Orlando de Oliveira Reis – ARLS “Pedreiros da Liberdade”, n° 79 – GLSC
É profundamente gratificante presenciar manifestações positivas que evidenciam o impacto que reforçam a importância da Maçonaria na evolução humana.
Sem hesitar, confesso que a Humanidade enfrentou, e enfrenta, desafios sem precedentes nestes últimos 50 anos, quer de ordem Comportamental, Tecnológica, Ambiental, Social, Ética ou Religiosa – aspectos que influenciam directamente a moralidade e interferem na convivência. Nós, Maçons, estamos inseridos neste contexto, já que o nosso propósito fundamental é: “Tornar Feliz a Humanidade”. Precisamos Iluminar com as nossas acções, além dos muros das Lojas. Sejamos o Farol!
Infelizmente, ideias inovadoras são frequentemente rejeitadas por Maçons conservadores, presos à TRADIÇÃO. Isto é justificável até certo ponto, mas a falta de comprometimento com a actualização do conhecimento enfraquece a nossa essência formativa, essencial para construir alicerces sólidos com os novos Maçons, que também querem “conhecer-se a si mesmo”, para perpetuar a Maçonaria.
Quantos Neófitos vêm perdendo rapidamente o encanto com os propósitos da Ordem? Somos responsáveis por esse desencanto por não facilitar adequadamente a formação desses novos irmãos.
Observando a Maçonaria sob diferentes perspectivas, sinto que estamos numa encruzilhada sem precedentes, imersos numa vertiginosa mudança de época. Este cenário dificulta a TRANSIÇÃO que toda TRADIÇÃO exige.
Não se trata de pessimismo, de forma alguma, mas sim de realismo. Não há como fingir que não estamos vendo. Mesmo que a fotografia nos deixe mais atraentes.
Os jovens Maçons anseiam por uma abordagem contemporânea, pois estão conectados aos desafios da actualidade, como: as questões sociais e políticas, a ética no mundo digital, a sustentabilidade ambiental, as profundas mudanças nas estruturas de trabalho, com o advindo, irreversível, da automação e, acima de tudo, a busca por um propósito mais profundo em um mundo cada vez mais complexo e superficial.
A história Tricentenária da Maçonaria é rica e essencial, mas é preciso dialogar com o presente. É necessário incorporar novos conceitos que estão aí para serem absorvidos, ou a Maçonaria corre o risco de ser superada por eles.
Para isso, é preciso equilibrar TRADIÇÃO com TRANSIÇÃO, respeitando a nossa herança, enquanto abordamos questões contemporâneas.
A Maçonaria pode ser um Farol de esperança em tempos de mudança. Mas precisa ser ACESO!
Fonte: Facebook_Fremason.pt
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