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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 5 de outubro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

PÉ DESCALÇO - REAA

Em 02.02.2024 o Respeitável Irmão Jaime Pedrassani, Loja Sopnhia, 60, REAA, GLRGS (CMSB), sem mencionar o nome do Oriente, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a dúvida que segue:

PE DESCALÇO

De longa data venho pesquisando as origens do "pé descalço" ou melhor, calçando uma alpargata, em nosso Ritual de Iniciação (REAA), e de forma predominante, sobretudo na Mitologia (Jasão, Perseu,...) tenho encontrado referências ao pé esquerdo descalço, quando se trata de heróis e mortais, e ao pé direito quando trata de divindades. Nosso Ritual, contudo, prescreve o pé direito. Poderia o Irmão auxiliar-me?

CONSIDERAÇÕES:

Em que pese existirem sobre esta prática inúmeras interpretações, sejam elas filosóficas, históricas e místicas, na Maçonaria a alegoria do pé descalço tem o desiderato de revelar humildade do candidato e o seu respeito ao ambiente consagrado para os trabalhos maçônicos, no caso, onde se opera a liturgia da Iniciação.

O caminhar claudicante de um pobre cand∴ que procura a L∴ ocorre para revelar esta condição durante as perambulações do Iniciado sobre o Pav∴ Mos∴nas diversas passagens naturais da cerimônia de Iniciação. A alegoria insinua o homem despojado das coisas mundanas.

Em relação a qual dos pp∴ que fica despojado de um calçado, me parece ser mais uma questão de rito do que propriamente algo místico relacionado ao humano e ao divino, pelo menos dentro da liturgia maçônica racional, autêntica e sem “achismos”.

Quanto à alpercata às vezes usada em algumas Lojas nesta ocasião, a mesma nada tem a ver com qualquer performance iniciática. Na verdade, a sua utilização somente se dá para proporcionar conforto e asseio ao candidato, sobretudo nas regiões onde comumente ocorrem temperaturas baixas.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


ROBERT "BERTIE" AULD (Glasgow, Escócia, 1938 - Glasgow, 2021). Destacado futebolista e respeitado treinador britânico. Reconhecido por sua contribuição para os Leões de Lisboa do Celtic, que conquistaram a Liga dos Campeões de 1967.

Auld deixou sua marca na Liga Escocesa, acumulando mais de duzentas partidas com clubes como Celtic, Dumbarton e Hibernian, além de ter jogado mais de cem vezes na Football League pelo Birmingham City. No início de sua carreira, representou a Seleção Escocesa de Futebol em três ocasiões, destacando-se pela habilidade e dedicação ao esporte.

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 26 de novembro de 1965. Loja: Broomhill nº 1595, em Glasgow, Escócia

Idade que foi iniciado: 27 anos.

Faleceu aos 83 anos de idade.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

DECÁLOGO DAS COMPETÊNCIAS

1.Não compete ao Maçom buscar honrarias; compete-lhe merecê-las e abrir mão delas reconhecendo que mais vale ser lembrado do que agraciado. A lembrança é eterna, a honraria é temporária.

2.Não compete ao Maçom escolher cargos na Ordem ou nas Lojas, candidatando-se a estes, compete-lhe aguardar o momento em que os Irmãos reconheçam nele as qualidades para indicação; compete-lhe após escolhido exercê-los com zelo e responsabilidade, reconhecendo que no cargo torna-se naturalmente Mestre dos que dirige e sabendo que, um dia, voltará e será por eles dirigido.

3.Não compete ao Maçom habitar palácios; compete-lhe fazer de sua habitação um templo à Glória do GADU, reconhecendo que no Templo do Senhor do Mundo não há pompa, luxo, futilidade, arrogância, vaidade, orgulho. Perante o GADU temos todos a mesma estatura!

4.Não compete ao Maçom criticar o Irmão; compete-lhe carinhosamente mostrar-lhe o caminho que o leva ao coração da Ordem, ou o caminho de retorno ao mundo profano, caso este lhe seja mais apropriado.

5.Não compete ao Maçom criticar a Loja que o abriga; compete-lhe lutar incansavelmente até convencer seus Irmãos ou ser convencido por eles.

6.Não compete ao Maçom construir e manter obras assistenciais; compete-lhe garantir o funcionamento da máquina do Estado, responsável pelo cumprimento dessas obrigações.

