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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 31 de maio de 2016

O INCENSO

O INCENSO

Alfredo Roberto Netto

Durante séculos o uso do Incenso (do latim: “incensu”), é um procedimento comum em diferentes cultos espiritualistas, principalmente, no Oriente, ocupando uma função importante com finalidades bem definidas.

É composto por materiais aromáticos, chamados bióticos (originados por seres vivos, no caso plantas) que liberam fumaça perfumada quando queimados. O “incenso” refere-se à substância em si, mais do que ao cheiro que ela produz.

É composto de materiais provenientes de plantas aromáticas, muitas vezes combinados com óleos essenciais. As formas do incenso têm mudado com os avanços da tecnologia, as diferenças de cultura subjacente e a diversidade das razões para queimá-lo.

O uso do incenso se originou no Antigo Egito, onde as resinas de goma e as oleosas de árvores aromáticas foram importadas das costas da Arábia e Somália, para serem usados em cerimônias religiosas.

Segundo alguns autores, o incenso egípcio resultava de uma combinação de 16 ingredientes, processados de acordo com fórmulas místicas. O Incenso egípcio era feito com ingredientes como mel, vinho, passas, resina, e servia tanto para fins místicos como medicinais.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

LIÇÃO DE UM MESTRE AO SEU APRENDIZ - VI

LIÇÃO DE UM MESTRE AO SEU APRENDIZ - VI

Antes do mais, sê muito bem-vindo entre nós. Estás aqui por teus méritos e, sobretudo, por tuas potencialidades. A ti, e só a ti, deves a admissão no seio dos obreiros desta Oficina da Augusta Ordem da Maçonaria. Nós, os que vos acolhemos, limitámo-nos a reconhecer em ti a capacidade e a vontade de efetuar o longo – direi mesmo: interminável -, trabalhoso – acrescentarei: permanente – e minucioso – precisarei: rendilhado – processo de transformação de um Homem Bom num Homem Melhor.

Esta frase, que de tantas vezes dita soa já como um lugar-comum, é, acredita-me, muito mais simples de dizer do que de levar à prática. Passar de um simples e comum Homem Bom – aquilo que nós, maçons, costumamos designar por homem livre e de bons costumes – para se ser um Homem Melhor é tarefa, mais do que diária, de todos os instantes, verdadeiramente permanente, que necessita de ser executada ao longo de toda a vida – e que só faz sentido se for permanentemente executada ao longo de toda a vida.

domingo, 29 de maio de 2016

PRANCHA DE PROFICÊNCIA

PRANCHA DE PROFICÊNCIA

Na Loja Mestre Affonso Domingues, um dos requisitos necessários para que um Aprendiz seja elevado a Companheiro ou para que um Companheiro seja Exaltado Mestre Maçom é a apresentação em Loja de uma prancha, isto é, de um trabalho elaborado pelo obreiro.

Em regra, o tema desse trabalho é escolhido por consenso entre o interessado e o Vigilante responsável pela sua Coluna e o referido Vigilante acompanha a elaboração desse trabalho, analisando a ou as versões preparatórias elaboradas e aconselhando ou sugerindo emendas, alterações ou desenvolvimentos, sempre que tal entenda necessário ou conveniente.

FRASES


quinta-feira, 26 de maio de 2016

A PRIMEIRA LOJA DO BRASIL

A PRIMEIRA LOJA DO BRASIL
Ir∴ Hercule Spoladore

O Iluminismo ou Ilustração caracterizou-se no século XVIII, também chamado ”século da luzes” pelas suas influências culturais em todos os segmentos da sociedade humana da época ensinando o Homem a liberar-se dos excessos das autoridades, dos preconceitos das tradições das convenções e retirando-lhe a viseira intelectual que lhe embaçava a mente, fazendo com que ele enxergasse o mundo de forma real, pelo menos mais real do que vislumbrava naquela época tão sufocada pela ignorância quando os homens do poder espiritual e temporal faziam questão de submeter a humanidade incauta a toda sorte de escravidão talvez até como autodefesa de seus interesses. Sabiam que se o Homem se instruísse por pouco que fosse ele acabaria por modificar o mundo e esse mesmo poder ruiria por terra.

