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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 20 de julho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

ORIENTE ELEVADO - REAA

Em 15.12.2024 o Respeitável Irmão Tacachi Iquejiri, Loja Luz de Outubro, 2081, REAA, GOB-MS, Oriente de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, faz a pergunta seguinte:

UM DEGRAU PARA O ORIENTE

Com a maior humildade e respeito, venho consultar da seguinte dúvida:

"No novo ritual de Aprendiz-REAA, em sua página 14, 1.3.-Disposição e Decoração do Templo, em seu parágrafo 3º, no final está grafado: "a partir da edição deste ritual devem ter acesso ao Oriente por apenas um degrau".

Visto esta determinação, pairou a dúvida do motivo ou razões que levaram a tal decisão.

Agradeço sua paciência e esclarecimento.

CONSIDERAÇÕES:

No segundo parágrafo da página 14 do Ritual de Aprendiz do REAA, 2024, GOB, está determinado que o Oriente da Loja fica separado do Ocidente por uma balaustrada, aberta ao meio. No parágrafo seguinte, em complemento ao primeiro, está escrito que nos templos já construídos o acesso se faz por quatro degraus, todavia, os que forem planejados e construídos a partir da adoção deste ritual (2024), o acesso ao Oriente será feito por um degrau apenas. Isso quer dizer que não há necessidade de se desmanchar o que já está feito, tolerando-se assim os quatro degraus nos templos construídos antes da edição do ritual mencionado, desde que conscientemente todos saibam que o certo é apenas um degrau.

A justificativa é a de que no REAA o acesso ao Oriente, por quatro degraus, não é original. O correto é apenas um degrau. O número de quadro degraus de acesso é natural nos ritos Moderno e Adonhiramita, por exemplo. 

No REAA, o Oriente separado (balaustrada) e elevado, em relação ao Ocidente, apareceu por volta de1816 devido a criação de um santuário Rosa-cruz para as Lojas Capitulares, sistema então criado pelo Grande Oriente da França. Inicialmente, no primeiro projeto dos rituais do simbolismo do REAA (1804), o Oriente não era separado e nem era elevado em relação ao Ocidente. Em resumo, o piso inteiro do templo não possuía desnível.

Com o advento das Lojas Capitulares (hoje extintas) o Oriente, que antes ficava no mesmo nível do Ocidente, acabou sendo elevado por um degrau apenas.

Mesmo mais tarde, com a extinção das Lojas Capitulares (final do século XIX), o Oriente do templo, então elevado por um degrau, assim continuou e assim se consagrou na topografia dos templos maçônicos para o simbolismo do REAA. 

Seguindo esta premissa, o ritual do REAA, edição 2024 do GOB, também prevê o acesso por um degrau do Oriente para o Ocidente, não obstante ainda tolere quatro degraus para os templos que até aqui já se encontram construídos. Para a construção de novos templos, ou eventuais reformas, o acesso ao Oriente deve seguir o previsto no ritual vigente - apenas um degrau.

No Brasil, em relação ao Oriente elevado, por muitos anos vários rituais do escocesismo acabariam, por circunstâncias históricas, copiando equivocadamente os quatro degraus previstos nos templos do Rito Moderno, principalmente. 

Nesse contexto, vale destacar que no Brasil, apesar dos enxertos indevidos hauridos de tempos dantes, mesmo assim ainda é possível se encontrar templos maçônicos do REAA, com mais de uma centena de anos, que conservam características originais, a exemplo da de possuir apenas um degrau de acesso do Ocidente para o Oriente.

À vista disso, o Ritual de 2024 em vigência está resgatando práticas hauridas dos primórdios do REAA.

T∴ F∴ A∴
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

A BELEZA

Sabedoria, força e beleza constituem a saudação feita na correspondência maçônica, usando- se s abreviatura: SFB

É o nome da coluna do sul e vem representada no sentido arquitetônico pela ordem coríntia; uma das colunas da entrada do templo, e que tem inserida a letra "J", destina-se à coluna do sul, comandada pelo Segundo Vigilante.

Essa coluna é considerada "feminina", tendo como representação a estátua de Minerva.

O feminismo, aqui, diz respeito apenas ao dualismo, no sentido de oposição â força, que simboliza a coluna do norte.

É evidente que envolve a beleza do caráter do maçom, a educação, a civilidade, a delicadeza com que os Irmãos devem tratar-se mutuamente.

O trinômio sabedoria, força e beleza, expressa o resumo da Arte Real.

Jamais devemos nos distanciar desse trinômio, uma vez que constitui o alicerce da construção espiritual.

Toda construção envolve a beleza de seu projeto, de suas linhas e de sua conclusão As coisas belas são apreciadas por todos, em especial pelo maçom.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 71.

IRMÃO COM TRÊS PONTINHOS

Ir.: Álvaro Rodriguez Perez

A palavra irmão, tal como se encontra no dicionário, significa pessoa que descende de um ou dos dois pais comuns. Essa definição baseada na origem biológica da pessoa, embora bastante simples e precisa, não é suficiente para definir a palavra irmão no sentido mais amplo do termo.

Muitas religiões, notadamente a evangélica no Brasil, utilizam o termo irmão para definir aquele que professa a mesma religião que a sua. Esse sentido deriva da crença de que todos somos filhos de um único Deus e, portanto, a humanidade formaria, segundo esse entendimento, uma grande família sendo todos irmãos. É sem dúvida uma bela e filosófica visão e, talvez, seja um fim a ser alcançado.

Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux tinham uma tradição que era a seguinte: todo menino nascido dentre eles, durante os primeiros meses era amamentado por todas as mulheres da tribo, dessa forma ele, ao tornar-se um guerreiro, considerava todas as mulheres da tribo como suas mães, todos os velhos como seus avós, e todos os demais guerreiros eram seus irmãos e, estando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da vida de seus irmãos, sendo esse um sentimento tão forte que jamais um deles seria abandonado no campo de batalha. Se tivessem que morrer, morreriam juntos; irmãos na vida e na morte.

Na Maçonaria temos o costume de nos tratar como irmãos, demonstrando dessa forma o caráter fraternal de nossa organização.

A partir desse momento, todos o tratam por irmão; os filhos de seus irmãos passam a tratá-lo como tio e as esposas dos irmãos passam a ser suas cunhadas. Forma-se, nesse momento, um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica.

É difícil precisar, no entanto, como esse vínculo se cria e se mantém. Por que, ao sermos reconhecidos como Maçons, nosso interlocutor prontamente abre um sorriso amigo e nos abraça, como se já nos conhecesse por e toda a vida? Que força é essa que nos une e faz com que pessoas de diferentes, raças, credos, profissões e classes sociais, tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles, que entre irmãos de sangue? A Maçonaria, que passou por várias fases em sua existência, desde a operativa até as atuais Lojas Simbólicas, foi refinando a maneira pela qual seus membros são escolhidos e convidados para integrar nossas colunas. O possível candidato, sem que o saiba, está sendo observado em seus atos e na forma de conduta na vida profana, e assim, ao ser formalmente convidado, parte de sua avaliação já foi concluída, bastando agora cumprir os regulamentos da respectiva potência maçônica, para levar a cabo o ingresso do novo membro.