7.Não compete ao Maçom construir e manter hospitais; compete-lhe assegurar que todos tenham acesso à saúde.

8.Não compete ao Maçom construir e manter escolas; compete-lhe assegurar que as existentes formem adequadamente os homens de amanhã.

9.Não compete ao Maçom imobilizar-se e omitir-se frente à injustiça e a desobediência legal, mentira e simulacro; compete-lhe mobilizar todas as forças de que dispõe para erradicá-las definitivamente do meio maçônico e da sociedade profana.

10. Não compete ao Maçom ser conduzido; compete-lhe conduzir a humanidade. Isto tudo porque não compete ao Maçom tão somente fazer caridade; compete-lhe agir para que ela não seja mais necessária. (Recebido via email do irmão Edgar Bedendo, de Paranavaí- Pr.)

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A LETRA G - SIGNIFICADO

Em 02.02.2024 o Poderoso Irmão Sandro Tarpinian, Loja Fraternidade de Santa Gertrudes, 3211, Oriente de Santa Gertrudes, REAA, GOB-SP, Estado de São Paulo, apresente o que segue:

A LETRA G

Já conversamos por algumas vezes pessoalmente. Já tive vários cargos nas administrações da SAFL e do GOB. Atualmente estou de Adjunto na Grande Secretaria de Previdência e Assistência.

Na última sessão de minha oficina, tivemos a dúvida quanto ao “G” que fica no altar no Venerável Mestre. No caso na minha loja esse painel acende. (foto em anexo)

Gostaríamos de saber o significado da letra “G” (que para nós significa o GADU) e quando esse painel tem que estar aceso.

Estamos certos quanto ao significado? Quando acende?

CONSIDERAÇÕES:

Rigorosamente, conforme especificado no ritual, a letra G não fica no Oriente em se tratando de REAA, porém dentro da Estrela Flamej∴, estrela esta que fica pendente do teto sobre o lugar do 2º Vig∴, no meridiano do Meio-Dia.

No tocante ao significado da letra G, sob o caráter de autenticidade, ela corresponde à Geometria, ou a Quinta Ciência, a quinta das Sete Artes e Ciências Liberais estudadas na Maçonaria. Em que pese o atual ritual do GOB também dar ainda outros significados para a letra G, o que está errado, o novo ritual de 2024 corrige esta distorção, enfatizando que o verdadeiro significado é Geometria e a letra G nada tem a ver com o Yôd, primeira letra do Tetragrama Hebraico - leitura da direita para a esquerda.

Também não faz sentido se dizer que a letra G significa Grande Arquiteto do Universo, pois se assim fosse nos idiomas latinos teríamos que substituir o G por D.

Como símbolo, a letra G não fica no Oriente, mas na Estrela Hominal e o seu significado, reitero, é GEOMETRIA, ciência aplicada nas construções perfeitas e duráveis. Vale mencionar que a Geometria foi criada no Antigo Egito para medir e calcular as terras férteis do delta do rio Nilo. Sábios gregos levaram-na à Grécia onde ela ganhou a representação filosófica de Grande Geômetra, ou “Aquele” que geometrizou e deu Ordem, Harmonia e Equilíbrio para o Universo. Agora, daí se especular que “G” significa Deus (Grande Arquiteto do Universo) e ainda corresponde ao Yôd hebraico (YHWH) é no mínimo querer forçar a barra.

Deixando as especulações de lado, a Geometria (do Grego geo = “terra”; metria = “medida”) foi um ramo da matemática muito aplicada nas construções de mosteiros, igrejas e catedrais da Idade Média pelos ancestrais operativos da Franco-maçonaria. Atualmente, na Moderna Maçonaria, sob conceito especulativo, a letra G significa uma Verdade Universal sempre presente na jornada do Iniciado. Por esta razão é que no REAA a letra G é um complemento importante para se decifrar o segredo revelado apenas àqueles que alcançam o grau de Comp∴ Maç∴.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

FRASES ILUSTRADAS

FRATERNIDADE NA MAÇONARIA

Ir∴Valdemar Sansão

Só os homens livres e de bons costumes, em igualdade de oportunidades, podem conviver fraternalmente numa sociedade organizada.

Quem de nós considera a si próprio como pouco fraterno? Quem admitiria saber muito pouco acerca desse sentimento que tanto se apregoa?

