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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 21 de novembro de 2023

CADEIA DE UNIÃO NO REAA

Em 20/06/2023 o Respeitável Irmão Diego Di Luca, Loja Palmares do Sul, 213, REAA, GLMERGS, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a dúvida seguinte:

CADEIA DE UNIÃO

Entro em contato visando sanar uma dúvida, creio que na área de ritualística.

Seguinte: Caso eu não acredite em Cadeia de União para cura, ou para mandar energia para fora para alguma pessoa doente, por exemplo; ou pelo fim da guerra; ou qualquer outro tema que não seja trocar a energia entre os irmãos que a compõem, devo me abster de participar da mesma? Neste caso, permaneço sentado no templo, até que ela finalize?

Ou, mesmo assim, participo, a fim de não quebrar a corrente física presente?

CONSIDERAÇÕES:

Eu quero crer que no ritual do REAA da sua Obediência a Cadeia de União não traga procedimentos que envolvam orações, súplicas, formação de egrégoras, etc. Faço essa colocação porque originalmente isso não existe no REAA. Assim, se não constar no ritual não há o porquê agir de modo contrário, isto é, desrespeitando o Ritual.

Nesse caso, se estiver ocorrendo inserção de práticas que não constem no ritual em vigência, o Orador, ou quem de direito, precisa coibir tal prática, até porque isso pode levar Irmãos a participar de algo contrário às suas crenças e convicções religiosas, por exemplo.

Por outro lado, dizer que um Irmão nessas circunstâncias se negue de participar da Cadeia, também não me parece ser uma atitude adequada. É difícil eu sei, mas o mais coerente é combater as distorções por meios legais do que proceder com atos de indisciplina e rebeldia – o maçom nunca deve se nivelar por baixo.

Sob o aspecto da originalidade da Cadeia de União, posso lhe afirmar que no REAA ela existe apenas como um mecanismo ritualístico para se transmitir a Palavra Semestral.

A bem da verdade, o REAA segue pura e simplesmente os propósitos do Grande Oriente da França que criou, em 1777, a Palavra Semestral para sanar um sério problema pelo qual passava a Maçonaria Francesa daquela época, onde irmãos irregulares acintosamente ingressavam nas Lojas para causar tumulto. Graças a isso nasce a Palavra Semestral como um artifício de cobertura para barrar os insurgentes irregulares. Com ela surge também a Cadeia de União como um dispositivo sigiloso e único para a transmissão dessa palavra. A título de esclarecimento, no Brasil a Palavra Semestral existe desde 1832, então adotada no GOB.

Enfim, dados aos comentários até aqui expressos, sugiro ao Irmão que se apegue à legalidade. Apresente sua súplica fundamentada à Loja e mostre a sua indignação e discordância relatando os equívocos pedindo providências.

Caso a Loja não tome conhecimento, é possível então relatar o fato ao Ministério Público Maçônico da sua Obediência informando a inserção de elementos que não constam no ritual. Vale mencionar que atitudes extremas somente devem ser tomadas após esgotadas todas as possibilidades de acerto.

Concluindo, devo lembrar que ritual em vigência é para ser cumprido, portanto, as eventuais contradições que nele constem devem ser antes resolvidas na forma da lei.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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