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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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domingo, 9 de agosto de 2020

ENTRADA NO ORIENTE

ENTRADA NO ORIENTE 
(republicação)

Em 20/11/2015 o Respeitável Irmão Carlos Edilson Ferreira, Loja União e Trabalho VI, 2.254, REAA, GOB, Oriente de Paulínia, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos. carlos.ferreira@intercomr.com.br

Mais uma vez recorro aos seus conhecimentos para esclarecimentos, desta vez, quanto à entrada no Oriente. Nosso atual Mestre de Cerimônias tomou por base que ao entrar no Oriente deve-se ficar à Ordem, executar o Sinal (1ª vez), voltar a Ordem e aguardar o Venerável Mestre autorizar sua entrada definitiva no Oriente, desfazendo-se desta forma o Sinal (2ª vez) iniciando sua caminhada. "Todos" Irmãos estranharam tal atitude, pois nunca haviam visto isso em nenhuma outra Sessão e nenhuma outra Loja, somente um Irmão que já pertenceu a uma Loja de Belo Horizonte, disse ter visto. Quando indagado, disse que está cumprindo o que determina o Ritual. Sendo assim, então, surgiu a dúvida: qual a forma correta de se entrar no Oriente? O Mestre de Cerimônias está correto ou seria mais uma questão de interpretação do Ritual? Conto mais uma vez com seu precioso conhecimento e aguardo vosso retorno agradecendo antecipadamente.

CONSIDERAÇÕES: 

Pura invenção daquele que assim procede, bem como daquele outro que disse que já viu essa barbaridade ritualística.

Em lugar nenhum do Ritual está previsto que um Irmão em deslocamento para o Oriente, necessite antes de autorização do Venerável para ali ingressar e, por extensão de lá sair. Tenha a “santa paciência”. São absurdos desse quilate que fazem da nossa Maçonaria um palco de invencionices e um criadouro de dinossauros.

Ora, se o termo inserido na instrução do Ritual “(...) e volta à Ordem novamente.” está causando todo esse frenesi por conta dessa interpretação equivocada, que me perdoem os inventores e os interpretes do absurdo, mas o ato de se voltar à Ordem novamente é explicativo para os momentos de instrução sobre o Cobridor do Grau e não como um ato litúrgico necessário para se ingressar no Oriente.

Essa então de aguardar o Venerável autorizar a entrada não merece nenhum comentário mais.

É como o saudoso Irmão José Castellani parafraseando Eça de Queirós, dizia: essa é mesmo d’scrachar.

Não deveria, mais vou repetir para que os inventores compreendam:

O Obreiro em deslocamento e com as mãos livres, assim que ingressar no Oriente (o limite é a linha da balaustrada), saúda o Venerável pelo Sinal. Ato seguido e de imediato ele prossegue no seu deslocamento. A mesma atitude será tomada quando o protagonista estiver saindo do Oriente (pela linha da balaustrada). Na hipótese de estar o protagonista com a(s) mão(s) ocupada(s) ele fará uma parada rápida e formal (sem inclinação do corpo ou maneio com a cabeça).

Já que a questão é esclarecer, ratifico que a Saudação pelo Sinal é feita ao se ingressar no Oriente sempre com a mão, ou mãos se for o caso; que se ingressa no Oriente pelo Norte e dele se sai pelo Sul; que em retirada do Oriente o protagonista vira-se antes para o Venerável para saudá-lo e, por fim, não existe nenhuma prática que mencione primeiro a autorização do Venerável Mestre para se ingressar (ou sair) no (ou do) Oriente.

Desculpe-me pela irreverência meu Irmão, ela não foi destinada para vossa pessoa, mas para os que inventam procedimentos - extensiva também aos que ainda por cima “os acham bonito”.

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.113 – Florianópolis (SC) - sexta-feira, 15 de julho de 2016

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