Páginas

PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

segunda-feira, 30 de junho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

CERTIFICADO DE PRESENÇA DE ALTOS CORPOS NO SIMBOLISMO

Em 12.11.2024 o Respeitável Irmão Edson André de Jesus, Loja Acácia do Triângulo, 1924, REAA, Oriente de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

CERTIFICADO DE PRESENÇA

Caro irmão Pedro Juk, gostaria do seu auxílio em uma dúvida que tenho:

Qual a sua opinião e orientação para o fato de alguns irmãos estarem colocando, no saco de propostas e informações, certificados de presença dos graus filosóficos?

CONSIDERAÇÕES:

Com todas as informações que temos hoje em dia, é mesmo lamentável que isso ainda aconteça. Esta é uma prática completamente equivocada.

Vale repetir aos IIr desinformados que a Loja que pratica graus simbólicos é uma Augusta e Respeitável Loja Simbólica, portanto suas sessões são abertas ritualisticamente com rituais do simbolismo, e não com rituais de Altos Corpos, Altos Graus, etc. Quem dirige uma Loja simbólica é o Venerável Mestre e nela são tratados apenas e tão somente assuntos do simbolismo.

Assim, a bolsa de Propostas e Informações, que faz seu trajeto ritualístico em um determinado momento dos trabalhos, faz o seu percurso em Loja Simbólica, oportunidade em que recolhe propostas e informações pertinentes ao simbolismo.

Certificados de visita relativos aos Graus Superiores de um determinado Rito, devem ser apresentados nas Oficinas relativas a esses graus, e não nas Lojas Simbólicas. 

O Venerável Mestre, ao decifrar as CCol GGrav, deve rejeitar aquelas que não se identifiquem com os trabalhos do simbolismo.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

GRÃO MESTRE INSTALADO EM UMA MACA


O site oficial da "Grande Loja de Maçons Livres e Aceito das Filipinas" nos conta uma história curiosa. Consta que, Juan Salonga Alano (1891-1966), na imagem, quando foi assumir o cargo de Grão-Mestre em 1961, chegou em uma ambulância e foi instalado em uma maca.

Poucas semanas antes da Comunicação Anual (que anunciaria o novo Grão-Mestre), o irmão Juan Alano sofreu um ataque cardíaco que o deixou em estado vegetativo, incapaz de usar seus membros. Seu rosto estava torcido e ele perdeu o poder da fala.

O então Grande Vigilante Sênior William H. Quasha levou para o hospital o Sr. Laurence Hammond de Chicago (um curandeiro de oração). Segundo consta, Hammond orou pela rápida recuperação de Alano e, quando colocou as mãos na testa, à vista de todos, Alano despertou energeticamente e começou a falar. Suas primeiras palavras foram sobre a Fraternidade e, ali mesmo, expressou a disposição de servir se eleito Grão-Mestre.

Os delegados da Comunicação Anual o elegeram à revelia e no dia da instalação ele foi levado de ambulância para a Grande Loja em uma maca. Durante os primeiros meses de seu mandato, Alano estava fraco demais para cumprir todas as suas obrigações, então ele teve que contar com o Vice-Grão-Mestre Quasha e os outros oficiais. No meio do mandato, no entanto, ele estava forte o suficiente para cumprir todas as suas obrigações com a medida total de suas responsabilidades.

Ele teve uma administração favorável, porém, cinco anos após sua eleição como Grão-Mestre, 23 de julho de 1966, aos 75 anos de idade, ele faleceu.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonatria

O SEGREDO MAÇÔNICO

Ir∴ Nuno Raimundo*

Muito se fala e especula sobre o segredo maçônico. O que é, o que será e o que representa.

Ele não é mais que uma conduta de Vida. E como tal não tem nada de segredo ou escondido.

O tal segredo, como se costuma designar, é a forma de como o Maçom vive a sua vida. A forma como respeita, tolera, ama e se solidariza com o seu próximo, é que é a parte prática do segredo; pois a parte teórica está ao alcance de qualquer Homem se assim o pretender conhecer. São as boas normas de conduta moral e social que guiam o Maçom no seu dia-a-dia. E isso não tem nada de segredo, basta os curiosos atentarem na forma de estar e viver dos Maçons para perceberem afinal de que de segredo não há nada. O único segredo é de que tudo está à vista de todos, e tal como o ditado, “quanto mais à vista, menos se vê”, assim está o segredo maçónico. Tudo o resto, com trabalho, empenho e estudo é fácil de se descobrir…

A vasta literatura maçônica que encontramos ora seja em livrarias especializadas ou na internet, nem sempre é fidedigna; pois a sua maioria é escrita por profanos, que por sua vez, também eles, têm um contato muito superficial e limitado com os mistérios da Ordem; advindo dessa restrição, a impossibilidade de providenciarem informação correta e fatual.

Uma grande parte dos rituais, palavras de passe e sinais que “pululam” por esse mundo fora, podem inclusive não serem verdadeiros, ou o sendo, estarem desatualizados face aos dias de hoje. Causando dessa forma, enorme confusão aos detratores da Maçonaria, sobre quais afinal serão os seus segredos e mistérios.

Apesar do core secret ser a “conduta do maçom”, tal como já afirmei, existem também “segredos” (ou neste caso concreto, informações) que devem ser conservados apenas entre Maçons.

E são para ser conservados tais segredos, porque fazem parte de um comprometimento pessoal em os honrar; e um maçom como pessoa honrada que deve ser, assim o deve escrupulosamente cumprir.

Os tais segredos que a maioria dos curiosos quer saber, mas que lhes estão vetados ao conhecimento (e passo a explicar o porquê) são:

Ø Não revelar a condição de um Irmão maçom a profanos, porque dessa revelação poderão advir sérios prejuízos ao Irmão em causa, fruto da ignorância e malvadez de gente mal informada sobre o que trata a Ordem Maçónica.

Ø Não revelar os rituais maçónicos e/ou cerimónias onde os mesmos são executados. Porque o seu conhecimento e execução poderão não ser compreendidos por quem receber essas informações, bem como, se os recipiendários, não sendo maçons, nada fariam de interessante ou fenomenal com essas informações.

Mas fundamentalmente, porque tais rituais e cerimónias não devem ser de domínio público, porque quaisquer cerimónias e rituais executados devem ser sentidos e vividos por quem os executa e vivência. Logo, se tornaria irrelevante o seu conhecimento ao público em geral, que não os interpretaria da melhor forma.

Ø Não revelar o que se passa no seio de uma sessão ritual maçónica, nem quais os maçons nela presentes. Uma vez que, se outros guardam para si o que fazem nas suas casas, porque não os maçons poderem fazer o mesmo na sua casa?!

Não terão eles esse direito também?!

No fundo, é uma questão de “justiça social” ser respeitada a privacidade das reuniões de maçons. Porque para além de também eles, respeitarem a privacidade de outras organizações e particulares. Também o público em geral assim o faz.

Se o “direito à reserva de intimidade” existe para ser cumprido, então que seja por todos!

Ø Não revelar as formas de identificação e reconhecimento entre maçons. Porque sendo algo do seu foro íntimo, deve ser respeitado como tal. E porque acima de tudo, a sua função serve apenas para reconhecimento de e entre Irmãos e nada mais. E uma vez que não se deve revelar a identidade de um irmão maçom a profanos, logo se for do conhecimento geral as formas de reconhecimento, facilmente se saberá quem é maçom e quem não o é. E se em Liberdade e Democracia isso é de somenos, em regimes ditatoriais, isso seria bem nefasto aos maçons. Pois quem defende valores de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, não costuma ser bem tolerado nesses países.

Ø E finalmente não revelar a outro Maçom, informação referente a grau superior ao que ele se encontrar. Porque para além de retirar o efeito surpresa ao Irmão em causa, na execução dos rituais do grau em questão, estará também a fornecer conhecimentos que possivelmente não lhe sejam inteligíveis. Ou seja, se a um maçom lhe for fornecida informação de um grau superior, ele não a saberá interpretar corretamente, para além de não a executar ritualmente na forma devida. O que ao contrário de melhorar a sua “cultura maçónica”, só o irá “prejudicar” na sua formação e caminhada como maçom.

Quanto ao resto, isso eu não posso contar, porque é “segredo”…

O texto é de autoria do Ir∴ Nuno Raimundo, obreiro na R∴L∴ Mestre Affonso Domingues Nº5,
GLLP/GLRP - Loures (Região de Lisboa) -Portugal

Fonte: JBNews - Informativo nº 274- 29.05.2011

domingo, 29 de junho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

RECONHECIMENTO - VISITANTE DE OUTRO RITO

Em 10/11/2024 o Respeitável Irmão Abraão Volotão, Loja Prometheus, 4422, GOB-RJ, Oriente de Macaé, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte pergunta:

VISITANTE DE OUTRO RITO

Tenho a seguinte dúvida, pratico atualmente o Rito de York (emulação do GOB). Na visita a outras lojas de outros ritos como REAA ou Adonhiramita, terei que saber fazer o Sinal de ordem do Rito? Quanto ao telhamento, caso necessário serei telhado no meu rito ou no rito da loja visitada?

CONSIDERAÇÕES:

Quanto ao Sinal de Ordem, o mesmo é muito parecido entre os Ritos, portanto entende-se que é perfeitamente exequível que o visitante faça uso do sinal do seu Rito. 

Vale a pena mencionar que nos casos que demandem meticuloso reconhecimento, o ideal é o visitante chegar com tempo hábil, proporcionando assim a resolução de quaisquer problemas que possam advir.

Nesse contexto, vale destacar que um visitante não pode fazer uso de práticas ritualísticas que venham alterar a liturgia e a ritualística prevista no ritual em que a Loja visitada estiver trabalhando. À vista disso, quando se tratar de IIrvisitantes, cada caso deve ser tratado com penhor, razão e lucidez.

No que diz respeito ao telhamento - exame de um Ir desconhecido - reitera-se a necessidade do visitante chegar com antecedência para que as devidas providencias possam ser tomadas satisfatoriamente, não obstante o visitante desconhecido deva também apresentar, na forma da lei, documentos que comprovem a sua identificação e regularidade. 

Quanto a possibilidade de algum visitante de outro rito ser telhado (examinado) no seu próprio rito, vai depender da presença de um Ir, pertencente à Loja visitada, que de fato seja conhecedor dos diversos catecismos dos demais ritos. 

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB.
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

OS BASTÕES

O surgimento dos Bastões na Maçonaria, usados pelo Mestre de Cerimônias e os Diáconos ocorreu na Maçonaria Inglesa, do Tempo da Cavalaria e das pompas dos reis, significando comando.

Na Loja de aprendizes, o Mestre de Cerimônias e os Diáconos transitam pela Loja, sempre portando seus bastões.

A origem procede da "férula", que na mitologia grega significa o bastão oco em que Prometeu escondeu o fogo furtado dos deuses, quando passeava pelos céus no carro do sol.

Os bastões usados pelos Diáconos são encimados por uma pomba, símbolo do mensageiro; ao formarem o baldaquim, sob o qual o Venerável de Honra ou o Orador abre o Livro Sagrado, os Diáconos e o Mestre de Cerimônias cruzam seus bastões.

Quando por acaso (o que é raro) algum maçom não mantém a postura recomendada, o Diácono da respectiva coluna posta-se à sua frente e bate no piso com seu bastão, à guisa de advertência.

Todo maçom que se preza tudo fará para evitar a silenciosa censura, que lhe será humilhante. Dentro do Templo, o maçom deve comportar-se à altura do local que sabe ser sagrado.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 68.

AS TRÊS GRANDES LUZES DA MAÇONARIA, A MORAL E A ÉTICA

Rui Bandeira

As três grande luzes da Maçonaria são o Compasso, o Esquadro e o Livro da Lei Sagrada.

Talvez o mais conhecido dos símbolos da Maçonaria seja o que é constituído por um esquadro, com as pontas viradas para cima, e um compasso, com as pontas viradas para baixo.

Como normalmente sucede, várias são as interpretações possíveis para estes símbolos.

É corrente afirmar-se que o esquadro simboliza a retidão de caráter que deve ser apanágio do maçom. Retidão porque com os corpos do esquadro se podem traçar facilmente segmentos de reta e porque reto se denomina o ângulo de 90 º que facilmente se tira com tal ferramenta. Da retidão geométrica assim facilmente obtida se extrapola para a retidão moral, de caráter, a caraterística daqueles que não se "cosem por linhas tortas" e que, pelo contrário, pautam a sua vida e as suas ações pelas linhas direitas da Moral e da Ética. Esta caraterística deve ser apanágio do maçom, não especialmente por o ser, mas porque só deve ser admitido maçom quem seja homem livre e de bons costumes.

É também corrente referir-se que o compasso simboliza a vida correta, pautada pelos limites da Ética e da Moral. Ou ainda o equilíbrio. Ou a também a Justiça. Porque o compasso serve para traçar circunferência, delimitando um espaço interior de tudo o que fica do exterior dela, assim se transpõe para a noção de que a vida correta é a que se processa dentro do limite fixado pela Ética e pela Moral. Porque é imprescindível que o compasso seja manuseado com equilíbrio, a ponta de um braço bem fixada no ponto central da circunferência a traçar, mas permitindo o movimento giratório do outro braço do instrumento, o qual deve ser, porém, firmemente seguro para que não aumente ou diminua o seu ângulo em relação ao braço fixo, sob pena de transformar a pretendida circunferência numa curva de variada dimensão, torta ou oblonga, assim se transpõe para a noção de equilíbrio, equilíbrio entre apoio e movimento, entre fixação e flexibilidade, equilíbrio na adequada força a utilizar com o instrumento. Porque o círculo contido pela circunferência traçada pelo instrumento se separa de tudo o que é exterior a ela, assim se transpõe para a Justiça, que separa o certo do errado, o aceitável do censurável, enfim, o justo do injusto.

