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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 24 de maio de 2025

PARES DE LUVAS E ABERTURA DO LIVRO DA LEI

Em 28.09.2024 o Respeitável Irmão Marcos Roberto Baliscei, Loja Cavaleiros de Aço Pedreiros do Ingá, 189, REAA, GOP (COMAB), Oriente de Maringá, Estado do Paraná, apresenta as dúvidas seguintes:

PARES DE LUVAS

Os Aprendizes recebem as luvas (na Iniciação) para protegerem as suas mãos; Os Companheiros ainda burilam na Pedra. Os Mestres não mais "trabalham" na pedra". Até onde usar as luvas "como proteção", ou complementam faz parte da indumentária?

Quem deve abrir o Livro da Lei, o Ex-Venerável, ou Orador?

Desde já agradeço sua atenção.

COMENTÁRIOS:

Não sei exatamente o que prevê o ritual da vossa Obediência, mas seguem as minhas apreciações:

As luvas, assim como o avental, na Maçonaria Operativa tinham literalmente o objetivo de proteger as mãos dos operários (Aprendizes e Companheiros) no canteiro de obras, ou oficinas de trabalhos, nas Guildas de profissionais da Idade Média, ancestrais da Moderna Maçonaria.

Um detalhe importante neste contexto é o de que na Maçonaria de Ofício existiam apenas duas classes de trabalhadores, a dos Aprendizes Admitidos e a dos Companheiros do Ofício. O dirigente do canteiro (lojas operativas) era escolhido dentre os Companheiros mais experientes. Não existia o grau especulativo de Mestre Maçom naquela época.

Com a chegada da Maçonaria Especulativa, a partir dos primórdios do século XVII, alguns ritos maçônicos mantiveram a tradição do uso de luvas, agora brancas (sem mácula), como símbolo de pureza do iniciado. 

Sob esta óptica, as luvas especulativas atualmente são mais simbólicas do que propriamente de uso indumentar. 

Na atualidade, muitos ritos maçônicos não determinam mais o uso de luvas para os Aprendizes e Companheiros, reservando-as, muitas vezes, apenas os Mestres nas sessões magnas. 

À vista disso, hoje em dia o uso de luvas brancas vai depender mais da Obediência do que do Rito, propriamente dito.

Em relação ao Livro da Lei, originalmente no REAA quem o abria era o Ex-Venerável mais recente da Oficina. Todavia, por uma questão de costume equivocado, mas constantemente aceito, boa parte dos rituais indicam esse ofício para o Orador. Desse modo, pela constância dessa prática, a abertura do Livro por esta Dignidade acabou virando consuetudinária.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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