Talvez, devido ao fato que todo o Maçom sabe dos rigores dessa seleção, e em que pese o fato de que algumas vezes cometemos erros, iniciando irmãos que nem de longe mereceriam essa honra, nós temos a tendência a confiar em um irmão porque sabemos que ele é livre e de bons costumes. Aquele que, ao apor sua assinatura em uma folha qualquer, acrescentar os três pontinhos deve saber que está dizendo ao mundo: "Sou Livre e de Bons Costumes". E, como tal, será cobrado em suas ações e atitudes tanto dentro dos templos como no mundo profano.

Creio que muitos irmãos adentram à nossa ordem sem a devida reflexão da responsabilidade que isso lhes impõem. Repetem os juramentos sem entender a verdadeira abrangência de suas palavras, e o fazem por que isso faz parte do ritual, da mesma forma que pessoas que jamais freqüentaram a Igreja, casam-se, juram amor eterno e fidelidade diante do sacerdote sem, no entanto, ter a menor intenção de cumprir esse juramento.

È compreensível que muitos irmãos entrem na Ordem sem o devido conhecimento da mesma, até porque esse conhecimento é pouco divulgado e, muitas vezes, os padrinhos e aqueles que fazem as sindicâncias não esclarecem o profano devidamente sobre as responsabilidades que estará assumindo. O que não é aceitável é que,depois de ingressar e conhecer nossas normas e formas de conduta exigidas, o irmão continue agindo como antes do ingresso, ou seja, ele se transforma naquilo que costumamos chamar de "Profano de Avental"; aquele irmão que, embora imbuído de boas intenções, não permeou seu espírito com os ensinamentos da Maçonaria e, mesmo que permaneça na Ordem por toda a vida, jamais será um Maçom no mais amplo sentido da palavra.

Nossa ordem necessita de irmãos que mantenham entre si aquele sentimento de fraternidade e solidariedade, tal qual os guerreiros Sioux que, mesmo sendo filhos genéticos de pais diferentes, se sintam irmãos, porque participam de algo que é maior que cada um deles individualmente. Nossas Lojas precisam de irmãos de verdade, aqueles que têm orgulho de pertencer a essa instituição e estão dispostos a sacrifícios pessoais em benefício da mesma. Cada um deve lembrar-se sempre que não escolheu a Maçonaria, mas foi por ela escolhido por reunir as condições necessárias para tal. No entanto, se ele escolheu ficar deve ser fiel aos seus juramentos.

Precisamos, portanto, de Irmãos com três pontinhos de verdade.

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

sábado, 19 de julho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

VISITANTE PODE OCUPAR CARGO?

Em 13/12/2024 o Respeitável Irmão Hugo Vinholi, Loja Cavaleiros da Luz e Justiça, 4489, GOB-SP, Oriente de Indaiatuba, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:

OCUPANDO CARGO

Uma dúvida.

Irmãos Mestres do GOP (COMAB) e da GLESP (CMSB) podem ocupar cargo em lojas do GOB quando na falta de Mestres do GOB?

CONSIDERAÇÕES:

De acordo com o Art. 229 do Regulamento Geral da Federação - GOB, para o exercício de qualquer cargo ou comissão é indispensável que o eleito ou nomeado pertença a uma das Lojas da Federação e nela se conserve em atividade. Menciona ainda no parágrafo 1º deste Artigo que os cargos são privativos de Mestre Maçom.

À vista disso, uma Loja do GOB tem que trabalhar apenas com obreiros regulares do  seu quadro, ou no máximo com visitantes regulares do GOB, e do mesmo rito.

Conforme dispositivo legal, Irmãos visitantes de outras Obediências serão fraternalmente recebidos e tratados como visitantes, Não podem ocupar cargos em Lojas do Grande Oriente do Brasil.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


Edward Thompson Taylor (1793-1871). Durante a Guerra de 1812, Taylor foi capturado pelos britânicos enquanto servia no corsário Curlew e mantido prisioneiro na Ilha Melville. Após sua libertação em Halifax, ele retornou a Boston, onde se envolveu com a Igreja Metodista e foi licenciado como pregador leigo em 1813. Trabalhando inicialmente como vendedor itinerante, ele se estabeleceu em Saugus, Massachusetts, onde começou a liderar cultos e reuniões de oração. Com o apoio de figuras locais, como Solomon Brown e Amos Binney, Taylor foi enviado para a Wesleyan Academy em New Hampshire, mas deixou o curso após seis semanas. Em 1818, ele foi designado para pregar em Marblehead, onde conheceu e se casou com Deborah Millett. Ordenado ministro em 1819, Taylor começou a pregar em várias cidades costeiras de Massachusetts e Rhode Island.

Taylor se destacou como um pregador eficaz, especialmente entre marinheiros e trabalhadores marítimos, devido à sua própria experiência no mar. Ele também se tornou conhecido por suas pregações sobre temperança, abordando o problema do álcool no mundo marítimo. Além disso, ele participava ativamente de reuniões de acampamento metodistas e se tornou um orador popular. Em 1828, Taylor já havia construído uma reputação como um ministro habilidoso e eloquente, dedicado a servir comunidades costeiras e industriais, enquanto mantinha uma forte conexão com a Maçonaria, à qual permaneceu leal por toda a vida.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

ANOSOGNOSIA MAÇÔNICA

Luiz Sergio Castro

Anosognosia Maçônica: Quando o Esquecimento dos Juramentos se Torna uma Doença da Alma

No vasto campo da neurologia, existe um termo intrigante chamado anosognosia. Derivado do grego — a (negação) + nosos (doença) + gnosis(conhecimento) — descreve uma condição em que o indivíduo perde a capacidade de reconhecer sua própria enfermidade. Em casos clínicos, como o de pacientes que sofreram um AVC, é comum que, mesmo com a paralisia de um lado do corpo, a pessoa insista em acreditar que está em perfeitas condições. Essa recusa da realidade não é uma simples teimosia, mas sim um distúrbio genuíno e inconsciente.

E se aplicássemos esse conceito ao universo maçônico?

A Transposição para a Maçonaria: Entre Esculápio e Psique

Ao abandonarmos o domínio físico de Esculápio — o deus grego da medicina — e adentrarmos o reino simbólico e espiritual da deusa Psique, abrimos caminho para uma analogia ousada e provocadora: a anosognosia maçônica.

Nessa perspectiva, o “paciente” não sofre de uma paralisia física, mas sim de uma desconexão espiritual e ritualística. Ele esqueceu — ou pior, nega — seus juramentos iniciáticos. Continua frequentando a Loja, participa dos trabalhos, mas já não reconhece ou respeita o que está prescrito nos rituais. Age conforme sua própria vontade, ainda que com boa intenção, e torna-se irritadiço quando confrontado com os erros que comete.

O Maçom Anosognóstico: Quem é ele?