Este movimento caracterizou-se por apresentar várias tendências, tornando a Filosofia mais divulgada, fazendo com que o povo tivesse mais conhecimento da razão, vulgarizou a ciência empírica, divulgou conceitos sociais e políticos adequados e entre eles o respeito ao ser humano e a liberdade dos povos.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

DESCANSO PARA O PEDREIRO

DESCANSO PARA O PEDREIRO
Por   **Osni Adres Lopes  e  *Laurindo Roberto Gutierrez *   
  
Em todo mundo a Maçonaria vive de Duas reuniões mensais, ou uma bimensal, e até uma trimestral, como é na Inglaterra. Apesar de parecer pouco para nós brasileiros, eles são atuantes e fazem sua parte em matéria de trabalho social, filantrópico, e de estudos. Na França, Portugal, Espanha, Nova Zelândia e Estados Unidos são duas sessões.  Propor isso aqui, causaria uma discussão interminável, ou talvez nem discussão houvesse (deixa como está)  pois nos acostumamos com quatro e até cinco sessões mensais. Depois de quase quatro décadas na Ordem, senti um esgotamento por esse regime de trabalho sem descanso, apesar de gostar da convivência em Loja com meus irmãos. Mas, e da família, não gostamos também? Ficar mais tempo em casa é revigorante, além do que, pregamos que a família está em primeiro lugar. 

segunda-feira, 23 de maio de 2016

MAÇONARIA & TEMPLÁRIOS

MAÇONARIA & TEMPLÁRIOS
Por Kennyo Ismail - 1 de julho de 2011

A Maçonaria nasceu da Ordem dos Templários? Não. E é tudo culpa do Ramsay.

Chevalier da França, Andrew Michael Ramsay era um nobre escocês, exilado na França com os Stuarts. Chegou a ser, por um curto período, tutor do príncipe Charles Edward Stuart. Ramsay havia sido iniciado na Maçonaria em 1730, através da Loja “Horn” de Westminster, na mesma época da introdução do Grau de Mestre Maçom. Já por volta de 1737 na França, colaborando com o desenvolvimento da Maçonaria, Ramsay foi convidado a proferir um discurso a um grupo de iniciados quando de uma grande iniciação.

Esse discurso, mais conhecido como “Oração de Ramsay”, parece ter sido editado por Ramsay e distribuído aos presentes quando de tal iniciação. Provavelmente, já havia a intenção de divulgá-lo, o que pode ter motivado a publicação, em 1741.

Segue alguns trechos interessantes do discurso:

domingo, 22 de maio de 2016

sábado, 21 de maio de 2016

AS INSPIRADORAS COLUNAS BOOZ E JAQUIN

AS INSPIRADORAS COLUNAS BOOZ E JAQUIN
C. E. Boller

Sinopse: 
Especulação a respeito da função das colunas Booz e Jaquin com uso da física quântica.

O significado simbólico maçônico das duas colunas é controverso e confuso se comparado ao que diz a bíblia judaico-cristã, em I Reis 7:13-22. Em essência elas decoram e demarca a entrada do templo, o portal do iniciado no caminho da luz, do conhecimento gradativo de seu eu, de seu interior, do seu templo, da sua espiritualidade.

Pesquisando diversos autores maçônicos respeitados, eles também têm inúmeras explicações que conduzem a um intrincado labirinto de justificativas aonde algumas delas são baseadas em postulações herméticas ocas, tão vazias como o próprio interior das colunas, inaceitáveis ao cético e filósofo que adota o princípio heurístico da pesquisa científica que concebe a natureza como máquina, que debita tudo à matemática e casualidades estatísticas previsíveis. Entretanto, esta visão mecanicista do século passado aos poucos vai cedendo espaço a teoria da física quântica. A cada instante novos conceitos antigos desabam na presença de novos conceitos e provas científicas que, da mesma forma em que o mecanicismo derrubou velhas crendices místicas, este mesmo mecanicismo é hoje criticado e tem seus conceitos derrubados na edificação de novas conceituações científicas da física quântica. Porque não reunir todo o conhecimento antigo e o novo? As duas colunas não estariam colocadas à vista dentro do templo maçônico exatamente para materializar a possibilidade de novo salto do pensamento?

sexta-feira, 20 de maio de 2016

CADEIA DE UNIÃO - EFEITOS Á DISTÂNCIA

PARANORMALIDADE E MAÇONARIA ( IV) 
Cadeia de União Efeitos à distância 
Autor: Hercule Spoladore
LOJA DE PESQUISAS MAÇONICAS “BRASIL”

A título de relembrar os Irmãos enfocaremos inicialmente alguns tópicos abordados em artigos anteriores.

