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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 8 de maio de 2011

REGRAS RITUALÍSTICAS NR. 10

Ir∴ Valdemar Sansão

Devemos valorizar a Ritualística passando aos iniciados de forma acurada, unificada e acessível as Normas e Princípios Maçônicos, habilitando-os à exercerem a Nobre Arte.

Preocupados com a preservação e padronização das Normas Ritualísticas em nossas Lojas, que praticam o R.E.A.A., relacionamos princípios, procedimentos e significados de símbolos, emblemas e alegorias para que sejam passados aos novos iniciados.

Ornamentação do Templo - O Arquiteto é o encarregado da ornamentação do Templo devendo indicar os Irmãos para auxiliá-lo. Deverá distribuir nos respectivos lugares, os Malhetes, Rituais, Código das Legislações Maçônicas, Carta Constitutiva, Bolsa de Beneficência, Bolsa de Propostas e Informações, Estandarte da Loja, Livro da Lei, perfumes e todos os instrumentos necessários para as Sessões Econômicas ou Magnas. O Arquiteto é quem deve acender as luzes e ou as velas dos Altares (inclusive as do Altar dos Juramentos) antes do início dos trabalhos.

O Mestre de Harmonia deve deixar preparadas as músicas selecionadas para serem executadas na entrada dos Irmãos no Templo. Após a ornamentação o Arquiteto solicitará ao Mestre de Cerimônia para verificar se tudo está correto para o cerimonial a ser realizado. Depois de certificar-se que nada falta o Mestre de Cerimônia determinará que o G∴ do Templo e o Mestre de Harmonia ocupem os seus lugares, fecha-se a porta do Templo indo em seguida comunicar ao Venerável Mestre que o Templo está devidamente ornamentado, pronto, portanto para o início dos trabalhos. Após ordem do Venerável, o Mestre de Cerimônia organiza o cortejo.

Cortejo ( ingresso ao Templo) - É a fila organizada antes do ingresso ao Templo, com todos os presentes, convenientemente trajados e revestidos de suas insígnias.

O Cortejo é formado pelo M∴de Cerim∴ e consiste em uma fila dupla obedecendo-se a seguinte ordem: Primeiro AApr e CComp∴(lado a lado), os CComp∴no lado do Sul e os AApr∴do lado Norte, indo a frente os mais recentes. A seguir os MM∴ e os Oficiais, cada um do lado de sua respectiva Col∴,em seguida os MM∴IInst∴, Os VVig∴ e finalmente o V∴ M∴.

O Mestre de Cerimônias a frente do préstito, dará uma única pancada na porta do Templo, que será aberta pelo Guarda do Templo, o Mestre de Cerimônia solicita-lhe a entrada. Neste momento, o Mestre de Harmonia executa música suave (de preferência de autor maçom), a fim de propiciar a criação de um clima agradável. O Guarda do Templo (a Ordem com a espada cruzada sobre o peito) se posta junto a Coluna J e de frente para a entrada do préstito, enquanto que o Mestre de Cerimônia posta-se junto a B de frente para o Guarda do Templo aguardando o ingresso de todos os Obreiros, até a passagem do Venerável Mestre, quando então o conduzirá até o Trono.

No Cortejo todos romperão a marcha com o pé esquerdo adentrando o Templo com passos normais tanto pelo lado Norte, quanto pelo lado Sul, cada um indo diretamente ocupar o seu lugar, conservando-se em pé sem estar a Ordem, voltados para o Eixo da Loja. Após a entrada do Venerável Mestre o Guarda do Templo fecha a porta me toma seu lugar. O Mestre de Cerimônia após conduzir o Venerável Mestre até o Trono verifica se todos os Obreiros estão perfeitamente colocados nos lugares que lhes compete (neste instante cessa a música) e entre Colunas dá uma única batida no chão com seu bastão e declara ao Venerável Mestre (conforme o Ritual) que os trabalhos, se ele assim o quiser, poderão ser iniciados. Durante o Cortejo nenhum Obreiro fará qualquer tipo de sinal. Devemos observar que ninguém deverá ter ingresso no Templo, sob qualquer pretexto, antes da hora fixada para o início dos trabalhos exceto os Obreiros que estivem encarregados de prepará-lo para as cerimônias, além do G∴T∴ e do M∴ de H∴. A saída do T∴ se dará seguindo a ordem inversa à entrada.

Recebimento de Visitantes – Os Irmãos visitantes com direito a saudação honorífica, devem ser recebidos por uma Comissão de Recepção formada especialmente para recepcioná-los, por Estrelas e Espadas conforme prescritos nos Rituais.