Estas perguntas que raramente nos ocorrem, pois o conceito de fraternidade é um desses que todos acreditamos conhecer por experiência própria, deixando de lado a necessidade de uma meditação mais cuidadosa.
Por outro lado, as evidências colocam justamente a falta de fraternidade como origem da maior parte dos problemas que nos afetam. Que raro sentimento é este,afinal, que todos queremos, que todos pensamos que temos, mas que tão dificilmente encontramos?

Pois um dos mais importantes objetivos da Maçonaria, a fraternidade é a condição na qual nos identificamos mutuamente como Irmãos, agindo como se fizéssemos todos parte de uma mesma família. Isto, no entanto, não é o suficiente para que possamos compreender o verdadeiro sentido da fraternidade.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

JOIAS FIXAS - PEDRAS: BRUTA, CÚBICA E POLIDA

Em 30/01/2023 o Respeitável Irmão Wilson Bonifácio Silva Junior, Loja Templários Celestes, 3767, REAA, GOB-SP, Oriente de Rio Claro, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão:

PEDRA BRUTA, PEDRA CÚBICA E PEDRA POLIDA

Meu irmão, se possível, gostaria que me orientasse sobre a situação da nomenclatura relacionada à pedra cúbica e pedra polida. Sabemos que o Aprendiz trabalha na pedra bruta, em seu desbaste e se preparando para elevação. O Companheiro trabalha na pedra cúbica. Não tem nenhuma citação específica sobre pedra polida. Porém, é costumas escutarmos em loja este termo e também em vários artigos. A pedra cúbica, está definida a sua forma, a pedra polida, pode ser qualquer uma, se estiver polida.

No nosso ritual do grau 3, na página 106 cita a pedra bruta. Na página 172, em primeira instrução do grau 3, é citada como pedra polida. Pesquisei o SOR, grau 3 e na primeira instrução não vi alguma alteração estabelecida. Temos na Maçonaria a pedra polida ou o correto é sempre: pedra bruta e pedra cúbica?

Este assunto foi ventilado em nossa sessão de ontem e eu fiquei incumbido de trazer a informação mais própria para este uso.

CONSIDERAÇÕES:

Infelizmente o costume de generalizar as coisas ainda se faz presente na Maçonaria. Nesse sentido, inicialmente vale relatar que no simbolismo do REAA não se usa o termo Pedra Polida, porém Pedra Cúbica, além da Pedra Bruta.

Pedra Polida é título mais apropriado para CRAFT, que por aqui é conhecido como York (vertente anglo-saxônica de Maçonaria).

No 1º Grau do Rito de York, a representação da pedra - ainda disforme - é um elemento que sofreu os desbastes primários e que possui, aproximadamente, a forma esquadrejada (com cantos). Embora seja uma pedra parcialmente trabalhada, a mesma ainda é detentora de muitas arestas (asperezas), carecendo, portanto, de correções para servir integralmente ao seu objetivo. Representa o Aprendiz Admitido e é a Joia Fixa da Loja no 1º Grau.

Seguindo esta performance iniciática, no 2º Grau, a Pedra obtém os retoques finais, ou seja, é burilada para perder as imperfeições, o que lhe dá um aspecto de Pedra Polida, livre de arestas e ajustada para a elevação das paredes. Como a segunda Joia Fixa da Loja, a Pedra Cúbica Polida demonstra o aprimoramento do maçom, desde os trabalhos iniciais até ele se tornar um elemento primordial e capaz para satisfazer as exigências da Arte.

Com este mesmo objetivo, contudo, dentro da conjuntura iniciática da vertente latina de Maçonaria, de onde faz parte o REAA, a Pedra Bruta (1ª Joia Fixa da Loja) se apresenta como um bloco totalmente disforme, tal como fora retirado da jazida. Assim, pela instrução dos seus Mestres, o Aprendiz paulatinamente irá desbastando a Pedra Bruta até torna-la Cúbica, apropriada para uma construção justa, perfeita e durável. Já a Pedra Cúbica, nesta conjuntura, é o produto resultante do elemento primitivo perfeitamente trabalhado e pronto para ser utilizado na elevação das paredes.
 
Graças a isto, é que no REAA a Pedra Cúbica (2ª Joia Fixa da Loja) é o símbolo do Companheiro Maçom. Significa que a Pedra, antes bruta e disforme, agora útil, se encontra preparada pelas mãos do artífice.

