebe nomes diferentes. Deixemos que nesse dia nossa consciência nos fale mais alto.

Sejamos nesse dia especial, o canal de expressão do Grande Arquiteto para transformar o mundo que vivemos no lugar ideal que desejamos.

Para todos os Irmãos e profanos que habitam este planeta, nossos votos de convivência fraterna.

Fonte - Editorial do Jornal Egrégora - Dezembro de 2003

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

SESSÃO CONJUNTA

Em 26/09/2019 o Respeitável Irmão Marcos Takahashi dos Santos, Loja Cavaleiros do Templo, REAA, GOB-GO, Oriente de Rio Verde, Estado de Goiás, apresenta a seguinte questão:

SESSÃO CONJUNTA

Gostaria de saber como proceder realizaremos uma sessão conjunta com as lojas coirmãs do oriente do Rio Verde devo levar um livro de presença ou seremos apenas visitantes a sessão será na Loja Estrela Rio-Verdense.

CONSIDERAÇÕES:

Sessão Conjunta no GOB somente é possível com Lojas incorporadas, cujas quais devem ser do mesmo Rito e Obediência. 

Numa Loja incorporada não existe duplicidade de cargos, portanto com antecedência, as Lojas que participarão da incorporação acordam entre si a ocupação dos cargos. 

Os participantes assinam uma lista de presenças própria para a Loja incorporada, sendo que dessa sessão (da Loja incorporada) resultará uma Ata que será enviada cópia às Lojas que participaram da incorporação. É recomendável que no caso de incorporação, a Ata seja aprovada na mesma sessão que houve a incorporação. 

Nada impede que, além da lista de presenças pertinente à Loja incorporada, cada Loja participante tenha à parte assinaturas dos membros do seu quadro no livro próprio da Loja (nesse caso é recomendável uma anotação informando que houve incorporação naquela data).

Em não havendo incorporação, uma Loja presente na sessão de outra coirmã será tratada como Loja visitante. 

Mais esclarecimentos para tal poderão ser encontrados na página 71 do Ritual de Aprendiz do REAA em vigência (edição 2009), item 2.8 da Recepção de Lojas.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 21/12/2019

PRÁTICAS RITUALÍSTICAS NA LITURGIA DO REAA

Em 26/09/2019 o Respeitável Irmão Gilberto Rodrigues Marques Filho, Loja Major Lindolfo Pires, 1.894, REAA. GOB-PB, Oriente de Sousa, Estado da Paraíba, apresenta as seguintes dúvidas:

PRÁTICAS RITUALÍSTICAS NA LITURGIA DO REAA

1º - Em um de seus recentes trabalhos vi o seguinte: “Concluída a coleta de todo o Oriente, segue-se para os Mestres do Norte, do Sul, Companheiros, Aprendizes e por último o próprio titular deposita a sua proposta ou óbolo na forma de costume. “Dúvida: Quando o Mestre de Cerimônias conclui o Oriente ele não deve coletar os Mestres da coluna do Sul? Tipo, ao descer do Oriente ele já não vai para o Chanceler e em seguida ao 2º Experto para só assim ir ao 2º Diácono em diante?

2º - Quanto ao destino das Colunas Gravadas, no que diz respeito os certificados de presença dos irmãos. O Venerável após decifrar deve o Mestre de Cerimônias coletar estes certificados e ir direto ao Chanceler e entregar os mesmos ou existe outro procedimento?

3º - O Cobridor Interno sempre que for necessário estar à Ordem deve fazer o sinal ou se portar com a espada em sentido ombro-arma? E quando necessitar dar alguma batida na porta seja as do Grau ou para que, o que bate ao lado de fora ter paciência, esta batida deve ser com o punho da espada ou com o pequeno malhete preso a porta (em minha Loja temos este pequeno malhete preso na porta, tanto no lado de dentro como no de fora, que foi colocado justamente para estes momentos)?

