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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

quinta-feira, 4 de julho de 2024

REFORMA E NOVA CONSAGRAÇÃO DO TEMPLO

Em 03.10.2023 o Respeitável Irmão Juarez Gomes Cardoso Neto, Loja Planalto o Bem, 1282, REAA, GOB-GO, Oriente de Firminópolis, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

REFORMA E SAGRAÇÃO DE TEMPLO

Apresento a seguinte dúvida a qual submeto ao V. inesgotável saber: Recentemente fizemos uma reforma em nosso templo envolvendo a troca da abóbada, pintura das paredes e a substituição do piso, sem q fosse alterado nosso endereço. Nossa loja não suspendeu seus trabalhos, passando esses para o Oriente de São Luís de montes belos/Goiás. Todavia, nossa reforma findou e gostaríamos de voltar aos trabalhos aqui em nossa loja, porém, desejamos saber se há necessidade ou não de sagrar nosso templo.

COMENTÁRIOS:

No meu entendimento, acredito que não, pois trata-se de uma reforma do edifício que acomoda a Loja, não se tratando da construção de um novo templo (outro espaço).

A consagração de Templo, sem o caráter de sagrar (tornar sagrado) religiosamente, nada mais é do que uma cerimônia que objetiva para dar, com formalidade, dignidade ao ambiente para que ali ocorram regularmente os trabalhos maçônicos de uma Loja.

Assim, no caso da sua questão, ao que parece, o ambiente continua a ser o mesmo, e da mesma Loja, apenas passou por reformas. 

Nesse sentido, seria desnecessário dar dignidade a um ambiente já consagrado.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

FRASES ILUSTRADAS

MINHA INICIAÇÃO

Ir∴ Clodoaldo Alves Correa Batista (L∴ 376)
Or∴ de Carapicuiba

Expressar os sentimentos de minha iniciação em palavras é um sem a menor dúvida ou receio de afirmar, um enorme desafio a capacidade de síntese, pois os etéreos momentos vividos não raras vezes se apresentam nas lembranças invocando por súplica o poder da tutela da compreensão criteriosa e sensata. Evitar o lirismo desequilibrado é de dificuldade singular, pois a presença do desconhecido, da curiosidade, do poder de assimilar, da capacidade do questionamento construtivo, dos receios, dos mistérios, das incertezas e certezas, se propagam em primeira impressão com pérfida força que ousa dilapidar os alicerces da razão e da emoção. A priori, confesso que os momentos de estudo íntimo durante meu trânsito entre os jazigos do campo-santo não me agradaram, pois duas perdas recentes ainda alimentam uma ferida lancinante e devido esse sombrio e áspero alimento, tenho uma ferida crescente, onde a cicatrização me parece cada vez mais improvável, irrealizável, mesmo com o máximo esforço.

Diante do cenário posto, os sentimentos de impotência e dor sucumbiram ao forte desejo de aprumar um crescimento espiritual sólido, combativo e armado para guerrear as adversidades que se fariam; e agora sei, estarão presentes. Me recordei com exaltação de um ditado indígena Cherokee que afirma:
"No momento de seu nascimento, você chorou e muitas pessoas sorriram. Viva para que no momento de sua morte, muitas pessoas chorem e você sorria"

Vestir esse manto de sabedoria espontânea, talvez, para muitos pareça ousadia destemperada, não para mim!, vou lutar por essa dimensão e isso fortaleceu meu propósito de buscar o acolhimento de pessoas com a mesma ou com semelhança ímpar de direção. Munido do propósito exposto, a agonia da espera se transformou em fulgor que invadiu cada sentido corpóreo e desarmou as defesas e críticas que o desconhecido trazia em sua companhia.