A alegoria demonstra que, pela ação e pelo trabalho, a Pedra Bruta foi transformada em Pedra Cúbica, simplesmente. Nesta conjuntura não se utiliza o termo “pedra polida”.

Ao concluir, vale a pena observar que o objetivo da alegoria das Pedras Bruta e Cúbica, seja ela na vertente anglo-saxônica ou na latina, é o de simular transformação. É bom que se diga que os ritos maçônicos possuem elementos estruturais particulares que devem ser conservados na sua originalidade. Cada Rito possui a sua construção doutrinária. Generalizar práticas ritualísticas entre eles muitas vezes faz com que a boa geometria saia ferida.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

FRASES ILUSTRADAS

A AÇÃO JUSTA

A Ação Justa . . .

Não te preocupes, Irmão Aprendiz, quando buscas, nós buscamos também. . . .vamos,. . ..caminhemos juntos ,. . . somos todos eternos Aprendizes. . .

Nós damos ao teu Espirito a semente que pode germinar no terreno de possibilidades que representas.

Se, neste instante, não consegues perceber claramente a forma da árvore, é porque o grão ainda não germinou o bastante para que reconheças a sua forma. Talvez poderás sentir a sua sutil essência, aí compreenderás que o objetivo geral a visar e o seguinte.

Ao desejares ardemente uma coisa, sempre acabarás realizando-a, pois os meios te serão dados um dia apos outro. . . 

O que desejas no momento ? Ser livre ? Ser amoroso ? Ou, talvez, ser o que deves ser ?

Ora, para ti o melhor a fazer é reencontrar a tua essência, vivê-la e manifestá-la para ajudar os outros a manifestar a deles.

Tu és um elo da corrente que forma o colar.

Se construires o teu elo, os outros saberão que é chegada a hora de construir o elo que lhes foi destinado. Por isso, não te impacientes, observa o horizonte ouve longamente o barulho das ondas e saibas que, sem cessar, elas impelem o galho e, somente porque incansavelmente se transformam em múltiplas formas e que podem criar, modelar uma nova forma, que só pode ser o dia graças a esse trabalho.

. . .agora , querido Irmão e Companheiro de busca

Se é a ti próprio que procuras experimentando-te em múltiplas buscas , em multiplas direções, é porque estás polindo a pedra, transformando-a lentamente desenhando-a o melhor possivel e podes percebê-la cada vez mais. E quando, enfim, estiver terminada, ela florescerá clara diante de teus olhos, será a fonte da tua alegria e a dos outros, ela te assinará um momento de verdade profunda, que te fará compreender instantaneamente a origem e o objetivo do teu longo trabalho preparatório.

Não reclames por passar por esse caminho, e tão mais fácil nada fazer de bom do que fazer uma só coisa exata. A primeira maneira se precipita, pois tem medo de se enganar, a segunda avança lentamente e com calma, pois esta segura de sua verdade.

Não tenhas medo de esperar, pois quando a ação é justa o resultado também é justo.

Eis por que aquele cuja ação é justa encaminha-se lenta, mas seguramente, rumo ao Reino dos Justos.

Fraternalmente
(Auto desconhecido)

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

COPO D'ÁGUA - ÁGAPE FRATERNAL NA MAÇONARIA

Em 01/01/2024 o Respeitável Irmão Thiago Lima, Loja Tabernáculo, 3418, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a dúvida seguinte:

COPO D’ÁGUA

Meu Irmão, recentemente me filiei a uma loja do GOB-SP e percebi que nessa Loja os Irmãos em questão não conheciam o termo "copo d'água". Vim de uma Grande Loja e isso era o usual por lá. Fiz algumas pesquisas e nos boletins do GOB, "copo d'água" já era utilizado desde 1872, mas ainda assim alguns Irmãos são categóricos ao dizer que o correto é "ágape". Gostaria de saber se existe algo nos rituais que reafirme o termo "copo d'água" como errado e, se sim, a partir de quando passou a ser considerado errado.

Desde já agradeço. Se necessário, depois posso te confirmar qual foi o boletim exato em que vi o termo ser utilizado.

CONSIDERAÇÕES:

A expressão “copo d'agua” é geralmente utilizada nas reuniões comensais informais, sem caráter iniciático e após as sessões maçônicas nas Lojas.

