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quarta-feira, 5 de abril de 2023

TORTURA E RESISTÊNCIA

Luiz Sergio Castro

A história de John Coustos e a perseguição à maçonaria pela inquisição


No dia 14 de março de 1743, um suíço naturalizado inglês chamado John Coustos foi preso em Lisboa pelo Santo Ofício, também conhecido como a Inquisição, por ser um maçom. Essa data marca um momento importante na história da Maçonaria, já que o movimento estava sendo perseguido em toda a Europa pela Igreja Católica e pelos governos absolutistas.

A Maçonaria é uma fraternidade que se baseia em princípios filosóficos e éticos, e que tem como objetivo promover a fraternidade entre seus membros, além de trabalhar em prol da liberdade, da igualdade e da justiça. A Maçonaria moderna teve origem na Inglaterra no século XVIII e se espalhou rapidamente pela Europa, inclusive em Portugal.

No entanto, a expansão da Maçonaria foi vista com suspeita pelas autoridades da época, especialmente pela Igreja Católica, que a considerava uma ameaça à sua autoridade e aos valores tradicionais. Além disso, muitos governos absolutistas viam a Maçonaria como uma organização secreta que poderia conspirar contra o poder estabelecido.

Em Portugal, a Inquisição tinha o poder de perseguir e julgar qualquer pessoa que fosse considerada uma ameaça à fé católica. A Maçonaria era vista como uma heresia pelos inquisidores, já que seus membros eram obrigados a jurar segredo e a aceitar a liberdade religiosa.

John Coustos era um membro ativo da Maçonaria em Londres e foi enviado a Portugal em uma missão maçônica. Ele foi preso por ordem da Inquisição assim que desembarcou em Lisboa, e foi levado a julgamento por heresia.

Coustos foi submetido a interrogatórios e torturas pelos inquisidores, que queriam que ele revelasse os segredos da Maçonaria e denunciasse outros membros. No entanto, ele se recusou a falar e suportou as torturas sem trair seus companheiros.

Após três anos na prisão, Coustos foi finalmente libertado e retornou a Londres, onde se tornou uma figura importante na Maçonaria britânica. Ele escreveu um livro sobre sua experiência na prisão, intitulado "The Mysteries of Freemasonry" (Os Mistérios da Maçonaria), que se tornou um sucesso de vendas e ajudou a difundir a Maçonaria na Inglaterra e em outros países.

A prisão de John Coustos em Lisboa foi um exemplo da perseguição que a Maçonaria sofreu em toda a Europa no século XVIII. No entanto, a resistência de Coustos e de outros membros da Maçonaria mostrou que a fraternidade e a lealdade entre seus membros eram mais fortes do que a opressão dos governos e da Igreja.

Hoje, a Maçonaria é reconhecida como uma organização legítima em muitos países, e seus membros trabalham em prol de causas filantrópicas e sociais em todo o mundo. A história de John Coustos e da perseguição à Maçonaria é um lembrete da importância da liberdade de associação e da liberdade de expressão em uma sociedade democrática, e da necessidade de lutar contra a intolerância e a opressão.

Além disso, a história de John Coustos e da Maçonaria é um exemplo da importância da solidariedade e da lealdade entre os membros de uma comunidade. A Maçonaria é uma fraternidade que se baseia na confiança e no respeito mútuo, e seus membros são unidos por um senso de propósito e de comprometimento com seus valores.

Embora a Maçonaria tenha enfrentado muitas dificuldades ao longo de sua história, ela sobreviveu e continua a crescer em todo o mundo. Seus membros trabalham em prol de causas nobres, como a educação, a caridade e a promoção da paz e da tolerância entre os povos.

Em resumo, a prisão de John Coustos em Lisboa em 14 de março de 1743 é um marco importante na história da Maçonaria, e um lembrete da importância da liberdade e da solidariedade em uma sociedade democrática. A Maçonaria continua a ser uma força positiva no mundo, promovendo valores como a fraternidade, a igualdade e a justiça, e trabalhando em prol de um futuro melhor para todos.

Fonte: Facebook_Universidade Maçônica

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