Também é muito comum a referência de que o esquadro simboliza a Matéria e o compasso o Espírito, aquele porque, traçando linhas direitas e mostrando ângulos retos, nos coloca perante o facilmente percetível e entendível, o plano, o que, sendo direito, traçando a linha reta, dita o percurso mais curto entre dois pontos, é mais claro, mais evidente, mais apreensível pelos nossos sentidos - portanto o que existe materialmente. Por outro lado, o compasso traça as curvas, desde a simples circunferência ao inacabado (será?) arco de círculo, mas também compondo formas curvas complexas, como a oval ou a elipse. É, portanto, o instrumento da subtileza, da complexidade construída, do mistério em desvendamento. Daí a sua associação ao Espírito, algo que permanece para muitos ainda misterioso, inefável, obscuro, complexo, mas simultaneamente essencial, belo, etéreo. A matéria vê-se e associa-se assim à linha direita e ao ângulo reto do esquadro. O espírito sente-se, intui-se, descobre-se e associa-se portanto ao instrumento mais complexo, ao que gera e marca as curvas, tantas vezes obscuras e escondendo o que está para além delas - o compasso.

Cada um pode - deve! - especular livremente sobre o significado que ele próprio vê nestes símbolos. O esquadro, que traça linhas direitas, paralelas ou secantes, ângulos retos e perpendiculares, pode por este ser associado à franqueza de tudo o que é direito e previsível e por aquele à determinação, ao caminho de linhas direitas, claro, visível, sem desvios. O compasso, instrumento das curvas, pode por este ser associado à subtileza, ao tato, à diplomacia, que tantas vezes ligam, compõem e harmonizam pontos de vista à primeira vista inconciliáveis, nas suas linhas direitas que se afastam ou correm paralelas, oportunamente ligadas por inesperadas curvas, oportunos círculos de ligação, improváveis ovais de conciliação; enquanto aquele, é mais sensível à separação entre o círculo interior da circunferência traçada e tudo o que lhe está exterior, prefere atentar na noção de discernimento entre um e outro dos espaços.

E não há, por definição, entendimentos corretos! Cada um adota o entendimento que ele considera, naquele momento, o mais ajustado e, por definição, é esse o correto, naquele momento, para aquela pessoa. Tanto basta!

O conjunto do esquadro e do compasso simboliza a Maçonaria, ou seja, o equilíbrio e a harmonia entre a Matéria e o Espírito, entre o estudo da ciência e a atenção às vias espirituais, entre o evidente, o científico, o que está à vista, o que é reto e claro e o que está ainda oculto ou obscuro. O esquadro é sempre figurado com os braços apontando para cima e o compasso com as pontas para baixo. Ambas as figuras se opõem, se confrontam: mas ambas as figuras oferecem à outra a maior abertura dos seus componentes e o interior do seu espaço. A oposição e o confronto não são assim um campo de batalha, mas um espaço de cooperação, de harmonização, cada um disponibilizando o seu interior à influência do outro instrumento. Assim também cada maçom se abre à influência de seus Irmãos, enquanto que ele próprio, em simultâneo, potencia, com as suas capacidades, os seus saberes, as suas descobertas, os seus ceticismos, as suas respostas, mas também as suas perguntas (quiçá mais importantes estas do que aquelas...) a modificação, a melhoria, de todos os demais.

Quanto ao Volume da Lei Sagrada, este pode ser qualquer dos Livros de qualquer das religiões que acreditem na existência de um Criador, qualquer que seja a conceção que Dele se tenha, mais ou menos interventor no Universo ou mero Princípio Criador catalisador e e definidor do Universo.

O Livro da Lei Sagrada contém em si as normas básicas da atuação e convivência humanas, referencial para a conduta do homem de bem. Em suma, simboliza o conjunto de regras que a Sociedade determina aceitáveis para que a sã convivência entre todos seja possível, ou seja, A Moral inerente à Sociedade e que todos os que a integram devem respeitar e seguir.

Nas sessões de Loja, o Compasso e o Esquadro são colocados SOBRE o Volume da Lei Sagrada. Não porque se entenda que são mais importantes aqueles do que este, mas, pelo contrário, porque o Volume da Lei Sagrada simboliza a base Moral sobre a qual assenta a Ética de cada um.

Esta, a Ética, defini-a já como o conjunto de princípios que norteiam a determinação e utilização dos meios à nossa disposição para atingirmos os fins que nos propomos (cfr. texto in A PARTIR PEDRA: ÉTICA? ÉTICA... ÉTICA! (a-partir-pedra.blogspot.com).

O Esquadro traça, sobre o pano de fundo da Moral, as linhas éticas que o Homem deve definir para a sua atuação. O Compasso define os limites que essas linhas devem respeitar.

O conjunto de ambos simboliza, assim, também a Ética que, tal como eles assentam no Volume da Lei Sagrada, assenta na Moral sobre que esta se constrói.

Porque a ética sem Moral pode usar esse nome, mas não é verdadeiramente Ética – ou então teríamos que aceitar como tal a “honra dos ladrões”, a dita “ética dos criminosos”. A Ética tem que necessariamente ser individualmente construída respeitando e assentando na Moral da Sociedade em que nos inserimos, pois nenhum homem é uma ilha podendo arrogar-se o direito de definir o seu conjunto de princípios fora da Moral da Sociedade em que se insere.

As Três Grandes Luzes da Maçonaria são, assim, o conjunto de símbolos que deve guiar a atividade de aperfeiçoamento do maçom, homem livre de escolher e determinar os Princípios que o norteiam, mas sempre harmoniosamente integrado na Sociedade em que se insere.

Fonte: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br

sábado, 28 de junho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

COMPANHEIRO MAÇOM - O MAÇO E O AJUSTE FINAL

Em 08.11.2024 o Respeitável Irmão Paulo Pires, Loja Scientia Et Deo, 3944, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a questão seguinte:

MAÇO E O COMPANHEIRO

Parabéns por todas as informações aqui vistas, porém verificando uma postagem de 24/05/2017 onde o Ir. nos explica o conceito correto das ferramentas do Ap. sendo apenas o Maço e o Cinzel não contendo a régua de 24' conforme o Painel do Grau, vejo nessa postagem sobre ferramentas do C. M. na qual comenta que algumas ferramentas remeteria ao período de Ap., também verifico a não inclusão mais do Cinzel, porém vejo juntamente com o maço no painel do 2 grau. Minha dúvida se o Ir puder me esclarecer a não inclusão do Cinzel e se o Ir saberia por que não inclusão de algumas no 1 grau como escreveu no Blog. 

Objetivamente posso dizer que iniciaticamente o Companheiro Maçom trabalha na elevação a Obra. Como um operário (elemento) mais preparado pelo seu maior tempo de aprendizado, ele assenta as pedras primariamente desbastas pelos Aprendizes, conferindo às paredes e aos cantos, o prumo nas elevações – sob a orientação do Mestre, o Companheiro confere a verticalidade dos elementos justapostos uns sobre os outros.

