Dom Bernardino Marchió Bispo de Caruaru/PE em missa com a participação de Maçons. [Extraída do Grupo MaconariaPesqueirense]
Jozinaldo Viturino de Freitas MM ARLS Vale do Ipojuca nº 45, Sanharó/PE
A Augusta e Respeitável Loja Simbólica Vale do Ipojuca, Sanharó/PE, está construindo um pequeno obelisco maçônico na entrada da cidade, precisamente, na Praça Miguel Arraes. O monumento tem a forma de uma pirâmide de quatro lados possuindo nos lados, em alto relevo, o nome da Loja, o Esquadro e o Compasso, a figura do Aprendiz Maçom e a figura de São João Batista, patrono da Maçonaria. No ápice da pirâmide o Compasso e o Esquadro em metal. O monumento se encontra em fase de acabamento e foi obra de iniciativa do Mestre Maçom José Adilson da Silva (Adilson da Carreta) e a confecção a cargo do Mestre Maçom (grande artista) Elizardo Mendes da Silva (Professor Zaldo). Antes de sua conclusão o símbolo já foi alvo de vândalos, que puseram um cão morto espetado no Esqu adro e Compasso e alguns bilhetes ofensivos a Maçonaria. Quem age dessa maneira desconhece perfeitamente os objetivos da Maçonaria, acreditando que ela seja uma religião do mal. A Maçonaria, na verdade, é uma associação de homens sábios e virtuosos, que se consideram Irmãos entre si, para viverem em perfeita igualdade, unidos por estima, confiança e amizade recíprocas. Os Maçons estão ligados por deveres de fraternidade, para se prestarem mútua assistência. Maçonaria tem por finalidade combater a ignorância, os erros e os preconceitos em todas as modalidades. Possui a Maçonaria um programa de defender as leis, praticar a justiça, amar ao próximo, viver segundo os ditames da honra e trabalhar pela felicidade dos homens. Tem como finalidade o aperfeiçoamento social, moral e intelectual da humanidade, procurando constantemente a verdade, dentro de uma moral inflexível e da prática da solidariedade. A Maçonaria se coloca eqüidistante de todos os credos e partidos políticos, pois não é instituição política e nem religiosa. Segundo o Irmão Maçom Rui Bandeira (disponível em http://www.rlmad.net/arquivoblog/59-a- maconaria/656-maconaria-religiao.html) “A Maçonaria nasce na Europa cristã. É completa e absolutamente teísta e cristã, na sua origem. Perante as lutas, dissensões, querelas, entre católicos e protestantes, fez ressaltar esta simples verdade: uns e outros criam no mesmo Deus, sendo insano matarem-se uns aos outros em nome das suas diferentes formas de se relacionarem com o mesmo Deus. Esta base cristã demorou poucos anos a alargar-se ao judaísmo: também o Deus da religião judaica é o mesmo... E seguidamente a lógica impunha o alargamento ao islamismo: o Deus permanece o mesmo, o nome é que muda, as culturas é que divergem. E, partindo-se de uma base monoteísta, em que existe um único Deus, qualquer que seja a sua designação, racionalmente é indiferente que outras religiões (hinduísmo, po r exemplo) sejam politeístas: para o monoteísta, o politeísmo mais não é do que diferentes manifestações do mesmo e único Deus. Sobre a base teísta, acrescenta-se posteriormente e admite-se também o crente deísta, isto é, aquele que prescinde da intermediação da Revelação, da igreja, do sacerdote, na sua relação com o Divino, aquele que crê poder estabelecer essa relação sem necessidade dessa intermediação. A partir do momento em que a maçonaria se alarga até este ponto, admite no seu seio qualquer crente, qualquer que seja a sua crença individual. Deixa portanto de ser essencial qualquer concepção de Criador, do Divino. Porque reconhecida a liberdade individual de crença, é a crença individual que conta. Uma ponte a todos une: a crença de que somos mais do que mera carne e ossos e sangue e miolos, a crença que somos também, ou quiçá principalmente, espírito, que sobreviverá à extinção da chama da vida na carne, nos ossos, no sangue e nos miolos. O que essencialmente conta é portanto a crença na permanência da dimensão espiritual do Ser, chame-se ela vida para além da vida, reencarnação, ressurreição, nirvana - o que for. Assim a tônica se estende à espiritualidade, inclusiva, por exemplo, dos budistas. A Maçonaria não é uma religião. É um espaço comum de crentes em todas as religiões, organizadas ou individualmente sentidas. É um espaço comum de convívio, de fraternidade e, sobretudo, de instrumento para o aperfeiçoamento de cada um, segundo a sua crença, a sua vontade, o seu caminho. Não prega, não detém, não apregoa, não oferece, qualquer Salvação. A Religião é a ligação entre os homens e o Divino. A Maçonaria Regular limita-se - e muito é! - a buscar a melhoria dos homens que crêem no Divino.”
Fonte: JBNews - Informativo nº 260 - 15.05.2011
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