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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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quinta-feira, 19 de maio de 2016

DEGRAUS NO TEMPLO DO REAA

DEGRAUS NO TEMPLO DO REAA 
Charles Evald Boller
“A Maçonaria, apesar de seus sublimes fins foi muito desvirtuada quando abriu despreocupadamente as suas portas, onde a falta de escrúpulos na seleção de seus iniciados, permitiu que seus templos fossem invadidos por multidão de pessoas diferentes e esquecida dos elevados princípios que possuía, transformou-se em sociedade de elogios e auxílio mútuos. Entidade onde a ação da política militante introduziu em seu meio princípios de moralidade barata, movimentada por interesses inconfessáveis. O Rito Escocês Antigo e Aceito tem por objetivo restabelecer o antigo e verdadeiro caráter da mais alta moralidade, aderente a prática de virtudes, ao fomento da liberdade regida pela lei, da igualdade com subordinação e disciplina".
Os degraus existentes em Loja são num total de dez. No Rito Escocês Antigo e Aceito praticado nas Grandes Lojas, não são dados nomes nem significados simbólicos aos degraus existentes em Loja e estão assim distribuídos: um no altar do segundo vigilante, dois no altar do primeiro vigilante; Três nenhum trono do venerável mestre; quatro separando oriente do ocidente. Sabe-se da existência de nomes para cada degrau e que estes tem a finalidade de ajudar não entendimento do significado de sua escalada. É possível especular e lhes dar significação simbólica se considerado que cada degrau num ambiente disciplinado como o da Maçonaria está ligado ao desenvolvimento da liderança.

Pobre daquele Maçom que não entende o significado da escalada dos degraus da Loja e, pelo que exerce carga, se coloca acima de seus irmãos. Certamente verá fracassada sua liderança em educação, o que vai refletir em sua vida particular, sua família, afetar uma sociedade que o cerca e em conseqüência, uma nação.

O bruto pode até impor sua vontade de forma opressiva por curto espaço de tempo, mesmo assim o mal causado para si e a loja é duradouro, até irreversível. Isto contrasta com o ocorre que na sociedade, onde os cargos políticos apenas deveriam estar em mãos de servidores públicos, servidores e não ditadores, corruptos ou ladrões. Aquele irmão que hoje está em cargo público, onde deveria ser servidor da coletividade e não o faz, servem apenas a si próprio, maçom é que não aprendeu o sentido que uma escalada dos degraus representa. Por não haver aprendido o significado do galgar dos degraus não tem capacidade de se empenhar em propiciar o bem coletivo.

Um irmão ligado à política e que não executa o que aprendeu na ordem, é aquele que normalmente apresenta uma desculpa que o cargo público o deixa assoberbado e só aparece quando surge em Loja a necessidade de pedir votos. E como vai aprender se usa a Maçonaria apenas como uma ferramenta para abrir certas portas do poder e não estuda?

Para uma pessoa que escala os degraus da Loja no sentido de poder em crescer, como desvirtuado líder da humanidade, cada degrau para cima conduz um degrau para baixo, para uma imoralidade, uma falta de ética. Aquele que sobe os degraus da Loja apenas visando portar faixas, medalhas, aventais, espadas, e outros adereços confeccionados de materiais prateados ou dourados, todos reluzentes não sobe, desce até o fundo do poço e arrasta consigo aqueles que se sujeitam em segui-lo.

O venerável mestre ocupa o degrau mais alto na Loja por imposição de seu cargo; isto é, não que com isto ele seja mais importante que os obreiros, ao contrário, quanto mais sobe, mais humilde é o homem maçom. Visto desta forma, o oriente não é a única a fonte de sabedoria, vaidade é isto, o leste apenas simboliza uma sabedoria; esta emana do corpo da Loja, e o oriente espelho, qual, um reflete emissores de volta aos seus. Para ser espelho, o oriente DEVE consistir de destacados virtuoses obreiros. Se a qualidade moral, cultural e ética das pessoas que compõem a Loja é ruim, de que adianta o mais sábio dos homens em sua presidência? Quem faz uma Loja, quem dá luz ao espetáculo, quem brilha de fato, não é o venerável, o Grão-Mestre, são todos os membros da união em oficina e abençoados pelo Incriado. Aquele que sobe um degrau para o alto serve aos que estão em degraus inferiores. Na ordem maçônica, o mestre maçom empenhado está num processo de melhoria interminável que não visto o poder pelo poder, mas pelo servir. Para obter sucesso não servir coloca em prática o que os degraus DEFINEM, e quanto mais ele sobe na hierarquia da Loja, mais se empenha em servir e isto lhe proporciona verdadeiro e natural poder e capacidade de refletir a sabedoria gerada nos demais quadrantes do Templo.

