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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 31 de janeiro de 2016

sábado, 30 de janeiro de 2016

O MAÇOM

O MAÇOM

O Maçom é o homem que aspira a perfeição; é aquele cujo guia é a ciência e cujo código é a atração universal: o amor.

Esclarecido pela ciência, animado pelo amor, apreciando as coisas pelo seu justo valor, o verdadeiro maçom não se deixa seduzir pelas aparências, nem arrastar pelas paixões; quer justiça e ordem.

Indulgente a respeito de todos os homens, o maçom sabe ser superior aos acontecimentos; a desgraça não o desanima, nem a prosperidade o exalta ou cega. Banindo o orgulho imprudente e a falsa modéstia, passa a vida no trabalho.

Seja qual for a sua situação e as suas condições sabe manter-se na sua posição com a consciência de praticar o bem.

Os preceitos da constituição ensinam ao homem este caminho que tem de trilhar. A divisa do maçom é a liberdade e o amor do próximo.

Ligado pelos princípios da fraternidade, guarda cauteloso o segredo do amigo, porque traindo-o trairia a sua própria consciência.

Tomando por fundamento estes preceitos, o maçom deve sempre trabalhar para o progresso do bem, para a instrução do seu semelhante, e finalmente deve procurar associar todos os homens ao seu trabalho ativo, para que se possa por toda a parte derramar a luz da ciência.

A Maçonaria é a fé no futuro, é a ação e a felicidade. O maçom marcha constantemente para o seu fim, empregando todas as forças para destruir os obstáculos que encontra. 

Esta obra não é certamente interminável, mas para que se consiga, para que os seus efeitos sejam salutares, é necessário atividade e dedicação. 

E se sucumbirmos antes do cumprimento desta elevada missão, colham os nossos filhos algum fruto da nossa perseverança. Sintam as gerações futuras o eco do nosso trabalho ativo.

(BOLETIM OFICIAL DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL. N.º 7, 14° Ano, Setembro de 1889, p. 132)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

LIMPEZA DA LOJA

Limpeza da Loja

 Em todas as casas periodicamente há necessidade de se fazer uma grande limpeza. É certo que no dia a dia se procura manter a casa apresentável, que a rotina semanal nos habitua a dedicar algum tempo a limpeza mais metódica. Mas, em regra anualmente ou bianualmente, há necessidade de se fazer uma limpeza geral e completa, tudo arejar, verificar o estado das coisas, limpar os cantos mais escondidos e inacessíveis, enfim fazer uma limpeza a fundo que reponha o espaço nas melhores condições de higiene e de condições de nele se viver.

Similarmente, também numa Loja maçónica existe a necessidade de periodicamente se fazer uma limpeza no respetivo quadro de obreiros.

Quem entra para a Maçonaria fá-lo normalmente com a melhor das intenções e com o propósito de participar. Mas, seja porque se esperava algo diverso, porque se não logrou a desejável integração ou porque as condições de vida são o que são em cada momento e, por vezes, impossibilitam a execução das melhores das intenções, alguns acabam por se desinteressar, por não comparecer, por se afastar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A CORDA DE 81 NÓS

A CORDA DE 81 NÓS
Ewald Boller

A corda de oitenta e um nós é um dos ornamentos de um Temp.'. Escocês e é encontrada no alto das paredes, junto ao teto e acima das colunas zodiacais.

O nó central dessa corda deve estar sobre a cadeira do Ven.'. M.'., acima do dossel, se for baixo, ou abaixo dele e acima do Delta, se o dossel for alto. Tendo de cada lado quarenta nós, que se estendem pelo Norte e pelo Sul, e cujos extremos terminam em ambos os lados da porta acidental de entrada em duas borlas, representando a JUSTIÇA e a PRUDÊNCIA.

A corda poderá ser natural, esculpida nas paredes ou aplicada com gesso, mas os nós deverão ser eqüidistantes e sempre em número de oitenta e um.

