Em 20/07/2021 um Respeitável Irmão de uma, Loja do GOB-PR, REAA, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:
USO DA PALAVRA
Ontem em seção fiquei na dúvida em relação da palavra do bem e da ordem, o Irmão Companheiro pediu a palavra, o que lhe foi concedida de pronto, terminou de explanar, e foi passada a palavra a outro Irmão Companheiro, e quando este segundo Irmão terminou de explanar o Irmão Companheiro que já havia feito uso da palavra por primeiro solicitou novamente a palavra e lhe foi concedida novamente.
A minha dúvida é neste caso foi feito correto lhe devolvendo o uso da palavra, ou não deveria
ser lhe dado novamente o uso da palavra pela segunda vez?
CONSIDERAÇÕES:
Enquanto a palavra ainda estiver na coluna, embora não recomendável, o obreiro até pode pedi-la novamente ao Vigilante, podendo este concedê-la ou não.
Caso em que a palavra já esteja em outra coluna, o Vigilante informa ao Venerável Mestre que um obreiro da sua Coluna está pedindo a palavra novamente. A critério do Venerável Mestre, ele pode ou não a conceder. Concedendo-a, a palavra será colocada novamente nas colunas, obedecendo o giro completo, isto é, retorna a partir da Coluna do Sul.
Dado a particularidade ritualística é recomendável que o Venerável Mestre pondere e só a conceda novamente se de fato o motivo exigir, caso contrário, muitos poderão se achar no direito de pedir a palavra novamente, causando com isso prejuízos ao andamento da liturgia.
Reitera-se, estando a palavra ainda na mesma coluna, como foi dito no começo, é até aceitável, mas não recomendável, cabendo nesse caso ao Vigilante avaliar o pedido de retorno.
Assim, é recomendável que a Loja programe uma instrução para o tempo de estudos sobre o uso da palavra em Loja, sobretudo para que o maçom aprenda que ele deve ser claro e objetivo nos seus pronunciamentos, falando apenas o estritamente necessário, evitando com isso repetições e declarações enfadonhas amparadas por rançoso lirismo.
Ensina-se no primeiro trivium (gramática, retórica e logica), inclusive, que o usuário da palavra deve respeitar os ouvidos da assembleia que o ouve. Ficar corriqueiramente pedindo para usar a palavra novamente não é salutar para as exigências da Arte. É primário na Maçonaria se saber que o maçom ouve mais do que fala – vê, ouve, bem age, medita e se cala. Nada disso pode ser compreendido como cerceamento da liberdade, mas uma salutar regra de convivência em sociedade.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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