Na maioria das vezes essas reuniões informais ocorrem no salão de ágapes da Loja. Nelas, comumente, após a sessão, os Irmãos fazem brindes a um fato ou a um determinado cargo ou pessoa, mas isso não tem compromisso com ritual de Loja de Mesa, o qual segue a uma liturgia e uma ritualística iniciática aprimorada dentro de um rito maçônico

Em termos genéricos, essas reuniões informais, conhecidas nos meios maçônicos como “copos d’água”, que comumente ocorrem em um jantar, também são chamadas de ágapes fraternais. À vista disto, em se tratando de Maçonaria, ágape e copo d'água tratam-se de uma mesma coisa, embora ágape às vezes possa significar, em determinadas ocasiões, algo com caráter iniciático.

Em Maçonaria, existem muitas formas de reuniões comensais. Na Inglaterra, por exemplo, é natural em muitas Lojas se suspender os trabalhos para que os Irmãos participem de uma refeição e depois retornem aos trabalhos na Loja.

No GOB, atualmente, o termo mais usado para reuniões comensais informais é ágape. Nas Lojas de Mesa, o mais utilizado, embora impróprio, é Banquete Ritualístico.

Embora o por aqui o título “copo d’água” já tenha sido bastante usado no passado, nos dias atuais ele não é muito conhecido. É mais difundido na Maçonaria anglo-saxônica.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 65 - Free Masons

Por que será que apareceu o termo “Free Mason – Maçom livre”? Esse termo foi originado na época dos Maçons Operativos, na Inglaterra, Escócia ou Irlanda.

Há muitas teorias: um homem era um Maçom livre porque seus antecedentes não eram escravos e ele não era um escravo.

Ele era assim chamado porque ele era livre dentro da Guilda a qual pertencia ou era livre das leis da Guilda a qual pertencia e podia, então, viajar e trabalhar em outros locais ou outros países, conforme suas necessidades, desejos ou quando era requisitado. Isso nos leva a conclusão que havia dois tipos de Maçons: o Maçom que fazia um serviço mais rústico e um outro tipo que fazia um serviço que requeria mais habilidade, mais conhecimentos, mais destreza. Era este último que dava o acabamento, a beleza, a arte nas construções: era o artesão especializado, o artista! E era requisitado, obviamente, pelos reis, alto clero e nobres. Esse era, provavelmente, o Free Mason.

Pessoas com essas habilidades não são feitas. Elas nascem artistas e se desenvolvem, ou não. Não se produz um Michelangelo, ou um Leonardo da Vinci, ou um Rafael. Eles aparecem independentemente de nossos desejos (que fique claro que não estou afirmando que esses últimos citados fossem maçons operativos. São somente exemplos de artistas).

O Free Mason podia ter sido assim chamado porque ele trabalhava um tipo de pedra, adequada e fácil de se trabalhar manualmente, chamada “freestone”, existente nas Ilhas Britânicas. Elas podem ser cortadas, cinzeladas e esculpidas facilmente.

Ele podia ser sido chamado de “livre” quando tinha terminado seu aprendizado, na fase de Aprendiz e se tornado um Companheiro dentro da Ordem (Fellow).

Ele podia ter sido chamado de “livre” quando saiu do estado de servo feudal e legalmente se tornado livre.

Em algum tempo, os Maçons foram chamados de “Free Mason – Maçom livre” por alguma dessas razões mencionadas acima, ou talvez devido a todas elas.

O consenso, conforme dou a entender no terceiro parágrafo, tende para a teoria de que o termo Free Mason era devido a sua habilidade, seu conhecimento e sua destreza que o tornavam livre de determinadas condições, leis, regras e costumes, as quais limitavam maçons com menores habilidades, na época das construções das grandes Catedrais.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

FRASES ILUSTRADAS

DOS DIVERSOS TIPOS DE MAÇONARIA

Romulo Ferreira Diniz
Antonio Carlos Garcia
Lj. Retidão e Sabedoria # 685 GLMESP
Ritual de Emulação

Os registros históricos indicam que, desde o seu surgimento, a Maçonaria defende a liberdade de pensamento, o trabalho livre, a liberdade religiosa e está sempre ao lado dos interesses do povo. A Maçonaria glorifica Deus, o Único Todo-Poderoso Criador do Universo, a quem chama de Grande.: Arquiteto do Universo (G∴A∴D∴U∴).