Recebi e absorvi sem critérios draconianos, a informação de que tudo; sem espaço para qualquer exceção, por mais justos que seus fundamentos queiram demonstrar, que daquele momento em diante o sentimento da confiança é a estrada a ser percorrida; e isso amparou as convicções que havia chegado em minutos atrás e fortaleceu meus propósitos com uma envergadura que me atrevo a adjetivar como irresistível. A venda nos olhos para seguir rumo ao desconhecido é desconfortante, já que de todos os sentidos, sem atribuir ou quantificar maior ou menor importância para cada um deles que por moldagem Divina se completam, a privação da visão é a que causa a maior angústia e desconfiança, pois escurece, leva as "trevas" o alcance da razão e da emoção. O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos (Pitágoras).

Busquei instintivamente aguçar com intensidade descomunal os demais sentidos, muito para suprir a privação que me era imposta e percebi que estava fisicamente me aprofundando, descendo para algum lugar, mas mentalmente e espiritualmente estava com uma força até então desconhecida por mim mesmo. Colocado em um local de dimensões ínfimas, estava surpreendentemente tranquilo, porem atento e curioso. Evocativo na escuridão para compreender o que os demais sentidos me apresentavam, tive a certeza de que a lição dos pensadores se fazia oportuna - "Homem conhece-te a ti mesmo"

Assim, a compreensão pelos sentidos do corpo me pareceu muito singela e ilusória para aquele momento, pois já defendiam os filósofos que são susceptíveis aos erros e falhas na interpretação dos fenômenos. Um raciocínio lógico leva você de A a B. A imaginação te leva a qualquer lugar que você quiser. (Albert Einstein).

quarta-feira, 3 de julho de 2024

APROVAÇÃO DE ATA DE APRENDIZ EM LOJA DE MESTRE. ISTO PODE?

Em 03.10.2023 o Respeitável Irmão Alberto Sobrinho, Loja Liberdade e União, 1158, REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

APROVAÇÃO DA ATA

Estando a Loja aberta em Câmara do Meio e havendo necessidade, pode ser feito a leitura de uma Ata de uma Sessão Ordinária do Grau 1, ocorrida na semana anterior?

CONSIDERAÇÕES:

Isso é altamente contraditório, levando-se em conta de que ata deve ser lida e aprovada em grau a ela correspondente. Assim, não tem como se aprovar uma ata de Aprendiz em Loja de Mestre. Isso seria desrespeitar o ritual.

Além disto, pergunta-se: e como ficariam os Aprendizes e Companheiros que eventualmente estiveram presentes na sessão relativa à ata? Eles não poderiam se manifestar a respeito? Ora, cada coisa no seu devido lugar.

Se o caso fosse por transformação de Loja, seguindo o ritual, primeiro dever-se-ia transformar a Loja de Mestre para de Companheiro, e depois, de Companheiro para Aprendiz. Assim, mais uma vez, pergunta-se: e os Aprendizes e os Companheiros? O que dizer do seu direito de votar na aprovação de uma ata em que eles estiveram presentes?

É oportuno ainda mencionar que por transformação de Loja, não existe no ritual de Mestre transformação do 3º, diretamente para o 1º Grau. Seria preciso antes se transformar a Loja para o 2º Grau e depois para o 1º Grau. Na verdade, uma tremenda perda de tempo.

Deste modo, o melhor mesmo é não inventar, mas seguir a regra de que ata do 1º Grau, como previsto no ritual, deve ser lida e aprovada em Loja aberta no Grau de Aprendiz, e assim sucessivamente. Para aprovação de ata, não é recomendável fazê-la por transformação de Loja.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 54 - Solstícios e Equinócios

A Astronomia e a Astrologia são ciências extremamente importantes, mas não é de nosso interesse, e nem tenho capacidade de fazer um tratado sobre os Solstícios e os Equinócios.

Vou simplesmente dar algumas definições e conclusões, da maneira mais pratica possível e, no final, fazer uma observação, que ao meu ver é de extrema importância pois definiu eventos religiosos importantes.