O maçom anosognóstico é aquele que, mesmo instruído, ignora os marcos, gestos, palavras e práticas rituais. Seu comportamento é monocrático, movido por “achismos” ou por uma memória seletiva. Ele acredita que sua conduta está correta simplesmente porque a aprendeu com um Irmão mais antigo ou porque "sempre foi assim".

Um exemplo prático ajuda a ilustrar:

"Durante uma sessão do Rito Escocês Antigo e Aceito, um Irmão acende as velas do altar — prática que pertence exclusivamente ao Rito Adonhiramita. Ao ser advertido de que o gesto não corresponde à ritualística correta, o Irmão recusa-se a aceitar o equívoco. Usa justificativas como "os antigos faziam assim" ou "fica mais bonito desse jeito".

Essa negação da realidade ritualística não é uma questão de estética ou tradição familiar. A Maçonaria, como sistema iniciático, exige fidelidade à forma e ao conteúdo, pois ambos carregam significados simbólicos profundos.

A Origem do Mal: O “Achismo Maçônico”

A porta de entrada da anosognosia maçônica é o que chamamos de “achismo”. Diante de uma dúvida, ao invés de buscar a resposta nos textos oficiais, o Irmão diz: “Acho que é assim mesmo”. Essa prática, ainda que involuntária, mina a exatidão ritual e a integridade simbólica da Ordem.

A cura começa com o silêncio humilde e a busca pelo conhecimento. Quando a dúvida surgir, deve-se nomear um Irmão para estudar a questão com rigor e apresentar o resultado à Loja. Não há demérito algum em admitir que não se sabe — o erro é fingir que se sabe ou agir de modo leviano com o sagrado.

Prevenção e Tratamento da Anosognosia Maçônica

A prevenção começa com:

Grupos de estudo ritualístico regulares;

Revisões constantes dos marcos históricos e simbólicos da Ordem;

Sessões Magnas bem conduzidas, onde cada passo e palavra sejam compreendidos e respeitados;

Leitura contínua dos rituais, leis e normas, em linguagem clara e acessível.

Além disso, é essencial cultivar uma cultura de humildade e pesquisa, onde o erro é tratado como uma oportunidade de aprendizado — e não como ofensa pessoal.

E se houver desacordo com o ritual?

Se um Irmão ou Loja perceber que determinada prática ritual precisa ser revista, o caminho legítimo é encaminhar a sugestão à Comissão Ritual do Poder competente. Até que qualquer alteração seja aprovada, todos os compromissos firmados — inclusive o de obedecer aos rituais e às autoridades — devem ser respeitados integralmente.

Conclusão: O Juramento Não É Opcional

Na Maçonaria, os juramentos não são adornos poéticos; são compromissos com a Verdade, com a Ordem e com os Irmãos. A anosognosia maçônica, portanto, não é apenas uma falha de memória: é uma doença da alma, uma erosão do caráter simbólico do iniciado.

Combater esse mal exige disciplina, humildade, conhecimento e vigilância constante. Só assim permaneceremos livres de contaminações internas, mantendo nossas Lojas fortes, coerentes e fiéis ao espírito iniciático que nos uniu.

Lembremo-nos: o esquecimento dos juramentos é o primeiro passo para a dissolução da identidade maçônica. E a cura começa no reconhecimento do erro.

Fonte: https://www.gadlu.info

sexta-feira, 18 de julho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

GUARDA DA LEI NA LOJA

Em 11/12/2024 o Respeitável Irmão Sérgio Aguiar Antunes, Loja Miosótis, 4838, REAA, GOB-RJ, Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:

GUARDA DA LEI

No REAA, o Orador pode ser considerado membro da administração, vez que é membro representante do Poder Judiciário? 

CONSIDERAÇÕES

Em que pese esta não ser uma questão de liturgia e ritualística, entendo que se o Orador é eleito em eleições para a diretoria da Loja, então ele é parte da administração da mesma, sendo também o representante do Ministério Público Maçônico na Loja, cujo cargo é também conhecido como Guarda da Lei. No REAA, o Orador é a 5ª Dignidade eletiva de uma Loja.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A RÉGUA DE 24 POLEGADAS

Régua, Segundo o dicionário é uma peça longa, fabricada de madeira, marfim, celuloide, metal, etc. de superfície plana e arestas retilíneas, usada para traçar linhas retas ou para medir.

Polegada, Menor unidade de distância no sistema de medidas dos países anglo-saxônicos. Um pé contém 12 polegadas, e uma jarda equivale a 36 polegadas. Qualquer distância menor que uma polegada é medida em frações de polegada. Já o sistema métrico mede pequenas distâncias em centímetros e milímetros. Uma polegada equivale a 2,54 cm.

A polegada é uma medida antiga que se afastou do sistema métrico Francês; contudo, ainda é usado, posto que esporadicamente, é utilizado por nós brasileiros. A maçonaria adota porque simboliza o dia com suas 24 (vinte e quatro) horas. O Tamanho da régua já sugere que é um instrumento destinado à construção, filosoficamente, o maçom deve pautar a sua vida dentro de uma determinada medida, ou seja, deve programá-la corretamente e não se afastar dela.

A origem da palavra régua é francesa (règle) e significa “lei ou regra”. Junto ao Malho e o Cinzel, a Régua completa os instrumentos de trabalho do aprendiz maçom. Ela servirá para medir e traçar sobre a pedra bruta o corte a ser efetuado. De nada nos serve o Cinzel, símbolo da razão e discernimento e do Malho, símbolo da vontade, determinação e força executiva, sem as propriedades da régua. Sem diretrizes podemos fazer com que nossa pedra bruta torne-se mais irregular ainda.

A primeira observação que fazemos é quanto as características básicas da régua, um instrumento simples, milenar, que nos ensina de uma forma mais simples ainda, o caminho direto entre dois pontos, dois destinos. Filosoficamente, poderíamos dizer tratar-se de um caminho entre a norma e a ordem, entre o que se quer fazer e o que se deve fazer, entre o passional e o racional, entre a direção da ponta do malho ao topo do cinzel, indica a própria construção do homem, a lapidação de sua forma mais bruta em busca da perfeição.

Com a régua medimos um seguimento do infinito. Uma parte de nossa vida. A retidão que buscamos. Do ponto em que encontramos nossa Pedra Bruta até o momento em que a tornamos Cúbica, para nós e para a sociedade em geral.

A graduação nela colocada de vinte e quatro polegadas, serve para mensurar o tempo, as vinte e quatro horas do dia em que o homem deve distribuir entre seus exercícios matinais, nem sempre realizados, sua primeira alimentação, às vezes esquecida, seu trabalho, as demais refeições, a necessária recreação, muitas das vezes não considerada, suas reflexões, em geral pouco ou mal aproveitadas, e o merecido repouso, como nos prega a mensagem da criação.

O exercício na separação de cada tempo, dando o ritmo necessário para cada etapa, faz com que o homem evolua, cresça, se realize e desenvolva habilidades que de outra forma poderia pensar ser impossível realizá-las. Uma vitória pessoal, inigualável. É a pura demonstração da vontade, de responsabilidade e do reconhecimento de si próprio. Um caminho que se propõe reto, é integro e honesto.

Cada nova ação proposta deverá ser bem estudada, analisada e para ser edificada, basta incluí-la nos intervalos de cada ponto de nossa régua, utilizando para isso os princípios éticos que envolvem a liberdade, igualdade e fraternidade.

Primeira Lição:
Analogamente, todo o credo, nação ou instituição depende de regras para sua identidade e funcionamento. Sem critérios, a vida seria por demais defeituosa e complicada. Daí a necessidade que o homem teve de estabelecer leis e padrões de conduta que norteassem suas ambições. Isso nos faz lembrar da maior lição sobre a régua registrada pela história.

Após 400 (quatrocentos) anos escravizados pelos egípcios, o povo judeu foi libertado por Moisés que prometeu guia-los a terra prometida (Palestina). Moisés, homem educado da corte egípcia entendia que após 400 (quatrocentos) anos como escravos os israelitas haviam perdido sua identidade como nação. Moisés receava adentrar a palestina com um grupo de mais de dois milhões de pessoas desorganizadas, sem regras e princípios.

O resultado seria a auto-aniquilação daquele povo em disputas de terras e sucessão de poder.Revelando-se um estrategista, ao sair do Egito, Moisés acampou com todo o povo ao pé do Monte Sinai e fez uso da régua. Criou o código civil, o código penal, o direito de família, leis ambientais e de uso da terra, leis religiosas, realizou o censo, dividiu o povo em tribos, instituiu hierarquia de comando, criou um exército, e para coroar sua gestão criou os Dez Mandamentos, supostamente escrito pelo próprio Deus, que equivale hoje a nossa constituição.

Moisés havia feito o uso da régua, mas sabia que faltava o uso do cinzel e do malho. Por isso não permitiu que o povo entrasse na Palestina logo após a criação das leis, mas obrigou-os a viver na orla da Península do Sinai, por 40 (quarenta) anos até que entendessem as regras criadas. Este período de 40 (quarenta) anos foi necessário para se lapidar a Pedra Bruta desta nação, antes que adentrassem à terra prometida.

Vivemos numa sociedade de leis, vai do direito internacional, às regras de trânsito, no entanto nos deparamos constantemente com governos, corporações e simples funcionários usando as leis existentes para cometer injustiças através de manobras jurídicas.

Nem tudo que é legal é justo. Por esse motivo o maçom tem como responsabilidade traçar para si padrões não apenas baseados nas leis, mas principalmente na justiça irrestrita.

Segunda Lição:

A régua de 24 polegadas representa o total de horas de um dia. Lembra-nos que o dia deve ser vivido com critério, dividido entre o trabalho, laser, espiritualidade e o descanso físico e mental.

Em nome da competitividade, somos obrigados ainda a consumir enormes quantidades de informações. Política, mercado, informações técnicas, MBA’s, segunda língua, curso de especialização, seminários, etc. Uma única edição de domingo do Jornal Folha de São Paulo, contém mais informações do que um leitor médio encontraria durante toda a vida no século XVII.

As novas tecnologias de informação como celular, e-mail, internet, palm-top, etc. Somem-se ao trabalho todos os outros papéis que temos que cumprir; Somos filhos, pais, cônjuges, irmãos, amigos, membros de uma igreja e maçons. Como reagir diante deste caos de demandas simultâneas?

A administração do tempo expressa na lição das 24 polegadas nunca foi tão necessária como hoje em nossos dias. Para sermos felizes temos reconhecer e aceitar nossos limites, aprender a dizer não. Eliminar atividades desperdiçadoras de tempo. Estabelecer metas para a vida e realizá-las em ordem de prioridade. Para tanto, utilizaremos nossa régua com simplicidade, habilidade e, acima de tudo, com paciência e sabedoria.

BIBLIOGRAFIA
· FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – Dicionário Aurélio
· Dicionário Português Online
· As ferramentas do Grau de Aprendiz: Em http://www.guiadomacom.com.br – dia 07 de setembro de 2010: 18:12 hs.
· REIS, Álvaro Botelho. A Régua de 24 Polegadas: Em http://www.comunidademaconica.com.br – 06 de setembro de 2010; 22:00 hs; ARLS Deus, Justiça e Amor – Sumaré – SP
· DRINKS, José. A Régua de 24 Polegadas: Em http://luzdoocidente.org.b

Fonte: https://focoartereal.blogspot.com

quinta-feira, 17 de julho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

EM PÉ EM LOJA ABERTA - REAA

Em 07/12/2024 o Respeitável Irmão Carlos Augusto Guimarães, Loja Irmão Firmino Escada, 2220, GOB-SP, Oriente de Lorena, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o que segue:

EM PÉ EM LOJA ABERTA

Solicito esclarecer o caso seguinte: O Mestre de Cerimônias quando lhe é solicitado colher as assinaturas do Venerável Mestre e do Orador na ata que foi lida e aprovada deverá ficar aguardando “com o Sinal de Ordem”?

CONSIDERAÇÕES:

Partindo da premissa de que no REAA quem estiver em pé, em Loja aberta, deve ficar à Ordem, então o Mestre de Cerimônias, sem o bastão, que só o usa quando conduzir alguém em Loja, enquanto aguarda parado cada uma das assinaturas, fica à Ordem (corpo ereto, pp em esq, compondo o sinal).

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MÁQUINA DE ESCREVER


Rara máquina de escrever Royal com caracteres maçônicos, sendo por isso, uma peça rara e a única conhecida da Europa. A máquina é do início do século XX e está no Museu Maçônico Português, do Grande Oriente Lusitano, localizado na rua do Grêmio Lusitano em Lisboa.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

PESQUISANDO A MAÇONARIA NO SÉCULO XXI: OPORTUNIDADES E DESAFIOS

Por Pierre-Yves Beaurepaire

A pesquisa acadêmica maçônica hoje atingiu um ponto de virada. Realizada por décadas por acadêmicos pertencentes à ordem maçônica ou filosoficamente próximos a ela, a erudição maçônica buscou continuamente legitimidade da universidade e das autoridades acadêmicas. Os centros de pesquisa, cátedras, seminários e inscrições para projetos internacionais de alto nível se multiplicaram, muitas vezes com o apoio de Grandes Lojas maçônicas. Paralelamente, essas obediências criaram, acolheram ou financiaram seus próprios institutos de pesquisa ou centros de conferências. Eles entendem a importância de sua herança: materiais de arquivo, fotos e artefatos representaram um poderoso apoio para a organização, ilustrado pelas exposições artísticas públicas muitas vezes notáveis.