Assim, o Companheiro Maçom utiliza ainda o Maço para ajustar os elementos construtivos. Como um operário, mais qualificado, o obreiro do 2º Grau pode controlar sua força ao bater meticulosamente nas pedras assentadas. 

Com controle e com prudência, o Companheiro não esfacela a pedra ao golpeá-la nos ajustes das elevações.

No REAA, esta alegoria está bem representada no primeiro trabalho do Companheiro, quando ele, ao Sul e diante na pedra cúbica, no dia da sua elevação, é concitado a empunhar o maço e dar sobre a pedra cúbica os golpes necessários para ajustá-la. Comedido nas suas ações, ele bate com prudência para alcançar o amoldamento desejado.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS

 

O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO

INTRODUÇÃO
O tema “O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO” (*) está intrinsecamente relacionado aos princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado pois, além da responsabilidade inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores.

Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no G∴A∴D∴U∴, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso país.

Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude.

Destacamos, resumidamente, como essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.

SABEDORIA
O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”.

O único meio eficaz para se combater a ignorância, os preconceitos, a superstição e os vícios é o saber, pela simples razão do próprio significado de cada um desses conceitos, ou seja:

- Ignorância significa o desconhecimento ou falta de instrução, falta de saber.

- Preconceito significa o conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados.

- Superstição significa o sentimento religioso excessivo ou errôneo que, muitas vezes, arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos, ou ainda, a falsa ideia a respeito do sobrenatural.

- Vício significa o defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios para o fim a que se destinam. É a tendência habitual para o mal, oposto da virtude.

Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para comportarem de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.

Em Números 30.2 encontramos "Moisés disse aos chefes das tribos dos israelitas o seguinte: - O que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver prometido".

TOLERÂNCIA
É, das virtudes maçônicas, a mais enfatizada pois significa a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos.

Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto, há convivência mas, não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que, mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade.

Deus é tolerante com o pecador, não com o pecado. Se Deus fosse tolerante com o pecado, seria pecador também, o que é uma blasfêmia. Pode-se viver com pecadores e ser tolerante, sem ser conivente.

Devemos ser tolerantes com nossos filhos quando eles erram, não podemos ser omissos e coniventes com o erro, devemos expressar nosso descontentamento e corrigir o desvio. É dever e responsabilidade de todo o pai.

É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em geral pois, um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência, como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar social”.

A tolerância também esta ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma atitude tolerante.

Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é indispensável para todo aquele que a exige.

Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias.

Shakespeare disse “não importa” o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”. Devemos ser tolerantes com atos destemperados e isolados de irmãos, tolerantes com o desconforto causado por quem você jurou proteger e defender, sendo bondoso ao extremo em não tomar partido até que tudo seja esclarecido, pois o fato de não fazermos juízo precipitado, é uma das faces da tolerância.

Em síntese, precisamos ser tolerantes com a intolerância do outro, para que ele reflita e passe a seguir o seu exemplo.

A tolerância está na Sabedoria e faz se sentir na Força e na Beleza, através dos ensinamentos, no respeito à individualidade e ao direito do outro.

ÉTICA
Por definição, Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem tem formação cristã, são os “DEZ MANDAMENTOS”, onde regras como: amar ao próximo como a si mesmo, não matarás e não roubarás são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e cristã.

A ética é ampla, geral e universal. Ela é uma espécie de cimento na construção da sociedade, de tal forma que se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada, organizada, e quando esse sentimento se rompe, ela começa a entrar em uma crise auto destrutiva.

A maçonaria é uma instituição fundamentalmente ética, onde a reflexão filosófica sobre a moralidade, regras e códigos morais que orientam a conduta humana são parte da filosofia que tem, por objetivo, a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento de princípios normativos da conduta humana, impondo ao Maçom um comportamento ético e, exigindo-lhe que mantenha sempre uma postura compatível com a de um homem de bem, um exemplo como bom cidadão e um chefe de família exemplar.

Sendo a maçonaria, por definição, uma organização ética, são rígidos os códigos de moral e alto o sistema de valores que orientam a conduta entre maçons e também com as obediências que os acolhem, principalmente nas referências a estas, ou aos seus dirigentes.

O forte sentimento de fraternidade, designa o parentesco de irmão; do amor ao próximo; da harmonia; da boa amizade e, da união ou convivência como de irmãos, de tal forma a prevalecer à harmonia e reinar a paz.

No mundo profano, a maior necessidade é a de homens lato senso, homens que não podem ser comprados nem vendidos, homens honestos no mais íntimo de seus corações, homens que não temem chamar o pecado pelo nome, homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo, homens que fiquem com o direito, embora o céu caia.

O objetivo de uma instituição maçônica é o de criar tais homens.

CARIDADE
Estamos vivendo uma época em que há uma falta aguda, um valor fundamental em todo mundo: a caridade. Pensa-se demais no progresso da humanidade através da ciência, da tecnologia, da educação, da inteligência, do sistema jurídico, social, político e econômico e, no final das contas nada disso terá nenhum valor se as pessoas não estiverem determinadas a usar isso tudo para o bem. A caridade é definida no dicionário como: “Amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem”.

Para os Cristãos é, também, uma das três virtudes teologais, quer dizer, um dos misteriosos poderes que fazem a alma alcançar seu destino final, que é DEUS (as outras virtudes teologais são: fé e esperança). Se a caridade é uma virtude cristã, ela não deve estar somente na esmola, porque há caridade em pensamento, em palavras e em atos, ela deve ser indulgente para com as faltas de seu próximo, não dizer nada que possa prejudicar o outro e atender aos que necessitam na medida de suas forças.

O homem que a pratica, no seu dia-a-dia, estará sempre em paz; assegurando sua felicidade neste mundo.

Não se deixem levar pela vaidade, pela auto-condescendência, pelas aparências e pela superficialidade. Não se deixem arrastar pela âncora da comodidade que certo como um novo dia carregará seus corpos, mentes e corações para o fundo de um mar de futilidades. Não tolerem a falsidade, a hipocrisia, a desonestidade, a ambigüidade; que o seu sim seja sim e o seu não seja não!

Ao ver uma injustiça, não se calem! Diante da traição, não sejam covardes! Não se tornem cegos guiados por cegos em direção a um grande nada. E se sua espada estiver pesada, e sua vontade estiver fraca, e o que é certo e justo não lhe parecer claro, mesmo assim, acima de tudo e sempre, tenha caridade!

Ninguém precisa de nada a não ser seu próprio coração para saber o que machuca os outros. Jamais subestime o sofrimento alheio. Seu julgamento poderá lhe falhar, seu conhecimento, sua experiência, sua inteligência, sua força poderão ser todos inúteis diante do mal, que torcerá fatos e palavras e aparências até fazer o branco parecer preto e o preto parecer branco; decida com caridade, porém, e toda essa farsa se dissipará sob o brilho de uma alma íntegra.