É sabido que a Terra tem movimento de rotação em torno de seu próprio eixo e gira em torno do Sol num trajeto com formato de uma elipse. Entretanto, se tomarmos um ponto da Terra como “referência”, aparentemente, o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Só que não nasce sempre no mesmo local. Ele caminha num sentido (para a direita, por exemplo), permanece parado por um período, e volta no sentido contrário até atingir o outro extremo. Permanece parado por um período e recomeça tudo outra vez. Leva seis meses para ir de um extremo a outro e, portanto, um ano para voltar ao mesmo extremo.

Essas aparentes “paradas”, que são as posições da Terra nos extremos mais longos da elipse, são chamados de “Solstícios” de Verão e de Inverno. Abaixo da Linha do Equador ocorrem em 24 de dezembro e em 24 de junho, aproximadamente. Acima da Linha do Equador, as datas são as mesmas, e onde é Verão é Inverno e vice-versa.

O “Equinócio” é quando o Sol encontra-se no meio dos dois extremos. E, obviamente, temos também dois: o de Outono e da Primavera.

O mais interessante de tudo que foi escrito é que, nos Solstícios, a quantidade de horas de sol (claridade) e de escuridão varia durante o período de 24h do dia , e se alterna.

Desse modo, no Solstício de Verão a quantidade de horas de claridade é muito maior que a escuridão, durante as 24h de um dia. E ao contrário no Solstício de Inverno.

Como o Sol, nas religiões das civilizações antigas era considerado como um dos “deuses”, essa variação crescente da sua presença durante seis meses nos dias, foi base de uma religião muito antiga chamada “Solis Invictus” (e também do Mitraismo).

Recapitulando, o Solstício de Inverno, acima da Linha do Equador, que foi onde as civilizações mais se desenvolveram, no dia 24 de dezembro tinha uma quantidade maior de horas de escuridão do que as de claridade. E, a partir desse dia, essa religião comemorava sua festa máxima que era o “Natalis Solis Invictus” que era quando o Sol começava a aumentar sua presença ao longo dos dias, até o próximo Equinócio quando as horas de escuridão e claridade seriam iguais. Esse dia era de extrema importância para os adeptos dessa religião: era quando o “Sol nascia e crescia em força e vigor”.

O cristianismo, na época de Constantino, o Grande, foi alçada à condição de religião de Estado, apesar de que ele próprio, até próximo a sua morte, pertenceu a religião “Solis Invistus”. A festa máxima era o nascimento de Jesus Cristo, que era comemorada em 06 de janeiro.

Entretanto, como foi uma religião “imposta” pelos governantes, as convicções antigas permaneceram e eram também comemoradas. Para resolver esse problema, as festas católicas tiveram as datas trocadas, coincidindo com as antigas festas do “Solis Invictus”.

Inclusive, a data de nascimento de Jesus que era comemorada em 06 de janeiro, foi trocada para a data de 24 de dezembro, por Constantino em 521 d.C.

Desse modo, a atitude de um déspota daquela época, que por interesses político e temporal, influenciou, e continua a influenciar, no comportamento de milhares de pessoas, no tocante as suas convicções religiosas.

P.S.: de um lugar fixo do meu quintal, desde 12/05/2009, venho obtendo fotos, duas vezes ao mês, do “pôr” do Sol para registrar essa caminhada aparente do mesmo. É muito interessante, pois é algo que ocorre continuadamente e não nos damos conta.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

LOS TRES PPUNT∴ EN LA ESCRITURA MAS∴

Enviado pelo Ir∴
Benjamin Sosa Miranda (Assuncão)
Gran Logia Simbólica del Paraguay

Los tres ppunt.·. en la escritura masónica, es una forma especial de escritura con que, en los documentos de la Mas.·. se representan algunas ppal.·. determinadas por el uso. Es en realidad una forma de abreviatura que consiste en poner las letras iniciales de las palabras seguidas de tres puntos en forma de triángulo con el vértice en la parte superior.

