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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O PROGRESSO DA ALMA E O PRINCÍPIO ORIENTADOR

VV.'. MM.'., Digníssimos Vigilantes e amados Ilr.'.

Num mundo em que a pressa é exaltada como virtude, onde os títulos são confundidos com sabedoria e o ruído das opiniões tenta abafar o sussurro da consciência, é necessário que paremos e perguntemos:

A que serviço minha alma está dedicada?

Essa não é uma pergunta comum. Não é uma pergunta feita por qualquer um, mas sim por aqueles que decidiram lapidar a pedra bruta da alma com coragem e verdade. Essa é uma pergunta feita por Iniciados, por homens que ousaram entrar no Templo Interior.

Quando Marco Aurélio, imperador e filósofo, questionou que tipo de alma o seu humano tinha, se a de uma criança, de um tirano ou de um animal selvagem, ele está nos convidando ao mesmo trabalho que a Maçonaria propõe: o autoconhecimento, o refinamento moral e a fidelidade ao Princípio Orientador.

Mas o que é esse Princípio?

É o nosso GADU manifestado na consciência.

É aquele núcleo íntimo, onde habita a Verdade. Não é a voz da conveniência, nem o impulso da vaidade, é o farol da razão pura, da justiça reta, da compaixão desinteressada.

A Maçonaria não é um clube, nem um teatro, muito menos um ornamento para o ego.

Ela é, por natureza, um sistema iniciático que visa o progresso da alma humana.

É por isso que nos perguntamos:

Tenho vivido conforme os valores que afirmo defender?

Minha vida reflete o que proclamo em Loja?

Meus irmãos me reconheceriam como Mestre se não houvesse avental nem título?

O verdadeiro Mestre Maçom é aquele cuja alma é regida pelo Princípio Orientador.

Ele não precisa gritar. Sua presença ensina.

Ele não busca aplausos. Sua obra é anônima.

Ele não se justifica. Sua consciência o absolve.

Meus Irmãos, eu peço com humildade:

Que não se iludam em achar que o progresso da alma se mede em graus filosóficos, mas em graus de consciência.

Cada atitude justa é um degrau.

Cada renúncia ao ego é um avanço.

Cada silêncio diante da vaidade é um triunfo.

Por isso, mesmo que as respostas às perguntas nos causem desconforto, não devemos temer.

O desconforto é um sinal de que a alma ainda pulsa, de que o Templo Interior não foi abandonado.

Que não sejamos feras domesticadas por conveniências.

Que não sejamos crianças espirituais buscando brinquedos simbólicos.

Sejamos homens despertos, almas em ascensão, obreiros da Luz.

Lembremo-nos:

"A lâmpada do corpo é o olho; se teus olhos forem bons, todo o teu corpo será cheio de luz."

E se nossos olhos são bons, é porque a alma se guiou pela Luz do Princípio.

Conclusão

Portanto, a cada dia, a cada abertura de trabalhos, a cada silêncio ritual, perguntemo-nos novamente:
"A que serviço minha alma está dedicada?"

Pois a resposta a essa pergunta é a chave que nos revela se estamos nos tornando reis-filósofos ou servos de nós mesmos.

E lembremo-nos:

O tempo não faz mestres.

A retificação da alma, sim.
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T∴F∴A∴
androsbaruc
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Fonte: Facebook_Átrio do Saber

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