E deverá ter 81 nós por três razões:

1. O número 81 é o quadrado de 9, que por sua vez é o quadrado de 3, número perfeito e de alto valor místico para as antigas civilizações. Três foram os filhos de Noé, três os varões que apareceram a Abraão, três os dias de jejum dos judeus desterrados, três as negações de Pedro, três as virtudes teologais; além disso, as tríades divinas sempre existiram na maioria das religiões: Shamash, Sin e Ichtar, dos sumérios; Osíris, Isis e Hórus, dos egípcios; Brahma, Vishnu e Siva dos hindus; yang, ying e Tao do taoísmo; além da trindade católica romana;

2. O número 40 - quarenta nós de cada lado, extraindo-se o nó central, é o número simbólico da Penitência e da Expectativa; quarenta foram os dias em que durou o dilúvio, quarenta dias passou Moisés no Sinai, quarenta dias durou o jejum de Jesus, quarenta dias esteve Jesus na Terra após a ressurreição;

3. O nó central representa o número um, a unidade indivisível, o símbolo do G.'. A.'. D.'. U.'.; o princípio e fundamento do Universo; o número um tomado desta maneira é um número sagrado.

Embora alguns autores afirmem que a abertura da corda, em torno da porta de entrada do templo, com a formação de borlas, simbolize o fato de a Maç.'. estar sempre aberta para acolher novos membros; novos profanos que desejam receber a L.'. Maç.'., na realidade essa abertura significa a Ord.'. Maç.'. ser dinâmica e progressista. Significa adicionalmente estar a mesma sempre aberta às novas idéias que possam contribuir para a evolução do homem, para o progresso racional da Humanidade, uma vez que, não pode ser Maçom aquele que rejeita novas idéias em virtude de um conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo altamente nocivo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

MESTRE E APRENDIZ

Mestre e Aprendiz

Costumo invocar com frequência a noção de que o Mestre maçon deve considerar-se um eterno Aprendiz, se quer ser digno de ser considerado Mestre.

Também me relembro com frequência que ser maçon é um percurso de auto-aperfeiçoamento, sempre dinâmico, sempre inacabado, sempre em execução. Um dos marcos desse caminho é o maçon, o homem livre e de bons costumes, poder convictamente considerar-se Mestre de si mesmo, capaz de dominar suas paixões, seus vícios, domar seu temperamento, desbastar sua personalidade, no sentido do equilíbrio, da justeza. Enfim, conseguir EFECTIVAMENTE nortear sua vida e suas acções e realizações dentro do espaço delimitado por três características indispensáveis para que cada obra humana tenha valia digna desse nome: a Sabedoria, a Força e a Beleza. Que cada nossa decisão, cada realização nossa, consiga simultaneamente ser sabedora, porque justa e certa e equilibrada e prudente, forte, porque durável e susceptível de naturalmente se impor e prosseguir seus objectivos e bela, porque agradável aos demais, não é empresa fácil, se a queremos realizar bem, mas é extremamente gratificante, quando se alcança.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

OS LIMITES DA TOLERÂNCIA

Os limites da Tolerância
Rui Bandeira

 Quando se fala de Tolerância, é frequente vir à baila a questão dos seus limites. Existe alguma tendência para se considerar existir algo de contraditório entre a Tolerância e a consideração de existência de limites á mesma. A meu ver, esta é uma falsa questão, que um pouco de reflexão facilmente resolve.

Antes do mais, é preciso entender que o conceito de Tolerância se aplica a crenças, a ideias, ao pensamento e respetiva liberdade, às pessoas e sua forma, estilo e condições de vida, mas nada tem a ver com o juízo sobre atos. Cada um de nós deve tolerar, aceitar e respeitar, independentemente da sua diferença em relação a si e ao seu entendimento, a crença alheia, as ideias e o pensamento de outrem, pois a liberdade de crença e de pensamento são expressões fundamentais da dignidade humana. Cada um de nós deve tolerar, aceitar e respeitar o outro, quaisquer que sejam as diferenças que vejamos nele em relação a nós, porque o outro é essencialmente igual a mim, não ferindo essa essencial igualdade as particulares diferenças entre nós existentes. Mas não é do domínio da Tolerância o juízo sobre os atos. O juízo sobre atos efetua-se em função da moral e das regras sociais e legais vigentes.

domingo, 24 de janeiro de 2016

O ORADOR

O ORADOR
Klebber S Nascimento
Tempo de Estudos Maçônicos

O Orador da Loja não é, como muitos pensam, um fazedor de discursos, ao contrário. Ele deve ser, comedido no falar e só "fazer as brilhantes peças de Arquitetura" nas ocasiões apropriadas, abstendo-se, em sessões ordinárias, de revelar uma erudição que não trará nenhum proveito para os que, após várias horas de trabalho, precisam ouvir informações objetivas e não discursos retóricos que, ao final e ao cabo, nada dizem.

O Orador fala, sempre, no final das discussões, sobre qualquer proposta, dando o seu PARECER LEGAL, isto é, dizendo se a proposição está ou não enquadrada, nas nossas leis. Tem, aí, de ter um elevado espírito maçônico, pois, mesmo que ele seja contra a matéria em discussão, deve opinar tão somente quanto à sua legalidade.

Quando o Orador pretende participar da discussão, no mérito, deve informar ao Venerável que deseja falar como Obreiro e não como Orador, dará a sua opinião pessoal e nada falará sobre o aspecto legal da proposta. Nas conclusões, porém, se limitará a dizer da ou não da matéria ou pauta, ocasião em que demonstrará sua isenção, pois pode ter sido contra a proposta mas considerá-la "legal" para efeito de prosseguimento da discussão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A MAÇONARIA OFERECE O QUÊ?

A MAÇONARIA OFERECE O QUÊ?

A Maçonaria, na sua forma atual, existe há quase 300 anos. Ao longo dos séculos, sempre houve associações parecidas com a nossa Fraternidade. Tais grupos apareceram em muitos lugares e em diferentes épocas, pelo simples fato de que o homem é um ser social. Por sua natureza, ele tem necessidade de amizade, de amor e de associação com o seu semelhante.

O que é a Maçonaria atual? Resumidamente, é uma organização de homens que acreditam em Deus como seu criador, na Irmandade entre os Homens e que usam as ferramentas dos construtores como símbolos para ensinar as verdades morais. Deste modo, ela convoca os seus membros para a prática do Amor, da Solidariedade e da Tolerância.

No início da civilização, o homem teve de enfrentar inúmeras dificuldades como a fome, a doença e os elementos. Porém Deus deu-lhe a memória para que ele se beneficiasse da sua experiência. Mais tarde, Deus também o presenteou com o dom da comunicação, para que pudesse dividir esta experiência com os demais. Ao longo dos séculos, o homem aumentou os meios de produção de alimentos, descobriu a cura para muitas doenças e aprendeu a resolver a maior parte dos problemas da vida diária.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARA ADULTOS

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARA ADULTOS
Por Kennyo Ismail
Como a Maçonaria Operativa sucumbiu diante da Maçonaria Especulativa

Diversos historiadores maçons se dedicaram a contar e recontar a história do surgimento da Maçonaria Especulativa como conhecemos hoje. As versões são geralmente bastante similares entre si e, pelo conteúdo, se parecem com as histórias contadas para crianças antes de dormir:

“Era uma vez, há muito tempo atrás, os maçons operativos, que construíam castelos e catedrais. Eles começaram a aceitar nobres, burgueses e intelectuais na Maçonaria, chamados de “Aceitos” ou “Especulativos”. Esses se apaixonaram pela Maçonaria e trouxeram outros nobres, burgueses e intelectuais. Em pouco tempo, eles se tornaram maioria. E com o passar dos anos, a Maçonaria foi se aprofundando nos aspectos filosóficos e intelectuais, até que não se via mais maçons operativos na Maçonaria. E os maçons especulativos viveram felizes para sempre.”

