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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 20 de janeiro de 2024

ABERTURA DA LOJA E O NÚMERO DE IRMÃOS

(republicação)
Questão apresentada em 05 de outubro de 2.010 e recuperada em 06 de abril de 2.013. O Irmão Günter G. Resener, Loja Eduardo Teixeira II, 80, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Camboriú, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte: 
gunterresener@yahoo.com.br 

Em primeiro lugar, meus parabéns pela sua seção Consultório Maçônicos da Revista na Revista A Trolha (é a primeira que leio ao receber a Revista). 

Bem, minha dúvida é a seguinte: na seção Consultório Maçônico da Revista A Trolha nº 287 - Setembro/2010, ao responder o questionamento do Ir∴ Sílvio Rogério Hauer sobre "Aprendiz no Oriente", o Senhor diz: "[...] para abrir uma Loja de forma regular, precisamos no mínimo 7 Mestres Maçons ...". Desculpe minha ignorância, pois como Aprendiz, tenho a vontade de aprender, e como no nosso Ritual (Grande Loja de Santa Catarina), consta: "Venerável – Irmão Orador, o que se torna preciso para a abertura dos trabalhos?” “Orador - Que estejam presentes, no mínimo, sete Irmãos, dos quais pelo menos três Mestres e que todos estejam revestidos de suas insígnias." (grifo meu) Inclusive, questionei diversos Irmãos Mestres e Mestres Instalados e todos responderam que seriam necessários apenas três Mestres, sendo um deles Mestre Instalado. Diante do acima exposto, gostaria que, se possível, elucidasses essa minha dúvida. 

CONSIDERAÇÕES:

(Questão da Obediência Grande Loja de Santa Catarina): As considerações que seguem estão embasadas na tradição e não na interpretação de rituais e regulamentos. Nesse sentido também esses apontamentos não têm o escopo de desrespeitar escritos legalmente aprovados.

Nem tudo que reluz é ouro. O que tem acontecido é a má interpretação da tradição. Senão vejamos: Três governam a Loja, cinco a compõe e sete a completam. Infelizmente alguns tratadistas confundem o número mínimo presente com o Landmark de que uma Loja será sempre governada por três Luzes. Dado a esse feitio surgiu a falsa interpretação de que uma Loja precisa de apenas três Mestres, dois Companheiros e dois Aprendizes. 

Ora isso é especialmente inviável, já que os cargos em Loja conforme os Ritos e Trabalhos maçônicos serão sempre preenchidos por Mestres Maçons na Moderna Maçonaria. 

Vejamos em particular o Rito Escocês Antigo e Aceito, filho espiritual da França: respeitando o Landmark que uma Loja será sempre dirigida por três Luzes (Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes – Mestres Maçons), quem seria o Orador, o Secretário, o Cobridor Interno e o Mestre de Cerimônias? Companheiros e Aprendizes? Obviamente que não, pois cargos em Loja são preenchidos por Mestres. Ainda mais, Aprendizes e Companheiros exercendo o cargo de Orador e Secretário no Oriente? E o Cobridor Interno em se obrigando a fazer o Telhamento? Isso seria possível ser realizado por um Aprendiz ou um Companheiro? Como ficaria a situação se por dever de ofício esse Oficial carecesse telhar um Mestre retardatário? E no caso do Mestre de Cerimônias que carece se deslocar por dever de ofício pelos quatro pontos cardeais da Sala da Loja? Sendo um Companheiro e um Aprendiz haveria essa possibilidade no Oriente? 

Nunca é demais lembrar que em Loja aberta o Oriente é privativo dos Mestres. Por essas razões que uma Loja precisa ser aberta no mínimo por sete Mestres – Três Luzes (Venerável e os Vigilantes), cinco Dignidades que a compõe (as Três Luzes mais o Orador e o Secretário) e sete que a completam (as cinco Dignidades mais o Mestre de Cerimônias e o Cobridor). No caso do Rito Escocês sem esse mínimo de Mestres não há possibilidade de se abrir uma Loja. 

Cabe aqui uma observação no caso do Rito Escocês – como originariamente os Diáconos no rito em questão não usam bastão e não existe formação de pálio, para a abertura e encerramento dos trabalhos no tocante a transmissão da Palavra Sagrada, o Mestre de Cerimônias e o Secretário preenchem esses cargos precariamente no ato ritualístico. 

Agora para rituais que preveem o pálio, deixamos a palavra com quem “inventou” esse procedimento no Rito em questão. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr.1029, Florianópolis (SC ) - sexta-feira, 28 de junho de 2013

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