Os degraus deixam o presidente ciente do desenvolvimento da capacidade de retribuir com bondade as críticas dos outros, por vezes cruéis, e localizar pontos onde efetuar mudanças em si próprio para melhor servir os irmãos. Está ciente que os outros só mudam se ele mudar; cada modificação em si próprio tem por objetivo diminuir a distância entre os irmãos e ele, liderar significa caminhar junto com os outros em direção ao objetivo comum e não andar na frente próprios dos seus liderados visando alvos.

O verdadeiro líder maçônico divisa com clareza o objetivo real, bons idade e obtém resultados quando propicia aos outros, não o que querem, mas o que PRECISAM para escalar os mesmos degraus pelos quais ele subiu. Um irmão puxa os outros pelos degraus acima, e isto mostra o importante quanto a ordem é na formação de lideranças tão NECESSÁRIAS para uma condução de si próprio, da família, da maçonaria, da sociedade, do país.

A prática da disciplina é uma constante em Loja que desenvolve bons líderes para uma sociedade humana. É o líder forjado na cobrança de resultados; formado na batalha de enfrentar problemas e situações onde é cobrado pela sua responsabilidade. Na ocasião azada aprende a lidar com o medo e a ansiedade do enfrentamento de situações conflitantes, pois uma necessidade judicativa é tratada com urgência para não poluir uma Loja, onde uma procrastinação pode levar até ao abatimento de colunas. Em todas as situações o líder maçom ensinar para a idade, e aquele que recebe treinamento é discípulo, cuja raiz é disciplina. O discípulo que aprende o significado dos degraus é feliz e certamente cultiva boas sementes, separa joio do trigo. A disciplina faz com que o maçom não apenas esteja líder qualificado para ser bom, mas que também queira aceitar o encargo. Ao alterar sua disposição mental, ao modificar uma maneira de pensar pela disciplina maçônica, o líder modifica sua vida e realmente faz a diferença.

O líder maçom não distribui apenas abraços e beijos, quando necessário palmadas aplica também naquele que se comporta de forma inadequada, que desrespeita a disciplina, que é o aprendizado do galgar dos degraus de forma obediente. Para este existe uma lei, rígida e aplicada com firmeza. O Mestre Maçom aprende a encontrar o equilíbrio entre aplicar palmadas e ter um bom relacionamento. As suas boas ações são conscientes, sabe encontrar o meio-termo que orienta sua razão para moderar seu ímpeto ao extremo. O constante cultivar de princípios éticos alicerçados em cada degrau que escala o levam uma concluir ser impossível separar intelecto de coração. Estas duas características convivem dentro de todas as pessoas, mas principalmente no interior do mestre maçom forjado nas oficinas da Maçonaria. Visto desta forma, disciplina e amor são sinônimos, onde é uma ordem maçônica deixa de ser uma sociedade de elogios e auxílios mútuos pela qual é caracterizada nos últimos tempos. Aplicam-se palmadas e abraços por amor para que o resultado de toda uma ação resulte em edificar templos uma virtude. As emoções são controladas com o tempo, pela prática de constantes ações moderadas em presença da racionalidade, o que predispõe uma excelência moral de forma integral.

O Alicerce dos degraus da Loja, da escalada do líder maçom, está apoiado em: paciência, gentileza, respeito, altruísmo, humildade, perdão, honestidade, compromisso, resumindo: no amor. O amor fraterno que uma Maçonaria coloca acima de todas as virtudes, o exemplo vivo do que já foi dito no passado pelos maiores líderes e grandes iniciados como a única solução para todos os problemas da humanidade. Em sendo o perfeito vínculo de união, o amor não se destaca por Mestre Maçom - como ele serve e se dedica aos seus irmãos; - colocar em prática o que uma escalada dos degraus lhe ensinam sem parar; - propiciar os meios de desenvolvimento ORDEIRO e pacífico de uma pequena célula de sociedade, um laboratório de humanismo onde seus membros se tratam e se comportam como irmãos, praticando o mais profundo amor fraterno entre si.

Ao conjunto de atitudes de cada mestre maçom que escala de forma consciente os degraus da Loja resulta uma prática da verdadeira Maçonaria, um ambiente onde qualquer irmão, obediente e disciplinado, descobre uma existência do Princípio Criador que é definido por Grande Arquiteto do Universo, pois é sabido que este só se manifesta onde as pessoas tratam como se desenvolvem e irmãos profundo amor entre si.

Colaboração do Ir∴ Charles Evaldo Boller, Oriente de Curitiba – PR

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