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terça-feira, 14 de novembro de 2023

ORIENTE ETERNO

Rui Bandeira
Oriente Eterno é a designação que os Maçons dão ao que nos aguarda depois da morte física.

Porque Oriente e porque Eterno?

Talvez a mais remota manifestação da crença humana numa Entidade Superior se encontre nos cultos solares.

Cedo a humanidade percebeu que o sol era condição indispensável para a existência e manutenção da vida, neste pequeno planeta em que todos habitamos.

Cedo observou que o negrume da noite era quebrado, primeiro pela luminescência da aurora, depois pela aparição do Astro-Rei, sempre a Oriente.

Cedo se associou o Oriente ao ponto cardeal de onde provém a Luz.

Da constatação do fenômeno físico a consideração figurada de que a Luz nasce, vem, existe, revela-se, no Oriente mede ou apenas um pequeno passo.

Por outro lado, são condições imprescindíveis para se ser Maçom Regular, para além da condição de Homem Livre e de Bons Costumes e do efetivo propósito de aperfeiçoamento, a crença no Criador e na vida depois da morte.

O G∴A∴D∴U∴ , por definição e à escala humana, é Eterno.

A Luz que dele provém naturalmente que compartilha dessa característica o Oriente Eterno é, assim, para os Maçons o simbólico lugar de onde provém a Luz, onde está G∴A∴D∴U∴, onde o que resta de nós depois de tudo o que de nós é físico se extinguir tem lugar, se reintegra.

Não existe uma concessão, uma figuração, uma imaginação, comum aos Maçons de como é o Oriente Eterno tal como é deixada a cada um a pessoal concessão do Criador, exigido-se apenas a efetiva crença na sua existência, também as condições e formas de vida após a vida são assunto do foro de cada um.

Em função da crença individual, o Oriente Eterno pode ser associado ao Paraíso Cristão, ao Reino de Jeová, ao Paraíso Islâmico, ao Nirvana, ou aquilo que cada um crê.

A única certeza compartilhada pelos Maçons Regulares é que a morte física é apenas uma passagem do que de nós é verdadeiramente essencial para o outro estádio, outro plano.

E, portanto, que incumbe a cada um de nós o dever de nos aperfeiçoar, de se polir, de se melhorar, de se capacitar em todos os aspectos, para que, chegada a hora, esteja preparado e em condições de se integrar no seu lugar nesse novo plano de existência.

O que será, afinal, o Oriente Eterno, nenhum Maçom o poderá, de ciência certa e segura, a afirmar.

Apenas que crê na sua existência e que dedica a sua vida e preparar-se para o papel que ali desempenhará.

Afinal, a Luz só é plenamente visível depois de ultrapassada a cortina da morte física e superada as limitações do nosso corpo físico...

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

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