A CARIDADE é uma entrega absoluta por amor ao próximo.

JUSTIÇA
Para escrevermos sobre a justiça, primeiro temos que saber o que significa a palavra justiça, definida no dicionário como: Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que é seu. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.

Assim, para definirmos a justiça na maçonaria, seria melhor recorrermos mais uma vez ao dicionário, e, logo acima da palavra justiça encontraremos a palavra Justeza, que significa Qualidade daquilo que é justo; exatidão, precisão, certeza. Propriedade de uma balança analítica que permanece equilibrada quando pesos iguais são colocados em seus pratos.

Contudo, para termos um rumo e sentido do que seria a definição de justiça na maçonaria, temos que entender como é a organização do Estado, como é dividido, para que cada cidadão possa ter o seu direito respeitado, e, por conseguinte, a justiça dar a cada um aquilo que é seu.

Para falarmos na construção do Estado, temos que falar de Montesquieu (1689/1755) e do seu livro o Espírito das Leis, sua principal obra, na qual procurava explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral.

Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser "o direito de fazer tudo quanto às leis permitem". Para se evitar o despotismo, o arbítrio, e manter a liberdade política, é necessário separar as funções principais do governo: legislar, executar e julgar. Montesquieu mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. "Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares”.

Como se percebe, para podermos viver em sociedade ou mesmo só, temos que ter regras para serem respeitadas e leis para serem cumpridas. Quem vive em sociedade, por obvio tem maior compromisso com as leis, pois envolve mais pessoas no processo de interação social. Assim, mesmo o que vive isolado na mata ou em uma ilha, ou outro lugar que seja, tem que respeitar leis da natureza ou dos homens.

Nas sociedades atuais os benefícios florescem sob a premissa de que aqueles que mais realizam mais merecem receber – a chamada Meritocracia. No entanto, esse sistema de justiça deixa a desejar e de ser aceito quando ignora que aqueles que mais precisam também devem ter suas necessidades assistidas. Esse é o paradoxo da Justiça, cega por definição e por princípio.

A Maçonaria é uma sociedade que pugna pelo Direito, pela Liberdade e pela Justiça e, dentro dessa perspectiva, cada Maçom deveria ser, sobretudo, um defensor incansável da Justiça. Um dos preceitos elementares é o da igualdade de direitos, consagrados na declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, a própria existência desse preceito dá margem a que a Justiça se veja diante de um paradoxo, raramente discutido e talvez não completamente entendido.

O homem, principalmente o Maçom deve ser senhor dos seus hábitos, dispor de autodomínio em relação aos seus ímpetos, saber distinguir com imparcialidade o real do irreal, desprezando as doutrinas exóticas, conceitos dúbios e principalmente os princípios que não coadunam com o Amor e a Fraternidade, e muito particularmente, os vícios tidos como normas Sociais, mas que, inadvertidamente corrompem, aviltam e envelhecem.

Dessa forma, a Maçonaria no maçom é a Bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesia na sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos da fortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo a reverencia a Deus.

À medida, então, que as organizações societárias, dentre as quais se insere a Maçonaria, caminharem para se transformar realmente em verdadeiros locais de trabalho/serviço e aprendizagem, estarão se abrindo imensas possibilidades de transformações na própria cultura universal e em seus próprios conceitos sobre os direitos e a Justiça.

LIDERANÇA
“Liderar, é influenciar positivamente as pessoas para que elas atinjam resultados que atendam as necessidades, tanto individuais quanto coletivas e, ainda, se responsabilizar pelo desenvolvimento de novos lideres”.

Um dos componentes de formação de um Maçom é o de aprimorar ou desenvolver, caso não tenha, um potencial e forjá-lo, para que se transforme em um líder.

O líder para descrever suas realizações, utiliza o seguinte formato: O Problema, a Ação e finalmente o Resultado.

Os lideres, diariamente, se envolvem em situações de conflito, seja no âmbito pessoal, quanto no profissional. O modo como reagem a essas situações, pode ser o fator determinante do sucesso no resultado através de 5 posições: Evitar, Acomodar, Competir, Comprometer e Colaborar.

Inserida firmemente no conceito de liderança está a INTEGRIDADE, a honestidade do líder, sua credibilidade e coerência para por valores em ação. Os líderes têm uma responsabilidade indeclinável de estabelecer altos padrões éticos para guiar o comportamento dos seguidores. Preocupado com o que acha ser uma falta de ímpeto na vida organizacional, John Gardner fala sobre os ASPECTOS MORAIS da liderança. Os líderes, de acordo com Gardner, têm a obrigação moral de fornecer as centelhas necessárias para despertar o potencial de cada indivíduo, para impelir cada pessoa a tomar a iniciativa do desempenho das ações de liderança.

Ele destaca que as altas expectativas tendem a gerar altos desempenhos. A função do líder é remover obstáculos ao funcionamento eficaz, ajudar indivíduos a ver e perseguir propósitos compartilhados.

O termo liderança descreve alguém que usa carisma e qualidades relacionadas para gerar aspirações e mudar pessoas e sistemas organizacionais para novos padrões de desempenho. É a liderança inspiradora que influencia seguidores para alcançar desempenho extraordinário em um contexto de inovações e mudanças de larga escala. As qualidades especiais dos líderes incluem:
- Visão: ter idéias e um senso claro de direção, comunicá-las aos outros, desenvolver excitação sobre a realização de sonhos compartilhados;
- Carisma: gerar nos outros entusiasmo, fé, lealdade, orgulho e confiança em si mesmos através do poder do respeito pessoal e de apelos à emoção;
- Simbolismo: identificar heróis, oferecer recompensas especiais e promover solenidades espontâneas e planejadas para comemorar a excelência e a alta realização;
- Delegação de Poder: ajudar os outros a se desenvolver, eliminando obstáculos ao desempenho, compartilhando responsabilidades e delegando trabalhos verdadeiramente desafiadores;
- Estimulação Intelectual: ganhar o engajamento dos outros criando consciência dos problemas e guiando a imaginação deles para criar soluções de alta qualidade;
- Integridade: ser honesto e confiável, agindo coerentemente com suas convicções pessoais e realizando compromissos concluindo-os.

PERSEVERANÇA
A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditando no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo.

A perseverança é uma qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro.

Precisamos interagir com os indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior satisfação individual e em equipe.

Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa).

É bom lembrar que os valores individuais tem origem nos grupos e na cultura e, sem a certeza de quais sejam esses valores fundamentais, poderemos ser um alvo fácil para as falsas verdades. Usando espontaneamente os dons que temos, sem constranger ou prejudicar o próximo, leva-nos à verdade e a luz.

CONCLUSÃO O Maçom é livre, de bons costumes e sensível ao bem e que, pelos ensinamentos da Maçonaria busca seu engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância. A ignorância é o vício que mais aproxima o homem do irracional.