Utilizando como símbolo universal, o Esquadro, representando a Lei, e o Compasso representando a Justiça, entrelaçados no centro com a letra G (o Geômetra), temos o significado da aspiração máxima da Maçonaria:- A Lei e a Justiça de Deus sobre todos os homens. A Maçonaria é uma sociedade iniciática e cultural de livres pensadores. O ingresso na instituição obedece a rigoroso processo e, participar do quadro de obreiros de uma Loja é uma sorte, um privilégio concedido ao candidato que for julgado digno, livre, sensível ao bem e crente em Deus.

Pode-se dizer que a Maçonaria é composta basicamente de três elementos: O Iniciático; o Fraternal e o Humano. Nos dois primeiros elementos, ou seja, no Iniciático e no Fraternal reside a essência do espírito maçônico. A Ordem é a mesma, sempre e em qualquer lugar do mundo.

Já no terceiro elemento, ou seja, o Humano, a Maçonaria apresenta diferentes aspectos em decorrência da mentalidade de seus membros influenciada pelo meio em que vivem e, também, pelas circunstâncias políticas, econômicas, religiosas ou históricas. Mesmo assim, gira em torno de uma só idéia – a tolerância.

Portanto, a Maçonaria nunca se apresenta como a dona da verdade. Não impõe dogmas. Muito pelo contrário. Seus membros têm o livre arbítrio. O livre pensar.

Por se encontrar unida espiritualmente em seus diversos princípios a Maçonaria se tornou uma Instituição Universal. Entretanto existe, sob a ótica material e institucional, uma profunda divisão advinda do próprio sentimento maçônico que prefere a adesão crítica à adesão cega, ignorante e irracional.

Em 1717, foram materializadas as Obediências que são potências autônomas e independentes, pois não há governo central da Maçonaria. Muitas delas, apesar de comungarem alguns princípios, não mantêm um contato ou relacionamento entre si, existindo, até mesmo, obediências que estão de relações suspensas ou cortadas. Não obstante isto, a união espiritual está sempre presente entre os maçons principalmente no que tange ao espírito dos rituais e dos Graus Simbólicos, que é o mesmo em toda à parte, por maiores que sejam as divergências verbais e dos ritos entre graus idênticos, trabalhados por obediências diferentes.

Antes, as Lojas eram livres não havia subordinação a grandes lojas ou grandes orientes. Hoje, muitas lojas estão voltando às origens, assumindo uma postura de liberdade e independência, buscando praticar a maçonaria de forma pura, solidária e fraterna, com prioridade na elevação do espírito, na busca do conhecimento, valorização do homem como um todo, rumo à paz e ao progresso, despida de vaidades e egoísmo.

Ora, em sendo a Maçonaria apologista do livre pensar, da investigação científica, da procura da verdade, nada mais natural que cada irmão, com o passar do tempo, procurasse fazer parte de lojas onde os seus anseios, a sua procura, o seu modo de ser se identificassem. Daí surgiram oficinas que, sem deixar a prática dos Princípios Universais da Maçonaria, direcionaram seus trabalhos com foco específico em decorrência dos interesses do grupo, do momento histórico, da ação social pretendida e em função do meio e da época.

Perquirindo a literatura maçônica, vamos encontrar os seguintes tipos de maçonaria:

A Maçonaria Iniciática

É o ingresso na Ordem Maçônica quando o Aprendiz recebe, de forma simbólica, o Cinzel e o Maço instrumentos de trabalho e que o levarão à pesquisa esotérica, no sentido místico.

Cabe observar que o simbolismo é uma das ciências mais antigas do mundo. Através dos símbolos, os povos primitivos se comunicavam e registravam sua história. O verdadeiro símbolo é aquele que pode ser interpretado por diversos ângulos, de acordo com a capacidade intelectual e emocional de cada um.

De acordo com a Encyclopaedia de Mackey, “a maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo”.

O Cinzel é o Instrumento do grau de Aprendiz. Representa o intelecto e sugere o trabalho inteligente. Simbolicamente, serve para desbastar a pedra bruta da personalidade.

Já o Maço, ou Malho, representa a ferramenta para, alegoricamente, desbastar a pedra ou educar a agreste e inculta personalidade para uma vida ou obra superior. O malho simboliza a vontade, energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessário para vencer e superar os obstáculos.

