O uso da corda, como um elemento importante
ao entrelaçamento, nós o encontramos na antiga Grécia, quando os cabelos
longos das mulheres eram usados para
fazerem as cordas necessárias para
utilização na defesa das cidades. Também os agrimensores egípcios
usavam cordas para delinearem os
terrenos a serem edificados, sendo que os nós demarcavam pontos específicos das
construções, onde seriam aplicadas as
travas, colunas, encaixes, etc..
Quando entrou a Idade Média os construtores
da Maçonaria Operativa usavam uma corda
com alguns nós em determinadas
distâncias uns dos outros, amarrando esta corda entre dois pilares com uma
distância estudada deixando-a em ângulo desejado. Após isto, era colocada uma luz
(velas), à distância e altura calculadas, ocasião em que a barriga
mostrava o extremo oposto através de sua sombra, as dimensões exatas da
cúpula que eles desejavam construir.
Thales de Mileto instado pelo então Faraó a medir a altura de
uma pirâmide sem uso de instrumentos, colocou uma vara fincada no chão, na
vertical com dois metros aflorando a terra.
Quando o sol levou a sombra desta vara a ser projetada com um
comprimento exatamente de dois metros, ele viu que a sombra da pirâmide
projetada quando o sol estivesse naquele ponto seria a altura da pirâmide.
Avançando mais na história e no tempo,
havia a Sociedade dos Construtores, que desenhava a corda no chão com o giz ou carvão, fazendo,
então a parte de um painel representando os instrumentos usados pelos pedreiros livres.
No entanto, diz-se que uma das
possíveis origens da corda de 81 nós
aconteceu em 23/08/1773 por ocasião da palavra semestral em Cadeia de União na casa "Folie-Titon" em
Paris, quando tomava posse Louis Philippe de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem
Maçônica, na França, e ali estavam presentes 81 irmãos em união fraterna, e a
decoração da abóbada celeste apresentava , por coincidência, 81 estrelas.
Antes, a corda era pintada no chão do
templo, depois saiu do chão e elevou-se
ao Teto dos Templos, que se bem analisarmos,
isto queria representar a
elevação espiritual dos Irmãos. A corda,
lá no alto, serve de proteção, pois ela irradia energias pela
"Emanação Fluídica", abrigando e sustentando o "Egrégora"
ou - corpo místico - como queiram alguns.
Com isto, evita que ondas de
energias negativas e pesadas recaiam sobre os irmãos. As bordas separadas na entrada do templo funcionam como captores de energia pesada dos irmãos que
entram, e lhes devolve esta energias sob forma sutil mas leve quando de
sua saída. Para melhor entender, tomemos
como exemplo uma camada de ozônio que impede a passagem dos raios ultravioletas, favorecendo, no entanto,
a penetração do fluído vital para a energização dos nossos chacras que giram
numa velocidade incrível, com seus elétrons em torno do núcleo de micro-universos, internos.
Analisando, ainda, mais a fundo, concluímos
que esses 81 nós os podemos denominar de laços. Laços como símbolo do infinito.
Simbolizando, também, a perpetuação da espécie na penetração macho/fêmea, o que
vem determinar que a obra da renovação
é infinita. Assim os denominamos de
LAÇOS DE AMOR para demonstrar que o amor é a continuidade da vida. Os átomos
detém todas as sabedorias do
universo porque ele gera e cria
propostas para a evolução humana.
A Corda de 81 laços representa a laçada de
um oito deitado. O que entendemos com isto?
é que o irmão maçom deve cuidar para não puxá-la transformando-a em nó,
o que significaria a interrupção e o estrangulamento da fraternidade entre os Irmãos.
Analisando, ainda mais, 81 é o quadrado de
9 e este é o quadrado de 3, número de grande valor simbólico e místico.
A Corda de 81 laços atualmente é
colocada em cima, próximo ao teto do
Templo, em número de 40 laços de cada
lado, onde podemos destacar as seguintes
interpretações:
- Os hebreus vagaram 40 anos pelo
deserto;
- Dentro da Igreja Católica, os 40 laços
à direita representam os 40 dias que
Jesus usou para se preparar para a morte terrestre e os 40 laços a esquerda, os 40 dias que ficou entre nós após a
ressurreição, preparando-se para a Eternidade. O laço central é a representação Dele entre o seu passado e o seu
futuro;
- Nos Orientes, a corda é
colocada de modo que ficam 40 laços à direita e 40 laços à esquerda, ficando um
laço central sobre o dossel, que vem a representar o numero UM, ou a Unidade que não se divide. Portanto, o lado
central, por representar o Criador é sagrado;
- Também vemos a Cosmogonia dos Druidas resumidas nas
Tríades dos Bardos antigos, eram em número de 81 e os três círculos
fundamentais tem como valor número o 9, o 27 e o 81, todos múltiplos de 3;
-
Já Ragon, em sua obra hermética, refere que o número 81 é o número
misterioso de adoração dos anjos;
- Oswaldo Ortega entende que os
81 laços tenham ligação com os anjos que visitam a Terra diariamente;
- Na parte da Psicologia
nós temos nove variações comportamentais, o que nos induz a entender
que também teremos 81 variações de
comportamento;
- Particularmente entendemos que os laços da corda atravessaram os séculos para chegar até nós
numa simbologia bem simples de que, quando os mesmos estiverem bem Justos,
Perfeitos e Iguais, eles unem os Irmãos numa cadência fraterna estendida aos
Irmãos e Irmãs, respectivamente, pois se
ambos estiverem concentrados numa cadeia harmoniosa de pensamentos, estes
emanam energias positivas que vêm fortificar o relacionamento entre todos.
Finalmente concluímos que devemos nos
concentrar, ao menos uma vez por dia, no
Templo. Templo este que, no sentido esotérico, é o HOMEM PERFEITO.
E, como disse J. Boucher:
"Em Maçonaria, esse Templo é um símbolo e nada mais, mas um símbolo
de magnífica amplidão; o do Templo ideal para sempre inacabado, e do qual cada
Maçom é uma pedra, preparada sem machado, nem martelo, no silêncio da meditação. O Templo de Salomão é constituído de pedra, madeira de cedro e nele o ouro
é abundante. A pedra é a estabilidade, a madeira a vitalidade e o ouro a espiritualidade". (Sólon)
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