4º - Sendo eu o Mestre de Cerimônias, na hora de dar entrada ao Templo, dou as batidas do Grau com o punho fechado ou utilizo o pequeno malhete preso a porta para dar as pancadas?

5º - Ao fazer o convite para entrada, sempre falo: “Aprendizes, Companheiros, Mestres sem cargo, Oficiais, Dignidades, Grão Mestre Estadual Adjunto (sempre está presente) e Venerável Mestre. Este procedimento está correto? E no que diz respeito às dignidades, isso já engloba os que detém cargos estaduais, deputados e Mestres Instalados? Porque percebo que alguns irmãos que detém algum cargo (Como os Deputados/Secretários) as vezes esperam que eu mencione a entrada dos mesmos. Enfim, qual o procedimento correto, levando em consideração que sempre temos presentes em nossas reuniões: Secretários/Coordenadores do GOB Estadual, Deputados Estaduais/Federais, Mestres Instalados e o Grão Mestre Estadual Adjunto (já que o mesmo é de minha Loja)? Como seria esta chamada? E os Vigilantes, já estão como Oficiais ou preciso mencioná-los antes do Venerável?

CONSIDERAÇÕES:

UMA REFLEXÃO PARA O NATAL

UMA REFLEXÃO PARA O NATAL

Caros Irmãos,

Imaginei escrever uma mensagem de Natal para todos. Melhor que uma mensagem de Natal, seria uma reflexão para o Natal. Acredito que ela poderá ser útil para os próximos e muitos Natais que desejo a vocês. Assim, a encaminharei a todos os grupos de que participo.

Eu pensei em escrever sobre algumas coisas muito desagradáveis que existem em nossa Fraternidade, mas depois me lembrei que falar delas não as tornaria menores do que são. Não podemos convencer ninguém a abandonar um procedimento adquirido, e que é mantido porque não houve a compreensão do que recebemos quando participamos dessa nossa Fraternidade. Infelizmente, alguns levam muito tempo para entenderem isso, enquanto que uns poucos aprendem com rapidez. Um outro grupo ainda menor não precisava estar na Fraternidade porque, antes mesmo de serem aceitos, já possuíam as qualidades que entendemos serem as melhores para um Maçom. De qualquer forma, não podemos julgar o mérito de ninguém, nem mesmo dos que não deviam estar entre nós. O GADU tem suas razões, e se estão por aqui, mesmo com todos os seus deméritos, certamente será porque servem a algum propósito que ainda desconhecemos. 

Estamos comemorando mais um Natal. Recebemos centenas de mensagens de felicitações, algumas bem elaboradas, outras singelas, algumas verdadeiras, outras apenas feitas por “dever de ofício” ou por “razões sociais”. Eu imaginei formular uma mensagem para todos, convidando-os a refletirem no porque desta data, o que comemoramos nela, e porque razão. 

A data tem relação com o que nos acostumamos a aceitar como a data de nascimento daquele que seria um dos maiores, se não o maior, líder espiritual de todos os tempos. Aquele que é visto como o “Filho de Deus”, nascido em circunstancias especiais, sem o pecado original estabelecido pela Bíblia, fruto de uma relação não sexual entre o próprio Deus e uma terrestre normal – que viria a ser vista por muitos como a “mãe de Deus”.

Excluindo as questões relativas a crença de cada um, não podemos negar – qualquer um de nós – que o legado deixado por Jesus foi de tamanha importância que, até hoje, permanece como fonte de inspiração para milhões e milhões de crentes pelo mundo afora. Crentes que advogam, alguns deles, que a sua forma de acreditar é melhor que a de seu vizinho. Crentes que entendem que o seu Rito de Crença – ou Religião se assim quiserem entender – é mais próxima de Deus que a de seu próximo. Crentes que entendem que a suntuosidade, o ouro, as riquezas e a pompa são necessárias para que Deus ouça suas preces.

