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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 4 de março de 2025

DO MEIO DIA À MEIA NOITE - UMA EXPRESSÃO INICIÁTICA

Em 10/08/2024 o Respeitável Irmão Warley Pompeu Marques, Loja Major Adolfo Dourado, 2196, REAA, GOB-PA, Oriente de Belém, Estado do Pará, apresenta a dúvida seguinte:

MEIO DIA À MEIA NOITE

Gostaria saber onde, como e qual Ritual aparece a primeira menção aos termos: Meio-Dia e Meia-Noite? 

CONSIDERAÇÕES:

Para responder a vossa questão, eu teria antes que montar uma grade de pesquisas com elementos primitivos relativos às centenas de rituais maçônicos que já foram escritos ao redor da Terra, até hoje. Isto, desde já lhe adianto, não tenho como fazer no momento. 

À vista disso, seguem alguns apontamentos, que reputo importantes, sobre o conteúdo iniciático da Maçonaria dentro desta alegoria solar.

Do meio-dia à meia-noite” se trata de uma expressão iniciática que possui grande valor para a estrutura doutrinária da Moderna Maçonaria.

Genericamente, é possível se dizer que esta alegoria procura ensinar ao maçom que ele deve se dedicar ao trabalho - em prol do seu aperfeiçoamento e em favor da humanidade - desde a sua juventude até o final da sua vida. Nessa conjuntura, “meio-dia” simboliza a juventude e “meia-noite” a idade senil do iniciado (idades iniciáticas da vida e morte).

Historicamente, “do meio-dia à meia-noite” é uma alegoria creditada a Zoroastro (Zaratustra), um profeta e um mestre dos antigos mistérios. Fundou o Masdeísmo, ou Zoroastrismo – em grego menciona aquele que é um contemplador de astros (Astrologia/Astronomia). 

Acredita-se que Zoroastro viveu em algum período, por volta do século II a. C. Lendariamente é contado que ele reunia os seus discípulos ao meio-dia e os despedia à meia-noite, após um ágape fraternal. 

Assim, a Astrologia, precursora da Astronomia, evidencia-se no Zoroastrismo (contemplador de astros). A Lua em quarto crescente (primeiro quarto) é parte desta alegoria, pois a Lua nesta fase desponta ao meio-dia, quando o Sol está no zênite, e chega ao seu ocaso à meia-noite, no auge da escuridão. Aqui um exemplo da dualidade e dos opostos: luz e escuridão; dia e noite, nascimento e morte, etc.

Consequentemente, a Maçonaria, uma instituição eclética e iniciática, infinitamente mais nova do que o Zoroastrismo, acabou adotando, como um dos seus tantos elementos doutrinários, esta antiga alegoria da Luz haurida dos cultos solares da Antiguidade. 

Observação: esta abordagem não induz ninguém a imaginar existência de Maçonaria no século II a. C. Por seu caráter eclético, vale destacar que a Ordem Maçônica, com aproximados 800 anos de história documentada, construiu seu arcabouço doutrinário se valendo também de muitas manifestações religiosas e culturais advindas das antigas civilizações.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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