Assim sendo e por ser Maçom, deve ele conduzir-se com absoluta isenção e a máxima honestidade de propósitos, coerente com os princípios maçônicos, para ser um obreiro útil a serviço de nossa ordem e da humanidade.

Não se aprende tudo de uma só vez. O saber é o acúmulo da experiência e dos conhecimentos que se tem acesso, mas, a ação construtiva da Maçonaria deve ser exercida de forma permanente em todas as suas celebrações, trabalhos em Loja e no convívio social, através da difusão de conhecimentos que podem conduzir o homem à uma existência melhor pelos caminhos da Justiça e da Tolerância.

O Maçom deve ter e manter elevada Moral, tanto na vida privada como na social, impondo-se pelo respeito, procedimento impecável e realizando sempre o Bem. É pelo valor moral que podemos cumprir sempre nossos deveres como elementos da Sociedade Humana e, particularmente, como membros da Sociedade Maçônica.

O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus defeitos. Pela auto-disciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.

Esta RL, juntamente com mais três, formam o Templo Ocidente e, uma vez ao ano, promovem um evento denominado "SEMTO" que significa Seminário dos Mestres do Templo Ocidente. Este trabalho foi apresentado no último evento, realizado em 01 de Setembro de 2003.

(*) Contribuiram parea este trabalho os II∴Antonio Carlos Cardoso, Antonio José Ferreira Garcia, Daniel Vieira Damaia, Eugênio Morganti, João Manoel da Silva Neto, Maurício Stainoff, Milton Antonio Sonvezzo, Oswaldo Chagas do Nascimento, Renato Kleber Mareze, Vanderlei dos Santos, Vanderlei Venceslau Faria e Walter Benegra.

Fonte: https://focoartereal.blogspot.com

sexta-feira, 27 de junho de 2025

FRASE ILUSTRADAS

DECRETO PAVILHÃO NACIONAL - ENTRADA E SAÍDA FORMAL DO TEMPLO

Em 08.11.2024 o Respeitável Irmão Luiz Antonio Fernandes, fui iniciado no Oriente de Tangara Da Serra, Estado do Mato Grosso. Este ano me filiei na Loja Acácia de Balneário, REAA, GOB-SC, Oriente de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina:

DECRETO PAVILHÃO NACIONAL

Entendo e sempre pratiquei, no momento da busca do Pavilhão Nacional pelo Porta-Bandeira, acompanhado do Mestre de Cerimônias e a Guarda de Honra, neste momento o Mestre de Cerimônias está à frente do Porta-Bandeira e logo atrás comissão de Honra.

Na atual Loja que me filiei, pratica-se o Porta-Bandeira (indo buscar o Pavilhão Nacional) anda a frente do Mestre de Cerimônias.

Entendo ainda, por favor me corrija, mas o Mestre de Cerimônias, sempre está à frente conduzindo e somente de desloca, atrás do pavilhão nacional.

Meu Irmão, estou correto?

CONSIDERAÇÕES:

De fato, sempre que o Mestre de Cerimônias estiver conduzindo alguém em Loja, o mesmo, munido do bastão, deve se deslocar à frente do(s) conduzido(s), entretanto isto pode mudar quando se tratar da condução formal do Pavilhão Nacional para dentro do Templo, o qual entra conduzido pelo Porta-Bandeira, e escoltado pela Guarda de Honra (Decreto 1476/2016 – GOB).

Nesse contexto, menciona o Art. 4º, I, letra "e" do referido Decreto:

"e) a Bandeira é introduzida no Templo pelo Porta-Bandeira, precedendo a Guarda de Honra, que a escolta, constituída pelo Mestre de Cerimônias (o grifo é meu) seguido de dois Mestres Maçons, equidistantes, formando um triângulo, armados de espada (o grifo é meu)".

Assim, o Mestre de Cerimônias, munido de espada, como integrante da Guarda de Honra, escolta o Pavilhão junto com outros dois Mestres Maçons. Neste caso o Mestre de Cerimônias não usa bastão pelo simples fato de que ele não é o condutor do dispositivo, porém é parte do mesmo.

O mesmo ocorre quando da retirada da Bandeira, a qual impreterivelmente deverá ser conduzida pelo Porta-Bandeira para fora do Templo, ainda escoltada pela mesma Guarda de Honra. 

Conforme prevê o Decreto 1476/2016, depois da saudação e do canto do Hino à Bandeira, a mesma deverá formalmente ser conduzida para fora do Templo.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O FUTEBOL E O ESPÍRITO DA MAÇONARIA

 João B. MM

Diz-se, e com razão, que em Loja não se discute futebol. Tal como a política ou a religião, o futebol desperta paixões intensas. As paixões, quando desgovernadas, nunca ou raramente constroem.

Mas há um lado luminoso nessas mesmas paixões, a capacidade de juntar milhares em torno de uma ideia, de um símbolo, de um propósito comum. E quando essa energia é canalizada com elevação, pode erguer verdadeiras catedrais humanas, dentro e fora do Templo.

Há poucas coisas no mundo profano que consigam unir tantas pessoas, de tantos cantos do mundo, como o futebol. Línguas diferentes, culturas opostas, crenças divergentes, e ainda assim, num estádio, ou diante de um ecrã, milhares erguem-se ao mesmo tempo, pelo mesmo motivo.

É um fenómeno de comunhão., de pertença, do símbolo.

E, curiosamente, não está assim tão longe do espírito da Maçonaria.

Também nós, Maçons, vestimos aventais, às vezes, de cores diferentes mas trabalhamos para o mesmo fim. Também nos reunimos em assembleias silenciosas, vindos de mundos tão distintos, para construir em conjunto, também nós acreditamos que, no meio do caos, pode haver harmonia se houver propósito, vontade e elevação.

Ver um clube como o Benfica (peço desculpa aos nãos Benfiquistas, mas a verdade é para ser dita), que tantos Portugueses une, até mesmo entre a diáspora entrar em campo num torneio global como o Mundial de Clubes, faz lembrar-nos que os símbolos têm força. Que a identidade não é apenas um dado biográfico, é um farol.

As Casas do Benfica espalhadas pelo mundo, tal como as Lojas Maçónicas, são pontos de contacto entre mundos, entre tempos, entre memórias. São espaços onde se fala a língua do coração, mesmo quando longe de casa.

Na Maçonaria não se joga para ganhar., joga-se para construir., mas o espírito é semelhante: vencer o ego, ultrapassar o ruído, afinar o compasso colectivo, para que da diversidade surja uma obra comum.

Que este Mundial de Clubes, e os que nele participam, nos recordem que é possível sonhar em conjunto, sem perder o que nos distingue e que no mundo profano, como no Templo, a verdadeira vitória é conseguirmos permanecer fiéis àquilo que nos faz levantar e seguir em frente.

Fonte: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br

quinta-feira, 26 de junho de 2025

FRASES ILUSTRADAS

TRATAMENTO DO SUBSTITUTO

Em 07.11.2024 o Respeitável Irmão Aldo Azullini, Loja Genesis, 2843, REAA, GOSP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a dúvida seguinte:

SUBSTITUTO 

Por favor, na falta do Venerável Mestre e do Ir 1º Vig assumir o 1º malhete, como devemos descrevê-lo em ATA? Presidente? Ir Presidente Venerável Mestre? 