No entanto, a avaliação permanece mista. Os estudos maçônicos permanecem isolados e ainda sofrem de um problema de reconhecimento. É, portanto, coletivamente que precisamos pensar na questão dos laços que ainda ligam a pesquisa maçônica ao patrocínio da Grande Lojas e a todos os tipos de instituições maçônicas. Existe também um segundo desafio igualmente difícil: tirando as invocações rituais a Georg Simmel ou Jürgen Habermas, como podemos integrar os estudos maçônicos na pesquisa sobre espaço público, redes sociais e redes, história das ideias, estudos de trajetórias individuais ou do nascimento de uma cultura política para a Maçonaria Latina (o que você quer dizer com “latina”? Da América Latina? Não está claro para o público de língua inglesa), sem fazer de lojas e seus membros um simples pretexto, mas considerando-os como tal e por si mesmos? A história positivista, factual e cronológica da Maçonaria tem, sem dúvida, seu próprio interesse. Constituiu até mesmo um estágio necessário. Mas a partir de agora a pesquisa maçônica não deve apenas integrar as regras acadêmicas e profissionais de um pesquisador nas ciências humanas e sociais, mas também deve colocar em sua agenda a abertura de campos inovadores que possam atrair acadêmicos juniores. É ao preço desse esforço que o mundo acadêmico deixará de considerá-la um “objeto erudito não identificado”.  

A busca pela legitimidade científica dos “estudos maçônicos”

A cada ano, a bibliografia maçônica aumenta em várias centenas de referências em todo o mundo. A abundância dessa produção é, no entanto, enganosa. Na França, por exemplo, o recente aumento no número de teses de doutorado sobre o assunto não deve esconder o fato de que elas são o produto de estudiosos maçons e não maçons que muitas vezes analisaram uma quantidade importante de fontes, mas que ignoram em grande parte as regras padrão da universidade. Além disso, com 4 Ph.D.s alcançados neste ano acadêmico, a comparação com o número de teses em história religiosa ou cultural do século XVIII, ou aquelas sobre a história política dos séculos XIX e XX é incrível. Nos Estados Unidos, apesar da influência e reputação de Margaret C. Jacob, o número de teses de doutorado ainda é limitado: citemos entre as mais recentes as de Kenneth Loiselle em Yale – John Merriman e Timothy Tackett como supervisores- (“Novos mas verdadeiros amigos”: Maçonaria e a cultura da amizade masculina na França do século XVIII), de Natalie Bayer –Margaret C. Jacob supervisora- (Espalhando a Luz: Maçonaria Europeia e Rússia no Século XVIII), que são ambos professores assistentes na Trinity University, San Antonio, Texas, ou o Ph.D. de Jessica L. Harland-Jacobs, Construtores do Império. Maçonaria e Imperialismo Britânico, 1717-1927, professora associada da Universidade da Flórida. A situação na Itália parece melhor. O impacto da grande síntese publicada por Giuseppe Giarizzo em Massoneria e iluminismo nell’Europa del Settecento foi bastante limitado. No entanto, pelo menos três gerações de pesquisadores estão trabalhando simultaneamente, de Giuseppe Giarizzo a Gerald Tocchini, passando por Vincenzo Ferrone, Gian Mario Cazzaniga e Antonio Trampus, e todos eles fazem perguntas originais: Gerardo Tocchini trabalha, por exemplo, de um ponto de vista resolutamente europeu, na interseção da história cultural das práticas sociais e da musicologia. Vincenzo Ferrone, discípulo de Franco Venturi, está interessado na Maçonaria em relação à história das ciências e estruturas acadêmicas. Para o período contemporâneo, Fulvio Conti associa história e ciência política e é particularmente ativo, como mostra a publicação de seu último livro sobre Massoneria e religioni civili no Il Mulino. A Espanha também oferece um saldo positivo com um grande número de teses de doutorado sobre a história regional ou colonial dos séculos XIX e XX. Mas, no geral, a Maçonaria ainda atrai muito poucos alunos e supervisores, apesar da existência de uma massa considerável de fontes documentais, entre as quais muitas permanecem completamente intocadas. Estou a pensar, em particular, nos arquivos devolvidos da Rússia ou nos arquivos do Geheimes Staatsarchiv Preußischer Kulturbesitz em Berlim-Dahlem.

Essa fraqueza do investimento acadêmico também aparece nas grandes revistas nacionais, onde são raros os artigos relacionados à história maçônica, mesmo que seja possível citar alguns números especiais: Massoneria e le forme della sociabilità nell’Europa delle Europa del Settecento publicado em Il Vieusseux em 1991, a edição especial “Massoneria e politica in Europa fra Ottocento e Novecento” publicada sob a direção de Fulvio Conti em Memoria e Ricerca, Rivista di storia contemporanea, em 1999, e na França a edição de 1987 da Dix-huitième siècle (Revista do século XVIII) e, mais recentemente, a revista de Bordeaux Lumières. Existem certamente revistas maçônicas especializadas entre as quais podemos citar – sem buscar exaustividade – Ars Quatuor Coronatorum, revisão da loja de pesquisa Quatuor Coronati Lodge No 2076, Quatuor Coronati Jahrbuch, revisão do Forschungsloge Quatuor Coronati No 808, Bayreuth ou, no mundo francófono, Renaissance Traditionnelle (N.B.: estou escrevendo uma versão francesa do meu artigo de História Francesa para a RT de Pierre) e Ars Macionica (Bélgica). Mas, seja qual for sua qualidade, seu público permanece limitado e eles acham difícil atrair autores não maçons, com a notável exceção de Quatuor Coronati Jahrbuch, um modelo de rigor científico e abertura na direção da pesquisa universitária. Significativamente, os pesquisadores das universidades alemãs não hesitam em publicar lá.

Certos especialistas procuraram, assim, desenvolver pareceres universitários especializados em Estudos maçônicos. Algumas iniciativas não foram bem sucedidas, por exemplo, Zeitschrift für Internationale Freimaurerforschung do Pr. Dr. Helmut Reinalter. Por outro lado, o lançamento do Journal for Research into Freemasonry and Fraternalism (publicado por Andreas Önnerfors e Robert Peter) recebeu uma recepção calorosa e encorajadora. Essa necessidade de coordenar uma pesquisa muitas vezes dispersa também está na origem da criação de sites na Internet e listas de difusão especializadas: vamos citar, entre muitos outros, Pietre Stones Review of Freemasonry of Bruno Gazzo.

Algumas obras foram traduzidas, como o doutorado de Stefan-Ludwig Hoffmann defendido em julho de 1999 na Universidade de Bielefeld em Die Politik der Geselligkeit. Feimaurerlogen in der deutschen Bürgergesellschaft 1840-1918 que foi traduzido para o inglês e publicado pela University of Michigan Press (The Politics of Sociability: Freemasonry and Civil German Society, 1840-1918), mas as traduções continuam sendo uma exceção.