A esta forma de abreviatura se le conoce con el nombre de ABREV.·. TRIPUNTEADA. El origen de esta forma de abrev.·. se desconoce, siendo su aparición más antigua en un escrito del Gran Oriente de Francia fechado el 12 de Agosto de 1774, para anunciar la toma de posesión de su nuevo local; por lo que se supone que aparece ya en la Masonería Especulativa o Moderna.

Durante la Masonería Operativa, la transmisión de los conocimientos se hacían en forma práctica y verbal, toda vez que eran muy celosos en revelar los secretos de su arte y oficio; de allí que no se han encontrado vestigios de documentación al respecto.

Los tres ppunt.·. provienen del Compañonage, donde parece haber simbolizado al triángulo, éstos tres puntos simbolizan además el TRIQUETRE, que era un símbolo formado por tres piernas plegadas en triángulo, tal cual lo encontramos en algunas medallas antiguas, como aparecen en algunas obras de los Compañones. En el terreno puramente especulativo, se puede pensar que la utilización del punt.·. en la escritura masónica, tenga su nacimiento en la escritura Hebraica, cuyas letras comienzan siempre con un punto para luego continuar con el trazo.

Estos tres puntos deben estar siempre dispuestos en triángulo equilátero, no en escuadra como aparece en algunos impresos; tal vez porque en la imprenta no exista un signo de tres puntos dispuestos en forma de triángulo equilátero. No existe una explicación concreta del significado de éstos tres ppunt.·. pero se refieren a las tres luces del Ara, ó quizá, más generalmente al número tres y al triángulo: ambos, símbolos importantes en el sistema masónico.

A mi modesto entender, nuestra Aug.·. Ord.·. adopta la abreviatura tripunteada entre otros por los siguientes motivos:

1.- Para velar la escritura a pprof.·., de tal manera que solamente los inic.·. puedan leer, comprender e interpretar lo escrito, así como a HH.·. de menores grados.

2.- Para recordar permanentemente a los HH.·. los tres ggrand.·.princ.·. mas.·. de Libertad, Igualdad y Fraternidad, y;

3.- Como una forma de reconocimiento, tal como muchos HH.·. lo practican al colocar los tres puntos en sus rúbricas.

Las principales reglas para el empleo de la ABREVIATURA TRIPUNTEADA son las siguientes:

1.- Basta usar la letra inicial de la palabra cuando ésta no puede ser confundida por otra, Ej. H.·. por Hermano.

2.- Se usará la primera sílaba o las dos primeras letras cuando puede ser confundida por otra palabra, Ej.: Ap.·. por Aprendiz.

3.- Para la palabras que empiecen con la misma letra, se usará la primera letra sola en representación de la voz más sancionada por el uso. Ej.: entre las palabras

Masón y Maestro, se empleará M.·. por Maestro y la sílaba Mas.·. por Masón porque el uso constante lo ha establecido así.

4.- Cuando se quiere expresar el plural de una palabra, se usa la primera letra doble: Ej.: MM.·. por Maestros; cuando se quiere indicar el plural de una palabra que se representa por la primera sílaba o con más de una letra, se duplica la primera letra o la última, Ej.: AAp.·. O App.·. Por Aprendices, MMas.·. o Mass.·. por masones.

5.- Cuando se abrevien varias palabras a la vez, deben emplearse tan solo la primera letra de cada una de ellas. Veamos algunos ejemplos:

V.·.M.·.
A L.·.G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.
R.·.E.·.A.·.A.·.
M.·.M.·.
AA.·.LL.·.Y AA.·.MM.·.

Para terminar el presente trazado permitidme referirme a los títulos honoríficos merecidos por las RR.·.LL.·.SS.·.

