A RAZÃO DA REPETIÇÃO RITUALÍSTICA NOS TRABALHOS MAÇÔNICOS
Ir.´.Charles Evaldo Boller
Nos
relacionamentos o homem é constantemente provocado pelos outros, o que o leva a adotar diferentes comportamentos em resultado do estado neurofisiológico em que se
encontra. E cada instante reage de forma diferente; ocorrem fatos iguais onde
como organismo
emocional ele reage de forma diversa. Ao encontrar-se num ambiente pacífico
reage com estados mentais que o habilitam a desenvolver bons relacionamentos,
estes podem ser: confiança, amor, força interior, alegria êxtase, crença;
todas elas liberam grandes porções de poder pessoal. Ao encontrar-se num ambiente
em permanente contenção, as reações químicas do cérebro o levam a paralisar,
inibem sua capacidade
de entrar em ação, onde entram: culpa, confusão, depressão, medo, ansiedade,
tristeza, frustração;
todas retiram o poder pessoal.
Porque raiva é um estado mental que bloqueia a ação, e um homem sem ação não trabalha o que seu
espírito desenvolve, não cria condições para o florescimento do amor fraterno.
Conhecer
a si mesmo leva a encontrar a chave para tomar conta do próprio estado
emocional, a compreender
o estado emocional dos outros, e em consequência da mudança de atitude defronte
aos desafios. O outro só muda quando se muda o próprio comportamento. O outro só muda se eu
mudar.
A chave é tomar conta do próprio estado em consequência do próprio comportamento e com isto influenciar os que nos rodeiam. Este é o poder que detona o processo de transformação do invisível em visível. O mais extraordinário é que cada um já o possui.
Pela repetição dos rituais, deduz-se a importância de fazer o que é determinado e desenvolve-se a
O cidadão hodierno, além das necessidades elencadas por Maslow, tem necessidade de varrer para fora da
Quando em loja, o maçom tem a oportunidade de treinar todas as nuanças de sua psique em resultado da repetição com novo enfoque que cada encontro proporciona. Some-se a isto aquilo que os irmãos declaram e expõem de sua própria experiência de vida e toda sessão maçônica resulta numa bagagem adicional a ser levada para casa ao final dos trabalhos. E se, além da aplicação instrucional tradicional, são promovidas conversas descontraídas sobre temas políticos, sociológicos, filosóficos e antropológicos, cada maçom presente muda a si mesmo e com isto influi no meio social em que atua.
A constante repetição da receita do ritual serve de lastro e prepara o ambiente com energias que apenas podem ser sentidas porque constitui o sagrado que existe no maçom, a mais íntima expressão metafísica que possibilita a mudança - é onde cada maçom atua à glória do Grande Arquiteto do Universo.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.229
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