Se quisermos desenvolver a produção acadêmica no campo dos estudos maçônicos, na forma de dissertações de doutorado, livros e artigos, é necessário desenvolver cursos acadêmicos autênticos sobre a Maçonaria. Na França, os “maconnologistes” franceses cultivaram até recentemente a nostalgia da década de 1970, quando Jacques Brengues ocupava supostamente uma cadeira de maçonnologie (sic) na Universidade de Rennes, na Bretanha. Na verdade, e mais modestamente, ele foi professor de literatura francesa e especialista do século XVIII, e liderou um seminário sobre estudos maçônicos e supervisionou vários doutorados neste campo. Tanto esse ensino especializado quanto o seminário desapareceram desde então. Em Paris, dentro da seção de Ciências Religiosas da Ecole Pratique des Hautes Etudes, uma instituição de prestígio, a cadeira de História das correntes esotéricas e místicas na Europa Moderna e contemporânea, onde Jean-Pierre Brach sucedeu a Antoine Faivre, aborda a Maçonaria apenas indiretamente. Na Bélgica, apesar das supostas origens maçônicas da Université Libre de Bruxelles, um ciclo completo de estudos maçônicos luta para ser estabelecido. A cátedra Theodore Verhaegen – nome do fundador da Université Libre de Bruxelles, fundador do Partido Liberal e Grão-Mestre do Grande Oriente da Bélgica – organiza conferências destinadas ao público em geral, mas os cursos de história da Maçonaria organizados no âmbito do Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos sobre a Secularidade – que estou ministrando desde 2007 – têm um público limitado, e estão à margem da Faculdade de Artes e de Filosofia. Pelo contrário, as iniciativas tomadas na Grã-Bretanha devem ser sublinhadas. Em Sheffield, o Centro de Pesquisa em Maçonaria e Fraternalismo, onde o Dr. Andreas Önnerfors sucedeu Andrew Prescott após diferentes bolsas em universidades europeias (Lund, Freiburg em Brisgau e Nice) está desenvolvendo um currículo em pesquisa maçônica tanto no nível de bacharelado quanto de mestrado. Esta iniciativa é notável também porque se baseia em um site robusto na Internet que permite uma educação on-line. Nos Países Baixos, o ensino no campo do esoterismo ocidental foi organizado na Universidade de Amsterdã, enquanto o Grande Oriente dos Países Baixos apoiou em 2001 a criação de uma cadeira de estudos da “Maçonaria como um movimento intelectual e fenômeno sociocultural” na Universidade de Leiden. Seu primeiro titular, Anton van de Sande, foi substituído desde então por Malcolm Davies. Essas criações são um primeiro passo. É necessário agora fazê-los durar, fortalecê-los e aumentar seu reconhecimento acadêmico, especialmente porque o apoio financeiro dos corpos maçônicos às vezes criou algumas reticências entre os acadêmicos, mesmo quando as Grandes Lojas não intervêm nos aspectos acadêmicos. Citemos finalmente o seminário de história da Maçonaria do professor Katsumi Fukasawa na Universidade de Tóquio, mas ainda é uma iniciativa individual, que conta com a paixão deste acadêmico especialista do comércio mediterrâneo e da história marítima, pela história maçônica da qual ele se tornou entretanto um verdadeiro especialista.  

Os centros de pesquisa sobre a Maçonaria ou os programas de pesquisa constituem outro eixo do desenvolvimento dos estudos maçônicos. Na França, não existe um centro de pesquisa reconhecido pelo Ministério das Universidades e da Pesquisa ou pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS). O Centro de Estudos da Língua e da Literatura Francesa dos séculos XVII e XVIII (CELLF) da Universidade Paris IV Sorbonne tem uma equipe de pesquisa chamada Iluminismo, Illuminisme e Maçonaria, criada em 1996 e dirigida pelo Dr. Charles Porset. Em Bordéus, a Pr. Cécile Révauger dirige um seminário, organiza conferências e coordena com Charles Porset um vasto projeto,

O Universo Maçônico do Iluminismo, verdadeiramente estruturante para a pesquisa maçônica. Na Universidade de Nice Sophia-Antipolis, no âmbito do Centro do Mediterrâneo Moderno e Contemporâneo e do programa de investigação CITERE (Comunicar Europa: Circulações, Territórios e Redes Modernas) financiados pela Agência Nacional de Pesquisa, também organizamos, Pr. Luis Martin e eu, uma série de simpósios internacionais (o último em Nice em 2 e 3 de julho de 2009 sobre Difusão e circulação de práticas maçônicas na Europa e no Mediterrâneo séculos XVIII e XIX), seminários de pesquisa e investigações com o objetivo de oferecer à comunidade científica bancos de dados sobre maçons dos séculos XVIII e XIX. Essas várias ações dependem de estudiosos individuais e a falta de estruturas coletivas específicas continua sendo o padrão. Ao contrário, Espanha pode ter o Centro de Estudos Históricos da Masonería Española criado na Universidade de Saragoça por José Antonio Ferrer Benimeli e no Instituto de Pesquisa sobre liberalismo, krausismo e maçonaria da Pontifícia Universidade Comillas de Madri, uma criação mais recente. O Centro de Saragoça organizou desde 1983 doze grandes simpósios internacionais sobre a história maçônica espanhola, colonial e européia, o próximo a ser realizado em Almeria em outubro de 2009, resultando em um total de 21 volumes de atos que ultrapassam agora mil páginas cada. A abordagem da Maçonaria permanece, no entanto, muito tradicional e tem dificuldades em integrar os métodos da história social, assim como os da história das culturas políticas. É por isso que os pesquisadores do Centro de Saragoça, notadamente Pedro Álvarez Lázaro e Enrique Mr. Ureña, ambos estudiosos internacionalmente reconhecidos na história da educação e do krausismo, e ambos membros da Companhia de Jesus, o deixaram para fundar o Instituto de Pesquisa sobre Liberalismo, Krausismo e Maçonaria.  

No mundo de língua alemã, o principal centro de pesquisa está na Universidade de Innsbruck, na Áustria: International Forschungsstelle “Demokratische Bewegungen in Mitteleuropa 1770-1850”, dirigido pelo Pr. Dr. Helmut Reinalter. Adoptou uma abordagem decididamente europeia que marca a sua originalidade. Seus programas de pesquisa e suas muitas publicações (notadamente sua coleção pela imprensa Peter Lang) enfocam o período conhecido como “transição revolucionária”, ou seja, os anos 1770-1830, com uma preocupação permanente de situar a história maçônica em seu ambiente social, cultural e político. O inventário maçônico e a mobilização dos materiais de arquivo dos Arquivos Secretos da Prússia, o estudo dos Illuminaton e dos jacobinos da Europa Central e Oriental são os principais eixos de pesquisa do laboratório de Innsbruck.

A Wissenschaftliche Kommission zur Erforschung der Freimaurerei completa o panorama oferecendo uma interface entre o laboratório de Innsbruck e a Loja de Pesquisa de Bayreuth. Como no caso de Saragoça, o fundador do Centro, o Professor Helmut Reinalter se aposentará em breve. Isto levanta novamente a questão-chave da durabilidade destas estruturas, que estão muito relacionadas com iniciativas individuais e com a sua influência e reputação pessoais. Também é necessário sublinhar a importante atividade na Universidade de Halle de um centro de pesquisa dedicado aos estudos do Iluminismo Radical, do Esoterismo radical e do Iluminismo (não os Illuminati atualmente correndo atrás de Tom Hanks em nossas telas de cinema). Presidido pela Pr. Dra. Monika Neugbauer-Wölk, o DFG-Forschergruppe “Die Aufklärung im Bezugsfeld neuzeitlicher Esoterik” (DFG-Projekt 529) é particularmente ativo.