Vamos pela razão dos fatos. 

Se estive previsto suplente imediato para eventual falta do titular de um cargo, então é legal que o respectivo cargo seja preenchido por quem de direito.

Assim, em relação à questão apresentada, quem legalmente substituir o Venerável Mestre de ofício, estará exercendo o cargo de Venerável Mestre, e assim deverá ser tratado.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

JOHN WAYNE


Foto clássica do premiado ator John Wayne entre seus irmãos maçons. Ele foi membro da Ordem de DeMolay (Capítulo de Glendale, Califórnia) e foi iniciado na Maçonaria la Loja Marion McDaniel nº 56 (Tucson, Arizona) em 09 de julho de 1970. Tornou-se Mestre Maçom em dois dias depois.

Nesta imagem, com os seus irmãos da Loja Marion McDaniel; Fila da frente (a partir da esquerda) James Wild, Seneca Erman, John Wayne, Horton Weiss, Robert Higel.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

O DESARMAMENTO E A MAÇONARIA

Ir∴ Manoel Vinícius de Oliveira Branco*

De um tempo para cá, temos constatado que a sociedade brasileira se depara com uma questão bastante controvertida, que tem sido objeto de intensos debates, que é a questão quanto ao desarmamento ou não da população.

Esse tema, em razão dos últimos acontecimentos amplamente divulgados pela mídia, tem se acentuado ainda mais, fazendo com que acirrem os debates entre aqueles que são a favor e contra o desarmamento. Uns, sustentando que essa é a forma eficaz de solucionar a violência que aflige o país. Outros, asseverando que o desarmamento de nada adianta, pois não retira a arma do facínora e somente serve para instigá-lo a se tornar mais ousado, por saber que não poderá ser enfrentado pelo cidadão comum.

Desarmar ou não desarmar, eis a questão!

Independentemente dessa divergência, o fato é que atualmente, salvo raríssimas exceções, é proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional.

Todavia, com o presente trabalho não pretendo tratar desse tema polêmico. Tenho certeza de que aqui, entre nós, podemos encontrar adeptos de uma ou de outra corrente de pensamentos e não é a minha intenção mostrar ou convencer que é este ou aquele grupo que está certo ou errado.

Em verdade, o que pretendo é fazer uma acusação. E quero fazer essa acusação grave contra alguns de nossos Irmãos ativos.

Mas, antes de fazer essa acusação quero recordar que a nossa lei penal maçônica prevê que toda e qualquer acusação contra Irmãos deve ser dirigida ao Venerável Mestre da Loja que deverá julgar o acusado, e este necessariamente tem que acionar o Orador para intervir e acompanhar o caso, funcionando o Secretário como escrivão do processo. É o que emerge da combinação dos artigos 1º, § 1º, 3º, 4º e 12 do Código Processual Maçônico.

Portanto, Venerável Mestre e Irmãos Orador e Secretário quero manifestar a minha acusação diretamente para vós e indiretamente para os demais Irmãos, que têm a competência legal para julgar o presente caso.

E minha acusação é a seguinte: - alguns Irmãos estão entrando no Templo Maçônico armados! E isto fere de morte os nossos compromissos, princípios, costumes e leis.

Por isto, é minha intenção requerer que sejam tomadas as providências cabíveis para o necessário desarmamento.

E pior: esses Irmãos não estão armados com um simples canivete ou coisa do gênero. A arma que carregam para o interior do Templo é muito mais do que isto... é perigosíssima é letal!

A arma que alguns Irmãos têm trazido para o interior do Templo. Não só deste, mas de muitos outros Templos é a intolerância, a inveja, a mágoa, a ganância, a vaidade, a falta de fraternidade, o individualismo, o egocentrismo e o desânimo (para os estudos e para o trabalho).

Por isto, meus Irmãos, as providências a serem tomadas para que haja o necessário desarmamento – que não é o desarmamento físico, mas sim o desarmamento espiritual – devem ser tomadas por cada um de nós.

E, vejam bem, essas providências para o desarmamento de nosso espírito, que urgem a serem tomadas, não é mera faculdade, mas autêntico dever do verdadeiro Maçom.

Não podemos nos esquecer que ao sermos iniciados nos comprometemos a trabalhar na pedra bruta para que sejam alcançados os objetivos da Sublime Ordem que são: o da incessante investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.

Justamente em face desse compromisso é que todo iniciado tem a necessidade de controlar as suas paixões e submeter a sua vontade às leis e aos princípios da Ordem maçônica, que preceitua o trabalho como um dever essencial do ser humano, em especial do Maçom, cujo aprendizado está assentado sobre a busca do seu aperfeiçoamento espiritual.

A propósito, em determinado momento da nossa iniciação somos advertidos de que os traidores devem ser rejeitados pelos Maçons. Nesse particular os nossos Rituais de Iniciação invariavelmente trazem a passagem em que o Ir∴ 1º Vig∴ dirigindo-se aos candidatos faz a seguinte advertência:

“Ficai também sabendo que consideramos traidor à nossa Ordem aquele que não cumpre os deveres de maçom em qualquer circunstância.”.

E no mesmo Ritual o Ven∴ M∴esclarece aos iniciandos sobre alguns dos deveres do Maçom, dizendo:

“Não devereis combater somente as vossas paixões, mas ainda a outros inimigos da humanidade como sejam: os hipócritas que a enganam; os pérfidos que a defraudam; os fanáticos que a oprimem; os ambiciosos que a usurpam; e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança das massas.”.

Quando o Ven∴ faz menção a esses inimigos não está se referindo apenas aos inimigos externos, mas também e principalmente aos inimigos internos, pois estes são muito mais perigosos, na medida em que estão próximos de nós e às vezes disfarçados. Aos inimigos externos nós não viramos as costas, mas aos inimigos internos sim, já que – por serem dissimulados – neles não percebemos o perigo.

Os inimigos externos podem ser comparados às grandes pedras e os internos às pequenas pedras. As grandes pedras não nos derrubam, pois são facilmente percebidas e delas nós nos desviamos. Já, as pequenas pedras, porque não demonstram o potencial de perigo é que têm a capacidade de nos derrubar e muitas vezes nos derrubam deixando cicatrizes acentuadas.

O grande problema é que a luta contra esses inimigos internos é muito difícil e para derrotá-los, precisamos de muita sabedoria, força de vontade e pureza de princípios consistentes na firmeza de caráter, no aprumo moral e no exercício da tolerância. Sim, pois os nossos inimigos internos somos nós mesmos; são os nossos defeitos que, apesar do compromisso assumido, não combatemos e que por isto fortalecemos, criando em nosso interior não o Templo das virtudes, mas sim a masmorra dos defeitos.