A Cadeia de União teria sua origem na Maçonaria Operativa, onde os profissionais da construção, os canteiros que eram pedreiros talhadores de pedra usavam uma corrente de ferro para delimitar a área de construção . Eles fincavam em torno destas construções , estacas de madeiras as quais eram inseridas em cada elo da corrente.

Na entrada desta área era deixada uma abertura através de dois postes de madeira. A área delimitada geralmente tinha a forma retangular.

No Rito de Schröder ou Alemão a Cadeia de União é obrigatória no final de cada Sessão. Ela é usada nos demais Ritos, menos no Rito de Emulação ou de York (Inglês ), que ignora esta prática. No Rito de Schröder ela é feita com os Irmãos dando-se as mãos naturalmente. Nos demais Ritos os Irmãos cruzam os antebraços, o direito sobre o esquerdo e dão-se as mãos. 

Esta prática foi introduzida na Maçonaria única e exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

DEGRAUS NO TEMPLO DO REAA

DEGRAUS NO TEMPLO DO REAA 
Charles Evald Boller
“A Maçonaria, apesar de seus sublimes fins foi muito desvirtuada quando abriu despreocupadamente as suas portas, onde a falta de escrúpulos na seleção de seus iniciados, permitiu que seus templos fossem invadidos por multidão de pessoas diferentes e esquecida dos elevados princípios que possuía, transformou-se em sociedade de elogios e auxílio mútuos. Entidade onde a ação da política militante introduziu em seu meio princípios de moralidade barata, movimentada por interesses inconfessáveis. O Rito Escocês Antigo e Aceito tem por objetivo restabelecer o antigo e verdadeiro caráter da mais alta moralidade, aderente a prática de virtudes, ao fomento da liberdade regida pela lei, da igualdade com subordinação e disciplina".
Os degraus existentes em Loja são num total de dez. No Rito Escocês Antigo e Aceito praticado nas Grandes Lojas, não são dados nomes nem significados simbólicos aos degraus existentes em Loja e estão assim distribuídos: um no altar do segundo vigilante, dois no altar do primeiro vigilante; Três nenhum trono do venerável mestre; quatro separando oriente do ocidente. Sabe-se da existência de nomes para cada degrau e que estes tem a finalidade de ajudar não entendimento do significado de sua escalada. É possível especular e lhes dar significação simbólica se considerado que cada degrau num ambiente disciplinado como o da Maçonaria está ligado ao desenvolvimento da liderança.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

A DESCRISTIANIZAÇÃO DA MAÇONARIA

A DESCRISTIANIZAÇÃO DA MAÇONARIA
ou a Passagem do Cristianismo para o Deísmo
por el M:.R:.H:. Franciso de Assis Carvalho ("Xico Trolha")
Director de la revista masónica A TROLHA
BRASIL

A ORIGEM
Embora esse Tema não seja de fato muito recente (1º Quarto do século XVIII), pois ele teve início com a Primeira Edição do Livro da Constituição do Reverendo James Anderson e, em 1723, quando ele afirma que:

Um Maçom fica obrigado por ocasião de seu Ingresso, a obedecer a Lei Moral e se ele entender corretamente a Arte, ele nunca será um Ateu estúpido, e nem tampouco um Libertino Irreligioso. Porque desde os "Tempos Imemoriais", os Maçons eram obrigados, em todos os países, a seguir a religião de seu País de origem, qualquer que ela fosse; mas atualmente o Maçom é obrigado a ter aquela Religião, com que todos ou a maioria concorda (guardando para si as suas opiniões próprias); e isto quer dizer que ele deve ser um homem bom e verdadeiro; ou um homem de Honestidade; mas qualquer que seja a denominação (da Religião) ou crença pela qual ele possa se distinguir, onde quer que esteja; e que a Maçonaria possa ser o Centro de União, e o meio pelo qual se possa conseguir a verdadeira amizade entre todas as pessoas – isto é, que as opiniões individuais, religiosas e políticas, nunca devem ser ventiladas.

terça-feira, 17 de maio de 2016

UM MAÇOM E A SUA RELIGIOSIDADE!