Depois de estar por um tempo em uma posição bastante desconfortável, a Grã-Bretanha tem hoje duas estruturas complementares que se dirigem a um público tanto de especialistas quanto de pesquisadores interessados. O Centro de Pesquisa Maçônica Canonbury foi criado em Londres em 1999. Organiza ciclos de conferências ministradas por pesquisadores maçons e não maçons e sustenta financeiramente a pesquisa estudantil, assim como o OVN na Holanda, que foi criado em 2001 para promover e difundir a pesquisa maçônica universitária na Holanda. Além disso, a Grande Loja Unida apoiou a criação na Universidade de Sheffield – portanto, dentro de uma estrutura universitária – do Centro de Pesquisa em Maçonaria e Fraternalismo. Desde a sua fundação, o Centro de Sheffield tem publicado fontes inestimáveis, como as Ilustrações da Maçonaria de William Preston, e organizou conferências e reuniões internacionais a partir da reunião de 2002 sobre Lojas, Capítulos e Ordens. Organizações Fraternais e a Estruturação dos Papéis de Gênero da Europa (1300-2000).

Propostas para uma melhor integração dos estudos maçônicos à pesquisa acadêmica

Hoje em dia, os estudos maçônicos sofrem de um paradoxo. Eles estão no centro da pesquisa sobre sociabilidade e espaço público, mas pouco se beneficiam dessa posição. Georg Simmel, Jürgen Habermas, Maurice Agulhon (Penitentes e maçons, e O círculo na França burguesa do mesmo autor), Daniel Roche, Franco Venturi, Margaret Jacob estavam todos interessados na Loja Maçônica como um observatório e um laboratório de espaço público. Este trabalho pioneiro foi em grande parte produzido por pesquisadores que não pertenciam ao “meio” de pesquisa maçônica e para os quais a Maçonaria não ocupava uma posição central em sua investigação inicial. Esses pesquisadores abriram, exploraram e fecharam novamente os arquivos das lojas a partir da perspectiva de seus próprios objetos e programas de investigação. Eles não ficaram presos na história administrativa da ordem. Souberam, ao contrário, situar de forma convincente o vínculo maçônico, seus atores, suas estratégias, seus discursos e representações em seu ambiente social, cultural, familiar, profissional e político. Mas, por essas mesmas razões, seu trabalho teve apenas um impacto limitado na própria pesquisa maçônica. Esses autores não modificaram consistentemente a percepção da sociabilidade maçônica e suas apostas dentro da comunidade de estudiosos maçons. Em vez de se beneficiar dessa abertura para se integrar totalmente à pesquisa em andamento na história social e cultural e apresentar suas próprias contribuições, a pesquisa maçônica se isolou e se trancou no beco sem saída da “maconologia”. Isso é lamentável, pois a relevância e o significado da história maçônica só podem ser totalmente compreendidos quando articulados em um contexto mais amplo. Em outras palavras, a Maçonaria é um “fenômeno social completo”. Para muitos maçons, existe a suposição incorreta de que apenas os maçons podem escrever a história da ordem, porque se consideram os únicos capazes de compreender plenamente seu significado e seu projeto. No entanto, este não é o caso em outros campos: a maior parte da história religiosa da era medieval ou do início da modernidade, por exemplo, não é feita por clérigos e a maior parte da história política não se reduz ao estudo de facções políticas. Da mesma forma, não se espera que um especialista em guerra submarina embarque na frota russa do Mar Branco ou que um historiador do contrabando se torne um cruzador clandestino de fronteiras.  

Se quisermos coordenar a pesquisa maçônica que ainda é muitas vezes conduzida de maneira dispersa, parece-me que é urgente lançar um vasto programa coletivo e verdadeiramente acadêmico para alimentar um banco de dados prosopográfico dos maçons na Europa e no mundo durante os séculos XVIII e XIX. Esta base de dados colaborativa e acessível online permitirá mostrar concretamente à comunidade acadêmica que nenhuma história do Iluminismo ou das elites europeias e coloniais é possível sem ter em conta a pertença maçônica de tantos dos seus atores. Será necessário adotar o que se chama na história das ciências de “estratégia de generosidade”, ou seja, abrir nossos arquivos, oferecer nossa experiência, mudar opiniões, acabar com a cautela e as perspectivas introvertidas e mostrar a todos o que um estudo maçônico bem conduzido pode trazer para a mesa mais ampla da história em grande escala.

O estudo das redes sociais e das trajetórias individuais dos atores sociais no passado é hoje um verdadeiro sucesso. Constitui outra oportunidade notável para os estudos maçônicos. O surgimento da pesquisa sobre as redes sociais e, mais amplamente, a renovação da história social tornam possível considerar outra abordagem da sociabilidade maçônica, das trajetórias individuais e das relações interpessoais. Hoje, a pesquisa analisa as relações interpessoais sem tomá-las separadamente, mas considerando-as como parte integrante de uma teia de relações: o estudo de sua grade permite ao historiador apreender a extensão do comportamento possível. Da mesma forma, a microstória que visa “não estudar o sujeito social como um objeto dotado de propriedades, mas como um conjunto de inter-relações móveis dentro de configurações em constante adaptação”, permite situar o indivíduo – e não a instituição como todos nós fizemos – no centro da sociabilidade. Listas de membros e declarações proferidas em assembleias maçônicas não são mais as únicas fontes disponíveis para o historiador maçônico. Precisamos levar em conta os “documentos do ego” dos maçons – seus diários, autobiografias, cartas particulares e jornais pessoais – pois eles possibilitam compreender as trajetórias maçônicas individuais e os espaços sociais nos quais os maçons estabeleceram sua rede relacional, bem como o ambiente social, familiar, religioso e profissional dos maçons. Espera-se que, compreendendo melhor as escolhas individuais dos maçons no passado, seja possível conciliar tradições historiográficas que muitas vezes desconhecem umas das outras: a história das ideias, por um lado, e a história social das práticas culturais, por outro lado, que no caso dos estudos do século XVIII em particular se ignoram com demasiada frequência, que devem ser estreitamente articulados. Nos campos da história moderna e contemporânea, os estudos maçônicos também devem proceder ao seu próprio aggiornamento, integrando os métodos e resultados da história cultural da política. Deve também embarcar em uma história abrangente das relações maçônicas internacionais, como a que o Dr. Joachim Berger, editor da “European History Online”, está realizando na Universidade de Mainz, dentro do projeto sobre o Internacionalismo Maçônico (c. 1850-c. 1930).

Nosso campo de pesquisa está em uma encruzilhada e, na minha opinião, tem ativos reais para desenvolver e organizar ainda mais no objetivo de obter reconhecimento acadêmico, o que é essencial.