Armados desses defeitos, muitos Maçons, se apresentam na Loja não para somar, mas para dividir; não para ajudar, mas para atrapalhar; não para pacificar, mas para semear a discórdia.

Esses Irmãos são facilmente identificáveis, pois são aqueles que falam mal da administração da Loja ou da Potência, buscando desprestigiá-la e desmerecê-la, sem nunca ou pouco ter se apresentado para ajudar; são aqueles que conspiram contra todo e qualquer Irmão que se apresenta para formar uma nova diretoria, por inveja ou ganância, ao invés de dar apoio e colocar-se à disposição para o trabalho; são aqueles que só indicam defeitos de tudo e de todos, ao invés de ver as virtudes que inegavelmente possuem; são aqueles que nunca auxiliam em nada, mas que são os primeiros a indicar eventuais erros dos que fazem, sem perceber que só erra quem se propõe a fazer.

Meus, Irmãos, é lógico que nós, como seres humanos que somos temos imperfeições, não somos santos e, aliás, vivemos num mundo que nos impulsiona para um distanciamento dos verdadeiros valores. Por isto, temos os nossos defeitos. O problema não é tê-los. O problema é não combatê-los. Esse é o nosso trabalho. Esse é o nosso dever.

Bem por isto, ou seja, por saber que temos defeitos, é que o Templo Maçônico, com o mesmo formato do Templo de Jerusalém, possui o átrio, que é o espaço físico, que separa o mundo profano do mundo sagrado, e é o local em que no momento antecedente às sessões os maçons devem se recolher, se concentrar e desarmar o espírito, para entrar e participar dos trabalhos.

O átrio, segundo Juan Carlos Daza, no Dicionário da Franco-Maçonaria, é o “umbral do Templo e simboliza o espaço de trânsito e de união, que separa o exterior do interior, e é onde se espera, em recolhimento, para ser acolhido ou introduzido”; livre, portanto, dos valores mundanos que são empecilhos para a exata compreensão dos ensinamentos maçônicos.


O mestre Rizzardo da Camino, em artigo de sua lavra, cujo título é “A Sacralidade do Templo”, manifesta que o átrio é o local “onde o Maçom se despe mentalmente do aspecto profano, isto é, procede a uma desintoxicação completa, libertando-se de qualquer resquício de negativismo, ou seja, afasta si qualquer mágoa que possa ter para com um irmão seu ...”.

Portanto, meus Irmãos, é esse local adequado para que o Maçom se desarme, para apresentar-se no interior do Templo preparado para a construção do seu Templo interior,m sem o qual não será possível a construção do Edifício Social almejado pela Ordem Sublime.

Existem rituais, inclusive que, quando os Irmãos estão no átrio, fazem com que se profira a seguinte exaltação ao desarmamento espiritual: “meus Irmãos, antes de entrarmos nesse Augusto Templo, devemos meditar, preparando-nos para ao mesmo tempo, ingressarmos no Templo de dentro, mergulhando em um Oceano de tranqüilidade, deixando os pensamentos comuns, os dissabores, as angústias e os problemas do cotidiano para trás. Nosso escopo é completarmos a edificação do Templo da Virtude, embelezando-o com os nossos propósitos de aperfeiçoamento. Cada Irmão somará ao que lhe estiver ao lado as vibrações benéficas, visando encontrar, após o umbral desta porta, a paz que tanto necessita. Que o G.A.D.U. dirija nossos passos, pois ao ultrapassarmos o portal entraremos no Templo Sagrado”.

Não quero me delongar e nem é minha intenção atacar quem quer que seja. Pelo contrário, o meu objetivo é provocar a todos e a cada um de nós para que façamos uma visita ao nosso interior e, em estando ali, façamos uma profunda reflexão:

- quanto ao nosso papel junto à Ordem Maçônica em geral e à nossa Loja em especial: - estamos auxiliando para que os ideais da Ordem e os objetivos da Loja sejam alcançados? – estamos cumprindo com os nossos compromissos e juramentos prestados perante a Maçonaria?

- quanto à conduta e exemplo que estamos dando à Sociedade: - estamos sendo exemplo de tolerância, sensatez e sabedoria perante a nossa família, nossos amigos, nossos colegas, nossos vizinhos, etc?

- quanto ao nosso estado de espírito, se desarmado ou não: - como estamos nos apresentando perante a Loja, perante os Irmãos, perante nossa família, enfim, estamos desarmados espiritualmente, prontos para ouvir, perdoar, ajudar e atuar?

Por fim, é importante que recordemos que nós todos devemos nos preparar para ser parte da Obra maçônica. Pelos princípios maçônicos não existe o mais ou o menos importante. Todos – do Aprendiz ao Grão-Mestre – são igualmente importantes. A pedra que compõe a base da Obra é tão importante quanto a que está no seu ápice. Sem elas o Edifício jamais é finalizado. Na Sublime Maçônica não tem a menor importância o cargo ou título que ostenta um Irmão, seja no mundo profano seja no mundo maçônico.

Bem por isto, é que temos que – desarmar nossos espíritos – para atuar em conjunto, fazendo prevalentes os princípios e objetivos da Sublime Ordem. Até porque os Irmãos que entram armados dentro deste e de outros Templos Sagrados não enxergam que estão ferindo de morte – em primeiro plano – a Loja a que pertencem – e em segundo plano – a própria Maçonaria.

A propósito, e para finalizar, gostaria de pedir que os Irmãos ouvissem com atenção a música que segue, que traz uma poesia que muito tem a ver com que agora estou a conclamar, ou seja, que devemos nos unir como verdadeiros Irmãos.

Nessa música, o poeta deixa bem claro que somente unidos, de mãos dadas, poderemos impedir:

- que o pano da insensatez caia sobre os homens;
- que as luzes da sabedoria se apaguem da face da terra;
- que as portas das virtudes se fechem para a sociedade;
- que as vozes da tolerância se calem nos quatro cantos do mundo;

Ainda, nessa mesma canção poética fica claro que se assim não agirmos chegará o dia em que a noite das trevas imporá a ignorância, o fanatismo e o despotismo, afastando as luzes da fé, da esperança e do amor e, com isto, fazendo com que sequem os rios da tolerância e que se percam as mães doutrinárias dos princípios morais milenares, quando então há de prevalecer o choro e o medo que criam os covardes e fazem com que tudo se perca. E aí é tarde demais.

Ouçamos a música, cuja letra está abaixo

Portanto, meus queridos Irmãos, conclamo a todos para que desarmemos os nossos espíritos, nos unamos e de mãos dadas entoemos juntos a canção relativa aos sagrados e seculares princípios e costumes da Sublime Ordem Maçônica.

Vamos dar as mãos e cantar (Antonio Marcos)

(*) (Trabalho apresentado pelo Ir∴ Manoel Vinícius de Oliveira Branco obreiro da ARLS∴ Pitágoras - Or∴ de Londrina em sessão da ARLS Pesquisa Brasil do dia 26/05/2011)

Fonte: JBNews - Informativo nº 274- 29.05.2011