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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

ENTRADA NO FINAL DA SESSÃO

(republicação)
Solicitação que faz o Respeitável Irmão Matheus Casado Martins pedindo minha opinião sobre o assunto que segue: 
mcmartins07@yahoo.com.br 

Entrada no Templo após início da Sessão e posteriormente a circulação do Tronco de Solidariedade/Beneficência. Assunto discutido por Irmãos de um grupo denominado Palácio do Lavradio palacio_lavradio@yahoogrupos.com.br, Oriente da Cidade do Rio de Janeiro, sobre quando um Irmão pedia ingresso após a circulação do Tronco de Beneficência.

CONSIDERAÇÕES:

Eu diria que essa entrada estaria mais bem denominada se fosse colocada com “entrada no final dos trabalhos da Loja”. 

Entendo que atrasado é aquele que chega logo após a abertura dos trabalhos. Agora, no final dos trabalhos, no meu modesto entendimento já não é atraso. 

Ora, é norma consuetudinária na vertente maçônica que adota a coleta do Tronco de Solidariedade – todo o obreiro em Sessão obrigatoriamente tem que colocar a mão fechada e retirá-la aberta do recipiente (bolsa ou saco). 

Nesse sentido, ninguém mais pode entrar em Loja após a circulação do Tronco e declarado que ele fez o seu giro e está suspenso. Após estar o trajeto suspenso, não se oferece mais a bolsa para ninguém. 

Assim só existe uma conferência do conteúdo e ela deve ser feita na Sessão para mostrar a transparência e a lisura dos Trabalhos. Aliás, é devido a esse procedimento que não existe o tal de “lacrar o tronco em homenagem aos visitantes” – o Ritual de Aprendiz em vigência para REAA.'. é bem claro nesse sentido: exara a apuração do resultado. 

Agora, que procedimento seria esse posto em discussão de que existe o direito de se entrar na Loja após a circulação do Tronco? 

Essa “estória” de onde está escrito isso ou aquilo é uma questão subjetiva. Tradições, usos e costumes da Sublime Instituição nem sempre precisam de textos afirmativos. 

O que verdadeiramente se faz cogente é conhecer profundamente os costumes maçônicos. Não se pode institucionalizar o atraso. Um ritual é escrito para ser cumprido – nele está previsto o início o meio e o final dos trabalhos e nunca a preocupação com quem chega atrasado. 

Ações que demandem entradas após o Início dos trabalhos são previstas para os visitantes que não entrem em família, ou os protocolares de autoridades que desse costume tenham direito. Porém isso não pode ser considerado como atraso, se não daqueles que aguardam o momento propício para ingressar na Loja. 

Eu orientaria um Orador que fosse questionado da legalidade de não se deixar entrar alguém que possa porventura chegar atrasado e ainda no final da Sessão, que respondesse também onde está escrito que pode se chegar atrasado - não confundir com o previsto de que ninguém entra nos períodos de votação ou abertura dos trabalhos. 

Essa observação é feita para aqueles que aguardam legalmente o momento propício de entrada, o que implica que estão aguardando e não chegando atrasados. 

Obviamente que nas nossas práticas acontecem atrasos, todavia aí prevalece o bom-senso dependendo do caso (tolerância, não indulgência), porém nunca a regra de se tolerar que alguém peça ingresso após a circulação do Tronco. Isso se bem avaliado não é atraso.

Li atentamente os pareceres dos Irmãos integrantes do grupo de discussão. Fala-se em fraternidade, convivência, tolerância, egrégora1 (sic), etc. Não é bem o caso. O fato é o de se cumprir a prática maçônica. Se a moda pega e do jeito que temos visto alguns produtos auferidos pelos Troncos (o Hospitaleiro morre de vergonha e o carente de raiva), alguns usariam a prática para reforçar o pão-durismo maçônico. 

Por outro lado a questão também não é só a de que um Irmão compareça à Loja para fazer donativo no Tronco. É verdade. Ele comparece à Loja efetivamente para participar dos trabalhos. Destes existem as práticas litúrgicas, as discussões, as votações, a apresentação de propostas e informações, a participação no quarto de hora de estudos, o Tronco e não só a Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular que antecede o encerramento dos trabalhos. 

Finalizando. Após o Tronco de Beneficência ninguém deve ingressar nos trabalhos de uma Loja. Dentre a justificativa apresentada, também existe o bom-senso daquele que porventura queira assim proceder, senão antes medir no que ele próprio acrescentaria nos trabalhos em que ele praticamente nem mesmo participou. 

É interessante se notar que no ágape ninguém chega após a cozinha estar praticamente fechada. Aliás, já percebi sim alguns se retirarem antes (do pagamento da conta). 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.036- Florianópolis (SC) – sexta-feira, 05 de julho de 2013

Um comentário:

  1. Perfeito, como Orador, enfrentei essa situação e minha interpretação foi no sentido de que após a circulação do Tronco, não é permitido o ingresso de qualquer irmão - que, no caso, é um "atrasildo" inveterado. Cnoclusão: saí como o errado da história, julgado dessa forma por ao menos 90% dos Irmãos da Loja...
    Minha consciência está tranquila, já que optei pelo J e P e não pelo deixa disso, harmonia e mimimi. Parabéns!

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