Fonte: https://bibliot3ca.com

O CONTADOR DO INFERNO

Um Contador morreu e chegou às portas do Céu. É sabido que os Contadores, pela honestidade deles, sempre vão para o céu. São Pedro procurou em seu arquivo, mas ultimamente ele andava tão desorganizado (seria ele Administrador?),que não o achou no montão de documentos, e lhe falou: 

- Lamento, mas seu nome não consta de minha lista...

Assim o Contador foi bater às portas do inferno, onde lhe deram imediatamente moradia e alojamento. Pouco tempo se passou e o Contador, cansado de sofrer as misérias do inferno, se pôs a projetar e construir melhorias.

Com o passar do tempo, o INFERNO, já tinha ISO 9000, sistema de monitoramento de cinzas, ar condicionado, banheiros com drenagem, escadas elétricas, aparelhos eletrônicos, redes de telecomunicações, programas de manutenção predial, sistemas de controle visual, sistemas de detecção de incêndios, termostatos digitais etc., tudo com base na Resolução 367/2009 da ANEEL e retratado nas Demonstrações Contábeis, já no novo padrão contábil internacional (IFRS). A partir daí o Contador passou a ter uma reputação muito boa.

Até que um dia Deus chamou o Diabo pelo telefone e, em tom de suspeita perguntou: 

- Como você está aí no inferno?

O outro respondeu: 

- Nós estamos muito bem, já dispomos do cadastramento de todas as nossas propriedades e temos Demonstrações Contábeis com periodicidade mensal. Se quiser, pode me mandar um e-mail, meu endereço é: odiabofeliz@inferno.com.


E o Diabo, todo orgulhoso, continuou o relato: 

- E eu não sei qual será a próxima surpresa do Contador! Mas, de acordo com as conversas da rádio corredor, ele pretende apresentar lucro já no próximo mês.

- O QUÊ?! O QUÊ?! Vocês TÊM um Contador aí? – Indagou Deus – isso é um erro, nunca deveria ter chegado aí um Contador! Os Contadores sempre vão para o céu. Isso é o que está escrito, e já está resolvido... Você o envia imediatamente para mim!

- De jeito nenhum! Eu gostei de ter um Contador na organização... E ficarei eternamente com ele.

- Mande-o para mim ou... EU TE PROCESSO!!

E o Diabo, dando uma tremenda gargalhada, respondeu pra Deus: 

- Ah, é? E só por curiosidade... ONDE você vai conseguir um advogado?

*(a colaboração é do Ir∴ Waldemar Henrique Dias - Florianópolis)

Fonte: JBNews - Informativo nº 276 - 31.05.2011

quarta-feira, 16 de julho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

USO DO BALANDRAU NAS SESSÕES ORDINÁRIAS

Em 06.12.2024 o Irmão Aprendiz Vinicius Murilo, Loja Dr. Américo de Oliveira, 1665, REAA, GOB-ES, Oriente de Cariacica, Estado do Espírito Santo, faz a seguinte pergunta:

USO DO BALANDRAU

Recentemente, tive a oportunidade de ler o artigo de sua autoria publicado em seu blog, datado de 23 de dezembro de 2021, onde você discorre de maneira esclarecedora sobre o uso do balandrau por Aprendizes e Companheiros, em especial no contexto do Rito Escocês Antigo e Aceito. 

Após a leitura de seu artigo, estudei também o ritual do REAA e as disposições contidas no SOR. Contudo, ainda me restaram algumas dúvidas sobre aspectos práticos do uso de Balandrau.

Minha principal dúvida surge em virtude de respostas divergentes obtidas em Loja: alguns Mestres afirmaram que o uso do balandrau é permitido para Aprendizes e Companheiros em sessões ordinárias, enquanto outros discordaram, dizendo que seu uso seria restrito a Mestres.

Essa situação gerou um pouco de confusão, especialmente porque, ao que parece, não há consenso local sobre a aplicação dessas normas. Se possível, poderia me ajudar a esclarecer essa questão? Agradeço desde já por sua atenção e pela valiosa contribuição que oferece à nossa Sublime Ordem por meio de seus artigos e esclarecimentos.

CONSIDERAÇÕES:

No REAA o uso de balandrau é admitido tanto para os Aprendizes, Companheiros, assim como para os Mestres Maçons nas sessões ordinárias.

Para tal, o balandrau deve ser negro, talar (até os calcanhares), mangas compridas e fechado até o colarinho, sem inscrições. 

Com o balandrau o maçom deve estar vestindo calça preta, ou azul-marinho, sapatos e meias pretas. Não se admite o uso de tênis ou similares.

Nas sessões magnas, o balandrau não é admitido em nenhum grau, devendo todos os Irmãos se apresentarem trajados conforme prevê a legislação vigente: terno preto ou azul-marinho, gravata lisa preta, camisa branca, sapatos e meias pretas.

Sobre o assunto, sugere-se consultar o Ritual de Aprendiz, REAA, edição 2024, dele a página 33. Os dois primeiros parágrafos desta página tratam da indumentária do maçom nas sessões ordinárias e magnas.

O que se lamenta é a ocorrência dessas discussões em Loja, se tudo está claramente descrito no Ritual. 

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB.
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 103 - Sagração do Templo Maçônico

Deve ser lembrado que esse termo “Sagração” tem aproximadamente 100 anos de existência, aqui no Brasil. Antigamente, o termo usado era “Inauguração”, ocasião em que o Templo era reconhecido pelas autoridades maçônicas e usado pela primeira vez. Inclusive, autoridades da vida profana também eram convidadas para a festividade. No Brasil existe uma série de Lojas com mais de 100 anos, cujos Templos foram Inaugurados.

Hoje em dia nós “sagramos” o Templo. Entretanto, levando em consideração que a Maçonaria não é uma religião, essa sagração não é fazer com que o Templo se torne um local sagrado, santificado. É simplesmente um reconhecimento Maçônico, por todos os maçons presentes no ato de que, aquele local, tem a dignidade de um Templo Maçônico e será sempre usado para as atividades Maçônicas.

Só isso! Sem qualquer sentido de “santificação” do local, principalmente dentro do Templo. Pessoas não ligadas à Maçonaria, profanos, podem visitar as instalações de Templo Maçônico, sem problemas, desde que em ocasiões propícias.

Para finalizar, vejam o que foi escrito pelo Mestre Castellani, no Consultório Maçônico, Ed. TROLHA:

“A Sagração é uma Cerimônia cuja finalidade é, simplesmente, conferir ao local, a dignidade de Templo Maçônico, assim como a Sagração do Aprendiz, do Companheiro, ou do Mestre tem a finalidade de lhes conferir a dignidade do Grau, sem qualquer sentido de “santificação”. Muitos maçons, todavia, crêem que sagrar o Templo é torná-lo um local santificado, sagrado, misturando Maçonaria com religião, o que, embora esdrúxulo e absurdo, é mais comum do que se supõe.”

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com