UM MAÇOM E A SUA RELIGIOSIDADE!
Pode um Maçon ser um Homem crente? Pode um Maçon ser um Homem praticante de uma fé/crença?

Perguntas que muitos fazem, respostas que poucos as conseguem entender, pois por isso mesmo hoje decidi apresentar-vos a visão de um Maçon, face à sua vivência enquanto Maçon e enquanto Muçulmano.

O que diferencia um Maçon Muçulmano de ou outro qualquer Maçon, seja ele Cristão, Judeu, Deísta, Budista e ou apenas crentes no Grande Arquiteto Do Universo.

Deixo-vos a minha opinião suportada por uma vivencia de um momento muito especial no que respeita à pratica Religiosa e a Observância Maçónica daqueles que são os princípios da Maçonaria, falo da Liberdade, da Igualdade, do Direito ao Livre Arbítrio, dos Bons Costumes e da Tolerância e Respeito.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ÉTICA E MORAL NA MAÇONARIA

ÉTICA E MORAL NA MAÇONARIA
Irm. Marco Antonio Hochscheit, A.'.M.'.
A.'.R.'.L.'.S.'. ”Concordia Et Humanitas” nº56
Porto Alegre, 24 de abril de 2008

"Não é o cérebro que importa mais, mas sim o que o orienta:o caráter, o coração, a generosidade, as idéias." (Dostoievski)

Introdução
De acordo com definições técnicas encontradas em dicionários eletrônicos, ética vem do grego ethos, significa modo de ser, e moral do latim mores significa costume.

Atualmente o conceito de Ética pode ser definido como um conjunto de valores que orienta o comportamento do homem em relação a outros homens na sociedade. É uma forma de como o homem deve se comportar em seu meio social.

Já Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e cotidiano. A moral tem caráter obrigatório.

Entendendo que ambos os conceitos se complementam pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis, é que se desenvolve esse trabalho.

Desenvolvimento
A abordagem de um assunto complexo exige algumas premissas, que, embora verdades inconcussas, podem ser, muitas vezes, esquecidas, em benefício de interesses pessoais de momento.

domingo, 15 de maio de 2016

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E GUARDA DO TEMPLO

CARGOS DE LOJA - O TESOUREIRO

CARGOS DE LOJA - O TESOUREIRO
(Desconheço o autor)

“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dái pois a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele". (Marcos 12:17)

I- Introdução
É claramente ensinado pela Palavra de Deus que toda riqueza a Ele pertence. Somente Ele tem o direito de propriedade enquanto que ao homem cabe o direito de usar essas riquezas enquanto estiver nesse mundo. Jeremias 27:5 nos detalha essa riqueza da seguinte forma: ‘Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou aquele que me agrada em meus olhos’.

Na abordagem do cargo de Tesoureiro, prevalece a convicção de que esse cargo é de cunho profano e administrativo, passando ao largo de considerações de cunho filosófico. Ainda assim, antes de prosseguirmos em nosso estudo, é importante definir o real papel do dinheiro em nossas vidas, ou pelo menos, como deveria ser entendida a participação do dinheiro em nossas vidas.

O homem trabalha, usa sua força física, usa sua inteligência, usa sua energia e ao final da jornada, com méritos, recebe o pagamento por todo esse esforço; logo, podemos definir dinheiro como sendo parte da vida gasta numa atividade, dinheiro é parte da vida transformada em moedas e em papel.

sábado, 14 de maio de 2016

COMPROMISSO DO MAÇOM PARA COM SUA LOJA

COMPROMISSO DO MAÇOM PARA COM SUA LOJA
Ir∴ Samuel Antonio Basso Chiesa 

Quando se é admitido numa Ordem de tipo esotérico-iniciática tal como a Maçonaria é comumente definida, é habitual o novo membro efetuar um juramento no momento da sua admissão ou durante a execução de uma cerimônia iniciática, no qual se assume um determinado compromisso. E somente após a realização desse juramento é que o aprendiz é recebido e integrado no seio da respectiva Ordem. 