A Maçonaria Filosófica e a Maçonaria Teísta

A Maçonaria congregando todas as manifestações do pensamento humano está sempre a procura da Sabedoria e da Luz que ilumina e dirige tanto o Macrocosmo como o Microcosmo. Neste contexto, ela mergulha em busca de conhecimentos estudando a História das Religiões, da Filosofia e a História e Evolução da Humanidade. Assim, são as Lojas Filosóficas, dos altos Graus e as Lojas em que os Irmãos se dedicam aos estudos religiosos, místicos e espiritualistas, construindo uma rede que une todas as correntes do pensamento humano.

A Maçonaria Fraternal ou Clubista

As lojas deste segmento têm uma postura mais de clube social, de confraternização entre seus membros, apesar de realizarem programas de grande alcance humanitário. Nos casos da espécie, hão de se ter as cautelas necessárias para que a oficina não se transforme apenas numa associação longe dos objetivos maiores da maçonaria como “Ordem” e Instituição que busca, através da simbologia de seus rituais e no esoterismo, o caminho que leva ao conhecimento e à evolução do ser humano.

A Maçonaria Beneficente

Caracteriza pela postura humanística e filantrópica assumida pelos obreiros, alicerçada na tríade fé, esperança e caridade. Compromissados com a melhoria das condições de vida do ser humano, a ação destes Irmãos não se restringe ao mundo maçônico, mas, quase sempre, dão assistência material e espiritual também aos profanos e a todas as pessoas menos favorecidas, que foram abandonadas pela sociedade, esquecidos pelos políticos e que estão por toda a parte, nas ruas, sob as pontes e viadutos, levando uma vida indigna e desumana.

A Maçonaria Política

A Maçonaria Política consiste na ocupação de espaços na sociedade, participação, atuação cívica e representatividade.

A maçonaria está sempre presente na nossa história. Destacou-se, inicialmente, entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do século XVIII, período em que assumiu uma posição avançada, representando um importante centro de atividade política, difundindo os ideais do liberalismo anticolonialista. 

Sua influência cresceu consideravelmente durante o processo de formação do Estado Brasileiro, onde apareceu como uma das mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao longo de todo período monárquico no século XIX.

A participação da Maçonaria na política está na sua própria razão de ser. A política desinteressada, conduzida com honestidade encontra guarita dentro das aspirações maçônicas e dos princípios de nossa Lei Maior, ou seja, a construção de um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias.

A Maçonaria Conspiratória

Ao longo de sua existência a Maçonaria teve que superar enormes obstáculos advindos das perseguições religiosas, políticas e, até mesmo, de incompatibilidades surgidas entre os seus membros no curso da sua evolução histórica.

A crença de que não existe verdade pétrea, que a vida é um aprendizado constante e, a cada segundo, conceitos são mudados, novas descobertas são anunciadas, fazem com que o verdadeiro maçom tenha o dever de investigar com habilidade, bom senso, sabedoria e procurar a Verdade com vistas à construção de um futuro melhor, mais humano e que a paz seja alcançada.

Desta forma, onde houver um ditador e uma ditadura haverá alguém se opondo. Este alguém poderá ser um maçom ou contar com o apoio da maçonaria. Enquanto a Maçonaria defender a liberdade do ser humano será sempre um alvo de perseguições e intolerâncias. Porém, a Maçonaria e o Ideal Maçônico já provaram que podem ser amordaçados, mas nunca emudecidos.

Finalmente, podemos dizer com toda tranqüilidade que ao trazerem para a Loja as suas características pessoais os irmãos constroem um ambiente com o qual se identificam, tornando os trabalhos mais eficientes e eficazes, mas sempre respeitando os símbolos e praticando os rituais de acordo com os mandamentos maçônicos.

Concluindo, gostaria de homenagear um personagem histórico que é bastante caro e importante a toda Ordem Maçônica. Assim, peço vênia ao grande poeta de além mar, Fernando Pessoa para, fazendo minhas as suas palavras, dizer que o maçom deve:

Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, e combater, sempre e em toda a parte os seus três assassinos: a IGNORÂNCIA, o FANATISMO e a TIRANIA.

Fonte: JBNews - Informativo nº 248 - 03.05.2011