Parece uma ótima história para explicar ao seu filho de cinco anos de idade o motivo de você ser um “pedreiro-livre” e não construir casas. Mas, definitivamente, não serve como História da Maçonaria, em pleno século XXI, a ser ensinada ao novo maçom de hoje, que possui nível superior e um mínimo de senso lógico e crítico.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

QUAL O SIGNIFICADO DO ESQUADRO ESTAR ENTRELAÇADO COM O COMPASSO

QUAL O SIGNIFICADO DO ESQUADRO ESTAR ENTRELAÇADO COM O COMPASSO
Irineu Antonio Bertan Junior – C.´.M.´. - Loja Justiça de Cambé 

SÍMBOLOGIA DO ESQUADRO, COMPASSO E DELES ENTRALAÇADOS
A Maçonaria é “um sistema de moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos” (GOB, 2009). Símbolo é “um objeto físico a que se dá uma significação abstrata” (Houaiss, 2009). Goethe1 dizia que “o simbolismo transforma os fenômenos visíveis numa ideia”. Por exemplo, chama-se “Grande Oriente” a alusão ao ponto onde nasce o sol, donde vem a Luz. E “Luz” tem um sentido metafórico, significando Sabedoria.

Acontece situação análoga com as palavras “compasso” e “esquadro”.

Compasso é o símbolo do espírito, significando tudo àquilo que não seja matéria: pensamento, raciocínio, sabedoria, etc. Obviamente, aos crentes, espírito tem também um significado transcendente. O compasso traça círculos perfeitos, sendo esse ato de traçar, um símbolo da busca da perfeição. O círculo traçado pelo compasso delimita espaços, portanto esse círculo simboliza limites, comedimento, moderação, continência, virtude da prudência. Dentro desse círculo o maçom não pode errar. De maneira absoluta, onde não há nenhum erro é o ponto central do círculo, a Origem.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

AUXÍLIO

AUXÍLIO

O segundo termo da trilogia utilizada pela maçonaria anglossaxónica, Relief, é correntemente traduzido para português como Alívio, mas considero mais correto fazê-lo pela palavra Auxílio. Sendo ambas as hipóteses possíveis, a tradução por auxílio tem a vantagem de enfatizar a ação, enquanto que alívio é meramente a consequência ou o objetivo. É do auxílio que resulta ou se procura que resulte o alívio.

O auxílio que aqui se refere é o necessário ou conveniente para afastar ou minorar a dor, o sofrimento ou a dificuldade. Não a excluindo, não se contém apenas na vertente material. A ideia é que, identificada uma dificuldade, se venha a agir de forma a possibilitar que essa seja aliviada. A ação a empreender necessariamente que se contém dentro dos limites das possibilidades daquele ou daqueles que a levam a cabo, sem colocar em risco a sua própria vida ou integridade, família e estabilidade.

O auxílio deve ser prestado, em primeira linha, aos Irmãos maçons e às viúvas e filhos menores dos maçons já falecidos, mas, havendo possibilidades, deve ser igualmente efetuado em prol de quem quer que seja que esteja necessitado.

O auxílio a prestar é o apto a dissipar ou minorar o sofrimento ou dificuldade de quem dele beneficia, não um ato de favoritismo ou nepotismo. Há uma evidente diferença moral entre auxiliar alguém que passa por uma situação de dificuldade e favorecer alguém em ordem a que este obtenha uma situação de privilégio ou de vantagem injustificada. O auxílio destina-se a dar alívio, não a endossar vantagem...

O auxílio a prestar deve respeitar sempre as normas legais e sociais. Auxiliar alguém a cometer uma infração, não é alívio, é cumplicidade. Auxiliar alguém a escapar ás consequências dos seus atos não é virtude, é encobrimento.

O auxílio maçónico tem, inderrogavelmente, uma caraterística de solidariedade e beneficência, mas estas não são a essência de se ser maçom, antes mera consequência de tal.

O auxílio é algo que todos os maçons devem prestar a quem e quando necessário, na medida das suas possibilidades, tal como inevitavelmente todos, em algum ou alguns momentos da sua vida - por mais afortunada ou realizada que esta seja - necessitaram ou virão a necessitar de auxílio, seja para superar ou minorar padecimentos, seja para consolar e ultrapassar desgostos e perdas, seja, enfim, para enfrentar dignamente a Grande Passagem que cada um de nós inexoravelmente fará.

O auxílio maçónico não é mais do que o exemplo do que todos os que vivem em sociedade devem praticar, pois viver em sociedade é dar e receber, ajudar e ser ajudado, cooperar para atingir objetivos, por vezes nossos, por vezes alheios, outras vezes comuns.