Começo este trabalho com uma boa assertiva: Maçonaria é um contínuo exercício de dar e receber entre cada maçom e os seus Irmãos, cada um aperfeiçoando-se através do que obtém do contributo do trabalho dos demais. Acondição do sucesso nessa pretendida melhoria de todos pode resumir-se numa palavra: COMPROMISSO. (Nicola Aslan 1959).

sexta-feira, 13 de maio de 2016

HARMONIA

HARMONIA
Ir∴ Juarez de Oliveira Castro

É sabido de todos que toda a semana nos reunimos em Loja para praticar a Fraternidade e nossa entrada principal no Templo nos estimula à união, quando recitamos o Salmo 133 com o “Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!”. Essa provocação tem o resultado da plena união e relação das realidades de um grupo de pessoas. E a Harmonia tem esse resultado de um sentido de paz, da concordância ou não das opiniões ou sentimentos entre as pessoas.

As “Leis Básicas”, que são as “antigas leis fundamentais”, ou seja, “as leis gerais da sociedade”, ou ainda, “regras para os Franco-maçons, que foram extraídas dos antigos documentos da Loja de Ultramar, da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda, aprovadas em 1723, as quais”, diz o Manual, ”devem ser lidas sempre que o Venerável Mestre julgue oportuno”, nos traz uma passagem interessante a respeito de conduta dos Irmãos, que entre outras, diz que os Irmãos “devem abster-se de dizer ou fazer alguma coisa que possa ferir ou romper a boa harmonia que deve reinar sempre entre todos; por esta razão, não se devem levar a estas reuniões ódios privados, nem motivo algum de discórdia...”.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

MEIA-NOITE

MEIA-NOITE
Rui Bandeira

Meia-noite é a hora em que os maçons pousam as suas ferramentas e terminam os seus trabalhos - ou seja, o momento da morte física do maçom, a ocasião em que ocorre a sua Passagem para o Oriente Eterno, como é comum os maçons referirem.

Ao referirem que os maçons iniciam os seus trabalhos ao meio-dia e pousam as suas ferramentas à meia-noite, querem estes significar que o trabalho do maçom sobre si próprio, o seu esforço de aperfeiçoamento da sua Pedra Bruta inicial, de alisamento das suas imperfeições até a transformar numa Pedra Aparelhada, que esteja já devidamente dimensionada para poder ocupar um lugar útil no Grande Templo da Humanidade, e de cultivo e polimento das suas virtudes, para dela fazer uma Pedra Polida que, além de útil, seja bela e agradável, uma vez começado, no momento em que atingiu a maturidade necessária para reconhecer dever iniciar esse trabalho, persiste incessantemente até ao seu último suspiro, até ao derradeiro alento da sua permanência neste plano de existência.

Com uma singela frase, transmitem os mais experientes aos mais novos a noção de que o trabalho que a sua Iniciação assinalou é uma tarefa de vida para ser prosseguida durante o resto dela - ou será apenas perda de tempo e de energias.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

MEIO-DIA

Rui Bandeira

Repararam certamente que os meus textos aqui no A Partir Pedra são, desde há muito, sempre publicados precisamente ao meio-dia (hora legal de Portugal Continental). Faço-o propositadamente, porque o meio-dia é a hora em que os maçons iniciam os seus trabalhos.

Não quer isto dizer que os maçons sejam uma cambada de mandriões que passam as manhãs em vale de lençóis ou em dolce far niente... A expressão tem um significado simbólico - que nem sequer é muito difícil de descortinar.

Mas, antes de prosseguir, uma advertência: em Maçonaria não há dogmas, não há "verdades" impostas a quem quer que seja - designadamente em termos de significados simbólicos. Cada um estuda, analisa, reflete, sobre um símbolo e extrai dele o significado que lhe parecer adequado - e que pode ou não coincidir com a interpretação alheia. Não há significados "certos" de símbolos. Há significados que são certos para aquela pessoa, podendo outra pessoa considerar certo para si diferente significado do mesmo símbolo. E isto é, mais do que normal, vulgar e essencial em Maçonaria, que preza em absoluto a liberdade individual e que tem como componente inderrogável a Tolerância pelo entendimento alheio. Se dois maçons tiverem diferente perceção sobre algo (por exemplo, um significado simbólico), calmamente expõem os respetivos pontos de vista, analisam-nos em conjunto, e cada um extrairá as sua conclusões, podendo um ser convencido pelo outro, podendo ambos mudar de opinião e confluírem numa conclusão diferente das respetivas posições iniciais, podendo um ou ambos mudar de opinião, mas permanecerem em desacordo, agora em diferentes bases, ou simplesmente ambos manterem os seus respetivos entendimentos, concordando em discordar - sem que, em qualquer das situações, venha daí mal ao mundo... A liberdade de opinião é sagrada, mas só o pode ser desde que se respeite a liberdade de opinião alheia (que é tão sagrada como a nossa...) e naturalmente se conviva com a inevitabilidade das divergências, sem que elas impeçam o trilhar comum dos caminhos em que se está de acordo.