01.- Todas las LLog.·. desde su fundación reciben el título de R.·.L.·.S.·.
02.- B.·. Benemérita por tener 25 años de fundada.
03.- A.·. Augusta por tener 50 años de fundada.
04.- E.·. Esclarecida por tener 75 años de fundada.
05.- L.·. Lealísima por estar unida más de 50 años a la G.·.L.·.P.·.
06.- C.·. Centenaria por tener 100 años de fundada.
07.- S.·. Sesquicentenaria por tener 150 años de fundada.
08.- F.·. Fundadora, son las LLog.·. que crearon a la G.·.L.·.P.·.: 

Fonte: JBNews - Informativo nº 241 - 26.04.2011

terça-feira, 2 de julho de 2024

POSTURA. ANTES DA ABERTURA E DEPOIS DO ENCERRAMENTO

Em 29/09/2023 o Respeitável Irmão Jairo Amaral Messias da Silva, Loja Estrela de São Gabriel, 1987, GOB, REAA, Oriente de São Gabriel, Estado do Espírito Santo, faz a seguinte pergunta:

POSTURA EM LOJA

Me fizeram uma pergunta, que mesmo pesquisando não consegui encontrar orientação, porém direciono ao irmão para ver se nos pode ajudar.

Pergunta: Qual a posição dos braços e mãos que os irmãos deverão ficar estando em pé em Loja, antes da abertura do Livro da Lei e após o fechamento do mesmo? No caso do Rito Brasileiro há o Sinal de Obediência nestes momentos, mas, no REAA procurando no ritual, SOR, seu Blog e internet não encontrei orientação.

Essa pergunta foi me feita por um eminente irmão Mestre Instalado que disse que antigamente, a orientação é ficar igual a posição durante o Hino Nacional, pés alinhados e braços estendidos ao longo das laterais do corpo.

Agradeço muitíssimo pelas orientações, estou com suas respostas e outras orientações montando um pequeno tempo de estudo com estas curiosidades.

COMENTÁRIOS:

Nas práticas do REAA, não há nenhuma determinação especial para esta ocasião. Neste sentido, o mais adequado, no caso, é manter uma postura natural, ou seja, em pé com os baços e mãos estendidos ao longo do corpo, contudo, isto não é uma regra, até porque, oficialmente, não existe nada escrito sobre. É comum também se adotar postura em pé, com as mãos cruzadas sobre o avental, ou cruzadas nas costas. De tudo, o importante é que o maçom se mantenha com postura adequada para o ambiente maçônico, primando sempre pelo respeito e bom senso.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

LEI DO TRIÂNGULO

Boletim Hermético

O simbolismo do número 3 está intimamente relacionado à chamada "Lei do Triângulo", que é estudada em profundidade nas escolas Rosacruzes e Hermetistas Modernos.

Em que consiste esta lei?

Pois bem, essa Lei universal estabelece que cada efeito tem uma causa que sempre contempla duas condições, uma ativa (positiva) e outra passiva (negativa), que ao ser unidas geram um efeito.

Em outras palavras, se candidata a existência de duas forças raízes: uma de empurrão (princípio ativo, Yang, Shiva) que comanda a energia e outra de resistência (princípio passivo, yin, Shakti) que a executa, e desta interação é produzida. Uma terceira condição que envolve um movimento.

Este processo é chamado de "Trialéctico" e por esta razão a Tradição Iniciatica sempre observou no número 3 como fundamento constitutivo do universo, assim como no Triângulo Equilátero ha harmonia completa, o símbolo geométrico da reunião coerente dos opostos ou do triângulo. "coincidentia oppositorum".

O rosacrucismo moderno explica que "o triângulo com os seus três pontos representa a perfeita criação" (1), ou seja, todos os acontecimentos cósmicos (tanto físicos quanto metafísicos) estão subordinados à lei do triângulo, que rege toda manifestação. Nenhuma manifestação perfeita pode ocorrer nem estar completa, se não aparecerem estes dois polos que originam um terceiro. Ao reunir o um (princípio ativo) e aos dois (princípio passivo), aparece uma terceira condição que contém as qualidades das duas primeiras mas constitui por sua vez uma realidade diferente:

1 + 2 = 3

Esta ideia aparece bem explicada no "Caibalion", onde podemos ler duas postulados de grande importância:

Dualidade Cósmica (princípio de polaridade): " tudo é duplo, tudo tem dois polos; tudo, seu par de opostos: os semelhantes e os antagónicos são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam ; todas as verdades são meias verdades, todos os paradoxos podem reconciliar-se ".

Terceira condição (princípio de geração): "a geração existe por todo o lado ; tudo tem o seu princípio masculino e feminino ; a geração se manifesta em todos os planos".

O ser humano, como entidade microcósmica (reflexo do macrocosmo), possui uma natureza dupla (material e espiritual), por isso é um " ser de dois mundos "-AINDA QUE TRINO EM SUA MANIFESTAÇÃO-onde aparece uma terceira condição que o " anima-se ", lhe confere " vida " e que justamente recebe o nome de alma (alma).

A alma é a ponte que liga a estes dois mundos, a estas duas energias que parecem antagónicas. Daí que as escolas caricata contemplam o corpo e o espírito mas centram o seu trabalho na purificação espiritual e seu trabalho ascético é dedicado à alma.

A Iniciação mesma, contemplada desde esta perspectiva, significa a concordância dessas duas realidades e o encontro virtuoso destes dois pontos em um terceiro, que representa a plenitude, o equilíbrio, a realização plena, o desenvolvimento de todo o nosso potencial.

A chamada "Santíssima Trindade", assim como todas as trinidades que aparecem nas diferentes religiões-tanto do oriente como do Ocidente-São uma consequência direta da lei do triângulo, muitas vezes expressa como Pai-Mãe-Filho. Enquanto o filósofo Hegel falava de TCC, antítese e síntese, os d.C. falam de criação, conservação e destruição (ou melhor dito, transformação), representados nos três deuses da trimurti: Brahma, Vishnu e Shiva.

Notas do texto

(1) Scott, Virgínia: " The Law of the triangle " Na Revista Rosacruz " The Mystic Triangle " de junho de 1928

Academia dos esquecidos - 13

Sociedade dos Filósofos Desconhecidos fundada por Louis Claude de Saint-Martin

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

segunda-feira, 1 de julho de 2024

ENTREGA DE DIPLOMA

Em 29/09/2023 o Respeitável Irmão Ildebrando Germiniani, Loja Estrela de Luziânia, 1644, REAA, GOB, Oriente de Luziânia, Estado de Goiás, apresenta a pergunta seguinte:

ENTREGA DE DIPLOMA

Estive em visita à uma loja que pratica o mesmo rito nosso, REAA, e constatei um fato que achei inusitado, que passo a relatar.

O Venerável Mestre, na ordem do dia, informado pelo Secretário, iniciou a entrega dos diplomas de Aprendizes, foi chamando o Aprendiz e seu padrinho para fazer a entrega, ocorre que o padrinho era o 2º Vigilante, que se levantou e foi para o oriente deixando a luz descoberta, como alguns irmãos da Loja mostraram dúvida sobre ser ou não permitido isso. Quando chegou na Palavra a bem da Ordem, um dos irmãos pediu a palavra e explicou que somente seria descoberta se o 2º vigilante deixasse o "canteiro de obras" saindo do templo.

Pergunto: Está correta esta informação? Se for assim, por muitas vezes que já vi a cobertura e o irmão 2º vigilante não saiu do templo, foi incorreta, pois ficou com dois 2º vigilantes no mesmo
canteiro de obras.

CONSIDERAÇÕES:

Há dois aspectos para serem abordados.

O primeiro deles é o de que nem Aprendizes e nem Companheiros podem ingressar no Oriente em Loja Aberta. Iniciaticamente o Oriente só pode ser frequentando por Mestres Maçons. Assim, o Aprendiz deveria receber o seu diploma no Ocidente, nunca no Oriente.

Permite-se o ingresso de Aprendizes e Companheiros no Oriente apenas nas cerimônias de Iniciação, Elevação e Exaltação com o fito de atender à liturgia em momentos estabelecidos pelo Ritual.

O segundo aspecto é o de que qualquer um dos Vigilantes pode perfeitamente momentaneamente sair do seu lugar para atender à uma obrigação ritualística durante os trabalhos dentro de Loja.

Seria um excesso de preciosismo alguém ter que o substituir nessa ocasião. O Vigilante deve ser substituído se a sua ausência for definitiva, ou seja, ele se retirando dos trabalhos. Agora, apenas para participar de um ato dentro da Loja, não se faz necessária nenhuma substituição.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

ESOTERISMO DO TEMPLO MAÇÔNICO

David Trigueiro dos Santos
Esotericamente, o Templo Maçônico pode ser considerado como o corpo de um Ser Vivo, sendo a cabeça representada pelo Oriente, de onde emanam a sabedoria, a coordenação, a supervisão, e o gerenciamento do organismo. Já os Vigilantes são equiparados aos seus dois lados, sendo o direito, o 1º Vigilante, e o esquerdo o 2º Vigilante.

O Altar dos Juramentos simboliza o coração, enquanto que as colunas B e J são os membros. Como um Ser completo e indivisível, o Templo também possui outros órgãos. Assim, os demais símbolos representam as partes essenciais desse corpo. Portanto, nenhum deles está ali ocasionalmente. Nesta ocasião, fazendo apenas alguns destaques, uma vez que o devido estudo, mais detalhado de símbolos e simbolismos se constitui num processo contínuo de riqueza indescritível!

Quando adentramos ao Templo, somos orientados a fazê-lo rompendo a marcha com o pé esquerdo. Essa exigência tem sua razão de ser. O lado esquerdo do corpo humano é administrado pelo hemisfério direito do cérebro, o qual controla as atividades espirituais, esotéricas, sentimentais, atemporais, artísticas, subjetivas. Ao agirmos assim, estamos simbolicamente mergulhado no misterioso além de dentro, na subjetividade, no reino de nosso Mestre Interno, o qual denominamos "Grande Arquiteto do Universo".

A relevância do estudo desses símbolos e práticas simbólicas pode ser melhor entendida na célebre sentença de Hermes Trimegistro: "Assim como é em cima é embaixo". Noutras palavras, quando compreendermos que os símbolos do Templo nos contam a história da Vida do Homem, e que o Homem é uma réplica do Universo, do Cósmico, poderemos começar a avaliar melhor tal importância para o nosso desenvolvimento da Senda Maçônica.

Nesse esforço continuado de aprendizagem instala-se em nós um processo educativo, o qual, como é repetido seguidamente nos trabalhos maçônicos, iniciamos o "desbastar da Pedra Bruta", que somos nós mesmos. Com isso, tendemos para o seu polimento, buscando o necessário equilíbrio estético, capaz de mediar e dirigir o novo Ser que, paulatinamente, começamos a nos tornar.

Assim, o nosso desenvolvimento na Senda Maçônica será feito à medida de nosso envolvimento e comprometimento com os estudos  de sua Filosofia e às práticas correlatas.

Para finalizar esta reflexão, transcrevo uma frase extraída de um texto sagrado de uma tradicional e respeitável escola de esoterismo:

Assim como a corrente de água pura da montanha brilha mais, à medida em que é exposta aos raios gloriosos do sol, assim também nossa consciência será mais iluminada à medida em que a dirigirmos para a luz". 

Que os estudos do esoterismo contidos nos símbolos do Templo Maçônico possam ser valiosos instrumentos na nossa busca da "Arte Real". Assim seja!

Fonte: Revista Consciência nº 21