Rui Bandeira

Fonte: A Partir a Pedra

sábado, 16 de janeiro de 2016

AMOR FRATERNAL

Amor Fratenal

A divisa utilizada pela maçonaria de língua inglesa (Brotherly Love - Relef - Truth; Amor Fraternal - Auxílio - Verdade) elenca as caraterísticas indispensáveis à Instituição Maçónica.

O primeiro termo dessa divisa é o Amor Fraternal. Daí a corrente referência a que a Maçonaria é uma Fraternidade. Os maçons consideram-se unidos entre si por laços afetivos similares aos que se tecem entre os irmãos de sangue.

O amor fraternal de alguma forma tem caraterísticas distintas dos outros tipos de afeição, incluindo uma natural componente de emulação entre irmãos que, bem vistas as coisas, é essencial para o desenvolvimento dos jovens seres e consolidação da espécie.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O MAÇOM, HOMEM FRATERNAL

O MAÇOM, HOMEM FRATERNAL

Este é o primeiro texto de muitos, assim o espero, que irei publicar neste honorável espaço de escrita para uns, leitura para os demais.

Espero que com o que eu irei partilhar convosco, Vos ajude a compreender qual a “missão” da Maçonaria no mundo que nos rodeia e um pouco mais sobre a vasta simbólica maçónica que existe, sendo que os meus textos demonstrarão a minha visão pessoal sobre qualquer tema que seja versado por mim.

Sendo assim, este meu primeiro texto teria de ser naturalmente, um texto muito pessoal.

Assim, hoje venho falar-Vos de como o maçom é alguém com um elevado sentido fraterno, logo irei falar de Fraternidade, algo que para mim não é apenas sentimento, mas antes sentido.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

COMPORTAMENTO DOS MAÇONS

COMPORTAMENTO DOS MAÇONS

A característica do bom maçom é a discrição. Exibicionismo e fantasias revelam complexos de inferioridade e necessidade de afirmação. O bom maçom não se entrega a tais sentimentos.

Uma variante de tais manifestações de inferioridade é a de propalar que todo homem bem situado na vida é maçom. A Maçonaria não precisa de outros ornamentos que não sejam os seus métodos, as suas doutrinas, os seus símbolos e as suas alegorias. 

Por outro lado, o maçom começa a provar que é um exemplo social, quando não se julga um modelo.

Outra forma de exteriorização pessoal é o uso de distintivos, em publico. Examinada a fundo essa vaidade, ver-se-à que ela é incompatível com a disciplina maçônica. O maçom que se apresenta dessa maneira quase sempre troca o seu distintivo por qualquer outro, que a seu próprio ver, possa enaltece-lo. 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

RESTAURAÇÃO MAÇÔNICA

RESTAURAÇÃO MAÇÔNICA
Kennyo Ismail

Já dizia o ditado: “a grama do vizinho é sempre mais verde”. Na Maçonaria não é diferente. O que alguns maçons brasileiros gostariam de mudar na Maçonaria daqui é exatamente o que alguns maçons norte-americanos gostariam de adotar lá.

Existe uma parcela significativa de maçons brasileiros que questiona o modelo “tupiniquim” da Arte Real, indicando que é um modelo antiquado, que segue a direção contrária do caminho trilhado pela sociedade contemporânea. Esse grupo, discreto e não-organizado, porém constante e crescente, costuma apontar como pontos negativos na Maçonaria Brasileira, entre outros:

•  A formalidade e restrições do traje maçônico: quase todas as Lojas tem funcionamento na noite dos dias úteis, o que obriga o maçom a, muitas vezes, ir direto do seu trabalho para a Loja. A obrigatoriedade do terno preto com camisa branca e gravata preta ou outra cor conforme rito acaba por atrapalhar a rotina de muitos membros, principalmente aqueles que não adotam traje social em seus locais de trabalho ou utilizam uniformes em suas profissões. Muitas vezes, um maçom deixa de realizar visitas espontâneas a outras Lojas por conta da vestimenta não adequada.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

HOSPITALEIRO

HOSPITALEIRO
O Hospitaleiro é o elemento da Loja que tem o ofício, a tarefa, de detectar as situações de necessidade e de prover o alívio dessas situações, quer agindo pessoalmente, quer convocando o auxílio de outros maçons ou, mesmo, de toda a Loja, quer, se a situação o justificar ou impuser, solicitando, por meio da Grande Loja e do Grande Oficial com esse específico encargo, o Grande Hospitaleiro ou Grande Esmoler, a ajuda das demais Lojas e dos respectivos membros.

Um dos traços distintivos da Maçonaria, uma das características que constituem a sua essência de Fraternidade, é a existência, o cultivo e a prática de uma profunda e sentida solidariedade entre os seus membros. Solidariedade que não significa cumplicidade em ações ilícitas ou imorais, ou encobrimento de quem as pratica, ainda que Ir.’., ou auxílio ou facilitação à impunidade de quem viole as leis do Estado ou as regras da Moral. O maçon deve ser sempre um homem livre e de bons costumes. De bons costumes, não violando as leis nem as regras da Moral e da Decência.

domingo, 10 de janeiro de 2016

GRAUS E ORDENS ANEXAS

GRAUS E ORDENS ANEXAS
CORPOS MAÇÔNICOS “ANEXOS”
POR KENNYO ISMAIL ⋅ 17 DE ABRIL DE 2015

Desde o surgimento da Maçonaria Especulativa, têm-se outros graus e ordens maçônicas além dos conhecidos graus simbólicos. Alguns reclamam origem anterior até mesmo que o grau de Mestre Maçom, apesar da maioria ter surgido durante os Séculos XVIII e XIX. 

No entanto, quando da organização das primeiras Grandes Lojas, entendeu-se por bem restringi-las à administração apenas dos graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Os demais graus e ordens, então, se organizaram em outros corpos maçônicos, de forma que pudessem sobreviver, organizar-se e crescer.

Quando me refiro a graus e ordens anexas, não me refiro aos Altos Graus dos Ritos, os quais não são anexos, e sim apêndices. São a continuação lógica dos graus simbólicos de um mesmo sistema, mesmo que administrado por outro Corpo Maçônico. 

Já os graus e ordens anexas não necessariamente apresentam-se como uma continuação do Simbolismo, muitas vezes exigindo como requisito que o maçom possua determinado Alto Grau de um Rito ou mesmo outro grau ou ordem anexa para que ingresse.

Pela origem comum entre alguns desses graus anexos e ritos, ou pela colação de determinado grau de um rito como requisito para ingresso em um grau ou ordem anexa, alguns desses graus e ordens anexas funcionam de forma aliada a um ou outro Rito.

No caso do Rito de York (sistema americano), tem-se como corpos maçônicos aliados ao Rito de York: a AMD – Allied MasonicDegrees (Graus Maçônicos Aliados), Knight Masons (Maçons Cavaleiros), York Rite College (Colégio do Rito de York), KTP – HolyRoyal Arch Knight Templar Priests (Sacerdotes Cavaleiros Templários do Santo Real Arco), Knights of the York Cross ofHonor (Cavaleiros da Cruz de Honra de York), Red Cross of Constantine (Cruz Vermelha de Constantino), Societas Rosicruciana in Civitatibus Foederatis (Sociedade Rosicruciana nos Estados Unidos), Ordem Comemorativa de St. Thomas of Acon, Os Operativos, entre outros. 

Muitos desses corpos possuem correspondentes no sistema inglês, onde são chamados de “Ordens de Aperfeiçoamento”.

Do mesmo modo, no Rito Escocês Antigo e Aceito, por exemplo, tem-se como corpo maçônico aliado os Knights of St. Andrew (Cavaleiros de Santo André), destinado a maçons que sejam 32º grau do REAA. 

Lembrando ainda que os Shriners, até alguns anos atrás, tinha como pré-requisito que os candidatos fossem 32º grau do REAA ou Cavaleiro Templário do Rito de York.