terça-feira, 10 de maio de 2016

A IMPORTÂNCIA DA HARMONIA EM SESSÕES MAÇÔNICAS

A IMPORTÂNCIA DA HARMONIA EM SESSÕES MAÇÔNICAS
Ir∴ Campos
A∴ R∴L∴S∴ Nova Luz
Or∴ Ituverava-SP

A música é uma das sete artes liberais. Tem o dom de preparar o ambiente para a meditação, para o culto espiritual, não só acalma, ameniza, conforta, como pode curar certos tipos nervosos e ajudar na cura de processos orgânicos. Esotericamente, os sons penetram de tal forma no íntimo dos seres humanos que lhes dão harmonia e Paz.

Em função do ritmo, da melodia e da mensagem, o inverso é possível, ou seja, a desestabilização emocional, a afloração de sentimentos menos nobres. A Harmonia, em seu sentido mais amplo, é a ciência da combinação dos sons, o que forma os acordes musicais e tem por finalidade a formatação de uma das expressões na criação da Beleza.

No passado, a Coluna da Harmonia era composta por irmãos músicos que tocavam buscando propiciar a harmonia que deve reinar entre os obreiros e equilibrar as emoções durante os rituais maçônicos. Hoje, os músicos foram substituídos por aparelhagem eletrônica, operada pelo Mestre de Harmonia.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A SALA DOS PASSOS PERDIDOS

A SALA DOS PASSOS PERDIDOS

Em nossas deliberações, especificamente nas instruções que são ministradas no Grau de Aprendiz Maçom, vemos toda simbologia e significação de nosso Templo. Porém existe muito mais. É por isso que é preciso pesquisar para interpretarmos a simbólica maçonaria. É nisso que reina o Espírito investigativo que o Maçom deve ter.

Nesse caminho chegaremos ao Esoterismo Maçônico, que muitas das vezes é tão ausente em nossos dias, em nossas interpretações.

Comecemos pela Sala dos Passos Perdidos, a ante-sala onde os Irmãos são recepcionados, se cumprimentam, se confraternizam e aguardam o momento de entrarem no Templo. Esta Sala também possui um significado simbólico, pois é em essência a nossa presença fora do Templo, nos preparando junto ao Átrio – onde fica o assento do Irmão Cobridor – para iniciarmos os nossos trabalhos maçônicos.

sábado, 7 de maio de 2016

MESTRE DE BANQUETE

MESTRE DE BANQUETE

Na Maçonaria, muitas são as ocasiões em que os Irmãos reúnem-se em torno de uma mesa para o banquete fraternal, sem qualquer formalidade ritualística. Existem, todavia, ocasiões especiais, em que esses banquetes são formais e solenes, sendo, então, chamados de Banquetes Ritualísticos, ou, Sessão de banquete ou mais apropriadamente, Loja de Mesa.

Banquete – Costume que se perde na noite dos tempos e que simboliza a comunhão e a fraternidade, realizada quando são comidos em conjunto os mesmos alimentos.

O pão partido em comum é o símbolo real da comunhão, isto é converte-se em alimento espiritual quando tomado sob o mesmo teto. É este o sentido da tradição iniciática e maçônica.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

IMPEDIMENTO

IMPEDIMENTO
Ir.´. Ailton Elisiário

Temos no Brasil uma prática de aportuguesar palavras de outras línguas, quando não as usamos inteiramente em nosso linguajar. Um exemplo é a palavra inglesa “site”, que ou a usamos como tal, ou a aportuguesamos com a grafia “saite”, quando não buscamos traduzi-la por “sítio”. No final, tudo se resume a uma página eletrônica no mundo da “internet” ou “internete”.

A palavra da vez agora é “impeachment”. Não temos visto uma utilização mais apropriada de sua tradução que é “impedimento”. Temos sim, o uso da palavra em língua inglesa ou a comodidade brasileira do aportuguesamento livre do vocábulo estrangeiro, tal qual a criação de cada um que a aplica em suas comunicações orais ou escritas.

Isto é um fenômeno a que se chama de estrangeirismo, ou seja, um processo que introduz na língua portuguesa palavras vindas de outros idiomas. Dependendo da origem trata-se de um anglicismo, galicismo, italianismo, castelhanismo, se oriundas do inglês, francês, italiano ou castelhano. Essas palavras geralmente passam por uma adaptação fonológica e gráfica, a exemplo de “abajur”, que vem do francês “abat-jour”, ou de “bangalô”, que vem do inglês “bungalow”.

A palavra na berlinda é “impeachment”, cujo aportuguesamento é “impichiman”. Daí resulta o verbo “impichar”. A presidente está sendo “impichada” pelo Congresso, ou traduzindo, a presidente está sendo “impedida” de governar pelo Congresso Nacional.

Nenhuma contrariedade ao aportuguesamento de palavras, porém, se existe uma palavra na língua portuguesa que traduza com propriedade uma palavra da língua inglesa, francesa, italiana ou qualquer outra, por que não usá-la em lugar da palavra aportuguesada? Por que não usar “impedimento” ao invés de “impeachment”? Por que não usar “impedir” no lugar de “impichar”?

A língua portuguesa é rica em vocábulos, não havendo necessidade de estrangeirizá-la. Se a presidente cometeu crime de responsabilidade, não devemos impichá-la, mas sim, impedí-la de governar este imenso Brasil. Fica algo genuinamente brasileiro, próprio da nossa terra, sem conotação de influência de outros rincões, de outros solos pátrios.

Afinal, a Constituição Federal prevê o “impedimento” de quem esteja sentado na cadeira do Palácio do Planalto, não o seu “impeachment”. A língua oficial do Brasil é o português, não o inglês. Portanto, “impedimento já” deveria ser a palavra de ordem nas ruas e no Senado, haja vista que na Câmara dos Deputados “impeachment” já era, constitui águas passadas.

Fonte: JB News – Informativo nr. 2.041

terça-feira, 3 de maio de 2016

AS TRÊS VERTENTES DA MAÇONARIA

AS TRÊS VERTENTES DA MAÇONARIA
Ir.´. José Carlos de Araújo
Loja Pesquisa “Brasil”
Oriente de Londrina-PR

A Vertente Tradicional
A linha tradicional, de origem inglesa, propõe o aperfeiçoamento humano, dentro do pensamento refletido no antigo conselho do oráculo de DELFOS: “Conhece-te a ti mesmo” em letras maiúsculas, como estava no alto do portal do oráculo. Desenvolve-se a ideia da possibilidade de, pelo trabalho consciente, o individuo eliminar suas imperfeções e adquirir autodisciplina, pondo em ordem, hierarquicamente adequada, a razão, as emoções e os sentidos.

É a cabeça que deve dominar sobre o corpo; a razão, sobre as emoções e os sentidos. A pratica em Loja aberta, com o momento e a maneira apropriada de falar, sem possibilidade de réplica, já induz a uma disciplina e um comedimento raramente encontramos em nossa civilização atual, cuja palavra de ordem tem sido por muito tempo “é proibido proibir”. Associa-se toda ideia de disciplina à repressão, sendo, como tal, rejeitada. É uma proposta de desenvolvimento do ato reflexivo. O homem precisa se conhecer para melhor se acostumar. De acordo com os rituais, as reuniões em Loja visam a: “impormos um freio salutar a essa impetuosa propensão (ao vicio), para elevar-nos acima dos vis interesses que atormentam o vulgo profano e acalmarmos o ardor de nossas paixões”, como diz um texto conhecido de todos os maçons. Esse aperfeiçoamento preconizado não tem qualquer associação com conotações religiosas e seu objetivo é claramente identificado, não se tratando de nenhum aprimoramento espiritual, para levar o homem a um nível de aceitação por Deus, como propunham as religiões do passado em suas praticas e ritos de purificação. Quando se fala em espirito, no contexto maçônico, trata-se de uma referencia à luz da razão, a atributos intelectuais, não a qualquer interpretação religiosa sobre a natureza do ser.