Depois de muito refletir, cheguei á conclusão de que não deveria seguir qualquer uma dessas vertentes, mas me concentrar em tentar seguir o único Mandamento que Jesus nos deixou, a chave para tudo que se queira obter, a razão maior para que vivamos em harmonia, uns com os outros: “Amai uns aos outros como eu vos amei”. Há frase ou legado de significado mais profundo e importante que este? Porque insistimos em descumpri-lo, advogando procedimentos em desacordo com essa máxima de Jesus?

Será que ele precisava dizer mais alguma coisa, além dessa? Creio que não. E porque estou aqui relembrando essa frase? Porque considero que a Maçonaria é a iniciativa mais bem sucedida em nos aproximar dessa Verdade. “Oh quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em união...”. Quantas vezes já ouvimos essa parte do Salmo 133? Mas será que paramos para refletir no que significa? Provavelmente ainda não. Apesar de sermos abençoados por estar em uma Fraternidade que une – ou pretende unir – a todas as vertentes de pensamento, sob a unção de um Principio Criador, ainda não entendemos o que significa “estar em união”. 

Hoje, ante véspera do Natal, fiz um pequeno exercício. Fui ao supermercado comprar coisas que ainda faltavam para nossa ceia de Natal. Imaginei que não pertencia àquele mundo. Dezenas de pessoas apressadas, atravancando-se em espaços reduzidos e também fazendo suas ultimas compras. O que me diziam seus rostos? Será que elas me enxergavam, ou não? Quem estava alegre ou triste, e porque? Quem tinha os recursos para fazer uma ceia suntuosa, com todas as variedades de alimentos da época, ou quem tinha apenas uma pequena porção de pão para comemorar o seu Natal? E os “craqueiros” na rua? Como seria o seu Natal? Mais pedras para fumarem? Será que tinham noção do que acontecia em volta deles? Que responsabilidade temos pela condição que ora ostentam? E as prostitutas, ou os que vivem na pobreza extrema, sem alimento ou esperança? E os que, tendo muito, na realidade estão dentre os mais pobres? O que será que um Maçom tem a ver com isso tudo? 

Meus Irmãos: nós entramos nessa Fraternidade por livre e espontânea vontade. Pode ser que fossemos apenas hipócritas buscando realizações materiais, ou ingênuos achando que iriamos fazer parte de um “Exército de Brancaleone” capaz de mudar o mundo. Nem uma coisa, nem outra. A única coisa que podemos mudar é a nós mesmos. E o momento em que isso deve acontecer é agora. 

Neste Natal, ao comemorar a data junto aos seus entes queridos, lembrem-se da miséria que campeia do lado de fora de sua porta, mas também da miséria que pode campear até dentro de seu próprio Eu. Deixe que os ensinamentos de idade imemorial penetrem em seu pensamento e modifiquem, aperfeiçoando, sua própria maneira de ser. Perdoem a quem tenham ferido, para também serem perdoados. Alimentem aos que tem fome, para também serem alimentados. Ensinai ao ignorante, para que vejam a verdadeira Luz e, assim o fazendo, também compartilheis dessa fonte impressionante de Sabedoria e Energia que está disponível para todos, curando, consolando, evoluindo, aperfeiçoando, a todos nós. 

Não pretendam mudar o Mundo, ou o seu País, ou sua Cidade, seu Bairro. Nem mesmo a sua Rua ou Prédio. Nem mesmo precisam comentar ou responder a essa mensagem, para que não suceda que, gostando dela, venham a me fazer pensar que tenho alguma importância, e que escrevi algo significativo. Para responde-la, basta que comecem a mudança por vocês mesmos. Suas vibrações positivas serão sentidas por todos, inclusive por mim. Terão assim construído uma pequena parcela do Templo Interno que, todos nós, buscamos construir.

Que o GADU abençoe a todos e os mantenha na Senda da Virtude.

Fraternalmente,

José Carlos de Seixas