Todos os maçons regulares têm direito de visitar as Lojas de sua ou de outras jurisdições, sujeitando-se, porém, as prescrições do trolhamento e as disposições disciplinares estabelecidas pela Loja visitada. Só devem ser admitidos como visitantes maçons que exibam seus documentos de regularidade em perfeita ordem e se mostrem pelo trolhamento, perfeitos conhecedores dos S∴T∴ e da P∴Sem∴, salvo se forem conhecidos de Obreiros que por eles se responsabilizem. Quando um visitante for conhecido e já tenha visitado a Loja pode, o Venerável Mestre, conceder permissão para ele entrar conjuntamente com os membros do quadro. Em Loja os Irmãos visitantes sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados pelo Mestre de Cerimônias. Em se tratando de Venerável Mestre ou Mestre Instalado, deverá ser conduzido ao Oriente onde tem assento.

Comissão de Recepção – É formada para a recepção no Templo das Autoridades Maçônicas. É composta por duas filas de Obreiros portando alternadamente Estrelas e Espadas, ficando a ala maior do lado Norte e começando por Estrela. A quantidade de Estrelas e Espadas varia de acordo com a Autoridade a ser recepcionada, bem como os procedimentos ritualísticos que são determinados pelos Rituais.

Nenhuma honra poderá ser prestada quando já estiver presente uma autoridade de ordem hierárquica superior. Quando o Pav∴Nacional já tiver ingressado no Templo não se poderá receber qualquer visitante ou autoridade (maçônica, civil ou militar) com qualquer honraria.

Abóbada de aço - Destina-se a homenagear visitantes ilustres e autoridades maçônicas. É formada por duas alas de Obreiros, preferencialmente Mestres Maçons de nossa potência, uma postada ao Norte e outra ao Sul, estando em pé e portando a espada com a mão direita, o braço estirado obliquamente cruzando no alto a ponta das espadas sob ela e por entre os Irmãos que a compõe passam os homenageados. A formação da Abóbada de Aço já constitui por si só a homenagem prestada, assim não é permitido “tinir” as espadas.

Estrelas – São usadas para recebimento de autoridades. Constitui-se de um bastão de madeira escura com 1,30m de comprimento, encimado por roseta metálica sobre a qual é fixado um castiçal para vela.

As Estrelas devem sempre serem conduzidas com a mão direita mantendo-se um ângulo de 90o entre o ante-braço e o braço o qual deverá ficar colado ao corpo. Os Irmãos que as conduzem, devem formas alas ficando a de maior número na coluna do norte (as Estrelas são sempre em número impar).

Bateria (simples ou incessante) – Certos números de golpes, que durante a abertura, desenvolvimento e encerramento dos trabalhos de uma Loja são dados pelo Venerável e pelos Vigilantes com a ajuda dos Malhetes: os demais Irmãos batem as mãos de forma compassada. Em Maçonaria, Bateria significa “aplauso” e “ordenamento”. Na abertura e no encerramento dos trabalhos é feita a bateria e a exclamação; Usa-se também para acalmar os excessos e interromper alguma discussão áspera e inconveniente - o VM, empunhando o Malhete diz: “pela ordem”, determinando que todos se levantem e passa a comandar uma bateria; depois, senta-se e recomeça os trabalhos interrompidos; a pausa tem o dom de acalmar os excessos.

Os aplausos traduzem-se pela bateria, que pode ser simples ou incessante. A SIMPLES corresponde a bateria do Grau, com tantos golpes quantos forem os anos dos graus em que estiver trabalhando a Loja, e por isso é sempre ritualística, normalmente destinada a aplaudir algum pronunciamento de Irmão. A INCESSANTE, quando os golpes de malhete e as palmas são contínuos; em caso de luto, manifestação de pesar pela passagem de um Irmão para o Oriente Eterno, não se expressa pela observância de “um minuto de silêncio”, mas sim, após o pronunciamento, no momento próprio, a bateria é feita por leves golpes com a palma da mão direita sobre o antebraço esquerdo. Com os Irmãos permanecendo sentados.

A Bateria corresponde a uma salva de palmas, aplicável tanto em Sessão Econômica, Magna ou Branca, mas sempre comandada pela batida de Malhete do VM∴, acompanhada dos VVig∴. Cabe ao Venerável indicar aos Irmãos se a bateria será simples ou incessante.

Fonte: JBNews - Informativo nº 253 - 08.05.2011

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