Importante registrar que alguns desses corpos são seculares e possuem milhares e milhares de membros em vários países. Outros são recentes e ainda nanicos. Dedicarei toda uma categoria do blog para apresentar tais graus e ordens. Porém, antes, fazia-se necessário o presente esclarecimento.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

SESSÕES BRANCAS

SESSÕES BRANCAS

Sessões: Reuniões que os Corpos Maçônicos realizam. Nos Graus Simbólicos são classificadas de: Econômicas; Extraordinárias; Magnas, Brancas, etc.

A expressão “Sessão Branca” não se refere à cor da reunião; é sim um erro de interpretação de traduções.

“Branca” é no sentido de não ter nada, sem detalhes, ou seja, uma Reunião com Maçons e não Maçons onde os aspectos que dão sentido ao Rito não são usados.

Se realizado em um Templo Maçônico, este deve ter seus Mistérios (detalhes) preservados das vistas profanas.

Talvez por exemplos, consigamos ser mais claros:

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

AINDA A FRATERNIDADE

AINDA A FRATERNIDADE

Em Maçonaria, nunca será exagerada a atenção dispensada à principal mola propulsora da Instituição, que é a fraternidade humana. Assim é que a Constituição do Grande Oriente do Brasil declara que todos os maçons devem considerar-se Irmãos, ao mesmo tempo em que determina que esses laços de fraternidade sejam estendidos a todos os seres humanos esparsos sobre a superfície da terra.

A fraternidade – uma forma de amor, o amor fraterno, poder com que nos premiou o Grande Arquiteto do Universo – está na origem e é o sustentáculo da Ordem, além de ser o seu objetivo final: tornar a humanidade feliz através da prática do amor entre os seres humanos indiferentemente à raça, nacionalidade, sexo, ideologia, crenças e religião.

Os que remontam a origem da Maçonaria aos tempos imemoriais sabem – pois os verdadeiros maçons podem saber dessas coisas – que os antigos colégios de mistérios, as escolas de sabedoria cultivavam e ensinavam aos que lhes batiam às portas essa virtude milenar cada vez mais incisiva na alma do Maçom.

É esta a lição que os iniciados maçons têm de estudar e têm de vivenciar em seus primeiros anos de aprendizagem, antes de poderem exercer com segurança as funções de certa responsabilidade e antes de que o exercício dessas mesmas funções possam quebrar a tranqüilidade e prejudicar o próprio espírito de fraternidade de que se reveste o trabalho na Nobre Ordem.

Na história da Maçonaria encontramos vários episódios em que tivemos sérios embates com as forças negativistas do mundo exterior, momentos em que não faltaram mártires em nossas colunas, ainda hoje reverenciados; foram nesses lances, sofrendo ataques de fora e de dentro, que o sentimento de fraternidade se fortaleceu dentro da Maçonaria e se impôs contra inimigos imprudentes, e hoje se apresenta ao mundo como instituição vitoriosa e decididamente comprometida com o progresso da humanidade.

6/11/2009
Marcos José da Silva - Grão-Mestre Geral

domingo, 3 de janeiro de 2016

LEI DO SILÊNCIO MAÇÔNICO

LEI DO SILÊNCIO MAÇÔNICO

O silêncio maçônico está indiretamente disciplinado nos LANDMARKS, 11º (necessidade de estar uma loja “a coberto”), 15º (nenhum visitante desconhecido dos irmãos de uma loja, pode ser admitido a visita, sem que, antes de tudo seja examinado, conforme os antigos costumes) e 23º, que prescreve a conservação secreta dos conhecimentos havidos por iniciação, tanto dos métodos de trabalho como das suas lendas e tradições, que só podem ser comunicadas a outros irmãos.

O chamado segredo maçônico é justamente o ponto sobre o que mais tem se especulado e no qual se baseiam os que condenam nossa ORDEM. Não compreendendo sua verdadeira razão ou seja seu caráter iniciático e construtivo deste segredo.

Em realidade a Maçonaria seria mais uma sociedade secreta; se não houvesse o hábito de designa-la pela expressão “SOCIEDADE SECRETA”. Esta expressão engloba não só as sociedades com segredo como as sociedades clandestinas. A Maçonaria vem sofrendo todas as conseqüências que semelhante expressão implica.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016