Não possuindo nenhuma doutrina filosófica especifica sobre ontologia – a natureza do ser – e sua interação com o divino, a Maçonaria afirma apenas a necessidade de o homem aceitar a ideia de um principio criador do Universo e da continuidade da vida. Não são apresentados desenvolvimentos doutrinários sobre estes dois aspectos, pois eles acham-se contidos no acervo conceitual das diferentes religiões e crenças praticadas por seus filiados.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

AS ORIGENS DA BOLSA DE BENEFICÊNCIA OU SACO DE BENEFICÊNCIA

AS ORIGENS DA BOLSA DE BENEFICÊNCIA OU SACO DE BENEFICÊNCIA
José Aparecido dos Santos (*)

Muitas são as pesquisas sobre as origens da Bolsa de Beneficência, Saco de Beneficência, Tronco das Viúvas,Tronco de Solidariedade e tal inicio teve no Século XII quando o governo da Igreja era exercido pelo Papa Inocêncio III, existiu um Tronco dos Pobres. De início, se chegou a pensar que estivesse ali as origens daquilo que se buscava descobrir: de como surgira o Tronco de Solidariedade.

Todavia, continuava este trabalho de busca, se chegando à absoluta certeza de que o Tronco dos Pobres nada tinha a ver com o que se buscava.

E que realmente, o recolhimento de óbolos entre os Operativos teve início nos meados do Século XV. Em 1450 foi criado entre os construtores um sistema de ajuda mútua. Tal sistema recebeu o nome de Tronco das Viúvas. A finalidade do recolhimento de óbolos para a formação do Tronco era auxiliar a família do Obreiro falecido tendo, depois, adquirido um segundo destino: ajudar o Maçom acidentado no serviço.

E nota-se que esta espécie de ajuda mútua tinha por princípio algo que nascera entre os Operativos, sustentando a tese de que, entre eles, existia a prática da verdadeira fraternidade entre os irmãos.

A criação do Tronco das Viúvas se estabeleceu definitivamente quando da reunião dos Talhadores de Pedra alemães, uma vês que seu regulamento foi incluído nos Estatutos Reguladores da Conferência dos Talhadores de Pedra. Essa reunião ocorreu em 25 de abril de 1450, em Ratisbona.

Entre os vários artigos do documento estão aqueles que fixaram definitivamente o Tronco das Viúvas:

Art. 25 – A fim de que o Espírito de Fraternidade possa manter-se integral sob os auspícios divinos, todo o mestre que tem a direção de um canteiro deve, desde que foi recebido na corporação doar um gulden (florim).

Art. 26 – Todos os Mestres e empreiteiros devem ter, cada um, um Tronco no qual cada Companheiro deve colocar um pfennig (centavo) por semana. Cada Mestre deve recolher esse dinheiro e tudo que chegue ao Tronco e remeter à corporação no fim de cada ano.

Art. 27 – Doações e multas devem ser depositadas nos Troncos da comunidade a fim de que os ofícios divinos sejam melhor celebrados.

Entre vários escritores da Maçonaria do Brasil que se conhece e pesquisados, o único que trouxe subsídio sobre o Tronco das Viúvas é de Assis Carvalho, em seu Livro “A Maçonaria – Usos & Costumes”, à página 150 – e Xico Trolha deixou escrito o que a seguir segue:

“O Tronco das Viúvas é o mais antigo sistema de auxilio mútuo, praticado entre os Maçons, em beneficio da família maçônica. Era um sistema peculiar, particular, de arrecadar, de levantar fundos para auxiliar as Cunhadas, Irmãos e Sobrinhos dos Irmãos falecidos, mas também, o próprio Irmão acidentando e impossibilitado de ganhar o sustento da família”.

São muitas as colocações em Oficina, que a soma de tais óbolos são destinados a se efetuar fraternidade fora de nossa Ordem Maçônica e devemos ter em mente, que tais valores são destinados aos que necessitam dentro da Família Maçônica e não ficando somente a cargo do Venerável Mestre e Hospitaleiro, mas todos estão dentro da Maçonaria para efetivar a verdadeira fraternidade.

(*) Ir\ José Aparecido dos Santos
A.’.R.’.G.’.B.’.L.’.S.’. Justiça 12 – Rito REAA – Oriente de Maringá
Dados extraídos da Cartilha do Rito Escocês
Irmão Raimundo Rodrigues
Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda