(reprodução)
O Respeitável Irmão Antonio Luiz D. Seleme, Mestre Instalado da Loja Acácia Negra, 35, Grande Loja de Santa Catarina, sem declinar o nome do Rito, Oriente de Mafra, Estado de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão:
aldseleme@terra.com.br
Somos leitores assíduos do JB News, o que nos dá muita satisfação além de inúmeros conhecimentos e tomo a liberdade de pedir algumas informações e orientações, se possível.
1) "O falar a vontade" ou desfazer o sinal por ordem do Venerável Mestre, estando um Irmão Mestre na Coluna do Norte, visitante e falando, após as saudações de praxe, pode o Primeiro Vigilante ordenar o Irmão para falar a vontade? Ou somente o Venerável Mestre tem este comando?
2) Estando nas colunas ou mesmo entre colunas, qualquer Irmão ao pedir a palavra, estando com documento, relatórios, peça de arquitetura ou mesmo balancete da Loja se ele deve sempre falar com o sinal, ou portando algo que necessite ler pode falar sem o sinal? Para falar sem o sinal, mesmo portando algo em mãos, deverá sempre esperar a ordem do Venerável Mestre? Ou portando algo para ler já não necessita ficar à Ordem?
CONSIDERAÇÕES:
As ponderações que seguem são relativas aos Ritos que preconizam a postura para aquele que estiver em pé em Loja aberta, estará sempre à Ordem. Esse procedimento não é unânime na liturgia e ritualística maçônica universal. Nos trabalhos ingleses, por exemplo, não se adota essa praxe.
1 - De maneira autêntica a prerrogativa de autorizar alguém a desfazer o Sinal tem sido sempre do Venerável Mestre. O Primeiro ou Segundo Vigilante não dirige os Trabalhos da Loja, senão o Venerável Mestre. A regra é para qualquer Irmão e não apenas aos visitantes.
2 – A questão é sempre de bom senso. O Venerável deve atentar para a situação e após ter o usuário da palavra ter procedido na forma de costume – à Ordem – se dirigir às Luzes da Loja, o Venerável autoriza para que mais comodamente o usuário da palavra, estando de posse de escritos, assim proceda. O usuário da palavra também deve colaborar e ao pedir a mesma, deve deixar temporariamente os escritos sobre o assento, ou mesa, se for o caso, até o momento da dispensa do Sinal.
Dispensar o Sinal, ou “falar a vontade” não denota nenhum desmazelo de postura pelo praticante que, dispensado o mesmo, permanece sempre com o corpo ereto e os pés em esquadria, mesmo sem o Sinal. Aliás, o Venerável deveria atentar para esse detalhe e não ficar a todo o momento dispensando o uso do Sinal em Loja. Esse procedimento deve ser adotado para aqueles que necessariamente careçam ter às mãos textos escritos para desempenho do ofício.
A dispensa indiscriminada do Sinal, além de atentar contra a disciplina ritualística, auxilia certos “papagaios maçônicos” a fazerem longos discursos repletos de ranço e exaustivo lirismo.
Inquestionavelmente a composição do Sinal, passado um tempo, traz desconforto, fato que até auxilia para a objetividade da fala.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 785 Florianópolis(SC) – 20 de outubro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário