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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

PADRE MAXIMILIANO MARIA KOLBE - IGREJA E MAÇONARIA

Em 27/12/2024 o Respeitável Irmão Luiz Névoa, Loja Cruzeiro do Sul, 1603, REAA, GOB -PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta o pedido seguinte:

PADRE MAXIMILIANO KOLBE

Meses atrás, em uma missa na igreja do meu bairro, um jovem padre, no sermão, falou sobre o padre Maximiliano Kolbe e, ao final afirmou aos presentes que a Maçonaria não é coisa de Deus.

Sei que a igreja católica tem lá suas restrições à nossa ordem, mas gostaria da brilhante análise do irmão sobre isso.

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente, vale enfatizar que não existe nenhum pretenso “perdão” da Igreja Católica Apostólica Romana à Maçonaria. Segundo a Santa Igreja, o maçom vive em pecado, portanto não existe compatibilidade entre a Igreja instituição e a Maçonaria.

Infelizmente, ainda existem muitos maçons ufanistas que vivem a propagar inverdades, tal como um falso pedido de perdão do Papa João XXIII à Maçonaria e ainda as supostas celebrações de missas por alguns padres católicos apostólicos romanos dentro dos templos maçônicos. Nada disso é verdade e nada disso altera o rumo da história, pois, segundo a Igreja, os maçons ainda continuam em pecado grave. Perante o clero é ilegal um padre católico apostólico romano pertencer aos quadros da Maçonaria.

O que de fato existe é uma tolerância velada por parte de muitas das autoridades eclesiásticas e seus sacerdotes. É o “faz de conta que não vê” e assim segue a carruagem.

Em relação a Rajmund Kolbe, ele foi um missionário franciscano nascido em Zadunska Wola, na Polônia em 1894 e falecido como mártir em 1941 no campo de extermínio nazista de Auschwitz. Sacrificou-se morrendo de fome no lugar de outro prisioneiro que havia sido castigado por ter tido empreendido fuga daquele nefasto campo de concentração.

Como mártir da Igreja, em 10 de outubro de 1982, Kolbe foi canonizado pelo também polonês, Papa João Paulo II, sob o nome de São Maximiliano Maria Kolbe.

No dia da sua canonização, também esteve presente Franciszek Gajowniczek, personagem pelo qual Kolbe houvera se sacrificado perante os horrores do nazismo em Auschwitz.

Ainda sobre Kolbe, vale destacar que a 16 de outubro de 1917, em Roma, ele fundou uma associação pública de fiéis cristãos, a qual ficaria conhecida com a Milícia da Imaculada, ou ainda o Exército da Imaculada.

Em linhas gerais, essa associação era destinada ao apostolado católico e ao apostolado mariano e possuía o ideal de conquistar o mundo inteiro para Cristo - através da Mãe Imaculada.

Um dos objetivos desta milícia religiosa, concebidos por São Maximiliano Maria Kolbe, era procurar a conversão dos pecadores, dos hereges, dos cismáticos e, especialmente dos “maçons” e dos judeus.

Assim, com base nos objetivos desta milícia cristã, particularmente no que diz respeito à conversão de maçons é que não se poderia esperar outra coisa do sermão deste jovem padre.

Ora, Maçonaria não é uma religião, mas um centro de união e fraternidade entre os homes. Exige-se do maçom a crença em Deus, cabendo a cada um dos membros da Maçonaria praticar a sua religião em suas igrejas e santuários.

Ao concluir, penso que a razão deste “grave pecado” propagado pela Igreja Católica contra a Maçonaria nada tem a ver com a religião cristã propriamente dita, porém pelo combate que a Maçonaria empreendeu contra os privilégios e os poderes papais, sobretudo na Idade Média, período da história caracterizado pelo feudalismo, pela religiosidade como lei, e pela total ausência de conhecimento.

T.F.A.
PEDRO JUK  - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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